Recruta nº 25

XaniPT, Dianna Adams, Leah Knight, Pedro Piteira, Riley E. Windson e Diogo Norris acodaram cada um num cofre de vidro, acorrentado ao fundo do oceano pacífico. Os cofres estavam dispostos numa área e 3 quilómetros quadrados. Sem comida, sem bebida, sem ar, os recrutas terão de saír dos cofres para sobreviverem.....num oceano com uma vasta povoação de tubarões.

PS: Cada cofre tem um mecanismo de abertura diferente....sejam criativos....e no vosso caso não recomendo engatarem um tubarão....mas podem sempre tentar XD

Acordei sonolento a bocejar. Olho à volta e noto numa pequena coisinha estranha: o pequeno facto DE JÁ NÃO ESTAR NO MEU QUARTO. Olho à volta e apenas vejo azul. ando um pouco para a frente e bato em cheio com o nariz no que parece ser vidro, coisa que já me deveria ter apercebido ao ver estar a andar no nada. Começo a tentar perceber onde estou e vejo um pouco de luz ao fundo. Esta parecia ficar mais brilhante a medida que os segundos passavam. Quando dou por mim, um tubarão enorme, cujo dente estava a fazer reflexo da luz da superfície.
- Mas qu....
Rapidamente tapo a boca com as mãos. Apercebi-me que estava no fundo do mar, e estando numa suposta "gaiola", não dispunha nem de comida nem de, ironicamente, água. Mas o pior de tudo: ar.

Nãão - gritei. Acordei assustada, estava a ter um pesadelo. Ainda não tinha aberto os olhos e já sabia que não estava no meu quarto, aquela não era a luminosidade habitual do mesmo. Abri os olhos e olhei em volta, demorei algum tempo a perceber onde estava, mas quando percebi comecei a entrar em pânico. "Ok calma Leah isto é a recruta, não te vão deixar morrer. Acho eu... Não, claro que não vão. Além disso se entrares em pânico demoras menos tempo a gastar o pouco oxigénio disponível no pequeno... calma isto é um cofre?! Ok vou chamar-lhe cofre. Tenho de ser rápida, a privação de oxigénio pode causar lesões graves no cérebro e assim mais vale morrer já aqui. " inspirei fundo e expirei, prometi a mim mesma que era a única vez que me dava ao luxo de o fazer. Olhei em volta e percebi que as arestas do "cofre" tinham barras de aço a unir as faces, essas barras estavam presas por parafusos e do lado de dentro só conseguia ver porcas. Encostei-me a uma das faces do paralelipípedo onde estava e comecei a tentar arranjar uma maneira de sair dali, mas só me ocorriam ideias idiotas. Depois de algum tempo senti algo a embater contra o local onde estava encostada, virei-me para ver o que era. "Óptimo, adoro tubarões." pensei ironicamente.

Acordei muito esquisitamente, não sentia nada a não ser algo duro, abri os olhos, estava em alto mar dentro de cubo de vidro!
"Não podiam ter arranjado algo pior?"- pensei com ironia
Tentei levantar-me mas não dava, o máximo era ficar de joelhos.
Para piorar a minha situação estava a sentir fome, sede e falta de ar; E AINDA PIOR vi tubarões a bater no vidro.Fiquei assustado, tinha de fugir daqui rapidamente.Mas como?
Olhei em volta, não havia nada a não ser o meu corpo fraco.Provavelmente tinha partir o cubo de alguma maneira, mas sem instrumentos não estava a perceber como o fazer...
Estava mal treinado, era esse o problema...

Comecei à procura de algo útil. Olhei à volta e não vai nada a não ser água e o chato do tubarão. Olhei para mim e notei que a minha roupa era diferente de quando adormeci. Tinha agora a t-shirt azul da recruta, mas por baixo ainda se encontrava a minha t-shirt vermelha. Vasculhei os bolsos e encontrei, para além de um papel de alumínio do rissol que tinha comido no dia anterior e um elástico, um PDA. "Bem vindo à recruta agente PEDRO PITEIRA. Objetivo: sair da jaula." lia-se no ecrã. Tinha que pensar depressa, pois o ar era pouco. Mil e uma ideias passavam-me pela cabeça.

Comecei a pensar numa forma rápida de sair dali, e fui á procura de alguma coisa dentro do cofre e foi então que encontrei um papel no chão também com uma lanterna e li em voz alta:
-Dois passos para a frente, três para a direita, quatro para trás, cinco para a esquerda e dois para a frente.
Pensei um bocado no que queria dizer aquilo e foi então que percebi que se fizesse aquela sequência talvez acontece-se alguma coisa.
Comecei a fazer a sequencia e no fim de a fazer  ouvi um ruído muito intenso que me fez uma grande dor de ouvidos  e de repente  subi um bocado para cima mas também  tinha ouvido qualquer coisa atras de mim virei-me e reparei num cofre com luzes que deixava ver os números  e tentei nesse momento descobrir o código mas não o consegui descobrir e entrei em pânico nesse momento e precisei de dois minutos para tentar relaxar e pensar numa forma de descobrir o código.

Olhei para o tubarão que tinha ido contra a caixa de vidro. Tentei lembrar-me das aulas de sobrevivência, reconheci aquela espécie mas não me consegui lembrar se era carnívoro ou herbívoro. "Que estúpida Leah! Tu tens bolsos, provavelmente está lá algo" levei uma das mãos ao bolso e tinha várias coisas: uma pedra, um parafuso, vários ganchos e um cordel. Encostei o prego ao vidro e comecei a bater-lhe com a pedra. Depois de algumas tentativas vi que se formara uma pequena fenda, comecei a bater no vidro, agora apenas com a pedra, e o mesmo começou a rachar. Com mais algumas pancadas o vidro partiu. Senti algumas zonas da minha cara arder, tinha sido atingida por alguns estilhaços e estava a sangrar. Se os tubarões fossem carnívoros estava morta mas eles simplesmente ignoraram. Nadei até a superfície e finalmente consegui inspirar ar puro.

-Maravilha!
Dois tubarões chucaram contra a caixa de vidro e fizeram rachas, senti algo nos bolsos, era um seixo que eu ia lançar ao lago antes da recruta.
Não pensei duas vezes, atirei o seixo a um dos lados rachados e ainda tive de dar um pontapé.Estava feito o buraco, preparei-me para nadar mas...um tubarão abanou o cubo e eu cai, um bico afiado de vidro entortou uns dentes e fez um corte na gengiva, que começou a sangrar.Pus lenços de papel na boca para nao sangrar e nadei até terra.
Sentia uma dor horrível, porém achei melhor não contar a ninguém.Deitei-me na areia molhada, de barriga para cima e contemplei o céu.

Já tinha na minha cabeça uma ideia. Retirei a bateria do PDA e 2 cabos de cobre. Liguei-os à bateria e e rolei tudo no alumínio. Pus tudo dentro da camisola vermelha e deixeia no lado oposto da "gaiola" onde tinha visto o tubarão. Asseguir encostei-me à parede onde tinha visto o tubarão. Esperei cerca de 2 minutos e o meu plano resultou: atraído pelas cores vivas T-shirt vermelha o tubarão embarrou múltiplas vezes na parede de vidro, partindo-a. Depois na dei ao máximo que pode ate à superfície, mas despreocupado em relação ao tubarão, que deve ter apanhado um choque ao chegar ao pé da T-shirt. Ao chegar à superfície avistei uma ilha e na dei até à costa.

Impaciente e a suar revistei os bolsos e encontrei um canivete Suíço, forcei o cofre que com algum esforço abriu e no interior tinha um martelo, um fato de natação e uma bússola.
Com o martelo dei pancados no vidro fazendo rachas e á medida foi-se partindo, vesti o fato de natação, enfiei a bússola e o canivete num dos bolsos continuei a bater com o martelo e parti o vidro nadei o mais rápido para a superfície e cheguei ao topo suspirei de alivio e fiquei espantado.

Pestanejei várias vezes até os meus olhos se habituarem ao Sol, depois olhei em redor para tentar perceber o meio que estava à minha volta. "Mar, mar e... Boa está ali uma boia." Nadei até à mesma e aí consegui ter uma melhor visão. Consegui avistar uma ilha, não muito grande mas era sem dúvida o local onde me deveria dirigir. Ganhei alguma coragem e comecei a nadar, demorei cerca de uma hora a conseguir chegar à areia. Estava exausta, com fome e sede, mas não podia desistir, era a minha última oportunidade. Fiquei algum tempo deitada na areia, quando recuperei o fôlego levantei-me e comecei a minha busca pela próximo tarefa. Andei alguns metros e vi uma bandeira azul enterrada na areia, aproximei-me e como não vi nada mais que pudesse fazer, comecei a escavar. O buraco já estava fundo quando vi uma caixa de madeira. Rapidamente tratei de a abrir e não pude deixar de sorrir com o seu conteúdo. Lá dentro estava uma muda de roupa seca, alguma comida, uma bebida energética, um repelente, uma mochila, provavelmente onde iria guardar a comida e a roupa molhada, uma mapa, um relógio,uma esferográfica, um canivete suíço e um papel escrito em grego, uma das línguas em que eu era fluente. Sem demoras comecei a ler: "Fantástico querubim, conseguiste acabar a tua primeira tarefa. Não te preocupes a próxima não será tão fácil.
Esta ilha é conhecida pelo clima quente, os insectos cujas picadas provocam alucinações, os animais selvagens e os habitantes pouco acolhedores.
A segunda tarefa é encontrares esses habitantes. Tudo o que precisas para o fazer está na caixa que te demos, só precisas de descobrir como.
Temos apenas dois conselhos para ti e uma ordem.
-Tenta gerir os teus mantimentos, não sabes quando encontrarás mais;
-Aconselhamos-te a entrares na floresta, podes não o fazer mas acredita que será mais fácil cumprires a tua missão.
- E por último temos a ordem: USA O REPELENTE. Se algum destes insectos te picar os efeitos alucinogéneos serão o teu pior problema.
ISTO É DURO MAS OS QUERUBINS SÃO MAIS. "
A última frase fez me sorrir, já a tinha repetido para mim mais de 100 vezes desde que tinha tentado a primeira recruta.

Fiquei espantado!!!
Encontrei uma ilha e nadei o mais rapido possivel para lá quando cheguei senti que precisava de descansar mas ao mesmo tempo que precisava de comer e beber e fui á procura na ilha.
Com sorte encontrei uma árvore com frutos exoticos, mas lembrei-me que com frutos exoticos provavelmen-te haviam insetos ou animais perigosas por isso tinha de ter muita atenção continuei a andar e começei a arranjar paus e folhas para fazer uma cabana para passar a noite.
No fim de a construir arranjei uma arma para caçar animais, encontrei um porco selvagem que caçei, arranjei pedras para conseguir fazer uma fogueira como aprendi e comi o meu jantar fui preparar-me para me deitar e ouvi um barulho perto de mi, peguei na minha arma e fiquei a escuta parecia mais uma pessoa presa nesta ilha que parecia ser alemã.
Falei com ela em alemão pois tinha aprendido essa lingua e ele contou-me que um avião que ele ia da Malasia se tinha despinhado no mar e ele conseguio sobreviver, veio para esta ilha e dormir-mos os dois cada um na sua cabana.

Comi uma das sandes que me tinham disponibilizado e guardei todos os outros na mochila. Depois despi a roupa encharcada, vesti a muda seca que lá estava e passei repelente por todas as zonas do meu corpo. Quando terminei de o fazer, arrumei tudo o resto na mochila e olhei atentamente para a floresta que me esperava. Suspirei, preferia estar num clima gelado a estar num clima seco. Comecei a andar calmamente e acabei passar pela enorme vegetação, depois de estar no interior da floresta ela não me parecia menos assustadora que antes. Andei algumas centenas de metros até que comecei a ouvir sons de pessoas a conversarem, não estava perto o suficiente para perceber o que diziam mas pelo tom hostil percebi que discutiam. Aproximei-me, sabia que do ponto onde estava ninguém me conseguiria ver, estava camuflada pela densa vegetação.
-Kuletha ekuzingeleni. - ouvi quando estava mais próxima.
"Estas expressões não me são estranhas, eu já ouvi isto, provavelmente nalguma aula. Pensa, pensa, pensa Leah....... Eureka, isto é zulu, então estou na África do Sul. " pensei. A minha companheira da primeira recruta era fluente neste dialecto e eu tinha fixado algumas palavras mas já nem sabia o significado delas.
Agora não sabia o que fazer, tinha de abordá-los mas tinha medo que me fizessem mal.