POUSADA DE VERÃO 2016

Como já era habitual, com a chegada do Verão chegavam também as tão esperadas férias dos agentes. Todos os querubins (que não estivessem em missão ou recrutas), instrutores e staff eram convidados para passar uns dias num dos Resorts da Cherub.
Este ano, e após as óptimas opiniões após o acampamento da Páscoa, as férias de verão teriam lugar na mesma ilha perdida no meio do pacífico, de água cristalina que a envolvia levava a que qualquer um entrasse na disposição para férias.
O Resort em questão possuía todas as instalações e actividades que qualquer agente poderia imaginar. A sul da ilha localizavam-se as instalações principais: o hotel, o restaurante, ginásio, dojo, piscinas, complexos desportivos, salas comuns, bibliotecas … a Sudoeste encontrava-se a pista onde os agentes seriam deixados por jatos e helicópteros.
A ilha permitia também que os mais aventureiros partissem à descoberta e até mesmo que acampassem para desfrutar do local. A floresta não só possuía trilhos para caminhar, como também locais próprios para escalada (entre outros desportos radicais). No meio da ilha localizava-se uma cascata que formava uma baia que, juntamente com as praias e alguns rios formavam os cursos de água do local.
As actividades eram infinitas, idealizadas para o gosto de todos os recrutas: equitação, desportos, natação, motas de água, pranchas de surf, escalada, ginásios, golf, nada escapava para que todos pudessem ter as melhores férias de sempre.
O ambiente paradisíaco convidada a que todos descansassem numas merecidas férias, onde se podiam divertir, reencontrar pessoas, descansar.
Eram 10 da manhã quando os primeiros agentes começaram a chegar. A pista de aviação tornara-se um centro de reencontro para muitos dos agentes. Havia já jipes e carros à espera dos recém-chegados para os levar para o Hotel, as férias estavam oficialmente a começar.



___
Como podem imaginar, NÃO existe ordem de postagem e a mesma é livre.
Todos os agente em Recruta e Missão poderão participar livremente.

Finalmente as férias de verão tinham chegado, e quem é que não gostava das famosas férias da Cherub? Mais uma vez estas seriam realizadas na mesma ilha paradisíaca na qual haviam sido as férias da Páscoa, ou seja iam ser brutais.
O resort era espectacular e sem bem que eu me lembrava haviam suites onde podiam ficar vários querubins. Fui um dos primeiros a chegar á ilha, havia vindo de avião juntamente com alguns companheiros da cherub, e quando cheguei tive uma óptima sensação de dejá vu, todo aquele cenário era me familiar, o vento quente a bater nas minhas bochechas, o sol a incidir com bastante agressividade na pista de pouso, e claro os jipes que estavam encarregues de nos levar para o resort.
Finalmente cheguei ao hotel e como ainda não tinha planos com quem ficar no quarto, decidi aguardar na recepção, enquanto via um jogo de futebol, com intenção de que chegasse alguém meu conhecido, pois não falava com maior parte dos meus amigos á cerca de um mês, devido a um fim de aulas bastante exigente.
De certo que chegaria alguém entretanto, pois os voos tinham cerca de 1 hora de diferença uns entre os outros.

Eu entrei no avião e sentei-me ao fundo, longe de toda a gente. A viagem foi calma e o tempo passou a voar. Quando dei por mim, estava a entrar num carro que me levaria ao hotel. O hotel estava cheio, embora ainda tivesse chegado poucas pessoas. No meio de tanta gente, só conhecia, algumas pessoas que tinham aulas comigo, e Pedro. Dirigi-me a Pedro.

- Olá! - Antes que ele podesse sequer reagir, eu continuei. - Eu sei que ainda não me perdoas-te, mas eu só quero dizer que peço mil desculpas, e espero que um dia me perdoes.

Pedro ficou em silêncio por cerca de 1 minuto , o minuto mais longo da minha vida, mas acabou por falar.

-

Selina saiu do helicóptero, pronta para mais umas férias. Esperava encontrar os seus colegas, com os quais saiu umas quantas vezes pela cidade.

Dirigiu-se ao lobby para fazer o check-in. Já lá estavam dois rapazes. O Pedro e o Alex.

Pedro ainda abriu a boca para falar, mas Selina apareceu do nada e cortou-lhe a fala.

- Olá, rapazes. - disse Sel, sorridente. - Pedro, já pediste o quarto? - Sel reparou que Pedro não engraçava muito com Alex, e este estava-o a chatear novamente. Como a boa amiga que Selina é, salvou-o de mais situação, digamos, infeliz.

- Não, ainda não.

- Eu ouvi dizer que se podia ficar em suites com uns quantos amigos. Queres ficar numa comigo, e, possivelmente, mais alguém que chegar?

- Sim, claro. - Pedro deve ter-se apercebido do que Selina estava a fazer, pois este esboçou um sorriso de orelha a orelha.

- Vamos lá, então. - disse Selina, fazendo sinal para Pedro a seguir.

Os dois foram até à mesa da recepção arranjar um quarto.

As férias de verão! Finalmente já não havia aulas, treinos e missões...
Era a primeira vez que ia para a pousada da CHERUB. Sentei-me à frente no helicóptero e vi que estavam lá mais pessoas: a Selina, o Pedro e o Alex. Percebi que estavam a conversar e decidi não os incomodar.
Enquanto o avião sobrevoava o Pacífico, fiquei a pensar na minha vida até agora, a minha vida na Malásia, o regresso à Islândia, a morte dos meus pais e da minha irmã, a instituição, o acolhimento...
Finalmente tinha chegado! O helicóptero aterrou e senti o bafo de um típico clima tropical. Quando fui fazer o check-in, vi que a Selina e o Pedro conversavam e davam risinhos. Percebi que o Alex estava meio sozinho e fui ter com ele...

Por amor de Deus! O que era aquilo... O burburinho que se fazia ali, era ensurdecedor.
Estávamos a chegar à tal ilha de que todos falavam: ''Melhor ilha do mundo''; ''Passei os melhores dias da minha vida , aqui na Páscoa''. E eu, na expectativa para ver a ilha de que tanto falavam...
  Entretanto, o avião pousou e eu fui ter com algum pessoal. Não conhecia por ser novo na CHERUB, mas decidi avançar:
  - Olá pessoal, está tudo bem com vocês?  - disse eu confiante - Eu sou o Lucas, o novo rapaz que veio para a Cherub.
  - Oh, olá Lucas, eu sou Lilija e este é o Alex, prazer em conhecer-te! - acolheu Lilija, muito sociável.
  - Não, o prazer é todo meu. Espero não estar a incomodar
  - Claro que não -disse Alex - Então, como é que pensas que a ilha será?
  - Isso é o que eu estou a tentar descobrir desde que entrei neste avião! - ri-me com eles. - Mas acima de tudo, eu quero é divertir-me com o pessoal. Se depois as condições não forem as melhores, a gente trata de animar!
  - Ahah, é assim mesmo que se fala - concordou Alex, que parecia divertido - Mas confia que as condições são ''top''!
E assim continuou a conversa por mais alguns minutos...

Estava a falar com o Alex, quando aparece um T-shirt vermelha:
- Olá pessoal, está tudo bem com vocês? Eu sou o Lucas, o novo rapaz que veio para a Cherub.
- Oh, olá Lucas, eu sou a Lilija e este é o Alex, prazer em conhecer-te! - disse eu, feliz por ter mais alguém para falar.
- Não, o prazer é todo meu. Espero não estar a incomodar
- Claro que não -respondeu o Alex - Então, como é que pensas que a ilha será?
- Isso é o que eu estou a tentar descobrir desde que entrei neste avião! - rimo-nos os três. - Mas acima de tudo, eu quero é divertir-me com o pessoal. Se depois as condições não forem as melhores, a gente trata de animar!
- Ahah, é assim mesmo que se fala - concordou o Alex, divertido - Mas confia que as condições aqui são ''top''!
E assim continuou a conversa por mais alguns minutos...
-Querubins! Aqui está a chave dos quartos.
Corremos e descobrimos que íamos ficar em quartos de quatro (óbvio...). Fiquei com o Alex, o Lucas e com a sua namorada.
Fui a primeira a abrir a porta:
-Que awesome!


-Lilija! Até temos uma piscina.
-Jura!

O melhor quarto que alguém poderia ter!

Era uma manhã demasiado solarenga quando Diana chegou à pousada. Assim que o seu avião pousou na pista de aterragem teve um dejavu da ultima vez que estivera lá e encontrara os seus amigos. Questionava-se quando é que eles chegariam.
Decidiu caminhar até ao resort central, demorou sensivelmente uma hora até estar à entrada de um hotel enorme que parecia remodelado desde a sua última visita.
Entrou e dirigiu-se à recepção.
- Diana Grint - disse à senhora no uniforme azul - por favor.
- Aqui tem a sua chave, divirta-se - respondeu-lhe a mesma senhora com um sorriso.
Pegou nas chaves e olhou. 10º andar. Era o último andar do hotel com uma vista fantástica sobre o oceano. Eram cerca de 10 da manhã, o hotel estava calmo como seria de esperar. Diana entrou no elevador onde a esperava uma música infernal durante 10 andares.
Assim que chegou ao sei piso procurou o número do seu quarto. Fundo do corredor à esquerda. Era idêntico ao seu quarto nas últimas férias, um pouco maior, contudo, tinha uma cama de casal, sofás e uma varanda com um jacuzzi.
Assim que arrumou as suas coisas deitou-se em cima da cama com a brochura do hotel na mão tentando decidir qual seria a sua próxima actividade.

Nizzo decidiu inscrever-se nesta pousada de Verão, que á semelhança da que aconteceu na Páscoa, criava grandes expectativas.
Aterrou numa manhã de sol forte e ao longe via algumas caras conhecidas da Cherub, saiu do avião com as suas coisas e dirigiu-se para o hotel, numa viagem que demorou bastante tempo, acabando por chegar á entrada para fazer o check-in, onde encontrou uma senhora de azul, bastante sorridente.
-Bom dia, queria fazer o check in, sou o Nizzo. - declarei ao chegar ao balcão.
-Bom dia, claro, aqui tem o seu cartão, boa estadia.
-Obrigado, respondi enquanto recolhia as minhas malas em direção ao elevador, entrando nele e indo para o 9º andar.
Passou o cartão na ranhura e logo entrou no seu quarto, era enorme e estava dividido em duas partes, como um mini apartamento: uma das partes tinha uma cama de casal e uma casa de banho com banheira de hidromassagem e do outro tinha um conjunto de sofás em volta da televisão enorme e do mini bar por baixo, que estavam encostados na parede que ia desde a porta até ás portas de vidro da varanda onde havia um pequeno jacuzzi que tinha espaço para 3 ou 4 pessoas e 4 espreguiçadeiras.
Nizzo arrumou as suas coisas e foi direitinho para a varanda, onde se sentou a ver quem passava em baixo.

Tinha acabado de sair do avião. Tinha estado com várias pessoas que conhecia, incluindo Pedro e Selina. Mas não queria ficar a fazer de vela a este novo couple (ou couple to be).
Sentia saudades de umas novas férias, e, tal como as das férias da Páscoa, estas também iriam ser inesquecíveis!
Ao contrário do que seria de esperar, não me encaminhei logo para o meu quarto, fiquei na receção à espera que chegasse mais alguém que conhecesse.

Já estávamos no avião a ir para a ilha paradisíaca e eu ainda não tinha estado com nenhum dos meus amigos, com tanta gente estava difícil de os encontrar. Ouvia toda a gente a falar de como iam ser altamente estas férias de verão. Eu mal podia esperar para chegar, tal como eles. A vista da pequena janela do avião era mesmo linda e eu decidi pôr os headphones e desfrutar da viagem.

Quando finalmente chegamos à ilha todos se dirigiam para o hotel para fazer o check in, mas o meu plano para estas férias era acampar. Tinha combinado encontrar-me com o Alex e com a Rosie no hall do hotel para depois seguirmos à procura de um sítio para acamparmos. Assim que entrei reconheci logo a Sel,o Pedro e o Alex no balcão da receção. Dirigi-me a eles.

-Olá pessoal!- cumprimentei-os.

-Vens carregada, tanta coisa para as férias?- disse Pedro a olhar para a pasta que estava colada às minhas costas e que ainda assim era ligeiramente mais alta que a minha cabeça.

-Vou acampar com ele e com a Rosie- respondi apontando para o Alex.- Viram a Rosie?

-Não- responderam.

-Mas ela sabe que é para vir ter aqui, deve estar a chegar.- disse Alex poucos segundos depois.

-Bem, sendo assim vou-me sentar, esta pasta é tão pesada como parece. Mais logo vamos até à praia?

A Selina e o Pedro disseram que depois nos diziam alguma coisa e que iam convidar mais gente. Eu e o Alex sentamos-nos nas poltronas da entrada à espera de Rosie, que devia estar mesmo a chegar, enquanto a correria do check in continuava.

Ficamos sentados na entrada por uns 10 min, até que Rosie, finalmente, apareceu.

-Desculpem a demora, a carrinha tinha um peneu furado.- Disse com uma voz sonolenta.

- Não faz mal. - Disse Yasle levantando-se. - Sempre deu pra descansar um pouco.

- Rosie, tu não dormiste ou tiveste a cheirar erva? - Perguntei reparando nas olheiras dela.

- Não dormi. - Disse sorrindo de leve. - Vamos?

- Claro. - Respondeu Yasle.

Saímos do hotel e fomos em direção ao sitio onde íamos acampar. Decidi quebrar o silêncio.

- Trouxe a minha guitarra clássica. Vocês sabem alguma música? - Aguardei a resposta de ambas.

- Não devíamos, sei lá, deixar isto primeiro nos quartos, antes de irmos para a praia ? - bufou Luna, com um ênfase especial no "antes", enquanto seguia o irmão carregada com as mochilas e com as malas que ainda não transportavam por não terem ido aos quartos, através de uma estrada estreita que os levava na direcção da praia.
- Supostamente devíamos... - respondeu Liam, com um encolher de ombros - Ai... Deixa-te de ser preguiçosa. Queres que leve a tua mochila, ou algumas das tuas malas ?
- Devias era levar tudo - queixou-se Luna, com uma expressão de cansaço - Isto foi uma péssima ideia. Não sei porque é ainda vou atrás de ti nestas coisas...
- Porque queres tanto dar um mergulho como eu - sorriu Liam, enquanto ajeitava o cabelo - Anda, vá, já não falta tudo... Dá-me as tuas malas mais pesadas.
Seguiu-se um momento em que Luna parou de caminhar, e pousou as várias malas e mochilas no chão, começando a erguê-las uma a uma, e ocasionalmente comparando duas, tentando escolher as mais pesadas para que o irmão levasse, enquanto resmungava em voz baixa e apresentava uma expressão cansada e contrariada.
- Toma - disse, por fim, estendendo-lhe duas malas.
Liam ficou surpreendido com o peso de ambas, que ultrapassavam bastante o peso das suas. No entanto, decidiu levar ambas, estendendo uma das suas a Luna.
- Não reclames. Está bem mais leve do que estas... Sabes, pelo menos eu limito-me ao essencial.
- Eu também só trouxe o essencial - respondeu Luna, irritada, pegando na mala do irmão.
- Não, Luna - riu-se Liam - Não trouxeste...
Prosseguiram então caminho, e após alguns minutos (que a Luna pareceram uma eternidade), chegaram finalmente à praia.
- Valeu ou não valeu a pena, a caminhada ? - exclamou Liam, estupefacto com o que se encontrava perante os seus olhos.
- Tenho de admitir que sim - sorriu Luna, enquanto observava a praia.
Encontravam-se numa pequena extensão de areal, do mais branco que já tinham visto. Esta encontrava-se rodeada por pequenos aglomerados de arvoredo de aspecto tropical, separados por pequenos rochedos ou por clareiras, nas quais se encontravam campos de futebol e voleibol, assim como pequenas cabanas, algumas com espreguiçadeiras, sofás, locais para acender fogueiras e o que pareciam ser mini-bares, e outras que se encontravam fechadas e que os dois irmãos presumiram que fossem destinadas ao staff da CHERUB. O mar que banhava o areal era de um azul extremamente claro e transparente, e a ausência de ondas dava-lhe um aspecto calmo e apetecível, ao qual os dois irmãos não conseguiram resistir.
Liam tirou a camisola, correu em direcção ao mar e assim que sentiu que podia mergulhar, mergulhou. A água era quente, e a sensação de mergulhar depois de uma recruta intensa e de várias semanas agitadas foi fantástica. Encontrava-se finalmente de férias, e as preocupações todas que até então tinha tido não eram agora mais do que uma miragem distante. Regressou à superfície e sacudiu os cabelos, enquanto esfregava os olhos. Olhou à sua volta, e poucos segundos depois a sua irmã emergiu também não muito longe de si, sorrindo para ele.
Ambos aproveitaram a tarde para descansarem e se divertirem, tanto no mar como no areal, que naquele dia era apenas deles, pois a maior parte dos querubins encontrava-se agora a instalar-se nos quartos e a visitar as praias mais próximas da pousada, visto que aquela era das mais distantes. Quando finalmente chegaram à pousada, era já o fim da tarde, e encontravam-se extremamente cansados, mas felizes depois de uma tarde inteira a nadar, a jogar futebol e voleibol, e no mais diverso tipo de brincadeiras.
- Tenho fome - queixou-se Luna, enquanto aguardavam que o recepcionista lhes desse o número e a chave do quarto onde iriam ficar.
- Também eu - acenou Liam, em concordância - Não comemos nada a tarde toda... Vamos só arrumar isto ao quarto, ver com quem ficámos, e depois vamos jantar. Comemos cá na pousada, no refeitório, ou vamos jantar fora ?
- Fora... - respondeu Luna, com um sorriso - Hoje apetece-me algo diferente.

Talia nunca mais tinha saído com o seu grupo desde a ida à praia, porém com as férias na pousada da CHERUB tencionava mudar isso.
Fez a viagem toda a dormir e quando chegou ao destino não pode deixar de esconder a felicidade que estava a sentir, correu imediatamente para o interior do acampamento.
Estava um dia muito quente e Talia não pode conter um suspiro ao sentir o ar condicionado da receção. Pediu as chaves para o seu quarto e ficou contente ao saber que este era no último andar e por isso poderia acordar todos os dias com bela vista da ilha.
Arrumou tudo nos armários e no guarda roupa com cuidado. Tomou um banho de imersão prolongado enquanto ouvia música pelas colunas que tinha trazido.
Saiu do banho, secou-se e vestiu um bikini de crochet branco, uns shorts de ganga e um top fresco. Apanhou o cabelo, calçou umas havainas e saiu do quarto em direção à tão famosa cascata da ilha.
Pensou em mandar uma mensagem a Liam, mas tinha deixado o seu telemóvel no quarto, Com sorte ainda o encontrava pelo caminho.

Eram já quase oito horas e meia, e fazia-se sentir uma brisa agradável que tornava de alguma forma suportável aquele fim de tarde extremamente quente, típico do verão. Os dois irmãos percorriam as calçadas estreitas e inclinadas de uma pequena vila marítima não muito longe da pousada, deliciando-se com os gelados com três scoops e vários toppings diferentes que tinham personalizado não havia ainda muito tempo, numa gelataria ali perto. Caminhavam em direcção à praia, observando, divertidos, todas as peculiaridades que aquela pequena vila, com uma cultura muito diferente da deles, tinha para oferecer. Quando finalmente chegaram à praia, o sol estava já a pôr-se, cobrindo o céu de pincelados com uma tonalidade alaranjada, que reflectia na água do mar, gerando uma paisagem espectacular. Estavam já a acabar o gelado, sentados no passadiço que conduzia ao areal, observando as ondas com um ar absorto, quando Luna anunciou, com um suspiro cansado:
- Acho que vou voltar para a pousada...
- Já ? - estranhou Liam, de sobrolho erguido - Ainda nem são nove horas...
- Sim, eu sei... Mas estou exausta. Entre acordar cedo, a viagem de avião, as caminhadas, a praia durante a tarde... Não sei como é que também não estás cansado.
Liam encolheu os ombros. Sentia-se cansado mas ao mesmo tempo desperto, e a ideia de voltar para a pousada não lhe parecia nada apelativa. Para além disso, existia ainda um sítio que queria imenso visitar antes de dar o seu dia como terminado.
- Eu estou cansado, mas não ao ponto de querer ir já para a pousada... Acho que ainda vou dar uma volta por aí. Ver como é a ilha, o que há aqui à volta... E ainda gostava de ir à cascata hoje, dar um mergulho.
Luna acenou em concordância, com um olhar distraído fixado no areal, antes de se erguer e se espreguiçar, enquanto dizia:
- Faz isso. A única volta que eu vou dar por agora é até ao quarto, e já me parece cansativa que chegue - arrastou-se então até ao irmão de forma preguiçosa, deu-lhe um beijinho suave na bochecha, e começou a afastar-se na direcção da vila, dizendo em voz alta - Vemos-nos amanhã, maninho. Não te percas.
Liam sorriu ao ver a sua irmã afastar-se. Retirou o telemóvel do bolso e procurou rapidamente na galeria de fotos aquela que representava o mapa da ilha e que tinha sido enviada a todos os querubins pelos orientadores de madrugada, aquando da partida. Quando o encontrou, observou-o com atenção procurando encontrar a localização da cascata. Verificou que esta não era muito longe, e que existia uma estrada estreita de terra que a ligava uma praia não muito distante daquela onde se encontrava, pelo que não demoraria mais do que dez minutos a chegar a essa estrada, e cerca de quinze minutos para chegar à cascata. Acabou o seu gelado, levantou-se e pôs-se a caminho.
Tal como adivinhara minutos antes, não demorou mais que dez minutos a caminhar através dos passeios que ladeavam as praias belíssimas da costa da ilha para que chegasse ao caminho de terra. A gravilha encontrava-se limpa e algo desnivelada, devido aos vários automóveis que por ali passavam diariamente, e uma tabuleta indicativa confirmava a eventuais duvidosos de que aquele era, de facto, o caminho certo para quem se quisesse dirigir à cascata.
O céu começava já a escurecer um pouco, e eram já perceptíveis os sons de vários animais nocturnos, sendo que Liam conseguia reconhecer alguns, mas não todos eles. Não pôde deixar de se questionar sobre quais seriam as espécies que encontraria se se embrenhasse na floresta àquelas horas, mas tal aventura teria de ficar para outro dia. Já ouvia o burburinho da cascata não muito longe de se encontrava, e ficou ainda mais animado com a ideia de o mergulho nocturno que estava prestar a dar.
Só quando a vegetação se começou a tornar cada vez mais escassa, dando lugar a um clareira que era banhada por raios de luz da lua, ainda pequena no céu, e por uma parte da cascata, é que Liam conseguiu por fim vislumbrar a cascata. E quão magnífica ela era. Todos os elogios que os orientadores tinham utilizado naquela manhã, durante a viagem de avião com rumo à ilha, pareciam agora insignificantes dada a beleza daquela maravilha natural, que Liam observava, ainda estupefacto. A queda de água era belíssima, rodeada de vegetação, e com várias rochas atravessadas no percurso da queda de água, e que dividiam a mesma em pequenos fios, fios esses que se uniam no fim para caírem de forma graciosa e barulhenta na água, criando um efeito de som inacreditável. Àquela hora a cascata encontrava-se praticamente vazia, à excepção de um corpo feminino que nadava próximo da queda de água, de forma relaxada e descontraída.
Liam ficou indeciso. Não conseguia perceber ao certo quem a rapariga era, devido à distância entre eles, e iria sentir-se a mais se fosse para lá nadar sem a conhecer. No entanto, esta aparentou reparar nele e aproximou-se um pouco, curiosa. Quando a distância entre eles finalmente se encurtou o suficiente, Liam percebeu por fim quem era a rapariga, e não pôde evitar que um enorme sorriso se espalhasse pela sua face quando isso aconteceu :
- Talia - sorriu ele, feliz, observando-a à medida que esta se aproximava.
- Olá, Liam - cumprimentou-o ela ao parar de nadar, também com um enorme sorriso na face.

Depois de chegar á entrada principal, recebi uma mensagem; era uma foto com o mapa do hotel, que era entregue a todos os querubins. Pelos vistos, estávamos numa pequena ilha algures no Pacífico0
Primeiro fui ver o hotel inteiro: tinha várias coisas que adoraria experimentar. Motas de água, barcos a remos para explorar as coisas, e até havia uma vila onde podíamos ir lá quando nos aptecer. Respirei bem fundo e olhei em volta: senti um ar quente e húmido, atípico para um clima mediterrâneo. A água do mar era cristalina e a areia era branca, perfeita para um mergulho.
Olhei para o telemóvel. Estava um lindo pôr-do-sol e tinha que fazer algumas coisas pelo que decidi dar uma volta pela praia.
A praia era linda!

Mas quando avançei uns quilómetros, a temperatura começou a cair, começou a formar-se nuvens e a haver nevoeiro.

Aquele clima deu-me uma sensação de felicidade, liberdade, mas, ao mesmo tempo, de tristeza. Tinha descoberto recentemente que era metade islandesa e metade russa e tivera que mudar o meu apelido e isso tinha me deixado com uma sensação de que os meus pais tinham me escondido alguma coisa.
Embrenhada nos meus pensamentos, perdi a noção do tempo.
Corri rapidamente para a praia e isso demorou um tempão. Decidi que o melhor era ficar ali um bom tempo e ficar a admirar a paisagem.

Pensava que aquilo iria ficar fixe mas, pelos vistos, magoei algumas pessoas...
Desculpem-me

Talia odiava que a chateassem quando estava a relaxar sozinha, porém quando se apercebeu que,a figura masculina que tinha invadido aquele espaço era Liam não pode deixar de esboçar um sorriso sincero.
-Olá Liam.-chamou o rapaz num tom bastante angelical.
-Não sabia que estavas por aqui.- o jovem confessou passando a sua mão direita pela nuca.
Talia riu-se um pouco.
-Não esperava companhia também.- encolheu os ombros.
-Não te estou a incomodar, pois não?
-Liam! Por favor! Achas mesmo?- Talia riu-se abanando a cabeça.- Anda, podes vir, eu não mordo.- chamou-o para perto de si.- Além disso , eu até te queria ligar para irmos dar uma volta ou assim, mas esqueci-me do telemóvel no quarto, por isso...
-Bem, o universo pareceu ouvir as tuas preces. - riu-se e Talia não pode deixar de rir também.
-Até parece! Então, que fizeste hoje? Já chegaste há muito tempo?
Liam abanou a cabeça.
-Não, hoje mesmo. Oh.. Estive com a Luna.- revirou os olhos.- Ela tem perguntado por ti. Nunca mais estivemos juntos desde aquele dia na praia.
Era verdade. A jovem até tinha ficado contente por ir com o grupo à praia mas mal chegaram ao seu destino teve de voltar para trás. A sua treinadora tinha uns assuntos para tratar com ela e por isso teve de voltar imediatamente para o campus após ter recebido uma chamada da mesma.
-Eu tenho saudades dela, ela é uma boa rapariga.
-Dela? E de mim?- Liam gargalhou num tom divertido, claramente que estava a brincar.
Talia suspirou e olhou para o reflexo da Lua na parte onde a água se encontrava mais calma.
-Também tive saudades tuas Liam.- disse olhando desta vez para ele.- Também estás no último andar?- perguntou numa forma de mudar o assunto da conversa.

Nizzo saiu da varanda passado um pouco e dirigiu-se para dentro do quarto, onde trocou de roupa para um polo azul claro e uns calções brancos, pois estava muito calor e saiu do quarto, descendo pelas escadas e passando pela receção.
Estava um calor abrasador, e notava-se ainda mais quando se saía do edifício, o ar condicionado do hotel disfarçava muito do calor exterior.
Ao sair do edifício principal para a praia, Nizzo deparou-se com uma rapariga sozinha e decidiu falar com ela, visto que ele também estava ali sozinho.
-Hey, sou o Nizzo, vi que estavas sozinha e então decidi falar contigo, visto que também estou na mesma situação... - apresentou-se Nizzo, um pouco corado e envergonhado, coçando a parte de trás da cabeça. - Como te chamas? - perguntou ainda Nizzo.

Estava no helicóptero do segundo grupo para a pousada. Estava muito entusiasmada porque era a primeira vez.
Todos diziam que era super luxuoso, tinha montes de piscinas e quartos fantásticos!
A viagem demorou imenso tempo mas valeu a pena. Mandaram-nos esperar no balcão. A Yasle e o Lucas estavam á minha espera. Perguntei:
-O que é que vamos fazer depois de ver o quarto?
-Nadar é claro!  
-Ok, o quarto é fixe?
-Espera para ver!

Aquilo estava a correr tudo bem e depois de recebermos a chave do quarto, subirmos de elevador fomos ver como é que ele era. Havia quatros camas enormes, um frigorífico gigante e uma piscina de perder de vista.
-Que fixe! Desde que chegaram os dois, deram alguns mergulhos aqui?
-Ainda não, estávamos á tua espera- respondeu o Lucas
-Que fofos, mas para quem é a quarta cama?
-Bem houve uma mudança de planos- explicou a Yasle- o Alex mudou de quarto para ficares connosco, mas temos que ficar os três com uma querubim que nem conhecemos
-Quem é?
-Chama-se Lilija ou uma cena assim. É meio estranha. Não fala nada e teve a lata de dizer que tu e o Lucas são namorados!
-O QUÊ????!!!  
-Calma, ela agora foi passear. Querem ir para a nossa piscina?
-Claro- disse eu- mas acho melhor convidar o casalinho Rosie e o Coby. Que acham?
-FIXE!

A rapariga apresentou-se como Jô e mostrou-me alguns panfletos que tinha na mão, enquanto seguiam para a praia.
-E já viste algo em especial? - perguntei, acerca dos panfletos.
-Tem aqui uma cena que parecia engraçada, visto que nunca fiz... Andar de canoa. Alguma vez o fizeste? - perguntou Jô.
-Sim, já fiz uma vez, é engraçado. Se quiseres posso-te ensinar e andar contigo... - declarei a Jô.

-Sim, quero! Podemos fazer amanhã, que tal?! - respondeu Jô, empolgada.
-Na boa. - respondi, com um sorriso.
Chegamos entretanto á praia e despi o polo após pousar as minhas coisas, exibindo o tronco musculado, e seguimos para a água.
-Bem, o que gostas de fazer? - perguntou Jô.
-Normalmente gosto de praticar artes marciais para descarregar o meu stress, gosto também de ciclismo, gosto de dar umas voltas de vez em quando para espairecer e gosto de futebol. Mas o que me encanta mesmo é a pintura, aqueles desportos pratico mais por estar aqui na Cherub, mas a pintura e o desenho são mesmo as minhas maiores habilidades e o que mais me fascina.- expliquei a Jô, gesticulando bastante. - E tu, o que gostas de fazer? - perguntei, de seguida.

- E tu, o que gostas de fazer? - perguntou.
-Hmm, gosto de jogar basquetebol e matrecos - comecei. - Eu gosto de astronomia. Lá no campus, aproveito algumas vezes para ver o céu porque gosto de identificar constelações e assistir a "chuva de estrelas". Por falar nisso, está se a aproximar o pico das Perseidas, que acontece por Agosto - lembrei-me. - Já alguma vez viste?

-Hmm, gosto de jogar basquetebol e matrecos - comecei. - Eu gosto de astronomia. Lá no campus, aproveito algumas vezes para ver o céu porque gosto de identificar constelações e assistir a "chuva de estrelas". Por falar nisso, está se a aproximar o pico das Perseidas, que acontece por Agosto - lembrei-me. - Já alguma vez viste?
-Não, nunca vi. Não sou muito ligado a astronomia, sempre gostei de observar o céu quando está estrelado e conheço aquelas constelações mais básicas, mas nunca foi algo que me chamasse muito. Imagino que seja fascinante para ti a astronomia como a pintura e as artes são para mim. - respondi enquanto mergulhava no mar.

Depois do meu mergulho, Jô também fez o mesmo, a temperatura exterior era bastante forte, e apesar da água estar morna, era melhor do que o exterior.
-Tu tens trabalhos guardados que possas mostrar e assim? - perguntou-me Jô quando me aproximei depois do mergulho.
-Sim, tenho no meu quarto, um artista anda sempre com alguma material atrás. - declarei com um sorriso. - Se quiseres depois podemos passar no meu quarto e mostro-te. Ou então posso desenhar um retrato teu, se preferires. - acrescentei ainda.

-Pode ser! - disse pondo-se de pé. - Acho que nunca ninguém pintou um retrato meu. - acrescentou ainda Jô.
Ficamos ainda mais um bocado no mar, mas depois fartamo-nos do mar e fomos deitar-nos nas toalhas para secar.
Estava imenso calor ali, e depois de bronzear um pouco e de secar quase completamente, levantei-me para ir buscar algo para beber.
-Jô, vou ao bar buscar uma bebida para mim, queres alguma coisa? - perguntei, enquanto calçava as havaianas.

-Jô, vou ao bar buscar uma bebida para mim, queres alguma coisa? - perguntou, enquanto calçava as havaianas.
-Uma garrafa de água fresquinha, pode ser? - pedi.
-Sempre às ordens - disse antes de se afastar em direção ao bar.
Voltei a recostar-me e fechei os olhos. Tão bom estar de férias...

-Uma garrafa de água fresquinha, pode ser? - pediu Jô.
-Sempre às ordens - respondi.
Conforme me afastei vi que ela se tinha voltado a encostar na espreguiçadeira e a fechar os olhos.
Chegando ao bar, pedi um sumo de laranja natural para mim e a garrafa de água fresca para ela, agradecendo e regressando de seguida para junto dela.
Toquei-lhe no ombro e após ter aberto os olhos, entreguei-lhe a água, ao que ela agradeceu, e sentei-me numa espreguiçadeira ao lado da dela.
-Então, conheces muita gente no campus? - perguntei-lhe.

Já estava toda a gente ambientada àquele sítio paradisíaco onde íamos passar o resto das férias: os querubins apanhavam banhos de sol ao lado da piscina ou na praia, havia grupos a jogar cartas, futebol, raquetes, etc, haviam ainda mais grupos a beber sumo enquanto conversavam. Resumindo, notava-se que estas férias iam ser passadas como umas boas férias o merecem ser: a descontrair.

Depois de perceber que o lugar onde podíamos acampar estava lotado, eu, o Alex e a Rosie voltámos ao hotel para pedirmos a chave de um quarto para os três. A rececionista deu-nos a chave com um sorriso simpático e nós agradecemos e seguimos caminho até ao 5º andar, quarto nº 516. Entramos e pousamos as malas. Eu deixei-me cair de costas na cama enquanto Alex abria a mala e sugeria um mergulho:

- Prontas para dar um mergulho na praia?

- Claro! Que raio de pergunta!- troçou Rosie.

- Então vou ligar à Sel, fiquei de lhe dizer alguma coisa.- disse eu.

Peguei no telemóvel e liguei-lhe:

-Olá Sel, ainda estão na praia?

-Olá Yasle! Sim, estamos mesmo em frente ao bar que há na praia, vais-nos ver assim que chegares.

-Awesome! Vou com o Alex e a Rosie, vamos só vestir os fatos de banho e já vamos aí ter. Até já!

- Até já!  

Já estávamos nós a vestir os fatos de banho à vez na casa de banho do quarto quando aparece a Marceline à porta do nosso quarto. Bate à porta enquanto pergunta:

-Posso entrar?

O Alex abre-lhe a porta pois era o que estava mais perto. Já só faltava a Rosie estar pronta, que ainda estava trancada na casa de banho.

- Eu e o Lucas ficámos mesmo ao lado de vocês!- disse Marceline entusiasmada. -Vão à piscina? perguntou ela reparando na nossa vestimenta.

-Vamos até à praia ter com a Selina e o Pedro.- respondi-lhe.-Vistam-se e venham também, nós arranjamos um guarda sol para ti Marceline.

Eles concordaram e quando finalmente estávamos todos prontos dirigimos-nos até à praia. Não foi difícil de encontrar a Sel e o Pedro e rapidamente nos juntamos a eles.

-Nem por isso - respondeu-me. - Nos primeiros tempos ainda conhecia bastante gente, mas alguns já se foram embora e não tenho visto outros porque devem estar em missão. Também não ajudou muito o facto de este ano ter tido demasiado trabalho com a escola propriamente dita, o que me fez não falar com os querubins que se foram juntando agora mais recentemente. E tu?
-Eu estou numa situação parecida, tinha algumas amizades no campus, mas a maior parte delas entretanto perderam-se porque nunca nos vemos, raramente os encontro pelo campus, e todo o trabalho escolar que tive este ano também impediu um pouco de conhecer melhor os novatos, sendo que os que conheço é pouco, fruto de 2 ou 3 conversas no campus. Já me habituei ao facto de não ter muitas amizades aqui no campus. - expliquei- Pode ser que contigo seja diferente, pareces ser fixe. - acrescentei ainda, com um sorriso.

-É pena eu não achar isso de ti - respondeu Jô.
-O quê? - perguntei, gesticulando e sorrindo.
Ela pôs a língua de fora em resposta. Depois recostou-se novamente e fechou os olhos.
-Depois vais jantar lá no hotel? - perguntou-me.
-Sim, devo jantar lá qualquer coisa. - respondi. - Queres jantar comigo? Jantar contigo é melhor do que sozinho. Se quiseres até posso cozinhar para ti... - declarei, sorrindo.

-Sim, devo jantar lá qualquer coisa. - respondeu. - Queres jantar comigo? Jantar contigo é melhor do que sozinho. Se quiseres até posso cozinhar para ti... - declarou, sorrindo.
Olhei para ele novamente.
-Cozinhar para mim? Isso é outro talento teu? - perguntei.

- Despacha-te, eles não esperam para sempre - disse Sarah já a entrar no avião para irmos para a Pousada de Verão.

Respondi-lhe com uma careta e corri para alcançá-la. - Então, entusiasmada para as férias? - perguntei-lhe.

- Shiu, se não fosses tu já estaríamos lá à muito tempo! - disse ela.

- What? Como assim?

- Se não tivesses estado de castigo 1 semana tínhamos acabado o projeto mais cedo. - Ela parecia fingir-se amuada.

- Ah, isso - ri-me por dentro.

Fomos conversando normalmente durante o resto da viagem e vendo a paisagem marítima passar por baixo de nós. Até que chegámos à ilha e a memória dos bons dias passados no Acampamento de Páscoa veio à cabeça. Por falar nisso, não tinha visto muitos dos querubins que conheci aí, "espero vê-los por aqui outra vez", pensei.

Saímos do avião e entrámos no jipe que levou-nos para o resort. Durante a curta viagem vimos várias pessoas a divertirem-se na praia, piscina e em caminhadas para a floresta. Já no resort a recepcionista deu-nos as chaves para o nosso quarto. Era no último andar.

Estava à seca no quarto e decidi ir ter com a Yasle. Bati à porta do quarto (que é mesmo ao lado) que ela dividia com a Rosie e o Alex.
-Posso entrar?

O Alex abre-me a porta.
- Eu e o Lucas ficámos mesmo ao lado de vocês!- disse eu entusiasmada. -Vão à piscina?
-Vamos até à praia ter com a Selina e o Pedro.- respondeu ela -Vistam-se e venham também, nós arranjamos um guarda sol para ti Marceline.
-Thanks! Eu também trouxe um protetor solar fator 100!

Finalmente estávamos todos prontos dirigimos-nos até à praia, que parecia de sonho!
Rapidamente os encontrámos e juntámo-nos a eles. Perguntei à Yasle.

-Achas que podemos fazer uma festa no quarto de um de nós? Era só mesmo para curtir a vida!

- Despacha-te, eles não esperam para sempre - disse eu, apressada ao entrar no avião que nos levaria ao destino de férias dos querubins e dos membros do staff.

Fez-me um careta em resposta e correu, alcançando-me.

- Então, entusiasmada para as férias? - acabou por perguntar.

- Shiu, se não fosses tu já estaríamos lá à muito tempo!

- What? Como assim?- perguntou, James a fazer-se de desentendido.

- Se não tivesses estado de castigo 1 semana tínhamos acabado o projeto mais cedo. - Disse para o esclarecer, fazendo uma cara de desaprovação.

- Ah, isso - disse, a rir-se.

Passámos o resto da viagem a ver a paisagem e a conversar. O azul do mar era lindo e apenas uma das coisas boas da Pousada.
Ao chegarmos à ilha, o mesmo destino do Acampamento da Páscoa, lembrei-me dos momentos aí passados, das pessoas que conheci naquela incrível ilha.
Estava ansiosa para poder descansar na praia, na piscina, ou fazer uma das outras atividades disponíveis.
Saí do avião e levei com o sol na cara e o calor característico daquele local invadiu o meu corpo.
Quando entrámos na receção, dirigi-me à senhora que estava encarregue de nos dar as chaves dos quartos, enquanto que James tratava de pôr as malas no elevador.

- Bom dia. Eu gostava de fazer o check-in. Sarah Adams.

- Bom dia. Sim, claro. Sabes que podes ficar com amigos no quarto? Queres ficar acompanhada, ou sozinha?

- Ah, não, não sabia.- chamei James e informei-o. Após combinarmos, falei com a senhora. - Pode ser, ele - disse eu apontando- chama-se James Andrade e queríamos ficar num quarto conjunto, por favor.

Entrámos no elevador que nos levou até o último andar. Observei a parte da ilha que conseguia ver do elevador transparente, ao som da música de fundo.
Saí do elevador, seguida por James a arrastar a minha mala pelo corredor até chegar ao nosso quarto.
Entrei e esboacei um sorriso.
O quarto era espaçoso e moderno. Para cada um de nós estava destinada uma cama de casal, alta e bastante confortável. Entre elas existia uma mesinha de cabeceira com um mini bar por baixo.
Do lado esquerdo das camas estava uma mesa com cinco cadeiras. Atrás da mesa encontrava-se um chaise longue.
À frente das camas encontrava-se um plasma, que, se depende-se de mim ia ser pouco utilizado. Escolhi a minha cama, pousei as coisas e segui para a varanda. Tal como no outro ano, esta continha um luxuoso jacuzzi e umas espreguiçadeiras.
A vista daquele andar era espantosa. Observava-se uma grande parte da área da ilha, as piscinas, a água do mar, a floresta e a cascata... Era um cenário bastante bonito.
Com um sorriso, virei-me para James:

- Aí de ti que não sejas arrumado ou que ressones.

- Eu?- perguntou ele irónico.

- Experimenta.

- Rrro shhh, rro shh.- disse para me provocar.

Dei-lhe um pequeno empurrão e fui ver a casa de banho. A área estava dividida em quatro partes, sendo que duas delas tinham portas para impedir a visibilidade: a área da sanita e a do duche.
Existiam ainda dois lavatórios e uma banheira com hidromassagem.

- Queres pensar no que fazer enquanto vamos relaxar para o jacuzzi com alguma coisa do mini bar?- perguntei. Sinceramente, já sabia a resposta...

- Isso pergunta-se?- riu-se.

Despi a camisola e os calções que tinha vestidos revelando um bikíni branco.
Enquanto o James ia à casa de banho trocar a roupa que tinha vestido pelos calções, eu peguei em duas coca-colas, no meu telemóvel, para o caso de alguém mandar uma mensagem ou assim e entrei para o jacuzzi.
Mal o James chegou, entreguei-lhe a coca-cola.

- Então, o que pensas fazer a seguir?

Após ter anunciado que podia cozinhar para ela, Jo olhou para mim.
-Cozinhar para mim? Isso é outro talento teu? - perguntou.
-Um artista como eu nunca se pode fiar só em um talento, tem de ter várias habilidades para variadas ocasiões. Tenho a certeza que também tens habilidades únicas e especiais. - respondi, indo com ela em direção á entrada do Hotel.

-Um artista como eu nunca se pode fiar só em um talento, tem de ter várias habilidades para variadas ocasiões. Tenho a certeza que também tens habilidades únicas e especiais. - disse enquanto nos dirigíamos para o Hotel.
Antes de entrar na cherub, pensava que as tinhas. Mas depois, encontrei muita gente com as minhas capacidades.
-Eu acho que não tenho assim nada de especial nem único - respondi. - Mas sei cozinhar. Desde que me tornei vegetariana que gosto de brincar um pouco e inventar imensas cenas novas.
Chegamos ao hotel.
-Vou só tomar banho para tirar esta areia toda - disse-lhe. - Daqui a meia hora neste sítio? - perguntei.

-Eu acho que não tenho assim nada de especial nem único - respondeu. - Mas sei cozinhar. Desde que me tornei vegetariana que gosto de brincar um pouco e inventar imensas cenas novas.
Entretanto chegamos ao hotel, entramos pelo hall principal e paramos á entrada dos elevadores.
-Vou só tomar banho para tirar esta areia toda - disse. - Daqui a meia hora neste sítio? - perguntou ainda.
-Sim, é melhor, vou aproveitar e vestir algo mais apropriado para a noite, vai estar bastante calor. - respondi enquanto chamava o elevador.
Entrei nele e dirigi-me ao meu andar e, após atravessar o corredor, entrei no meu quarto. Aproveitei para arrumar mais algumas coisas no quarto, e fui tomar o tal banho.
Vesti um polo azul escuro e uns calções aos quadrados azuis e cinzentos, amarrando o cabelo numa bola colorida, com cinco cores diferentes: azul, vermelho, roxo, preto e rosa escuro, calçando-me de seguida e saindo do quarto rapidamente, chegando ao local combinado rapidamente.

Depois de levar as malas para o quarto, finalmente pude apreciá-lo. O quarto era incrível, ainda melhor do que os quartos no Acampamento de Páscoa, com uma decoração simples e moderna. Entrei no quarto, pus a tralha toda na cama que sobrou para mim quando a Sarah saiu da varanda e disse:

- Aí de ti que não sejas arrumado ou que ressones. - Ahahahaha, piadas.

- Eu? - perguntei-lhe ironicamente.

- Experimenta.

- Rrro shhh, rro shh.

Estava a caminho da varanda com a intenção de ver a vista que o quarto tinha quando a Sarah voltou-me a chamar:

- Queres pensar no que fazer enquanto vamos relaxar para o jacuzzi com alguma coisa do mini bar? - Até parece que ela não me conhece...

- Isso pergunta-se? ri-me.

Fui trocar-me e quando voltei a Sarah já estava dentro do jacuzzi, com o corpo submerso, apenas com a cabeça de fora. Pegou numa das coca-colas, atirou-a para mim e perguntou-me:

- Então, o que pensas fazer a seguir?

- Não sei, talvez ir à praia. - disse, entrando lá dentro.

- Ok, mas não agora - respondeu-me, descontraindo. No meio de tanta descontracção, acabou por me dar um pontapé. Respondi atirando água para cima dela.

Quando cheguei ao quarto, pousei tudo no chão e fui tomar banho. Como Nizzo dissera que ia estar muito calor, vesti uns calções de ganga e uma camisola branca de alças.
Depois fui para o sítio que combináramos, sendo que ele já estava à minha espera.
-Eu estou cheia de fome - declarei. - E que tal irmos antes ao buffet do hotel, já que temos tudo preparado? - perguntei mal cheguei, visto que o meu estômago estivera a roncar durante praticamente todo o caminho.

-Eu estou cheia de fome - disse Jo. - E que tal irmos antes ao buffet do hotel, já que temos tudo preparado? - perguntou mal tinha chegado.
-Sim, por mim tudo bem. - respondi com um sorriso.
Seguimos para o buffet e fomos encaminhados por um empregado para uma mesa no canto, onde me sentei em frente a Jo.
Peguei no menu e vi que havia 4 regiões diferentes de sabores representadas nas mesas onde nos podíamos servir.
-Há comida Americana e Britânica numa mesa, Oriental em outra, do Sudoeste da Europa noutra e Latina no fundo, por onde queres começar? -perguntei-lhe.

Já estava na receção há algum tempo quando finalmente vejo a minha irmã.

- Então miúda! Já não era sem tempo! - digo a Kerry enquanto me atiro para cima dela para lhe dar um abraço.

- Eiiiiiii! Deixa-me respirar!!

- Ahh desculpaa. - larguei-a.

- O meu voo atrasou-se... Já estava mesmo a precisar de umas férias! - disse. - Em que quarto ficámos?

- 214.

Subimos.

Bem, tempo para férias neste louco mundo da CHERUB. O plano: descansar, programar um pouco no computador e simplesmente dormir 12 horas por dia. E talvez até escrever algumas coisas. Não planeava muita interação social, acho que desde Abril que estava a "tirar tempo para mim próprio". Já tinha tudo empacotado: roupas e produtos de higiene e afins; o meu computador; o meu Raspberry Pi com o qual andaria a programar durante a minha estadia toda; telemóvel; livros; e os meus habituais bloquinos, Não achei que precisasse de mais nada.

A chegada à ilha não me pareceu demorar muito, mas também estava distraído a anotar coisas. A minha mente estava distraída com um problema matemático na programação. Quando dei por mim, já tínhamos chegado à ilha.

Apressei-me a chegar à pousada para arranjar um quarto. O plano era montar já o meu "estaminé eletrónico" e deixar alguns programas a correr enquanto via um pouco da ilha, visto que não tinha tido vontade de vir na Páscoa... Mais tarde lia um pouco e trabalhava no Raspberry Pi.

Depois de algumas gargalhas e um pouco de conversa entre o grupo, a Marceline propõe-me uma festa num dos nossos quartos:

-Achas que podemos fazer uma festa no quarto de um de nós? Era só mesmo para curtir a vida!-

-Que grande ideia!!!- respondi bastante entusiasmada e talvez um bocado alto demais pois no raio de 2 metros toda a gente à nossa volta olhou para tentar perceber do que se tratava.

O alex foi o primeiro a perguntar:

-Que ideia?

-A Marceline propôs fazermos uma festa no quarto!! Que acham?- respondi-lhe.

Todos ficaram entusiasmados e assentiram em como a ideia da festa era de facto o que estas férias estavam a precisar.

-Mas o nosso quarto é demasiado pequeno para uma festa, mesmo que sejamos só nós, precisávamos no mínimo do tamanho de dois quartos daqueles.- observou a Rosie.

Fez-se uma pausa na conversa mas rapidamente foi interrompida.

-Isso não é problema! Eu e a Sel ficámos numa suite, no último andar. Dá perfeitamente para termos lá uma festa!- disse Pedro depois de uma breve troca de olhares com Selina.

-Então está resolvido!!- anunciei eu para todos - Encontramos-nos na receção por volta das 22h? Eu e o Alex ainda passamos no mercado local da ilha para comprar bebidas.

Todos assentiram e assim ficou combinado. Depois de mais algumas horas de jogos de praia, mergulhos e risadas fomos para os quartos prepararmo-nos para a grande noite que aí vinha.