(fora do campos) Discoteca Jaguar

Antes que eu tivesse tempo de responder ela puxou-me pela mão para dentro da discoteca. Tinham sido poucas as vezes que eu tivera na Jaguar mas até era interessante:
- A Sal e o Aioda estão por aí, acho...Queres beber alguma coisa? Eu pago.
Fomos ao bar e eu pedi um gin:
- Que queres beber?

Depois de sair do meu quarto fui até à discoteca .
Quando cheguei à discoteca estava uma fila enorme para entrar e por isso decidi dar a volta e ir direto a uma velha casa abandonada que havia a uns 4 km da da discoteca , era um bom sítio para manter reféns .
Enquanto caminhava em direção à velha casa enviei um sms a Hera , que tinha ido combinar um lugar para nos encontrarmos com eles , no sms mandei :
Vem ter cmg e com a Sarah à casa atrás da Discoteca !
Após 4 km cheguei à velha casa , estava bastante degradada mas ainda aguentava com o nosso peso , enquanto esperava por Hera e por Sarah fui abrindo as portas , algumas tinham cadeados e por isso tinha de utilizar o meu martelo para parti-los o que não foi muito dificil porque como a casa estes também já eram bastante velhos .

Não sabia bem o que me apetecia. Depois de algum a pensar escolhi.
- Um casino. - pedi ao empregado do bar.
Ele serviu-me e subi as escadas para a zona VIP.

- O nome é Leah, mas isso já sabes. - disse bebendo um pouco da minha bebida. - Tenho 15 anos, vou fazer os 16 brevemente e sou uma feliz solteira.
Olhei em volta para ver como estava o ambiente na sala. Sabia que a maior parte das pessoas da sala eram mais velhas que eu, apesar de ter noção que eu parecia mais velha era estranho ninguém pedir a minha identificação.

Ela era solteira? Bom, isso sempre me dava uma certa margem de manobra, mas não podia atirar-me a ela logo na primeira noite. Ou podia? Não podia beber demasiado, ou era isso que ia acontecer. Continuámos a conversar, a rir e a dançar:
- Danças bem Leah.
Pisquei-lhe o olho e sorri.

- Eu sei. - disse apenas a gozar, normalmente não agradecia a elogios e muito menos retribui-los.
Revirei os olhos quando ele me piscou o olho e continuei a beber.

Ela revirou os olhos com o meu piscar de olho, mas mesmo assim sorrio. Não sei, mas sentia-me bem perto dela:
- Estás na CHERUB há muito tempo?
Bebi o resto de gin que tinha no copo.

-3 anos e tu? - antes que ele pudesse responder aproximei-me de uma das empregadas e sussurrei-lhe ao ouvido que queria um sex on the beach, era estranho dizer aquilo ao pé de outras pessoas. Depois de ela voltar com a minha bebida voltei para ao pé de Parker.

A noite tinha começado há pouco tempo, mas o ambiente já estava demasiado abafado na zona aberta a todos os clientes.
- Tanta gente, pá! - Gritou Aiolia ao virar-se para trás, onde estava Salendiz. - Assim vai ser complicado encontrá-los. Eles já devem ter chegado mas a continuar assim nem amanhã os encontramos.
Não parava de entrar gente e via-se de tudo menos um gajo alto de cabelo castanho, músculos definidos e uma tatuagem do Om perto umbigo.
"Epá, já estarei bêbedo? Até parece que o podia reconhecer por isso."
Também se via de tudo menos uma rapariga com 1.52 metros de...
"Mas não ver a Leah é normal."
- Vamos dar uma espreitadela à zona VIP, que tal? - Perguntou Aiolia a Sal.

Era a segunda vez que ia àquela discoteca, nunca por vontade própria, as pessoas pareciam ter um interesse profundo em arrastar-me para sítios onde não me apetecia ir. Estava imenso fumo, cheirava a sovaco, havia gente por todo o lado e não encontrava o Aiolia, o rapaz de 12 conseguia ser mais pequeno do que eu e corria que nem um desalmado à procura do Parker e da Leah. Consegui encontrá-lo e agarrei-lhe na camisola, para que não me fugisse.
- Tanta gente, pá! - Gritou, virando-se para mim - Assim vai ser complicado encontrá-los. Eles já devem ter chegado mas a continuar assim nem amanhã os encontramos.
- Pois, eu não consigo ver nada e tu não paras quieto! - gritei-lhe. - E não corras pow! Ainda me arrastas pelo chão e isto deve estar cheio de vómito.
- Vamos dar uma espreitadela à zona VIP, que tal? - perguntou o rapaz.
- Isso não é o sítio para onde vão os velhos? Duvido que estejam lá, mas está bem, vamos.
Fui de arrasto até à sala VIP onde, por acaso, estavam os dois bandidos que me fizeram ir até ali. Estavam a dançar e a beber bebidas para crescidos! No meu tempo menores bebiam ice tea, coca-cola e joyce, que pouca vergonha. Fomos até perto deles e cumprimentá-mo-los.

Cumprimentei uma t-shirt branca e um t-shirt cinzenta que vieram ter connosco. Não conhecia nenhum dos dois mas deviam ser amigos de Parker.
Sentei-me e pousei a minha bebida. Ainda me metia em sarilhos por estar beber ao pé de t-shirts brancas.

Cumprimentei o Aiolia e a Sal. A Sal já não estava com boa cara, começando logo a ralhar pelo facto de eu estar a beber álcool. Depois virou-me as costas e foi ralhar com uns putos que ela tinha visto:
- Leah, faz esta nota mental: NUNCA tragas a Salendiz a uma discoteca....ou a qualquer outra festa.
Na verdade a Salendiz era muito divertida. Sentei-me ao lado de Leah, muito próximo a ela, enquanto o Aiolia micava umas raparigas de ar alemão.

-Eu nunca traria uma t-shirt branca para sair comigo. No máximo dos máximos trazia um t-shirt branca. - disse e ri-me. Olhei para o telemóvel, ainda era cedo.

Eu e a Leah ríamos e conversávamos normalmente, mas Aiolia tinha de vi estragar tudo. Sentou-se abruptamente no sofá, dando um encontrão a Leah, fazendo-a atirar grande da sua bebida em cima do meu imaculado pólo. Leah e Aiolia bloquearam. Apenas vi a cara da rapariga a ficar vermelha como um tomate e o outro a desatar-se a rir. Não tinha o casaco vestido (graças a Deus) e o caminho para o WC era demasiado longo para ir todo molhado:
- Olha tem de ser...
Tirei o pólo, exibindo uma forma física de se louvar para alguém da minha idade. Ser um ativo desportista ajudava em muito. Não era a única pessoa em tronco nú, mas não ia ficar naqueles propósitos.

A zona VIP era totalmente diferente da outra. Tínhamos muito mais espaço onde estar e não havia rapazes a apalparem raparigas e a dizerem que tinha sido o amigo.
Depois da confusão gerada, aproximei-me lentamente de Parker. Dei-lhe uma pequena cotovelada no braço para ele olhar para mim e perguntei-lhe baixinho:
- Por acaso não tens o Ashley Cole? Só me falta esse jogador para acabar a coleção dos cromos do mundial.

Revirei os olhos quando ele tirou a camisola e afastei-me. Demasiada testosterona, pensei e voltei a olhar para o telemóvel.

O ar estava abafado, não havia janelas na sala e estava muito barulho, barulho de mais... Senti que algo terrível estava para acontecer, enquanto ralhava com menores que bebiam bebidas para crescidos e dava calduços às meninas da noite por estarem quase desnudas, senti, não sei como mas senti, que estava para acontecer uma catástrofe. E o meu sentimento estava certo, porque aquilo que eu senti aconteceu, senti-me bem por o meu pressentimento estar certo, mas mal porque o que estava a acontecer era horrível, mas eu estava preparada para uma situação daquelas, não havia nada a temer. O Aiolia fez com que a Leah entornasse a bebida para crescidos dela em cima do Parker, que despiu o pólo que levava vestido. Pornografia, eu vi os circulos dos seios dele e os quadrados que ele tinha na barriga, um absoluto nojo, nenhum menor devia ver o Parker naquele estado, rapidamente corri até ele e tirei da minha mochila de campista, uma t-shirt lavada, desodorizante e perfume, também tirei um pacote de dodotes, para ele limpar o líquido que lhe escorria pelos quadrados. Dei-lhe tudo e dei-lhe também uma lamparina por ele se ter despido à frente de um moço de 12 anos, coitado, ia ter problemas mentais para o resto da vida, ou pelo menos mais problemas ainda, que para dizer a verdade o raio do moço era doido, depois daquele trauma, foi capaz de ir ter com o Parker para lhe pedir cromos, dei-lhe uma bofa também, por ser egoísta. Enquanto o Parker se vestia na retrete da zona VIP e a Leah estava afastada, sentei o Aiolia num sofá ao meu lado e expliquei-lhe o sentido da vida.

Aiolia encontrava-se agora sentado no sofá, ainda intrigado com Parker por este não lhe ter respondido se tinha o cromo que lhe faltava.
- Queres falar sobre o sentido da vida? - Perguntou Aiolia a Sal. - O que queres que te explique?

O rapaz ficou mesmo com danos mentais, depois de uma explicação de 13 minutos, sobre o sentido da vida, muito resumido, da minha tese de doutoramento de filosofia, o estrombo do rapaz não ligou nenhuma.
- Mas olha, é assim, queres uma palmada, oh porco!? - disse levantando a minha mão direita, porque a esquerda estava a segurar a minha tese de 57 páginas. - Então eu tive aqui a explicar-te as coisas e ainda me perguntar se quero que me expliques? Olha, não, não quero, és enfadonho. A tua sorte é que não te posso ferir gravemente, se não já te tinha dado 327 palmadas nesse cu. - Sussurrei ao ouvido dele, em fúria. - Mas mudando de assunto, já viste o último episódio da Violetta? Aquele em que ela e o Leon voltaram, mesmo quando o Tomás lhe pediu uma nova oportunidade, opah fiquei bue triste, que estúpido que ele foi.

- Violetta não é bem o meu estilo. - Aiolia ficou a pensar durante 10 segundos. - Gosto mais é de gelados Vianetta. Devias provar, porque é uma sobremesa que consegue equilibrar o doce sabor do morango ou do chocolate com o aroma agradável da baunilha. Um gelado que tem feito sucesso internacionalmente pela suavidade com que se desfaz na boca e a forma como tem provado ser um bom digestivo. Uma autêntica dádiva dos Deuses.

- Por acaso nunca provei, parece bom. Mas não é, porque odeio chocolate! És o meu melhor amigo para sempre, devias saber que odeio chocolate! O meu gelado preferido é o de canela, é super fácil de fazer, só precisas de 4 ovos, 80 gr de açúcar, 500 gr de natas e 3 colheres de café de canela, depois separar as gemas das claras de ovo, colocar num recipiente, o açúcar com as gemas e bater até ficar esbranquiçado, bater as natas até ficarem firmes e seguidamente bater as claras até também ficarem firmes, incorporar pouco a pouco as natas batidas a misturar das gemas e açúcar, depois fazer o mesmo com as claras, colocar a canela, misturar tudo muito bem e por no congelador no mínimo 4 horas. Sei a receita de cor porque é o eu gelado favorito. Tenho aqui um pouco na minha mochila, trouxe caso tivesse fome. Queres provar? - ao dizer isto, tirei o pacote de gelado da minha mochila de campista e enchi uma colher com o maravilhoso gelado, que enfiei na boca do Aiolia, já estava a cansar-me de o ouvir, por isso enquanto comia aquilo ao menos estava calado e deixava-me falar.

A Sal tinha-me feito passar uma vergonha inesquecível. Agarrei no casaco e vesti-o:
-Leah eu vou indo. Queres que eu te dê boleia para casa ou preferes ir com eles?
Tinha esperanças que ela viesse comigo. A minha atração por ela aumentava a cada instante. Não era algo a que estava muito habituado a sentir.

-Apesar de a conversa deles estar a ser super engraçada, eu vou contigo. - disse com um encolher de ombros e levantei-me.
Comecei a andar para a saída da discoteca e procurei o carro.

Entrámos no carro e iniciávamos a rápida viagem até ao campus. Não sei, mas o ambiente estava diferente. Depois de algumas ocasionais conversas e de 10 minutos de viagem, finalmente chegaram ao campus da CHERUB. Estacionei o carro numa das garagens e saímos:
- A noite foi bacana. Deixa-me levar-te ao quarto.
Mesmo que ela não quisesse, eu fazia questão. Como já era um bocado tarde e não havia ninguém àquela hora, decidi furtar um dos carros elétricos, poupando largos minutos de caminhada das garagens para os dormitórios. Parei o carro e deixei-o a carregar. Entretanto, entrámos no elevador até saírmos no nosso piso. Fomos até á porta da Leah:
- Boa noite... - disse-lhe
O coração estava demasiado disparado e o álcool não ajudou. Antes que pudesse perceber o que tinha feito, os meus lábios estavam colados aos dela. Afastei-me antes de levar uma chapada:
-Merda! Quer dizer, desculpa....eu....eu....
Dei apenas mais um passo para a frente, assim se levasse uma chapada, podia desviar-me.

Puxei-o pela camisola como se fosse beijá-lo de novo e quando estava demasiado perto dei-lhe um estalo.
-Eu não sei a que género de raparigas estás habituado mas não costumo beijar pessoas que conheço há horas. Não tentes isso de novo. Estou a falar a sério. - disse calmamente e entrei no quarto fechando a porta sem esperar uma resposta.