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Recruta nº 31

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Mensagem  Diana E. Grint Seg 28 Mar 2016, 21:24

RECRUTAS:
. James Andrade
. Riley Parker
. Lilija Hallbjorn
. Giselle Driver
. Liam Phillips
. Luna Phillips

Eram sete da manhã quando os agentes foram deixado nos pontos de início da recruta, cada agente encontrava-se isolado num ponto da ilha, fazendo-se acompanhar de uma pequena mochila e de um mapa com 5 pontos e um ponto central assinalados e algumas instruções:

“Encontras-te num dos pontos desta ilha, cabe-te a ti descobrir qual. Tens 24 horas para chegar ao ponto assinalado com um !, o primeiro agente a chegar receberá 5 utilidades, o quinto agente a chegar receberá apenas uma. Despachem-se.”


Recruta nº 31 261yem9

A mochila de cada um, por sua vez, continha uma bússola, um cantil com água, uma barra energética, uma caixa com 4 fósforos e um canivete.
Esperava-se que os agentes utilizassem as suas capacidades de orientação para que pudessem aferir o local em que se encontravam e posteriormente prosseguir até chegarem ao local esperado, utilizando até lá todas as suas capacidades de sobrevivência.

_____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Não existirá ordem de postagem, contudo, todos os recrutas devem estar a par de que a recruta corresponde a 100 dias que para efeitos reais decorrerá em 7 dias. Espera-se portanto que em 7 dias todos os desafios sejam concluídos. (não existe propriamente obrigatoriedade de uma publicação diária, podem fazer as publicações que bem entenderem desde que não façam duas publicações seguidas).
Conforme descreverem a zona onde estão e chegarem à conclusão relativa ao ponto onde se encontram, cada recruta terá de se encontrar em um ponto apenas, não poderá haver mais do que um recruta por ponto.

Nota: após chegarem ao ponto de encontro, deverão esperar por novas ordens.


Última edição por Diana E. Grint em Ter 29 Mar 2016, 19:15, editado 1 vez(es)
Diana E. Grint
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Mensagem  Riley Parker Ter 29 Mar 2016, 02:07

Acordaram-me de madrugada e levaram-me até aos instrutores da recruta. Era oficial, os piores 100 dias da minha vida estavam para começar. Encontrei os meus colegas de recruta, que pareciam tão assustados quanto eu. Vendaram-nos e levaram-nos para um helicóptero. Nenhum de nós sabia para onde ia, mas também ninguém se atreveu a perguntar. Depois de algumas horas de viagem (que pareceram séculos), os recrutas foram sendo deixados em pontos diferentes do que parecia ser um país completamente diferente, julgando pela temperatura que se sentia vir do exterior de cada vez que o helicóptero pousava. Na terceira aterragem foi a minha vez de sair. Disseram-me para apenas retirar a venda quando o helicóptero descolasse. Assim o fiz. Mal tirei a venda olhei para todo o lado. Não fazia ideia de onde estava. Olhei à volta. Estava no meio de um campo de relva verde, não me parecia tratada. Ouvi vacas mugirem ao longe e, com esforço, consegui ver o mar. Olhando na direção oposta, só via um enorme pântano. Com tanta confusão esqueci-me que tinha uma mochila ao meu lado, acompanhada de um mapa. Abri a mochila: uma bússola, um cantil com água, uma barra energética, uma caixa com 4 fósforos e um canivete. Abri também o mapa: “Encontras-te num dos pontos desta ilha, cabe-te a ti descobrir qual. Tens 24 horas para chegar ao ponto assinalado com um !, o primeiro agente a chegar receberá 5 utilidades, o quinto agente a chegar receberá apenas uma. Despachem-se.” "Estou tramada" - pensei eu. Recompus-me e comecei a andar às voltas, tentando descobrir o que fazer. Andei um pouco, mas parecia nunca sair do sítio. Parei. Andar estilo barata tonta não me ia levar a lado nenhum. Tinha de encontrar pontos de referência, algo que me indicasse onde estava. Tinha o mar, ao fundo. Olhei para o mapa, mas todos os pontos eram à beira mar. Peguei na bússola, e virei-me de frente para o mar. Os ponteiros indicavam Sudoeste. Isso descartava algumas opções no mapa, deixando o ponto 2 e o ponto 4 como os únicos pontos possíveis nos quais eu pudesse estar. "Bem, se estiver no ponto 4, isto é uma ilha.", pensei eu enquanto começava a andar, procurando os limites da zona. Mas parei. Cheguei à conclusão que seria uma perda de tempo caminhar todo o perímetro da zona. Não tinha relógio, mas pelo sol, deviam faltar cerca de 2 horas para o meio dia. Tentei procurar outras referências. Vi montanhas, mas não me pareceu uma referência muito útil. Decidi caminhar em direção ao mar. Se estivesse no ponto 4, certamente iria avistar a outra ilha ao longe, enquanto se estivesse no ponto dois, iria deparar-me com uma estrada. Pareceu-me um ótimo plano. Comecei a caminhar e qual foi o meu espanto quando me deparo com a tal estrada. A minha intuição feminina não me costumava falhar, e tinha pressentido estar no ponto 4. "Estou no ponto 2." - sussurrei para mim mesma. Agora tinha de arranjar um plano para chegar ao destino final. Bebi um pouco de água do meu cantil e decidi guardar a barra energética para depois, embora a fome começasse a apertar. Olhei para o mapa. Decidi seguir a estrada em direção a Nordeste, o piso era mais regular e mais fácil de caminhar, e, com sorte, talvez aparecesse um carro que me desse boleia e assim ganhava vantagem sobre os outros recrutas. Depois, mal encontrasse o rio Sono, que seria o segundo rio pelo qual passaria, seguindo a estrada, ia seguir o mesmo rio até à sua nascente na montanha McDonald. Depois, iria seguir a ramificação mais próxima do rio Teouma e segui-la até ao rio principal, o que me deixaria perto do ponto de chegada. Olhei para o sol e devia ser quase meio dia. Decidi despachar-me, queria perder o mínimo de luz do dia possível. Já devia estar a andar à cerca de 1 hora, e só um carro tinha passado. Levantei o polegar, mas em vão, o carro seguiu seu caminho. Continuei a andar por mais cerca de meia hora até que ouvi um motor ao longe. Fiz figas para que fosse um carro. Quando vi que era, levantei o meu polegar como se fosse a última coisa que estivesse a fazer na vida. Nunca me senti tão feliz como ao ver o carro abrandar e a encostar ao meu lado. O condutor era um senhor, já com alguma idade. No banco de traz estava uma criança, com cerca de 12 anos. O condutor desceu a janela do carro e falou-me numa língua estranha. Não sabia o que fazer, mas não queria perder a oportunidade de uma boleia. Gesticulei que não falava a língua, mas o senhor pareceu não perceber e continuou a falar no mesmo idioma.
-English! Do you speak english?? - perguntei.
O senhor fez uma cara estranha.
-Français? - voltei a perguntar. -Español???
Estava a desesperar. O senhor virou-se para o banco de trás e falou com a criança, que se dirigiu a mim, num Inglês com bastantes erros, mas compreensível.
-My grandfather not speak English, but I do. - disse o miúdo. -Where you go?
-Here. - disse eu apontando para o "!" -But you can drop me by this river. - afirmei, e apontei para o rio em questão.
O miúdo traduziu para o avô, que lhe respondeu. O miúdo voltou a traduzir.
-We go to Tagabe. - disse ele. -You walk the rest.
Consenti, e o carro arrancou. Chegámos ao nosso destino em 15 minutos. Tive oportunidade de ver as horas no relógio do carro. Eram 12h25. Isso dava-me aproximadamente 8 horas de luz do dia. Comei a seguir o curso do rio. Deviam ter passado umas 2 horas quando cheguei à bifurcação do rio Sono, por isso segundo os meus cálculos tinha de percorrer aproximadamente a mesma distância que já tinha percorrido, só que desta vez estava em plena montanha, a subir, por isso devia demorar o dobro. Segui pela esquerda, em direção à nascente, e o piso ficava cada vez mais íngreme, até que chegou a um ponto em que era impossível subir mais. Decidi seguir em direção a Este, iria dar à mesma ramificação do rio Teouma. No entanto, não tinha nenhum ponto de referência, por isso só me restava esperar pelo melhor. O caminho era curto, mas teria de passar pelo meio do pântano e isso deixava-me nervosa. Não tinha mais nenhuma escolha, por isso entrei mato a dentro. Sentia-me a ser devorada pelos mosquitos, e os meus braços e tronco estavam já carregados de arranhões provocados pelos ramos de árvore que chicoteavam com o vento. Não me consegui impedir de gritar uma profanidade quando senti uma dor penetrante no me ombro esquerdo. Era uma abelha, e tinha-me picado. Entrei ligeiramente em pânico. Era alérgica a picadas de abelha. Acendi um fósforo e esterilizei o canivete, com o qual retirei o ferrão. Lavei a picada com água do cantil e segui logo o meu caminho, antes que começasse a sentir sintomas da alergia. Mal encontrei a ramificação do rio, segui-a em direção a Sudeste. Estava a ficar escuro e a minha picada estava a inchar a uma velocidade estúpida. Começava a ter dificuldades em respirar, mas não desisti. Continuei a seguir o rio, e conforme ia ficando mais escuro, a minha visão ficava reduzida. Decidi fazer uma tocha. Peguei num pau que encontrei à beira rio, que media pouco menos de 1 metro. Precisava de um tecido, por isso rasguei um pouco da manga da minha T-Shirt da CHERUB.  Enrolei o tecido no topo do pau e usei rezina de uma árvore como combustível. Mal aproximei o fósforo do tecido este entrou em chamas, emanando bastante luz. Nunca me tinha sentido tão grata de ter visto tanto Indiana Jones. Continuei a seguir o rio, a alergia estava a ficar insuportável. Comecei a avistar o rio principal, e, na margem do mesmo, luzes. Caminhei mais um pouco, e vi que este era um acampamento. Coincidia com o "!", por isso deduzi que já ter encontrado o meu destino. Senti-me feliz, e, ao mesmo tempo, mais fraca. Já tinha comido a barra energética umas 3 horas atrás, e tinha sido tudo o que comera no dia todo. Cheguei à margem do rio e fiquei feliz ao ver os instrutores na outra margem. O rio não era muito largo, naquela zona. Verifiquei a corrente, e não era muito forte. Apaguei a tocha na água e atirei os meus pertences para o outro lado, para nadar até à outra margem. Quando cheguei ao acampamento reparei que tinha sido a primeira a chegar.
-É 1h30 da manhã. - disse um dos instrutores. -Demoraste quase 19 horas. FRACA! - berrou ele.
Livrei-me das 50 flexões graças à minha alergia, que foi tratada à minha chegada. Sequei-me ao pé da fogueira enquanto ouvia os instrutores reclamarem da demora dos outros recrutas. Esperei que todos estivessem bem.
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Mensagem  Giselle Driver Ter 29 Mar 2016, 22:44

A recruta tinha começado. Mas ao contrário de todos, eu já tinha vivido no meio de uma guerra, por isso aquilo não era nada...
Acordaram-me de madrugada e levaram-me até aos instrutores da recruta. Estávamos todos a tremer de medo e muito assustados.
Vendaram-nos e levaram-nos para um helicóptero. Sabia que provavelmente seríamos adormecidos, mas apenas fomos vendados e levados por helicópteros, deixando cada recruta num local diferente. Na primeira aterragem foi a minha vez de sair:
-Retira a venda só quando o helicóptero descolar!- gritou-me alguém, que provavelmente era um instrutor.
Mal tirei a venda olhei para todo o lado. Ao longe via o mar e uma linda relva verde (que me lembrava o quintal da minha casa), percebi que tinha uma mochila às costas e abri-a instantaneamente. Continha uma bússola, um cantil com água, uma barra energética, uma caixa quase vazia de fósforos e um canivete.
Também tinha um mapa que dizia:
“Encontras-te num dos pontos desta ilha, cabe-te a ti descobrir qual. Tens 24 horas para chegar ao ponto assinalado com um !, o primeiro agente a chegar receberá 5 utilidades, o quinto agente a chegar receberá apenas uma. Despachem-se.”
" Obrigadinha palhaços dos instrutores"- pensava.
Corri rápido mas depois lembrei-me de uma coisa e parei, peguei na bússola que indicava Noroeste. O ponto 5 era o único com essas características. Olhei para o Sol e achei que devia ser 12h. Lembrei-me subitamente de uma ideia: se estivesse no ponto 5, deveria haver uma estrada próxima, segundo o mapa.
Caminhei na direção da estrada, sob um sol escaldante, pensando que se todos na CHERUB, eram inteligentes, todos que estivessem num ponto próximo a uma estrada, apanhariam boleia. (E foi o que tinha acontecido com a Riley...)
Finalmente, alcançei a estrada, fiz sinal para um carro que parou imediatamente e me falou em francês:
-Vous avez besoin d'un auto-stop?
-Oui s'il vous plaît- respondi eu, já completamente encharcada de suor. -Vous savez quelle heure il est?
-Ils sont 12 heures 45 minutes.
-Merci pour la auto-stop, monsieur.- disse eu, depois de uma viagem de apenas 20 minutos até ao local mais próximo do rio.
Olhei à minha volta. Só havia vegetação alta e cheia de mosquitos. Enquanto avançava, a vegetação ficava mais densa e mais mosquitos, quando saí daquele lugar havia um rio. Mas não me lembro do que aconteceu porque caí redonda no chão, ou seja, desmaiei.
Acordei super zonza e com uma forte dor no braço, olhei-o imediatamente e vi que estava uma borbulha inchada. Fiquei um bocado Shocked Shocked Shocked Shocked Shocked mas lavei a picada com água do cantil. O rio tinha corrente forte mas consegui nadar, embora acom algum custo.
Ainda me faltava um pouco para chegar ao local marcado no mapa com o símbolo Exclamation .
Decidi enconstar-me a uma árvore com uma larga copa e acabei por adormecer apenas tendo comido uma barrita.
Comecei a avistar o rio principal, e, na margem do mesmo, luzes. Vi logo que era um acampamento e caminhei apressadamente, vi que a Riley já tinha chegado à meia hora. Não me mandaram fazer flexões por causa da picada do mosquito, esperava que o James, a Lilija, a Luna e o Liam não tivessem nenhuma alergia tinha a minha e a da Riley.


Última edição por Giselle Driver em Seg 04 Abr 2016, 17:35, editado 2 vez(es)
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Mensagem  Convidado Qua 30 Mar 2016, 03:08

Assim que Liam sentiu que o helicóptero se tinha afastado o suficiente, retirou a venda dos olhos e observou o que o rodeava. Estava numa pequena praia, à volta da qual se erguia uma floresta tropical densa. À sua frente, estendia-se um mar do mais azul que Liam alguma vez vira. Aproximou-se da àgua e deixou que esta lhe molhasse os dedos. Era quente. Liam queria imenso experimentar mergulhar naquelas àguas, mas não sabia ao certo quanto tempo tinha até que os outros recrutas chegassem e não podia arriscar ser o último. As utilidades eram demasiado importantes.
Desdobrou o seu mapa, e leu em voz alta o que tinha sido escrito com tinta preta no verso do mesmo:
- “Encontras-te num dos pontos desta ilha, cabe-te a ti descobrir qual. Tens 24 horas para chegar ao ponto assinalado com um !, o primeiro agente a chegar receberá 5 utilidades, o quinto agente a chegar receberá apenas uma. Despachem-se.”
Analisou com atenção o mapa, e decidiu que o melhor a fazer para descobrir o ponto em que se encontrava seria por exclusão de partes. Escreveu na areia os números de 1 a 6, e observou mais uma vez o que o rodeava. O facto de se encontrar perto da àgua excluía apenas um dos pontos, o 1. Apagou com a mão o número 1 e voltou a olhar para o mapa. O ponto 2 encontrava-se na proximidade de uma estrada, e o ponto 4 encontrava-se marcado em cima de uma localidade, o que punha ambos fora da equação. Passou a mão em cima dos números 2 e 4, espalhando a areia por cima dos mesmos e apagando-os. Em seguida, decidiu retirar a bússola e analisá-la. Encontrava-se sentado de frente para o mar naquele momento, e a bússola indicava-lhe que estava voltado para sudoeste. Depois de uma olhadela rápida para o mapa, percebeu que não se encontrava nos pontos 3 ou 5, e excluíu-os.
- Ponto 6... - murmurou Liam, ao perceber que era o único ponto que tinha sobrado.
Pegou no mapa e observou a sua posição e a rota que tinha de tomar até chegar ao ponto assinalado. Encontrava-se numa ilha chamada Lelepa, separada por um canal da ilha onde se encontravam os instrutores. Liam ainda não sabia como iria atravessar o canal, mas visualizou no mapa uma localidade de nome "Natapao", e achou que esta seria a sua melhor hipótese para encontrar uma maneira de o fazer. Ergueu-se, sacudiu a areia das mãos, dobrou o seu mapa e pôs a mochila às costas. Analisou as àguas que banhavam a floresta tropical densa que rodeava a praia, e percebeu que eram muito pouco fundas. O método mais rápido que tinha de chegar à localidade seria indo pela costa, ao invés de atravessar a floresta. Descalçou as botas do uniforme, e começou a caminhar.
As casas começaram a aparecer mais rápido do que Liam antecipara. Liam não percebeu se tinha pensado estar mais distante, ou se o tempo tinha passado mais rápido devido aos seus pensamentos. Estava preocupado com a sua situação, mas ainda mais com a da sua irmã. Sabia que Luna era inteligente, mas ainda assim preocupava-se com os desafios que esta teria de enfrentar. Os seus pensamentos foram, no entanto, afastados, quando começou a visualizar vários habitantes. Percebeu rapidamente que falavam uma língua própria da região, pelo que não conseguiu comunicar com muitos deles. A certa altura, viu um homem magro e de pele bronzeada a caminhar por entre duas casas, carregando dois baldes com o que parecia ser peixe miúdo lá dentro.
- Desculpe - chamou Liam, cauteloso - Preciso de...
Foi interrompido por um balbuciar de palavras que Liam presumiu serem a mesma língua que todos os outros habitantes tinham falado. Contudo, e para tornar tudo pior, o homem tinha vários dentes em falta, o que prejudicava a um grande nível a sua capacidade de articulação de palavras. Liam, no entanto, não queria desistir, e decidiu que o melhor a tentar seria linguagem gestual. Estendeu-lhe o mapa, apontou para a ilha para onde se tinha de dirigir, apontou para si mesmo, e simulou com as mãos um movimento andante.
- Efate ? - perguntou o homem, num tom de voz aspirado.
- SIM ! - exclamou Liam, acenando positivamente, ao perceber que o homem o tinha percebido - Sim.
O homem prosseguiu na sua língua em frases curtas, tentando a todo o custo que Liam o entendesse. Apontava frequentemente na direção de uma nova praia, que tinha surgido ao mesmo tempo que as casas.
- Eu sei que você não percebe nada do que eu estou a dizer, mas obrigado ! - sorriu, Liam, dando uma palmadinha nas costas do homem, e retomando caminho, seguindo sempre pela praia.
Algum tempo depois, encontrou um pequeno cais, onde estava atracado um barco de pesca. Pensou ser esse o sítio que o homem lhe tinha indicado, e dirigiu-se para o mesmo. À entrada do cais, erguia-se uma pequena cabine, com uma tabuleta que dizia "Ocean Blue Fishing Adventures". Dirigiu-se ao rapaz que se encontrava dentro da cabine e implorou:
- Por favor, diga-me que sabe falar inglês...
- Sim, sei - sorriu o rapaz - Precisas de um barco ?
- Sim, mas não é para pesca. Só preciso de atravessar o canal. - esclareceu Liam.
- Acho que isso se pode arranjar. Posso-te lá levar. Não temos nenhumas reservas para esta hora, e penso que não vai aparecer por aqui nenhum turista. Nesta ilha só costumam andar locais.
- Ai, sim, obrigado... Nem sei como agradecer. - suspirou Liam.
A viagem de barco que se seguiu foi rápida. O barco não era propriamente rápido, mas a distância a percorrer também não era assim tão longa, e mal Liam deu por isso, já estavam em terra. O rapaz era simpático, mas a sua curiosidade quanto ao porquê de Liam estar perdido naquela ilha durante uma manhã, e as questões frequentes que fazia sobre isso, eram algo irritantes. Liam desviou todas as suas perguntas, e ficou feliz ao finalmente pôr os pés em terra e acenar adeus ao rapaz, enquanto o barco se afastava. Suspirou ao perceber que já estava em Efate, e olhou para o sol. Pela sua posição, julgou serem 11 horas da manhã. Era frustante saber que muito do tempo que tinha perdido tinha sido a tentar comunicar com locais que desistiam após apenas algumas tentativas de comunicação falhadas. Tinha tido imensa sorte ao encontrar aquele velho pescador, que se dera ao trabalho de tentar perceber as suas intenções. Desdobrou o seu mapa, e olhou novamente para ele. Encontrava-se agora num cais maior, onde se encontravam mais barcos, e viu uma tabuleta igual à que tinha visto anteriormente. Ficou feliz ao verificar que esta tabuleta, no entanto, tinha um mapa a indicar a posição do cais. Comparou ambos os mapas, e verificou que se encontrava um pouco a norte do rio marcado no mapa, de nome Napkoa. Percebeu também que, se conseguisse caminhar em linha reta para este, chegaria rapidamente ao cume do Monte McDonald, e estaria assim mais perto do rio que o levaria diretamente para o ponto assinalado pelos instrutores. Sabia, contudo, o quão difícil seria manter uma linha reta a caminhar no meio da floresta, mas achou que valia a pena o risco. Tirou a bússola da mochila, ergueu o mapa, e penetrou na floresta.
A caminhada foi exaustante. Tinha de estar constantemente a verificar a bússola, para ter a certeza de que estava a caminha para este, e alguns obstáculos tinham-no forçado a desviar-se da sua rota, sendo que Liam não tinha já a certeza se tinha conseguido retomar a sua rota, ou se iria parar a um sítio diferente. As temperaturas, já por si altas, tornavam-se ainda mais abafadas e insuportáveis no coração da floresta. Os mosquitos picavam Liam repetidamente, o que já o começava a irritar. Já a tarde ia a meio quando finalmente chegou ao cume do Monte McDonald. A caminhada tinha sido difícil, mas a vista de lá era fantástica. Era possível visualizar a totalidade da enorme ilha, assim com algumas ilhas que se erguiam à volta dela. Decidiu comer o resto da sua barra energética. Só tinha comido metade dela ao almoço, porque não sabia quanto tempo iria demorar até chegar ao acampamento dos instrutores, e achou que, agora que só faltava descer um rio e aquele dia estaria acabado, podia comer o resto. No entanto, enquanto mastigava a barrita com a satisfação de quem ainda não tinha comido quase nada o dia todo, ouviu um barulho por entre as folhas da floresta que tinha acabado de deixar para trás. Sobressaltou-se, parou de mastigar para poder analisar melhor o barulho, e olhou para o sítio de onde tinha vindo o barulho, receando ser um animal selvagem. No entanto, uma mão humana desviou as folhas, e do meio da floresta tropical, surgiu uma cara que Liam conhecera ainda naquela manhã, antes de entrarem no helicóptero e serem vendados, antes de a recruta começar... Uma memória que, apesar de muito recente, parecia bastante longínqua.
- James ! - exclamou Liam, com um sorriso.

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Mensagem  James Andrade Qua 30 Mar 2016, 22:30

Tinham acabado de me deixar em algum sítio no mundo. Quando tirei a venda consegui analisar o local. Estava numa praia de águas calmas e cristalinas. Parecia cenário de filme. Só depois de uns bons instantes a observar e a apreciar o local é que acordei para a vida. "Estás na recruta idiota", pensei. Ás minhas costas levava uma mala. Abri-a e vi que levava coisas que provavelmente seriam-me úteis, para além do mapa com instruções:

“Encontras-te num dos pontos desta ilha, cabe-te a ti descobrir qual. Tens 24 horas para chegar ao ponto assinalado com um !, o primeiro agente a chegar receberá 5 utilidades, o quinto agente a chegar receberá apenas uma. Despachem-se.”

"Oh sim, muito bom...", disse em voz alta ironicamente. "Era tudo o que precisava!". A verdade é que não tinha um sentido de orientação muito bom e pior... se estivesse noutra ilha que não a principal? Como é que eu chegaria à ilha se eu não sei nadar?

Isto tudo deixou-me muito nervoso e de rastos. Lavei a cara com a água do mar e comecei à procura de indícios que me dissessem onde eu estava. Procurei na zona mas não havia nada que me ajudasse. Não queria ter que usar a bússola, pois não me muito bem com ela. Depois de 5 minutos de busca naquele local fartei-me a usei a bússola. Apontava aproximadamente para Su-sudeste. Com isto eliminei algumas opções. "Tendo em conta o sítio que pareço estar, estou ou no ponto 4 ou no ponto 3, que são ilhas... olha que bom...". Depois de andar mais um bocado reparei que do outro lado havia terra bastante próxima. Conclui então que estava no ponto 3 pela proximidade à terra.

Agora que sabia em que ponto encontrava-me, tinha que arranjar uma maneira de atravessar. Podia muito bem atravessar a nado, já que não era muito fundo (havia partes que chegavam aos dois metros, parecia-me), mas havia um porém: não quereria ter a mochila molhada. Foi nesse momento que lembrei-me que enquanto procurava alguma coisa que me indicasse onde estava tinha encontrado uma tábua de madeira suficientemente larga para pôr lá a mochila. Depois de tudo pronto e a mochila convenientemente amarrada à tábua com uma liana que encontrara, fui para um local que fosse ainda mais perto da ilha principal, preparei-me mentalmente e lancei-me à água. Fui apoiado na tábua e a bater os pés muito desajeitadamente. Consegui chegar ao outro lado depois de ter pensado que quase me tinha afogado.

Depois deste primeiro desafio sentia-me completamente estafado, mas tinha que continuar. Bebi um pouco de nada da água do cantil, comi um terço da barra e continuei. Peguei no mapa e decidi dar a volta ao monte Rumakimala por sul, seguindo o rio "Noai Napareaterue" (ou algo do género) até quase ao topo do monte McDonald. No topo decidiria o que fazer.

Felizmente para mim tenho uma boa resistência e aguentei razoavelmente bem a subida. Durante a subida também comi mais um terço da barra energética. Qual não foi o meu espanto quando encontrei o Liam já no topo do McDonald. Embora não tenhamos falado com os outros recrutas, ficámos a saber o nome deles. Fiquei extremamente contente por ter encontrado um colega de recruta e sabendo que para estar na CHERUB é preciso capacidades, ele devia ser bastante inteligente e podíamos ajudar um ao outro.

- James! - disse ele. Também parecia contente por ver alguém da recruta.
- Liaam! Então, está tudo bem?
- Está tudo bem até agora... Algumas picadas, nada de preocupante.

De seguida ele apontou no mapa a rota que tencionava fazer. Eu concordei e seguimos para junto do rio.

Deviam ser mais ou menos 9 horas da noite, já estávamos com uma tocha quando de repente senti-me mal e caí inconsciente . Simplesmente caí de maduro no chão. Quando acordei estava Liam junto a mim.

- Então rapaz, o que é que se passou? - perguntou-me ele.
- Não faço ideia... de repente senti-me mal e desmaiei.
- Sentes-te melhor? Não é por nada, mas acho que é melhor despacharmos.
- Sim sinto-me melhor. Porquê, passou muito tempo?
- Eh... passou algum tempo... ainda estive a tentar acordar-te com algumas técnicas que aprendi quando era mais pequeno.
- Hmm ok obrigado pela ajuda. Vá vamos então.

Ainda faltava um bocado e Liam mostrava-se de vez em quando preocupado comigo, perguntando-me se eu conseguia ir. A verdade é que chegámos ao acampamento sem mais nada acontecer. No acampamento os instrutores mostraram-se muito mal dispostos... Eu também estaria, afinal, estão no meio do nada à nossa espera numa ilha cheia de mosquitos e calor.

- Normalmente mandamos fazer 50 flexões! VOCÊS FAZEM 100!!

E lá tivemos de fazer, contrariados.

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Mensagem  Lilija Speranski Qui 31 Mar 2016, 00:03

Tinha me preparado bem para a recruta, mas de qualquer maneira iam ser os piores 100 dias da minha vida...
Fomos empurrados para um helicóptero, todos os colegas de recruta estavam aterrorizados.
Empurram-me e disseram-me para tirar a venda apenas quando o helicóptero descolasse. Depois de uns minutos de espera, retirei a venda e olhei à minha volta: prados verdes, um mar lindo ao fundo e várias casas lá bem ao longe. Começei logo a remexer na mochila e a ver o que continha, uma bússola, um cantil com água, uma barra energética, uma caixa com 4 fósforos e um canivete. Havia também um mapa que dizia: “Encontras-te num dos pontos desta ilha, cabe-te a ti descobrir qual. Tens 24 horas para chegar ao ponto assinalado com um !, o primeiro agente a chegar receberá 5 utilidades, o quinto agente a chegar receberá apenas uma. Despachem-se.”
-Lindo!- gritei eu, ironicamente. Levantei-me do chão e começei a andar às voltas, tentando descobrir o que fazer. Até que me lembrei de uma parte do texto que dizia (indiretamente) para usarmos a bússola: ..Encontras-te num dos pontos desta ilha, cabe-te a ti descobrir qual... peguei imediatamente nela, a agulha apontou norte, estava no ponto 1. Segundo o mapa eu estava "dentro" de uma estrada e que havia umas casinhas próximas. O meu plano era apanhar um barco a partir da bifurcção do rio e chegar até ao local do mesmo que era mais próximo do acampamento onde estavam os instrutores. O meu único problema era que havia uma densa selva e sabia que lá haveria um monte de mosquitos e eu era alérgica a quase todos eles.
Decidi arriscar e entrei, durante os primeiros 15 minutos tudo OK, mas, de repente senti uma dor agudíssima na perna. Começei a ver tudo a andar á roda e negro e os sons da Natureza a ficarem mais cada vez mais longe. Não sei o que me aconteceu.
Acordo com abanões e alguém a dizer:
-A menina finalmente acordou! O seu nome é Lilija, não é?
Recuei assustada, como aquela senhora saberia o meu nome, e ser salva por uma velhinha era um pouco estranho. A mesma parece que me leu os pensamentos e respondeu:
-Eu chamou-me Lennie Paiva e ao contrário do que pensa, eu também já fui uma agente CHERUB e também já passei pelo mesmo da menina.
A senhora fez uma pausa e continuou:
-Entrei para a CHERUB pouco depois de passarem a admitir raparigas. Os meus pais morreram num incêndio e fiz 12 missões.
-Que bom! Já eu estou aqui na recruta e esfolar-me toda.
-Vamos conversar as duas e eu dou-te umas dicas!
Duas horas e meia depois...
A Lennie revelou-se muito simpática e deu-me montes de comida para pôr na mochila. Depois de me despedir e de remar durante quarenta e cinco minutos e de morfar tudo, lá cheguei ao acampamento. Vi que a Riley a Giselle, o James e o Liam já lá estavam. O instrutor chamou-me à parte e disse:
-Acabámos de receber uma chamada da Lennie. Realmente tens sorte miúda porque os outros não a tiveram. Agora faz 50 flexões e é já!
E lá tive que fazer...
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Mensagem  Convidado Qui 31 Mar 2016, 23:19

Luna sentia-se ansiosa e nervosa ao sentir o helicóptero a elevar-se perto de si, e esse sentimento só cresceu à medida que este se ia afastando. Soubera desde o seu primeiro dia na CHERUB que teria de enfrentar a recruta, mas só agora parecia reparar no quanto a ideia a assustava. Encontrava-se num local desconhecido, sozinha e na ignorância quanto ao que a esperava. O facto de o seu irmão não estar ali com ela assustava-a ainda mais, pois este sempre estivera por perto para a defender de tudo e de todos, e a ausência dele criava um sentimento de insegurança e vulnerabilidade a que Luna não estava habituada. Relembrou a si mesma que, apesar do desconforto que sentia naquele momento, tinha de ser forte e corajosa, e com um breve suspiro, retirou a venda que até então lhe tinha tapado os olhos.
Encontrava-se sentada numa pequena colina descampada, à volta da qual se erguia alguma vegetação rasteira. Lá em baixo, conseguiu vislumbrar algumas um aglomerado de casas de madeira, todas elas de aspecto antigo. No entanto, enquanto algumas tinham sido invadidas por emaranhados de vegetação e se encontravam claramente abandonadas, outras encontravam-se cuidadas e limpas, evidenciando a existência de habitantes. Para além das casas, encontrava-se o mar, um mar muito diferente daquele a que Luna estava habituada. O seu azul era muito mais brilhante e transparente, criando uma visão deslumbrante. No entanto, o seu olhar perdeu-se num rasto de fumo que emanava da chaminé de uma das casas. Isso era um sinal claro de que alguém ali vivia e se encontrava acordado áquelas horas. Decidiu que esta seria a melhor opção para encontrar ajuda, e começou a caminhar na direção da casa.
Não demorou a chegar ao seu destino. A colina era pequena e não muito inclinada, e os vários caminhos de terra que separavam as casas eram muito largos, o que permitia uma clara visão dos céus e da origem do rasto de fumo, facilitando assim a sua procura pela casa. Quando chegou ao alpendre da pequena casa, deteve-se com um nervoso miúdinho. Era tímida, e nunca se sentia à vontade o suficiente para falar com pessoas que não conhecia. Por outro lado, tinha medo por não conhecer a pessoa que habitava a casa. Lembrou-se de que até então, ainda não tinha relido as instruções que lhe tinham sido dadas ainda no helicóptero, ou sequer observado o mapa, e condenando-se mentalmente por não o ter feito, achou por bem fazê-lo agora, para saber ao certo o que queria dizer, isto se conseguisse falar a língua da pessoa que ali vivia.
- “Encontras-te num dos pontos desta ilha, cabe-te a ti descobrir qual. Tens 24 horas para chegar ao ponto assinalado com um !, o primeiro agente a chegar receberá 5 utilidades, o quinto agente a chegar receberá apenas uma. Despachem-se.” Ok...
Ainda não sabia em que ponto se encontrava, mas já sabia para onde tinha de ir. Achou que podia perguntar ao habitante da casa, se conseguisse, onde se encontrava. Se isso não funcionasse, teria de descobrir onde estava por si mesma, mas essa era uma opção que Luna queria evitar, a fim de poupar o máximo de tempo que podia.
Respirou fundo, deu um jeito leve ao cabelo, e finalmente bateu três vezes na porta. Aguardou por algum tempo, após o qual a porta se abriu. Do outro lado, apareceu uma mulher morena e um pouco rechonchuda, que trazia consigo um avental que dizia "Meillure mére du monde", o que levou Luna a assumir que esta deveria falar francês. Ficou algo esperançosa, pois o seu francês era bastante bom, e se aquela senhora soubesse falar a língua, facilitaria imenso a comunicação que poderiam estabelecer.
- Desculpe, pode-me ajudar ? - perguntou Luna a medo em francês.
A senhora ergueu a sua mão, pedindo a Luna que esperasse, e desapareceu no interior da casa. Passado cerca de um minuto, apareceu um rapaz, visivelmente mais novo do que a mulher, à porta, e cumprimentou Luna com um sorriso antes de dizer:
- Desculpa a demora, estava um pouco ocupado e a minha mãe não fala francês. Precisas de ajuda ?
- Sim, não sei onde estou... - confessou Luna, antes de estender o mapa e apontar para o sítio onde o ponto de exclamação se encontrava demarcado - E preciso de chegar a este sítio.
O rapaz ergueu o sobrolho ao ouvir Luna, confuso com o mapa e com a situação dela, mas pareceu achar melhor ignorar as suas dúvidas e esclarecê-la:
- Estás no ponto 4. Para chegares à ilha de Efate, que é para onde queres ir, tens duas hipóteses. Podes ir de barco pela baía até Siviri, mas o cais ainda é longe, e as viagens só começam à 1 da tarde... Ou, se souberes nadar, podes nadar até à ilha de Kakula, que consegues ver daqui... - interrompeu momentaneamente o seu discurso, e apontou para uma pequena ilha que se erguia no meio do mar - E depois nadas até Efate. Não é uma distância longa, não existem muitos peixes por ali, e o mar também não é fundo. É seguro.
- Está bem, muito obrigado pela ajuda - agradeceu Luna, com um sorriso, começando a virar costas.
- Espera - chamou o rapaz, fazendo Luna virar-se novamente para ele - A parte difícil vem a seguir, quando tiveres de subir a montanha. Não vai ser fácil, mas se eu fosse a ti, arranjava maneira de chegar ao rio Epule - aproximou-se de Luna e apontou para o local do rio no mapa - e subia por aí. A vegetação é muito menos densa, e quando chegares à nascente dele, ficas logo perto do rio que vai dar ao sítio para onde queres ir. Mas vá, vai lá. Boa-sorte.
Concluíu o que disse com um sorriso, e Luna não pode deixar de apreciar a ajuda e simpatia do rapaz.
- Obrigado por tudo, a sério...
- Não tens de quê - concluíu o rapaz, com um aceno, voltando-se e entrando novamente em casa.
Luna sorriu e começou a caminhar na direção da praia. Estava imenso calor, e uma brisa quente abanava-lhe os longos cabelos loiros enquanto caminhava ao longo da praia. Descalçou as botas, e arrumou-as nas mochila, juntamente com o mapa. Tinha imenso medo de que este se molhasse, mas ia ter de correr esse risco. Mentalizou o nome do rio a que tinha de chegar, caso o seu mapa ficasse danificado, pôs a mochila às costas e caminhou em direção ao mar. Tal como o rapaz afirmara, o trajeto a nado não foi difícil. Luna fazia natação desde pequena, o que facilitou ainda mais a viagem, e não tardou muito, estava ela a saír do mar já na ilha de Efate, no que parecia ser um aglomerado de casas semelhante ao que tinha deixado para trás. Retirou o mapa da mochila e verificou o seu estado. Estava um pouco molhado, mas ainda se apresentava legível. Viu que existia uma estrada ali perto, e que se a seguisse para este, a levaria até à foz do rio Epule. Caminhou por vários quilómetros, seguindo sempre pelo passeio que ladeava a estrada. Ocasionalmente, passava um carro. Luna tentou em vão fazer sinal para que algum parasse, numa tentativa de chegar mais rápido à foz, mas nenhum deles o fez. Quando chegou ao seu destino, eram já 11 horas. Tinha bastante fome, e achou que era a altura ideal para comer a sua barra energética. Após uma breve pausa, a que Luna não podia chamar "de almoço", retomou o seu caminho.
Mais uma vez, verificou que o que o rapaz lhe tinha dito era verdade. Existia alguma vegetação perto do rio, mas era muito menos densa do que no interior da floresta. A caminhada era, no entanto, difícil, devido em grande parte à inclinação do terreno, aos obstáculos constantes, e ao calor intenso que se fazia sentir. Luna não era asmática, mas mesmo assim sentia alguma dificuldade em respirar, que a abrandou imenso. Quando chegou ao cume do Monte Taputoara, era já quase noite.
Caminhou até ao rio que sabia conduzir ao acampamento base dos instrutores, e desceu-o a nado, com o auxílio da corrente. Passado algum tempo, que Luna nem sentiu a passar, viu algumas luzes ao longe, no que parecia ser uma clareira no meio da floresta. Cansada, chegou-se à margem do rio e subiu as rochas que o ladeavam naquele ponto. Estava já escuro, e pegou num pau que se encontrava na margem do rio, tirou os fósforos da mochila, e acendeu-o. Caminhou lentamente pela floresta, observando com calma o que a rodeava, temendo algum animal que pudesse aparecer. A vegetação densa e a exaustão que sentia após um dia difícil fazia com que esta já nem se preocupasse em correr ou em ser mais rápida que os outros recrutas. Não tardou a chegar ao acampamento, e a ouvir uma exclamação do irmão, que já lá se encontrava.
- Luna !
Apagou a sua tocha improvisada enquanto este corria para si, e retribuíu o abraço que este lhe deu. Estava incrivelmente feliz por o ver. Não parecia ter passado apenas um dia, e tinha sentido a falta dele.
- Estás bem ? - perguntou ele, enquanto se afastava para poder olhar melhor para ela.
- Estou... - respondeu Luna, cansada - Fui a última a chegar ?
Liam acenou em afirmação, com um sorriso triste, enquanto os instrutores se aproximavam a passo rápido.
- Luna ! Foste a última a chegar, e demoraste demasiado tempo. Vocês NÃO vão acabar a recruta a este ritmo... Como sabes, só vais ter direito a uma utilidade no próximo exercício, e como novidade, tens de fazer 150 flexões. RÁPIDO.
Luna estava extremamente cansada, não tinha bebido um café o dia todo, e noutra altura, estaria extremamente mal humorada e desmotivada após um dia daqueles, e a ideia de ter de fazer 150 flexões só a faria ficar ainda mais mal-humorada. Mas não conseguia parar de sorrir devido à presença do irmão, e porque, apesar de ter sido a última, estava contente por ter conseguido realizar o exercício. Podia não ser o suficiente para ela, e sabia que tinha de melhorar, mas era um começo... Baixou-se e colocou-se em posição de flexão, começando a fazê-las lentamente, devido ao cansaço.
- Não posso fazer nada quanto às flexões. - disse o irmão, com um ar preocupado ao ver a irmã exausta - Mas quanto ás utilidades... Eu posso partilhar alguma das minhas contigo.
- Não sei se eles vão gostar muito da ideia. - respondeu Luna, com um sorriso leve, enquanto arquejava devido ao esforço.
- Eles estão-nos a treinar para sermos jovens espiões. - sorriu Liam, com um dos sorrisos marotos que fazia sempre que estava para fazer algo que não era permitido - A meu ver, o que estamos a fazer é construír uma característa que todos os espiões devem ter, que é saber trabalhar em equipa... E se eles não concordarem e não nos deixarem fazer isso, podemos sempre construír outra característica dos espiões, e sermos MUITO discretos...
A forma natural como o irmão disse aquilo fez Luna perder a força e caír no chão, e não tardou a que ambos os irmãos se estivessem a rir à gargalhada de forma infantil. Luna estava cansada, e ainda faltavam imensas flexões, mas aquele momento com o irmão era a melhor maneira de acabar um dia que até então tinha sido muito longo.

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Mensagem  Riley Parker Qui 31 Mar 2016, 23:40

Já todos os recrutas tinham chegado ao acampamento. Sentia-me mal por Luna, que tinha chegado por último.
-Espero que não te castiguem por teres chegado em último. - disse.
Luna acenou com a cabeça, e respondeu que também não gostaria nada que isso acontecesse.
O instrutor viu-me a conversar e mandou-me fazer flexões, 30. Fiz as flexões e tentei pensar que não era assim tão mau, tentando ser positiva. Mas era um pouco difícil ser positiva: estava cansada, inchada da alergia, molhada de ter atravessado o rio, esfomeada e a fazer flexões. Mas pensei que ia conseguir, que depois disto ia ser indestrutível.
Tentei transmitir essa confiança aos meus colegas, devíamos ter todos espirito de equipa e ajudarmo-nos mutuamente.
Vi que Giselle também tinha sido picada.
-Então, tens muitas dores? - perguntei apontando para a picada. -A minha já está a começar a desinchar!
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Mensagem  Giselle Driver Sex 01 Abr 2016, 14:38

-Então, tens muitas dores? - perguntou a Riley, apontando para a minha picada. -A minha já está a começar a desinchar!
-A minha já está um pouco melhor- disse eu, com um bocejo- coitada da Luna!
-Verdade, ela teve logo que fazer 150 flexões!
-Aposto que o próximo exercício vai ser mil vezes pior.
-Concordo.
-Querubins!- gritou o instrutor- agora que a lesma da Luna já acabou as flexões, vão para as tendas. Os grupos são os seguintes:
Tenda 1: Liam e Luna Philips
Tenda 2: James Andrade e Giselle Driver
Tenda 3: Riley Parker e Lilija Hallbjorn

As tendas eram enormes e cabia lá dentro montes de coisa, começei a tirar as coisas dentro da mochila...

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Mensagem  Diana E. Grint Sex 01 Abr 2016, 16:19

Os seis recrutas já se encontravam no ponto marcado, tal como foi pedido.
- Hora da refeição! – gritou um dos instrutores – alinhem-se numa fila, já!
Os seis colocaram-se numa fila em frente ao mesmo que destribuiu uma ração alimentar a cada um.
- Amanhã será um novo dia – riu-se.
Os agentes sentaram-se no chão a comer uma espécie de papa que lhes havia sido fornecida. Alguns minutos depois foram encaminhados para as infraestruturas do local onde iriam pernoitar. Não tiveram oportunidade de tomar banho nem de mudar de roupa. A exaustão era notória em todos.
A meio da noite os dois instrutores, enquanto os recrutas dormiam, sedaram-nos podendo assim levá-los até ao local onde se realizaria o segundo desafio da recruta. Colocaram-nos numa carrinha e conduziram durante algumas horas. Assim que chegaram ao local pretendido, certificaram-se que os recrutas não possuíam nada nos bolsos, algemaram cada um dos recrutas, com os braços atrás das costas e vendaram-nos. Mal acordaram, os querubins, aperceberam-se que se encontravam num buraco (no chão) com 2m de altura e 1m de comprimento e de largura. Em cada um dos buracos estava um recruta.
- Ainda bem que já estão aqui! – disse um dos instrutores – fizeram boa viagem?
- Sim – assentiu uma voz suave – estamos prontas!
- Bom dia minhas flores! – gritou um dos instrutores – espero que estejam confortáveis! Pois é aí que vão passar as próximas 12 horas, sem sair, sem comer, sem beber água, sem poderem abandonar esse local tão agradável aconteça o que acontecer! Sempre em pé! Não quero saber de alergias, dores, nada! Podem chorar! Eu adormeço a ouvir o vosso choro! Só vão sair no final das 12 horas, e se há algum engraçadinho que tenta sair antes… Bem, nem queiram saber o que pode acontecer! – terminou num tom severo.
Era notório que todos os recrutas se haviam apercebido de que não era suposto, em circunstância alguma, abandonar o respectivo espaço. As suas expressões mostravam que se encontravam um pouco assustados mas, afinal, era esse o objectivo.
- Já sabem o que têm de fazer! – disse alegremente o instrutor – Sarah: Liam e James. Rosie: Riley e Luna. Hera: Giselle e Lilija.
- Sim – acentiram três vozes em uníssono.
- Vocês são agentes! – gritou um dos instrutores – infiltrados! Tudo pode acontecer! Podem ser atacados! Torturado! Aprisionados! Mas nunca, e repito nunca, podem ceder! Ouviram?! Não quero ouvir nem uma queixa! São recrutas ou são bebés?!

_____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Espera-se que os recrutas cumpram as 12 horas na íntegra. As utilidades prometidas no primeiro desfio serão entregues mais tarde. Terão outros agentes (cinzentos) a ajudar nesta parte da recruta, respeitem isso.
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Mensagem  Rosie Posso Sex 01 Abr 2016, 18:20

A minha recruta tinha passado à não muito tempo. Ainda me recordava de cada pormenor daqueles dias, mas tudo valia a pena. Quando chegamos ao local um dos instrutores veio ter connosco.

- Ainda bem que já estão aqui! – Disse o instrutor. – Fizeram boa viagem?

- Sim – assentiu Hera – estamos prontas!

Um instrutor foi falar/gritar com os recrutas nos buracos, e o outro explicou-nos o que nós tínhamos de fazer.

- Isto chama-se treino do prisioneiro, os recrutas estão de pé, vendados e algemados nos buracos. O vosso objetivo é fazer tortura psicológica com eles. Também têm agua, lama, terra, espuma, entre outros, para lhes atirarem, como eles estão vendados não sabem o que é. Como vocês são três, cada uma fica com dois recrutas. Em circunstância alguma eles podem sair dos buracos. Depois quando for para parar eu aviso! Alguma duvida? - Acenamos que não. - Ainda bem!

Entretanto o outro instrutor acabou de explicar aos recrutas e falou para nós.

- Já sabem o que têm de fazer! – Disse alegremente o instrutor – Sarah: Liam e James. Rosie: Riley e Luna. Hera: Giselle e Lilija.

- Sim! - Dissemos nós ao mesmo tempo.

O instrutor voltou a gritar com os recrutas, e eu fui para mais perto dos dois buracos do meio e olhei para Riley e Luna dentro dos buracos de dois metros de profundidade. Nas suas caras via-se um certo medo e receio característico da recruta. Os buracos estavam a menos de um metro um do outro. Reparei em diversos baldes com coisas para atirar aos recrutas

- Bem, bem...Que lindas flores! Sabem do que é que duas flores como vocês precisam para crescer, não é? - Agarrei um pouco de agua com um pequeno copo de plástico. - De aguinha! - Atirei agua para cima de cada uma delas. - Estava fresquinha?! - Continuei com uma risada maléfica. - Foi um bom treino não foi florezinhas de estufa? - Elas não disseram nada.- Vocês são muito fracas para continuarem na CHERUB! - Continuei a insulta-las e a atirar-lhes diversas coisas para cima, durante quase três horas, que me pareceram muito menos. Aquilo tinha o seu lado divertido.
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Mensagem  Sarah Adams Sáb 02 Abr 2016, 01:54

Tinham-me perguntado se queria participar numa recruta ajudando os instrutores. Decidi aceitar.
Usava a t-shirt cinzenta à pouco tempo e estava a gostar apesar de ainda não ter participado em nenhuma missão. Ainda à relativamente pouco tempo estava numa ilha a combater os meus maiores medos... Uma coisa é certa, a recruta fez-me perder os medos, fez-me não temer situações futuras e ajudou-me a ser uma futura boa agente.
Sai do campus com Hera e Rosie. Conheci Hera no acampamento e Rosie era uma grande amiga e companheira de recruta. Estarmos as duas juntas numa ilha lembrava-me a nossa recruta. Os meus pensamentos foram cortados pela voz grossa do instrutor:

- Ainda bem que já estão aqui! – Disse ele. Nem parecia o mesmo, mas era o seu trabalho – Fizeram boa viagem?

- Sim. Estamos prontas.- Hera assentiu com a sua voz suave.

Outro instrutor foi falar com os seis recrutas ainda meio atordoados. Com aquela voz quem não tivesse bem acordado ficava logo de certeza... Aquele que estava a falar connosco continuou:

- Isto chama-se treino do prisioneiro, os recrutas estão de pé, vendados e algemados nos buracos. O vosso objetivo é fazer tortura psicológica com eles. Também têm agua, lama, terra, espuma, entre outros, para lhes atirarem, como eles estão vendados não sabem o que é. Como vocês são três, cada uma fica com dois recrutas. Em circunstância alguma eles podem sair dos buracos. Depois quando for para parar eu aviso! Alguma duvida? - Todas acenamos que não. - Ainda bem!

O outro instrutor, após acabar a conversa com os recrutas foi ter connosco.

- Já sabem o que têm de fazer! – Disse ele alegremente– Sarah: Liam e James. Rosie: Riley e Luna. Hera: Giselle e Lilija.- Na minha cara apareceu um sorriso malvado. Em parte tinha pena de James. Era meu amigo mas se ele não realizasse este exercício não seria um bom agente e não estaria preparado para o pior... Liam eu não conhecia. Era irmão de Luna e tinha 16 anos. Vamos ver como se portam os rapazes pensei eu. Com este exercício também eu estava a ser ajudada. Eu, Hera e Rosie. Com este exercícios nós treinamos as nossas capacidades de torturar psicologicamente uma pessoa com os nosso ''joguinhos'' e isso podia ser útil no futuro.

-Sim. - dissemos em coro.

Dirigi-me primeiro para James. Sabia que ele não conseguia nadar e tinha algum medo de água.

- Olá amorzinho.- Usei a minha voz mais doce fazendo-a difícil de reconhecer- Estás confortável? - ele murmurou que não- Não?! Que pena. Eu que queria que tu estivesses bem... Estás com sede. Humm, a mim parece-me que sim. Como eu gosto de tomar conta dos meus, vá, ''amigos'', eu vou te dar água.

Atirei-lhe bastante água e continuei a falar:

- Upsss, água a mais. Acho que vais ter de nadar...- James começou a ficar preocupado. Acho que estava a conseguir- Não sabes nadar?? A sério? A água já está ao nível da tua barriga- Na verdade estava a baixo do joelho mas ele não conseguia ver e estava se a deixar levar. Começou a ter dificuldades em respirar e abriu a boca.- Fecha a boca. Olha que ainda ingeres alguma coisa que não devias. - Atirei-lhe gotas de água misturada com terra para ter um sabor estranho em contacto com a boca.- Eu disse para fechares a boca... Agora foste tarde demais. Isto estava contaminado. Vais começar a ficar com imensa comichão, muita comichão...

Nesse preciso momento James começou a coçar-se e a mexer-se muito mas estava amarrado.

- Volto já meu doce. Não morras de saudades...

- Fica descansada que de ti não vou sentir falta nenhuma.- gritou ele.

- Estragaste tudo fofinho. Eu estava a ser tão boazinha contigo... Estragaste simplesmente tudo. Eu ia dar te comida.- Estava a mentir mas ele não sabia.- Até isso eu te ia dar. Só me faltava tirar-te daí...

- Não. Desculpa, desculpa. Eu imploro-te. Dá-me comida.

- Estragaste tudo, seu ingrato.- rugi eu.- Agora fica aí a apodrecer...

Saí de ao pé dele e fui ter com a minha outra vítima...
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Mensagem  James Andrade Sáb 02 Abr 2016, 16:20

Acordei algemado, de olhos tapados. Não sabia onde estava e tinha uma dor de cabeça insuportável. De repente oiço uma voz a gritar, uma voz que já tinha ouvido antes:

- Bom dia minhas flores! Espero que estejam confortáveis! Pois é aí que vão passar as próximas 12 horas, sem sair, sem comer, sem beber água, sem poderem abandonar esse local tão agradável aconteça o que acontecer! Sempre em pé! Não quero saber de alergias, dores, nada! Podem chorar! Eu adormeço a ouvir o vosso choro! Só vão sair no final das 12 horas, e se há algum engraçadinho que tenta sair antes… Bem, nem queiram saber o que pode acontecer! Sim, era a voz  do instrutor.

Depois veio para próximo de mim o que era pelos vistos pela voz uma rapariga. Ela começou a dizer que queria que eu estivesse bem, embora sentisse uma ponta de sarcasmo na sua voz. "Vem aí porcaria...", pensei. Não tinha como sair dali e ainda por cima comecei a levar com água. Pela quantidade de água que me caía em cima devia ser baldes de água. Neste momento estava apenas stressado e irritado até que ela disse:

- Upsss, água a mais. Acho que vais ter de nadar... Não sabes nadar?? A sério? A água já está ao nível da tua barriga - Já não estava a gostar nada. Não conseguia ver nada, não podia soltar-me e não sentia praticamente nada, talvez por algo que me tenham dado. Depois foi a vez do meu medo atuar. Não estava a conseguir respirar. Ainda pedi para soltar-me, mas ela mandou-me fechar a boca e atirou-me água que dizia estar contaminada. Tal como ela disse, comecei também a ficar com comichão. Houve uns instantes de silêncio, cortado apenas pelo barulho das algemas quando mexia-me e um riso maléfico de outra rapariga. Perguntei onde estava mas ela ignorou e não respondeu. Fiquei bastante irritado e continuei a tentar soltar-me até que ela despediu-se:

- Volto já meu doce. Não morras de saudades... - A atitude dela deixava-me tão irritado que tive que responder. E obviamente pela mesma moeda.
- Fica descansada que de ti não vou sentir falta nenhuma.

Ela pareceu não gostar da minha reação, pois ouvi passos a voltarem para o local onde ela estava. Fez uma voz doce mas repreendedora.

- Estragaste tudo fofinho. Eu estava a ser tão boazinha contigo... Estragaste simplesmente tudo. Eu ia dar te comida. - Deu-se um click no meu cérebro. Talvez pudesse usar isso em meu proveito. Fingir ser vulnerável e mais fraco talvez pudesse-me ajudar em algo. Nem sequer estava com muita fome, mas pedi na mesma:

- Não. Desculpa, desculpa. Eu imploro-te. Dá-me comida.
- Estragaste tudo, seu ingrato. Agora fica aí a apodrecer... - não pude deixar de sorrir com o tom de voz que ela utilizou, mas lembrei-me que para além de não poder facilitar o trabalho dela, dando mais razões de tortura, continuava preso, ainda com comichão e com água pela barriga, segundo ela. A situação era má. E podia tornar-se muito pior.


Última edição por James Andrade em Sáb 02 Abr 2016, 19:33, editado 1 vez(es)

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Mensagem  Convidado Sáb 02 Abr 2016, 18:33

Luna sentiu-se um pouco tonta, à medida que voltava a estar consciente. Quando as suas sensações corporais voltaram, percebeu que se encontrava de pé, encostada e algemada a uma parede circular que parecia ser de terra. Não conseguia ver nada, pois encontrava-se vendada, mas mesmo assim sentiu a sua visão um pouco turva. Sentia-se algo claustrofóbica, algo que não era muito de si, mas não conseguia perceber porque se sentia assim. A voz de um dos instrutores foi-se tornando clara lentamente, e pelas diferenças no volume da mesma, percebeu que esta se encontrava a caminhar algures a um nível superior àquele em que ela se encontrava enquanto falava.
- ... é aí que vão passar as próximas 12 horas, sem sair, sem comer, sem beber água, sem poderem abandonar esse local tão agradável aconteça o que acontecer! Sempre em pé! Não quero saber de alergias, dores, nada! Podem chorar! Eu adormeço a ouvir o vosso choro! Só vão sair no final das 12 horas, e se há algum engraçadinho que tenta sair antes… Bem, nem queiram saber o que pode acontecer!
Luna fechou os olhos com força, para procurar parar com as tonturas que ainda sentia. Não conseguia acreditar que não tinham tido direito a pelo menos uma refeição ou a uma boa noite de sono depois do exercício anterior. Sabia que estava na recruta, e que era mesmo suposto que eles sofressem e fossem levados ao limite, mas sentia-se exausta e esfomeada, e estava a ter problemas em aguentar. Luna estava perdida nos seus próprios pensamentos, e não estava concentrada em ouvir o que os instrutores diziam. Ouviu, no entanto, a conclusão do discurso.
- Vocês são agentes! – gritou um dos instrutores – infiltrados! Tudo pode acontecer! Podem ser atacados! Torturados! Aprisionados! Mas nunca, e repito nunca, podem ceder! Ouviram?! Não quero ouvir nem uma queixa! São recrutas ou são bebés?!
Luna respirou fundo e tentou acalmar-se. Procurou conforto na ideia de que não era a única que se encontrava naquela situação, e que os seus companheiros de recruta estariam seguramente a passar pelo mesmo.
- Bem, bem... Que lindas flores! Sabem do que é que duas flores como vocês precisam para crescer, não é? - Luna não reconheceu aquela voz, mas era claramente mais nova do que a dos instrutores, e perguntou a si mesma se seria um agente da CHERUB - De aguínha!
Sentiu o seu corpo a ser encharcado por àgua fria. Não conseguiu evitar um pequeno grito de surpresa devido ao choque, à medida que a sua temperatura corporal descia rapidamente. Sentiu o seu corpo a começar a tremer, e pingas a começarem a escorrer do seu longo cabelo, enquanto a voz falava de novo.
- Estava fresquinha?! - A voz foi seguida por um riso maléfico, que irritou profundamente Luna - Foi um bom treino não foi florezinhas de estufa? Vocês são muito fracas para continuarem na CHERUB!
Luna não sabia a quem pertencia a voz, mas o facto dessa pessoa soar extremamente divertida deixava Luna extremamente irritada. Não era por norma uma pessoa agressiva, mas a exaustão e a fome que sentia estavam a deixá-la de mau humor, e saber que alguém achava a ideia de atormentar recrutas cansados e esfomeados divertida só a deixava mais zangada. No entanto, cerrou os dentes e respirou fundo, procurando acalmar-se. Não queria mostrar a quem quer que fosse aquela pessoa que o que ela estava a fazer a estava a afetar.
A pessoa que tinha até então estado a atormentá-la afastou-se misteriosamente, e os pensamentos de Luna divagaram por momentos, pensando que, se aquela pessoa fosse mesmo um agente da CHERUB e algum dia lhe pedissem para fazer algo semelhante, não iria achar muita piada à situação, e talvez não tivesse sequer o estômago necessário para o fazer. Perguntou a si mesma se isso seria um sinal de fraqueza pessoal, e se esse tipo de mentalidade nunca a deixaria obter a t-shirt cinzenta. Ao mesmo tempo, perguntou a si mesma até que ponto se deixaria mudar por uma t-shirt. Atormentar recrutas já por si no limite era algo que não se imaginava a fazer algum dia, mesmo que isso fosse para o bem deles. Estava determinada a concluír a recruta, e falhar não era sequer uma opção, mas o medo de não conseguir acabar a recruta por não ser capaz de fazer algo que lhe fosse pedido atormentava-a. Decidiu que era melhor afastar esses pensamentos e preocupar-se com a sua situação atual, e não com o que poderia eventualmente acontecer.
Estremeceu ao perceber que faltavam ainda 12 horas para aquele exercício acabar.

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Mensagem  Hera Watson Dom 03 Abr 2016, 12:23

Uns tempos atrás, perguntaram-me se eu queria participar numa recruta, ajudando os instrutores. Obviamente eu aceitei, eu nunca tinha tido tal experiencia, na verdade eu não sabia muito bem sobre isso até me falarem, no campus muitos ex-recrutas falavam que alguns t-shirts cinzentas participavam, mas nunca havia "provas" de verdade, pois eles nunca sabiam quem eram esses t-shirts cinzentas, e também não fiz esse tipo de recruta.
Usava a t-shirt cinzenta à bastante tempo, tempo suficiente para praticamente esquecer como tinha sido, realmente eu sou uma cabeça de vento ao ponto de esquecer uma coisa tão marcante....
Hoje era o dia, junto comigo, iam a Sarah e a Rosie, a Sarah eu conhecia do acampamento, e dava-me muito bem com ela, já a Rosie, conhecia por ser amiga da Sarah, ela também disse que eram companheiras de recruta.
- Ainda bem que já estão aqui! – Disse o instrutor – Fizeram boa viagem?
- Sim. Estamos prontas.- Eu assenti com uma voz suave.
Ele continuou:
- Isto chama-se treino do prisioneiro, os recrutas estão de pé, vendados e algemados nos buracos. O vosso objetivo é fazer tortura psicológica com eles. Também têm agua, lama, terra, espuma, entre outros, para lhes atirarem, como eles estão vendados não sabem o que é. Como vocês são três, cada uma fica com dois recrutas. Em circunstância alguma eles podem sair dos buracos. Depois quando for para parar eu aviso! Alguma duvida? - Todas acenamos que não. - Ainda bem!
- Já sabem o que têm de fazer! – disse alegremente o instrutor – Sarah: Liam e James. Rosie: Riley e Luna. Hera: Giselle e Lilija.
- Sim – assentimos em uníssono.
Rapidamente eu até ás minhas duas vitimas, olhei para as duas e decidi começar pela Giselle.
- Olha só o que temos aqui...- Eu disse rindo - Coitada, tinha tanta gente para te calhar, e calhou-te a mim! -
Ela olhou para cima, inutilmente, porque não consegue ver nada, e mesmo com os olhos escondidos, eu conseguia perceber o seu olhar de raiva, afastei-me um pouco para ir buscar um grande balde de cubos de gelo.
- Ui, esse olhar, eu até teria medo se não estivesses a tremer. - Eu disse, e lançei o balde com os cubos de gelo em cima dela, imagino o quanto deveria estar gelada, ao agarrar o balde eu sentia as minhas mãos queimarem do quão gelado estava, obviamente isso a fez tremer bastante e dar um grito muito alto.
- Calma, calma, sei que queres mais, mas não precisas de gritar - eu falei com sarcasmo, e deitei-lhe um segundo balde de cubos de gelo, isso fez ela gritar de novo.
- EU DISSE PARA NÃO GRITARES - eu disse, atirando o balde na cabeça. - É melhor começares a ouvir-me, senão isto vai ser muito dificil minha amiga.
- Não sou tua amiga, nem quero.
- Que pena, eu podia dar-te comida, bebida, tirar-te daqui talvez...
- A sério? - ela disse num tom aliviado.
- Não queres ser minha amiga... não posso.
- Ah não! Eu estava a brincar!
- Não sou amiga de coisas estupidas e burras como tu. - andei uns passos, indo em direção da outra recruta.
- Por favor, volta!
- A sério? Queres mais? - eu disse a rir de modo maléfico, não dei tempo de ela responder, começando a atirar bolas de tennis com força.
Continuei a "fazer-lhe companhia" por mais um bom tempo, nem tinha contado quanto foi, mas foi tempo suficente para os cubos de gelo que eu tinha atirado no inicio estarem quase derretido, mas parecia ter apenas passado uns minutos, uns belos minutos de divertimento.
- FRACA. - foi a ultima coisa que lhe disse, cuspindo nela logo de seguida. - Espero que te afogues e morras, a água esse nível duvido que demore muito. - eu disse,  na verdade a água apenas batida pelo meio das coxas, mas com certeza que ao dizer isto ela iria ter a impressão de estar bem mais.
Fui em direção á outra rapariga.


OFF:Tentarei postar a outra parte o mais depressa possivel
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Mensagem  Sarah Adams Dom 03 Abr 2016, 13:52

Após breves momentos com James fui ter com Liam, o outro recruta que me estava encarregue.
Liam era um rapaz de 16 anos que tinha uma ligação forte com a irmã que era dois anos mais nova. Decidi usar isso em meu favor...
Aproximei-me de Liam sem fazer barulho e verti sobre ele um balde de tinta.
O rapaz vendado, não estando à espera, ficou surpreso e começou a tremer de frio: a tinta estava gelada e o recruta apenas tinha uma t-shirt, calças e botas.

- Olá amiguinho! - comecei eu.- Estás bem? Sim?? Ainda bem mas olha que eu acho que a tua irmã não se está a safar assim tão bem. Coitada...- soltei uma risada maléfica.

- Onde está a Luna? O que é que lhe fizeste?- o rapaz começou a mexer-se muito, a tentar soltar-se em vão e aleijou-se pelo facto de estar amarrado.

- Eu?- perguntei com uma voz sarcástica.- Achas que eu faria alguma coisa à tua pobre irmã? Eu não lhe fiz nada...

O rapaz continuava a fazer as mesmas perguntas e eu ria-me em resposta. Senti-me um pouco mal porque pensei na morte da minha família, em particular da minha irmã e do que eu tinha feito para a tentar salvar... Liam estava a tentar proteger a irmã como eu faria no seu lugar, apesar de os seus esforços serem em vão... Ele era o irmão mais velho e senti-a que era sua obrigação proteger a sua irmã de todos os perigos. Rapidamente deixei os pensamentos e concentrei-me. Tinha desenvolvido esta capacidade com a recruta e era isso (entre outras coisas) que este exercício pretendia fazer. Isso e desenvolver a capacidade de resistir a jogos psicológicos como aqueles que eu estava a submeter aos rapazes.
Atirei-lhe terra e água gelada e o rapaz não ficou nada confortável...

- Ups, desculpa. Sou mesmo desastrada. Foi sem querer...

- Claro.- disse Liam com uma voz irónica.

Atirei-lhe tudo o que tinha: tinta, terra, água, espuma, cubos de gelo... Cheguei mesmo a atirar-lhe o balde à cabeça. O rapaz deu um pequeno grito provavelmente por causa do balde e do gelo.

- Sabes porque é que eu faço isto? Sabes?- o rapaz disse que não e eu continuei a atirar-lhe coisas- Porque posso... E sabes o que é que tu podes fazer? Nada. Simplesmente nada. Podes fazer tanto quanto estás a fazer para ajudar e salvar a tua irmã...- Ri-me e ele voltou a mexer-se.

- Ela é uma rapariga tão bonita... Não devia estar ali assim... - Ri-me e Liam estava super irritado. Quando mencionava a irmã, os seus ''sentidos de irmão mais velho'' ficavam alerta e ele tentava soltar-se inutilmente.- Vou ali ter com a tua irmã e já volto.

Ele implorava que não fizesse mal à irmã e eu só pensava que estava a conseguir fazer o que queria.

- Pobre Luna- disse- Vou ver como está a rapariga. Sou capaz de demorar um pouco, mas não te preocupes que eu volto para te dar atenção amigo.- O rapaz pareceu acreditar. Na verdade ele não tinha ouvido que eu só estava encarregue dele e de James. Dirigi-me ao outro recruta.
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Mensagem  Convidado Dom 03 Abr 2016, 16:38

Liam encontrava-se alerta. Os instrutores já tinham acabado o seu discurso há algum tempo, e não conseguia ouvir nada a não ser algumas vozes distantes. Sentia os seus pulsos apertados por algemas fria, que o prendiam a uma parede arenosa e redonda, que Liam assumia ser terra. Sentia os músculos da perna tensos, e percebeu que devia estar de pé há já algum tempo. Encontrava-se vendado, e não conseguia perceber onde estava. Parou de se mexer ao ouvir alguns passos a aproximar-se. Poucos segundos após os passos pararem, foi invadido por um sentimento estranho, uma mistura de surpresa acompanhada por um arrepio que lhe percorreu o corpo, quando uma substância desconhecida, fria e pegajosa lhe caíu nos cabelos e escorreu para os ombros. Ouviu uma voz jovem e feminina, que parecia vir de cima de si:
- Olá amiguinho! Estás bem? Sim? Ainda bem, mas olha que eu acho que a tua irmã não se está a safar assim tão bem. Coitada...
Liam não pode evitar o sentimento de nervosismo e raiva que o invadiu ao ouvir a rapariga falar da irmã.
- Onde está a Luna? O que é que lhe fizeste? - perguntou com uma voz irritada, mexendo-se numa tentativa vã de se soltar.
- Eu? - o tom de voz da rapariga era sarcástico - Achas que eu faria alguma coisa à tua pobre irmã? Eu não lhe fiz nada...
- Se tu lhe fazes alguma coisa, eu...
Liam queria fazer alguma coisa para ajudar a irmã, mas sentia-se imponente e odiava aquele sentimento. Ao mesmo tempo, percebia que o objetivo da rapariga ao falar da sua irmã era mesmo deixá-lo assim, mas era difícil manter a calma naquela situação. Sentiu terra a caír sobre si, e a invadir as suas roupas, o que deixou Liam extremamente incomodado. No entanto, seguiu-se quase imediatamente uma queda de àgua gelada, que fez Liam estremecer.
- Ups, desculpa. Sou mesmo desastrada. Foi sem querer...
Liam sabia que era suposto sentir-se intimidado, e parte de si estava extremamente desconfortável. Mas por outro lado, achava alguma piada a quem quer que fosse que o estivesse a atormentar. Os instrutores eram normalmente implacáveis, mas a seriadade com que encaravam o que faziam deixava os recrutas sempre desconfortáveis, mas aquela rapariga, quem quer que fosse, estava a divertir-se com o que estava a fazer, e Liam achava imensa piada a isso.
- Claro - replicou, com ironismo e um pequeno sorriso nos lábios.
A rapariga continuou a atirar as mais diversas coisas, algumas delas já atiradas anteriormente, como terra e àgua, mais algumas outras que ainda não tinha atirado, como espuma e cubos de gelo, e outras substâncias que Liam não conseguia identificar. A certa altura, a rapariga atirou-lhe com o balde, que ainda devia ter algo no seu interior, e o magoou na cabeça.
- Merda ! - gemeu de dor e ao sentir o balde a caír perto de si, com um som ôco e vazio, deu-lhe um pontapé, empurrando-o para longe.
- Sabes porque é que eu faço isto? Sabes? - perguntou a rapariga, enquanto Liam acenava, ainda furioso por causa do balde, negativamente - Porque posso... E sabes o que é que tu podes fazer? Nada. Simplesmente nada. Podes fazer tanto quanto estás a fazer para ajudar e salvar a tua irmã... - a rapariga riu-se, e Liam percebeu que ela ia continuar a insistir em falar da sua irmã e do facto de ele não poder fazer nada ali preso, na tentativa de o afectar.
A rapariga continuou a falar, numa voz provocatória. Liam não a reconhecia, pois não tinha passado tempo o suficiente no campus para conhecer quem quer que fosse antes de ser enviado para a recruta, mas conseguia perceber que quem quer que ela fosse, era mais nova do que ele, ou até mesmo do que a irmã.
- Ela é uma rapariga tão bonita... Não devia estar ali assim... - a rapariga fez uma pausa breve, antes de acabar o que tinha a dizer - Vou ali ter com a tua irmã e já volto.
Liam sorriu para si mesmo, tentando não se rir. A sua frustração causada pela dor no sítio onde o balde o tinha atingido ainda estava presente, mas estava determinado em inverter o jogo que aquela rapariga estava a tentar fazer com ele. Concentrou-se e tentou fazer a sua melhor voz chateada, enquanto a rapariga se começava a afastar.
- Por favor... Não lhe faças mal... - implorou, na sua voz falseada.
- Pobre Luna - disse ela, quando se voltou a aproximar - Vou ver como está a rapariga. Sou capaz de demorar um pouco, mas não te preocupes que eu volto para te dar atenção amigo.
Liam não conseguiu evitar rir-se quando começou a ouvir os passos da rapariga a afastar-se, fazendo com que a rapariga, algures acima dele se detivesse, surpresa.
- Achas mesmo que eu vou ser assim tão fácil de assustar ? - questionou Liam lentamente, com um sorriso escarninho, num tom de desafio - Vais ter de te esforçar mais, pirralha...

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Mensagem  Rosie Posso Dom 03 Abr 2016, 17:10

Depois de 3 horas a turturar as duas ao mesmo tempo, passei para a turtura individual. O melhor método era a hipnose, fazendo com que elas imaginassem o que eu ia dizendo. Decidi começar por Luna que parecia mais frágil e mais sugestivel do que Riley.

- Agora a menina Riley pode nadar um pouco, - atirei-lhe 2 baldes de água. - porque parece que  o buraco está a encher. - Ela pareceu acreditar e ficou com um pouco de medo. Dirigi-me mais para perto de Luna, e fiz voz de apresentador de TV. - Parabéns! Você acabou de ganhar uma viagem ao pólo norte. - Atirei gelo para cima dela fazendo com que ela desse um grito enorme. Ouviu-se um grito ao longe, e decidi jogar isso a meu favor. - Olha, o teu irmão está muito longe para te poder ajudar. E pelos vistos está a sofrer muito. - Luna olha para cima, e mesmo com a venda viasse perfeitamente a sua raiva. -  Não gostas-te do prémio? - continuei com um sorriso.

- Não! Nem um pouco! - Cuspiu ela.

- Que má educação. - Disse fingindo- me de ofendida. - Se não gostas do polo norte, podias ter dito. Sabes o que eu queria agora? - Ela não respondeu. - Não?! Eu gostava mesmo de um café bem quente, com aquele sabor maravilhoso e o fumo que sai do café acabado de sair da máquina. - Luna estava a ficar bastante, bastante irritada.-  É tão maravilhoso!!! Que pena estares nesse buraco tão pequenino e apertado. - Ela ficou nervosa. - Bem... Como não gostas-te do prémio de á pouco, vou dar-te outro. Uma viajem para a floresta do amazonas. - comecei a atirar folhas. - Com todas aquelas plantas, - Joguei um balde de lama e outro de terra sem nunca parar de atirar folhas. - e os pântanos... Vou deixar-te a aproveitar a viajem! - Disse quando atirei as folhas todas.

A seguir, dirigi-me para perto da Riley, que ainda estava a ver se conseguia nadar no que ela pensava ser um buraco cheio, que na verdade lhe ficava 5 centímetros a cima do joelho.

- Olá princesa! Que tal a água? Fresquinha? Deve estár muito!  - fui deitando uns cubos de gelo sem ela reparar em nada, a não ser na água gelada. Depois de um momento calada continuei. - Olha que linda esta abelha! E olha, ela parece gostar de ti... - Agarrei num ramo fino e cotoquei-a no ombro.- Oh parece que não, Acabou de te picar! - Por causa da água gelada o corpo dela estava dormente, fazendo com que ela não sentisse a diferença.

- Oh Não! Eu sou alérgica! - Ela suou desesperada.

- Ohh! Que pena! - Disse num tom claramente sarcástico, que deixou Riley enervada. - É normal isso estár a inchar tanto? - Ela bufou de desprezo. - Então? Isso não se faz! Mas eu perdou, por isso vou-te dar uma prenda! Sabes os instrutores deixaram-me um balde com Cocó de porco, mas ele está a começar a cheirar mal! Podes ficar com ele se quiseres. - Agarrei no balde de lama com químicos para a deixar mais mal cheirosa, e atirei para cima dela. Ela deu um grito de dor, e eu fiquei impressionada como das palavras ela podia sentir dor.- Isso é capaz de arder um pouco em contacto com a parte da pele onde a abelha te picou. - Desviei o olhar para olhar para Sarah e Hera. Elas estavam cada uma em frente a um buraco. - Então Luna estás a gostar da viagem? - Gritei para ela ouvir.

- Estou a adorar. - O tom de voz dela era claramente sarcástico

- Ainda bem! - Voltei a gritar enquanto ria.
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Mensagem  Sarah Adams Dom 03 Abr 2016, 19:41

- Achas mesmo que eu vou ser assim tão fácil de assustar ? - questionou Liam  num tom de desafio - Vais ter de te esforçar mais, pirralha...

- Okay... Tu é que pediste...- disse eu aceitando o desafio.

Fui ter com Rosie, a querubim de camisola cinzenta encarregue de Luna. Disse-lhe para pôr Luna a gritar sempre que eu fizesse um sinal desde que não a magoasse muito... Rosie disse que faria os possíveis mas a verdade é que conseguiu. Fiz o sinal e ouviram-se dois gritos. Liam ficou preocupado e eu disse:

- Então amigo? Queres que continue?- fiz outra vez o sinal e ouviu-se mais um grito.

-Não, por favor. Pára, eu peço-te. Ela não tem culpa.

- Olha olha. O ''rapagão'' a implorar à ''piralha'' para parar. Eu acho que não vou faze-lo.- Fiz o sinal uma última vez. Ouvi-se um grito um pouco abafado  seguido de um ''por favor pára''.

- Por favor... Eu imploro-te. Ela não tem culpa...- acho que ele se punha de joelho se fosse preciso e ri-me. Pus-lhe um cubo de gelo dentro da camisola, ajudada por um ramo e ele começou a ''dançar''. Estava a gostar do espetáculo.

Já deviam ter passado umas 10 horas e eu fui atirando coisas a ambos os recrutas fazendo com que não adormecessem. Estavam exaustos, com os músculos doridos e famintos...
Aproximei-me de Liam e enchi-lhe a cara de lama gelada e em vez de pepino usei rodelas de kiwi e levantei um pouco a venda para-lhas colocar. Ele dei um pequeno grito e eu tirei o kiwi e chamei-lhe fraquinho. Depois dei-lhe um pequeno estalo na cara como que a dizer ''está pronto''.

- Viste? Eu ainda te dou tratamentos de beleza...- Ri-me antes de lhe molhar as calças.- Então eu é que sou a ''pirralha''? Ao menos a pirralha não se mija disse-lhe eu ao ouvido antes de me rir.

- Vai-te lixar- respondeu ele.

Peguei num balde e numa bola de ténis. A bola de ténis foi direitinha às partes íntimas de Liam enquanto que o balde foi lançado contra a sua cabeça. Liam gritou um pouco e eu ri-me antes de me deslocar para James. Sem fazer barulho aproximei-me e pus-lhe um cubo de gelo nas costas. Ri-me ao ver James preocupado com o gelo mas também com o nível da água. Não dei pelo passar do tempo até que um instrutor disse para pararmos.


Última edição por Sarah Adams em Dom 03 Abr 2016, 20:26, editado 2 vez(es)
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Mensagem  Diana E. Grint Dom 03 Abr 2016, 19:42

As 12 horas estavam já a terminar, o estado dos recrutas era lamentável, mas estavam ainda longe do final que tanto ansiavam. Havia ainda tanto para superar.
- Tragam o primeiro! – gritou um dos instrutores.
Havia agora 4 ajudantes, que estariam divididos em grupos de 2: Rosie e Sarah, Hera e David. Cada grupo foi colocado numa sala não muito grande, cinzenta. No centro havia uma mesa, de um dos lados duas cadeiras azuis, almofadadas e bastante confortáveis, do outro três cadeiras de metal que contrastavam imenso com as primeiras. No meio da mesa um candeeiro com uma luz bastante forte. Havia apenas uma porta de metal que dava acesso à sala, tirando isso, só uma pequena janela na qual apenas um rato poderia caber.
Rosie e Sarah entraram para a primeira sala, cada uma delas carregado um saco de plástico preto. Sentaram-se nas cadeiras azuis deixando as de metal para os recrutas. Dentro de cada saco possuíam bebidas (refrigerantes, águas, sumos naturais), comida (sandes, iogurtes, bolos) e alguns doces (barras de chocolate, rebuçados). Dispuseram toda a comida em cima da mesa. Hera e David repetiram o processo que as suas colegas já haviam feito. Em cada sala encontrava-se também um instrutor.
- Como estão? – perguntou aos agentes. – Já sabem o que se espera: o objectivo é um interrogatório. Todos sabemos que existe a remota possibilidade de um agente ser capturado e interrogado. Nunca em circunstância alguma deve revelar os planos da missão.
Os agentes acentiram
- Mas – continuou o instrutor – neste caso, como não existe uma missão específica, espero que a vossa imaginação dê uma ajudinha.
Assim que os quatro agentes haviam sido informados de como se iria processar o desafio os recrutas entraram para as salas, ainda algemados, sem terem tido oportunidade de trocar de roupa ou comer e mesmo beber água. Na sala de Rosie e Sarah sentaram-se Liam, Giselle e Lilija; na sala de Hera e David ficaram Luna, James, Riley. Mal os recrutas se sentaram os agentes começaram a comer e beber, disfrutando do conforto que lhes havia sido fornecido.
- Liguem os candeeiros! – gritou um instrutor em cada sala – podem começar, meus queridos.
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Mensagem  Convidado Qua 06 Abr 2016, 01:57

Liam encontrava-se acompanhado por Giselle e Lilija, do outro lado de uma porta de metal de aspeto pesado, que possuía uma janela extremamente pequena mais ou menos à altura dos olhos de Liam. A acompanharem os recrutas, que ainda se encontravam algemados mas a quem já tinha sido retirada a venda, estavam duas agentes da CHERUB, ambas aparentemente mais novas do que Liam. Este não pode deixar de admirar as t-shirts cinzentas que as raparigas traziam vestidas, bem como o ar confiante e determinado que os seus rostos apresentavam.
A porta abriu-se lentamente, com o som irritante e agudo do metal a arrastar-se sobre o piso. Do outro lado, um dos instrutores acenou às agentes, que entraram para a sala uma atrás da outra. O instrutor fechou novamente a porta, e Liam trocou olhares rápidos com Giselle e Lilija. Não sabia o que se encontrava para lá da porta, e estava confuso. Por outro lado, tinha fome e sede, e sentia o seu corpo dorido. A sua mente encontrava-se num pranto interminável, que pedia apenas uma boa refeição e uma boa cama. Mas sentia-se ao mesmo tempo determinado, e adrenalina que apenas o desconhecido que um novo exercício representava era capaz de conferir mantinha-o acordado e atento.
Após alguns minutos, a porta abriu-se novamente com um ruído ensurdecedor, e o instrutor que antes chamara os agentes com um gesto meramente indicativo e de forma civilizada, desta feita saíu da divisão onde se encontrava e empurrou os recrutas bruscamente para o interior da mesma, ordenando com desdém:
- Mexam-se, seus porcos! Não tenho o dia todo.
Liam observou o que o rodeava, e julgou estar num qualquer cenário de Hollywood. No centro da sala, encontrava-se uma mesa larga, no meio da qual se erguia um candeeiro. À volta deste, encontravam-se bebidas, comidas e algumas sobremesas, todas elas com um aspecto delicioso. A sala era rodeada por paredes cinzentas, sem janelas, mas apesar da falta de circulação de ar, era de uma qualquer maneira que Liam desconhecia, extremamente fria. Ambas as agentes tinham agora vestido um casaco sobre as t-shirts cinzentas, e encontravam-se sentadas em duas cadeiras azuis e de aspecto confortável, olhando-os com um sorriso mesquinho, enquanto comiam as mais variadas coisas. O instrutor fechou novamente a porta, e começou a caminhar à volta da sala, enquanto falava:
- Liguem o candeeiro! Podem começar, meus queridos.
A rapariga de cabelos loiros chegou-se à frente e ligou o candeeiro, que projetou uma luz de tom amarelo por todo o espaço à sua volta. Recostou-se novamente na sua cadeira, e olhou-os enquanto, em conjunto com a sua companheira, empurravam levemente com os pés duas das cadeiras que se apresentavam à sua frente. Estas cadeiras, em conjunto com uma terceira que as raparigas não empurraram, eram de metal e pareciam extremamente desconfortáveis. Liam assumiu, à semelhança das suas colegas, que as raparigas esperavam que os três se fossem sentar nas cadeiras, mas quando se aproximou para o fazer, a rapariga loira riu-se e disse:
- Não, não - pôs os pés em cima da cadeira em que Liam pretendia sentar-se, e continuou - Estas são para nós.
A outra agente riu-se também, e imitou o que a colega tinha acabado de fazer, colocando os pés em cima da cadeira em que Giselle se ia sentar. Sobrava apenas uma cadeira, e Liam olhou para as suas colegas. Estava extremamente cansado, mas nunca se sentaria em detrimento de elas as duas. Eram ambas raparigas, e alguns anos mais novas do que ele, fazendo todo o sentido que se sentasse uma delas, e não ele. Giselle era apenas um ano mais velha do que Lilija, e a decisão de quem se deveria sentar entre elas as duas seria um pouco discutível noutra altura, mas Lilija estava exausta, e parecia estar a ter mais problemas em aguentar-se do que Giselle. Liam olhou para as duas, antes de se dirigir a Giselle:
- Acho que a devias deixar sentar-se a ela. Ela é que está mais cansada entre nós os três...
Giselle fez um pequeno trejeito de desilusão, mas não se opôs à ideia, e Lilija sentou-se na cadeira de metal. A rapariga morena, que os tinha estado a observar até então, suspirou e começou a falar:
- Vamos lá ao que interessa - chegou-se à frente para pegar numa fatia de uma pizza que se encontrava já a menos de metade do seu tamanho inicial, em cima de uma caixa aberta - Nós sabemos que vos foi dada uma informação pelos instrutores. Não sabemos ainda o cariz dessa informação, mas é importante para nós obtê-la, não olharemos a meios para atingir os fins. Se tivermos de vos magoar para obter essa informação, não teremos qualquer problema em fazê-lo...
- No entanto - interrompeu a rapariga loira, que estava naquele momento a comer um gelado, enquanto olhava para os três recrutas - Saibam que não temos qualquer problema em recompensar-vos se nos ajudarem. A escolha é vossa. Quem é que vai falar primeiro ?
Ilustrou o que tinha acabado de dizer apontando para a mesa cheia de bebidas, comidas e sobremesas. Liam reconheceu a voz da rapariga loira como sendo a rapariga que o tinha atormentado no dia anterior. Ao mesmo tempo, tinha detectado rapidamente que as raparigas tinham aberto o interrogatório com uma abordagem um pouco adaptada à situação de "bom polícia, mau polícia". Não sabia se as suas colegas também tinham reconhecido o estratagema, e tinha medo de que estas se deixassem levar e revelassem a informação que deviam esconder a troco do comida. No entanto, ficou agradavelmente surpreendido ao verificar que nenhuma delas falou.
- Ninguém ? - perguntou a rapariga loira, num tom desiludido.
- Bem... Vamos fazer as coisas á minha maneira - disse a rapariga morena, pegando em três sacos de pano, e colocando-os na cabeça dos três recrutas.
Liam ouviu um "Não..." baixinho e nervoso, e não conseguiu perceber se teria sido Giselle ou Lilija a dizê-lo, mas temeu que uma das suas colegas estivesse prestes a quebrar. Ouviu um gemido de dôr, mas não conseguiu perceber de quem teria sido, ou o que lhe teriam feito. Mais uma vez, reconheceu a abordagem que as agentes estavam a tentar agora, embora vagamente. Tinha visto, no passado, algo numa televisão sobre um método de interrogatório antigo onde prisioneiros a interrogar eram vendados e levados numa viagem de helicóptero, e um deles era atirado para fora do helicóptero, o que assustava o outro prisioneiro e o punha a falar. Mais uma vez, as duas agentes variavam uma técnica diferente de interrogatório e utilizavam-na ali, com eles. Os seus pensamentos foram, no entanto, interrompidos, quando sentiu um estalo muito forte, seguido de um empurrão e de uma rasteira que o fizeram caír. Ficou magoado no chão, e sentiu a voz da rapariga loira, algo acima dele, a dizer com desdém:
- Vocês não são lá muito inteligentes, pois não ?
Ouviu os passos da rapariga, que se devia estar a dirigir para uma das suas colegas. Pensou o mais rápido que podia, e percebeu rapidamente que elas iriam insistir naquele método, pois estavam a conseguir assustá-los, e não demoraria muito até que algum deles quebrasse. Sabia também que a melhor maneira de resistir a um interrogatório como aquele não seria através do silêncio que eles estavam a usar até então, mas sim falando de pistas intermináveis, nenhuma delas com conteúdo, e fingindo cooperar com quem estava a dirigir o interrogatório. Possivelmente, naquela situação, conseguiriam até algumas recompensas, e com sorte, quando as duas agentes se apercebessem de que não estavam a chegar a lado nenhum e de que as pistas não eram verdadeiras, já o exercício estaria a acabar. Queria comunicar desesperadamente a sua ideia ás suas colegas, e a única maneira que tinha de o conseguir era começando ele mesmo por fazer exatamente aquilo que esperava que as colegas fizessem, esperando que estas percebessem a deixa e continuassem a elaborar falsas pistas uma atrás das outras, construíndo, em conjunto com ele, um retrato convincente de uma falsa informação que lhes tinha sido dada.
- Esperem! - chamou Liam, em desespero, ainda no chão - Eu digo-vos o que vocês quiserem... Mas por favor, não lhes batam. E dêem-nos comida, por favor...
- Finalmente, alguém inteligente... - disse a rapariga loira, retirando-lhe o saco da cabeça e erguendo-o do chão - Não parecias assim tão esperto, tu, ontem naquele buraco.
A rapariga morena riu-se, antes de dizer:
- Talvez seja mais diferente da irmã do que eu pensava.
Foi preciso um enorme esforço para que Liam não respondesse de forma agressiva, depois daquele comentário. Sabia que ambas as raparigas estavam ainda a tentar mexer com a cabeça deles, tentando evitar que um sentimento de comforto surgisse na cabeça dos recrutas e os fizesse recuar na intenção de denunciar a informação que lhes tinha sido dada. Quando Liam olhou para o lado, foi presenteado com olhares indignados de Giselle e Lilija, e não pode deixar de se sentir feliz ao perceber que as raparigas eram persistentes e não estavam a pensar dizer nada do que sabiam em breve.
- Então... Conta-nos lá aquilo que sabes - disse a rapariga loira, sentando-se na sua cadeira.
Liam pensou no que estava prestes a dizer. Tinha de ser algo que soasse concreto, mas fosse ao mesmo tempo vago, para permitir que os recrutas conseguissem ter o interrogatório do seu lado durante o máximo de tempo possível, e o mais diferente possível da informação que lhes tinha sido dada. Tinha de ser também dividida, como se cada um dos recrutas soubesse algo diferente. Assim, não seria apenas Liam a receber as recompensas por denunciar a informação que lhe tinha sido dada, mas também Giselle e Lilija teriam direito a algo.
- A cada um de nós foi-nos dada, pelo que eu percebi, uma parte da informação toda... Não sei qual foi a parte delas, mas o que me disseram a mim foi que a informação é relativa a uma sigla.
- Uma sigla ? Que sigla ?
Liam sentiu-se extremamente aliviado ao ouvir a pergunta proferida pela rapariga morena. Elas pareciam estar a acreditar, e isso eram notícias extremamente boas para os recrutas. Suspirou, e prosseguiu:
- Não me disseram ao certo. Disseram apenas que está relacionada com os proprietários das instalações onde nos encontramos agora.
As duas raparigas olharam em simultâneo para o instrutor, que se encontrava atrás delas, mas o rosto deste não mostrava nenhuma expressão.
Olharam novamente para Liam, e a rapariga loira não tardou a prosseguir:
- Muito bem... Mas vamos precisar de mais... Vamos a uma de vocês, agora - disse, apontando para Giselle e Lilija,
O seu coração tinha dado um salto quando as raparigas se tinham virado para trás e olhado para o instrutor. Pensara que tinha dito algo que não devia, ou que estava a fazer o interrogatório parecer demasiado fácil, e que tinha deitado tudo a perder. Não pode evitar suspirar de alívio ao perceber que tudo não passara de um falso alarme, e que ainda estava tudo bem. No entanto, o cheiro agradável que emanava da comida estava a começar a distraí-lo, e perguntou, num tom imploratório:
- Posso pelo menos comer qualquer coisa enquanto elas falam ?
Não sabia se as agentes o iriam deixá-lo comer para já ou não, mas estava convencido que sim. Giselle e Lilija eram os seus próximos "alvos", e não se podiam dar ao luxo de perder possíveis informações importantes que as duas recrutas pudessem ter, ao negar comida a alguém que elas pensavam já lhes ter dado informações importantes. A agente morena encolheu os ombros, e foi com enorme felicidade que Liam se aproximou da mesa, pegou em vários tipos de comida e de bebidas, e se sentou numa das cadeiras, agora já desocupada, a comer com satisfação.

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Mensagem  Diana E. Grint Qua 06 Abr 2016, 17:44

Era o 98º dia da Recruta, todos os querubins estavam já cansados, e os t-shirt cinzenta já haviam regressado ao campus. Deviam ser por volta das 4 da manhã quando os recrutas foram acordados com o som de uma sirene,
- Têm 5 minutos para estarem vestidos e com o acampamento desmontado - gritaram os instrutores - não nos façam esperar!
Estava prestes a começar o último desafio da recruta, era agora a última oportunidade que os recrutas possuíam para mostrar o que realmente valiam.
- Relativamente às utilidades prometidas no último desafio - continuou um dos instrutores - vão encontrar tudo assim que vos forem dadas as vossas mochilas! Estão a ver as carrinhas à vossa frente? Cada um deve entrar para uma delas, e esperar pelo melhor!
Cada recruta foi colado numa carrinha, vendado sem saber para onde o levavam, assim que foram deixados, encontravam-se ainda vendados possuindo apenas uma mochila e a roupa que possuíam desde o início da recruta.
Cada um dos agentes foi deixado num ponto específico de uma cidade fantasma.
Recruta nº 31 2li915e
Dentro da mochila de cada agente encontravam-se os objectos que haviam vencido de acordo com a chegada no primeiro desafio:
Riley - cantil, navalha, saco de papel, lápis, fio preto, cronómetro
Giselle - lantarna, bandeira branca, garrafa de vidro, vara de pau, caixa de cartão
Liam - filtro de água, caneta, buzina, uma barra energética
James - Lata vazia, fósforos, saco de plástico
Lilija - tesoura, colher
Luna - faca
Juntamente com um bilhete a explicar as regras do jogo:
"Cada recruta encontra-se num dos pontos do mapa, não só, novamente, vão ter de descobrir em que ponto estão como vão fazer uma caça ao tesouro: cada seta a vermelho (no mapa) indica um ponto, cada recruta tem de passar por todos os 8 pontos e marcar a presença no contador que se encontrará lá, após terem passado por todos os pontos devem dirigir-se para o ponto central a vermelho onde devem encontrar os instrutores. Boa sorte! Desta vez, é cada um por si!"

- Só podem retirar a venda quando já não ouvirem o som do carro! - gritou o instrutor - Nada de brincadeiras!
Com um agente em cada ponto, sem noção dos que lhes restava na mochila, os instrutores afastaram-se dando início ao jogo.
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Mensagem  Lilija Speranski Sex 08 Abr 2016, 12:45

Era o 98º dia da Recruta, já tinha recebido a T-shirt cinzenta e regressado ao campus (tínhamos voltado mais cedo por causa do aviso de tsunami para Vanuatu). Eram 4 da manhã quando os recrutas foram acordados com o som de uma sirene:
- Têm 5 minutos para estarem vestidos e com o acampamento desmontado - gritaram os instrutores - não nos façam esperar!
Não fazia ideia o que seria o Desafio Final
- Relativamente às utilidades prometidas no último desafio - continuou um dos instrutores - vão encontrar tudo assim que vos forem dadas as vossas mochilas! Estão a ver as carrinhas à vossa frente? Cada um deve entrar para uma delas, e esperar pelo melhor!
Quando ouvi a frase, fiquei um pouco assustada. Entrei numa carrinha, fui vendada e atiraram-me uma mochila.
Na terceira vez, empurram-me para fora e gritaram-me:
- Só podem retirar a venda quando já não ouvirem o som do carro! Nada de brincadeiras!
Depois de 5 minutos, tirei a venda e vi o que havia dentro na mochila: uma tesoura e uma colher. Sad
Também havia um bilhete que dizia:
"Cada recruta encontra-se num dos pontos do mapa, não só, novamente, vão ter de descobrir em que ponto estão como vão fazer uma caça ao tesouro: cada seta a vermelho (no mapa) indica um ponto, cada recruta tem de passar por todos os 8 pontos e marcar a presença no contador que se encontrará lá, após terem passado por todos os pontos devem dirigir-se para o ponto central a vermelho onde devem encontrar os instrutores. Boa sorte! Desta vez, é cada um por si!"
Ok, desta vez não havia bússola...
Começei a olhar à minha volta e vi que a cidade estava deserta, era uma CIDADE FANTASMA! Ao longe, ao longe vi uma pequena bandeira branca e percebi que tinha um símbolo que parecia o LOGÓTIPO DA CHERUB. Corri com toda a minha velocidade e graças á minha mochila leve, não demorei nada até que... pisei em alguma coisa, era um sapato. ??????
Até que pensei em que cidade fantasma seria aquela e começei a ver que poderia ser CHERNOBYL. Mas era um pouco impossível, pois o nível de radiação desse local é tão alto que numa hora, seria morte certa e a CHERUB não é assim tão louca ao ponto de nos mandar para um local onde explodiu o reator nuclear 4...
Andei ás voltas, sem saber o que fazer e de repente pensei: "Vê o mapa e orienta-te Lilija. Afinal porque estás na CHERUB?"
Aquele pensamento deu-me ânimo e rapidamente descobri que o ponto onde estava era o 6. Enquanto seguia o caminho indicado pelas setas, só via ruas desertas, coisas no chão e até um cadáver! Tive que usar a tesoura para cortar ervas daninhas e a colher para comer uma lata de feijão FORA DO PRAZO!
Depois de longas horas a caminhar e os pés a implorarem-me para parar, lá chegeuei ao acampamento.
-Lilija, parabéns! És a primeira a chegar, vamos ver é se os outros toscos irão demorar muito, vou adorar ver a cara do ou da último/a quando descobrir que vai ter que fazer 200 flexões- disse um instrutor- como presente, tens aqui uma piza só para ti.
Peguei na piza e começei a comer vorazmente...

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COMO ASSIM JÁ TINHAM T-SHIRTS CINZENTAS?
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Mensagem  Convidado Sáb 09 Abr 2016, 17:37

Era o "desafio final". Existia algo de surreal naquele momento, e Luna tinha já perdido a noção dos dias que haviam passado desdo o início da recruta, não sabendo dizer se seriam mesmo os últimos dias de recruta, ou uma tentativa dos instrutores de brincarem com as emoções dos t-shirts azuis. No entanto, "desafio final" ou não, ela sentia-se diferente, mais corajosa e determinada, preparada para enfrentar o que quer que fosse que os instrutores lhe pusessem pela frente. Encontrava-se sentada numa carrinha em movimento, vendada, não tendo noção de onde se encontrava. O banco onde estava sentada era duro e desconfortável, e sentia todos os solavancos da estrada enquanto a carrinha os atravessava. A viagem já durava há algum tempo quando sentiu que estavam a abrandar. O instrutor saíu da carrinha, deu a volta á mesma, abrindo de seguida a porta a Luna e ajudando-a a sair da carrinha, visto que esta encontrava-se ainda vendada. Sentiu os seus pés a pisarem gravilha, enquanto o instrutor fechava a porta barulhentamente e lhe dizia:
- Só podes retirar a venda quando já não ouvires o som do carro! Nada de brincadeiras!
Luna acenou em concordância, e o instrutor não tardou a entrar novamente na carrinha, partindo de seguida. Assim que Luna deixou de ouvir o barulho do motor da carrinha, retirou a venda, e observou onde se encontrava. Encontrava-se num terreno descampado, e à sua frente estava uma pequena estrada de asfalto, que parecia acabar naquele terreno. Aos seus pés, o instrutor tinha deixado uma mochila, que Luna se apressou a abrir. Lá dentro, encontrava-se uma faca de aspeto afiado, um mapa e um pequeno bilhete, que Luna leu em voz alta.
- "Cada recruta encontra-se num dos pontos do mapa, não só, novamente, vão ter de descobrir em que ponto estão como vão fazer uma caça ao tesouro: cada seta a vermelho (no mapa) indica um ponto, cada recruta tem de passar por todos os 8 pontos e marcar a presença no contador que se encontrará lá, após terem passado por todos os pontos devem dirigir-se para o ponto central a vermelho onde devem encontrar os instrutores. Boa sorte! Desta vez, é cada um por si!".
Mal acabou de ler, dobrou o bilhete e colocou-o novamente na mochila, tirando de seguida o mapa e apressando-se a analisá-lo. Não tinha nenhuma bússola, mas ao analisar todos os pontos do mapa, percebeu rapidamente que o único que encaixava com o sítio onde ela se encontrava era o 5. Analisou de seguida todas as setas do mapa. Eram nove. Achou que, a fim de poupar tempo, deveria definir a rota que iria percorrer antecipadamente. O mapa parecia representar uma cidade, e embora não existisse uma escala, Luna presumiu que esta fosse bastante vasta e confusa, com fim a confundir os recrutas. Encontrava-se perto da seta que se encontrava mais a sul, e achou que seria melhor começar por aí, seguindo depois para norte, e marcando presença em cada um dos contadores, um por um, até estarem todos, voltando, de seguida, ao ponto central, onde acabaria a recruta.
Não demorou a chegar ao primeiro ponto, pois bastou atravessar o longo terreno de gravilha onde tinha sido deixada pelo instrutor, atrevessando depois uma estrada mais larga do que a tinha visto anteriormente. O contador encontrava-se na parte de trás de um sinal que indicava que se encontrava em Feudal. Parecia encontrar-se nos arredores de uma cidade, mas não via nenhum movimento nas estradas, nem ouvia nenhum som que indicasse que existiam pessoas na zona. Foi quando finalmente chegou ao segundo ponto que finalmente percebeu que se encontrava, de facto, numa cidade fantasma. A procura pelos pontos de contagem lembrava-lhe, de certa forma, as aulas de orientação que tinha por vezes em Educação Física, quando ainda andava na escola, antes de entrar para a CHERUB. Mas, no entanto, aquele desafio estava a revelar-se muito mais complicada. Muitos dos pontos de contagem encontravam-se escondidos ou em pontos de difícil acesso, obrigando os recrutas a procurá-los por toda a parte, a forçar a entrada em edifícios fechados ou a subir árvores bastante difíceis de escalar para conseguir chegar a eles. Muitos deles haviam já sido marcados por outros recrutas quando Luna lá chegava, mas a cidade era grande o suficiente para que, já no fim do dia e depois de ter acabado de marcar presença em todos os pontos de contagem, não tivesse encontrado nenhum outro recruta até então.
O sol já se punha, e dirigia-se agora para o acampamento, através de campos verdejantes, extremamente cansada, dorida e esfomeada. O dia tinha sido extremamente cansativo, e não tinha comido nada. Para além disso, uma queda enquanto escalava uma das árvores onde um dos pontos de contagem se encontava tinha-a deixado magoada, pois embora a relva tivesse abafado a queda, já se encontrava a uma altura considerável, e uma pedra no meio da relva tinha-lhe deixado uma nódoa negra que ainda lhe doía. Foi com alívio que viu, por fim, o acampamento, que tinha sido montado perto de um riacho que atravessava aqueles campos. Quando chegou lá, viu os instrutores e Lilija sentados, a comer pizza em conjunto. Foi uma visão estranha, pois nunca tinha visto os instrutores a conviver com os recrutas, e também já não comia nada que se assemelhasse a uma pizza desde que a recruta tinha começado.
- Parabéns, Luna - disse um dos instrutores, parando de comer - Concluíste a recruta.
- Está a falar a sério ? - perguntou Luna, num tom sério.
Até então, não tinha pensado muito no que lhe tinha sido dito de manhã. Tinha evitado pensar nisso, pois não tinha a certeza de que fosse mesmo o último desafio da recruta, e não queria criar falsas esperanças. Quando o instrutor acenou afirmativamente, uma sequência de memórias do que tinha passado desde o início da recruta vieram-lhe à cabeça. Se lhe tivessem dito antes de entrar para a CHERUB que ela conseguiria aguentar algo tão difícil como a recruta, muito provavelmente não acreditaria nisso. Mas ali estava ela, depois de todos os desafios, mais dura e corajosa do que alguma vez se tinha sentido. Sentiu lágrimas a virem-lhe aos olhos, e lembrou-se do seu irmão. Estava extremamente feliz por acabar a recruta, mas sentia que só podia comemorar quando ele ali estivesse com ela.
- O meu irmão ainda não chegou ? - perguntou ela, limpando os olhos com a mão.
- Não, mas eles já não devem demorar muito - respondeu o instrutor, apontando para uma roulete que se encontrava em cima de tijolos, claramente ali "presa" há já algum tempo - Podes ir lá dentro, há lá comida e bebidas.
- E café ? - perguntou Luna, com um sorriso.
- E café... - sorriu o instrutor, também com um sorriso.
Luna dirigiu-se, cansada mas feliz, para o interior da roulote, e pegou em várias fatias de pizza, colocando-as num prato, e num copo de Ice Tea de limão. Sentou-se a comer, apreciando cada dentada como nunca tinha apreciado na sua vida, e olhando para a janela, à espera que o seu irmão chegasse. Quando acabou de comer, preparou um café para si mesma, e sentindo que estava a ficar frio, agarrou numa manta e saiu cá para fora com ela aos ombros.
Ficou então a observar o horizonte, à espera do irmão, sentindo-se quentinha devido à manta que a rodeava e ao café quente que lhe aquecia as mãos. A cidade abandonada, ao longe, debaixo de um pôr do sol incrível, fornecia uma paisagem estranhamente bonita, que Luna não pode deixar de admirar.
O cenário que a rodeava, e o facto de que a recruta, em retrospectiva, lhe parecia nada mais nada menos do que uma difícil aventura, criou na sua mente a ideia estranha de que aquele momento lhe parecia o final de um longo filme. E Luna não pode deixar de pensar com um sorriso, que, se assim fosse, gostava bastante daquele final.

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Mensagem  Diana E. Grint Dom 10 Abr 2016, 18:28

Assim que todos os agentes chegaram os instrutores não puderam evitar um sorriso.
- Achavam que era só isto? - riram-se - Ainda não acabou....
Os recrutas estavam exaustos contudo a um dia do final faltava uma última prova.
- A cada um de vocês será atribuída uma chave, essa chave abre uma caixa, assim que encontrarem a vossa caixa devem retirar o que se encontra lá dentro, sem abrir, e regressar aqui! Só quando todos os recrutas estiverem aqui de novo é que podem abrir os respectivos presentes. - informou um instrutor.
As chaves foram distribuídas, existiam 6 caixas e os recrutas apenas teriam de tentar a chave até uma delas abrir. Minutos depois todos os recrutas estavam já novamente alinhados com uma embalagem preta nas mãos.
- Fechem os olhos! - gritou um dos instrutores - só podem abrir quando estiverem todos de olhos fechados!
Os recrutas obedeceram abrindo apenas quando já todos se encontravam de olhos fechados.
- Podes abrir os olhos e ver os vossos presentes! - concluiu um deles.
Cada recruta possuiu nas mãos uma t-shirt que ditaria o seu futuro.
Riley possuía uma t-shirt vermelha
Giselle possuía uma t-shirt vermelha
Liam possuía uma t-shirt cinzenta
James possuía uma t-shirt cinzenta
Lilija possuía uma t-shirt cinzenta
Luna possuía uma t-shirt cinzenta.
- Acho que todos sabem o que isso significa - concluiu um instrutor - descansem quando regressarem ao campus.

A RECRUTA Nº 31 ESTÁ OFICIALMENTE ENCERRADA.
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