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Recruta nº 24

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Mensagem  Virginia Hall Seg 07 Abr 2014, 16:24

Quando Arr, Marie Adams, Raquel Adams, Parker Krowne, Mary Joplin e PJ Liguori acordaram, estavam numa cama sozinhos. Á frente de cada um deles, estava um individuo do sexo oposto, muitíssimo belo.
-Bem vindo á organização. Penso que já sabes o que fazer. - Disseram todos os individuos, antes de sairem da sala.
De repente algo começou a apitar, os recrutas tiraram todos um tablet de debaixo da mesa.

-Bom dia recrutas! - Disse o director André Cavalheiro. - Estão agora numa organização terrorista ainda em crescimento desenvolvida na Arábia Saudita. supostamente vocês são os novos soldados. No quarto ao lado estão os vossos companheiros recrutas. Têm trinta dias, para se infiltrar na organização sem serem mortos! Ao dia 30 vamos tirá-los daí, até la estejam prontos, para ataques americanos, castigos corporais e muitas lições de religião. Lembrem-se que namorar com um superior pode ser muito util, e os individuos que acabaram de sair são vossos superiores. Boa sorte recrutas, mantenham-se vivos, só uma dica, na arabia saudita não há tecnologia como tablets :Wink:
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Mensagem  Mary Joplin Seg 07 Abr 2014, 21:10

Acordei sobressaltada num sítio que não conhecia numa cama bastante desconfortável. Estico os braços para me espreguiçar quando me apercebo que mais alguém estava no quarto a olhar fixamente para mim.
-Bem vinda à organização. Penso que já sabes o que fazer. - disse o homem para meu espanto saindo do quarto logo de seguida.
-Mas que raio... - murmurei eu antes de ouvir algo a apitar de baixo da mesa.
Corri para o objecto que apitava, que se tratava de um tablet, e, instintivamente, toquei numa caixa com a palavra "NOVA MENSAGEM" a piscar.
-Bom dia recrutas! - ouvi enquanto a imagem do diretor André Cavalheiro aparecia ofuscada no ecrã. -Estão agora numa organização terrorista ainda em crescimento desenvolvida na Arábia Saudita. supostamente vocês são os novos soldados. No quarto ao lado estão os vossos companheiros recrutas. Têm trinta dias, para se infiltrar na organização sem serem mortos! Ao dia 30 vamos tirá-los daí, até la estejam prontos, para ataques americanos, castigos corporais e muitas lições de religião. Lembrem-se que namorar com um superior pode ser muito util, e os individuos que acabaram de sair são vossos superiores. Boa sorte recrutas, mantenham-se vivos, só uma dica, na arabia saudita não há tecnologia como tablets :Wink:
Olhei para mim abaixo e vi que estava vestida como a maneira local. Analisei o quarto e reparei nas paredes rachadas, na pequena janela com grades de proteção no topo da sala, na cama com apenas um lençol, numa pequena mesa de madeira torta com um copo de água suja em cima e um outro hóspede, que andava de canto a canto do quarto, uma barata.
Calculei que não tardasse nada ia haver barafunda total com os outros recrutas que sairiam todos do quarto ao mesmo tempo, por isso deixei-me ficar no meu quarto e ver o que descobria. Conseguia ouvir barulhos vindos dos outros quartos, inclusive alguém a gritar. Decidi puxar a mesa para espreitar pela janela do quarto que tinha grades a tapar para que ninguém entrasse do lado de fora (ou eventualmente saísse por dentro). Decidi também guardar o tablet, que prendi no elástico das calças para mais tarde guardar num local seguro, pois este possui sistema de GPS que poderia ser utilizado para os instrutores me localizarem em caso de emergência. Fiquei à espera do sinal de mais algum recruta.
-Está aí alguém? - perguntei eu numa voz média-alta encostada à parede do lado esquerdo do quarto.
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Mensagem  Rosie Clarke Seg 07 Abr 2014, 21:34

Acordei com uma roupa completamente diferente da que tinha num sítio completamente diferente do que o sítio onde adormecera, e muito pouco iluminado. Aliás, a única iluminação era a que vinha do lado de fora através da porta aberta.
Á minha frente, encontrava-se um rapaz alto e moreno. Devia ser pouco mais velho que eu, mas já era bastante musculado. Tentar desviar a olhar para ele não se aperceber que eu o achava giro, mas antes de o conseguir fazer, ele virou-se para mim e disse:
-Bem vinda á organização. Penso que já sabes o que fazer.
Não. Eu não sabia o que fazer.
O rapaz saiu, assim como muitos outros e outras. Todos estavam vestidos com um género de uma farda alaranjada e botas pretas. Olhei á minha volta e estavam lá todos os meus colegas.
De repente, ouviram-se vários apitos ao mesmo tempo. Todos tirámos os tablets das gavetas das mesas de cabeceira:
-Bom dia recrutas! - Disse o director André Cavalheiro. - Estão agora numa organização terrorista ainda em crescimento desenvolvida na Arábia Saudita. supostamente vocês são os novos soldados. No quarto ao lado estão os vossos companheiros recrutas. Têm trinta dias, para se infiltrar na organização sem serem mortos! Ao dia 30 vamos tirá-los daí, até la estejam prontos, para ataques americanos, castigos corporais e muitas lições de religião. Lembrem-se que namorar com um superior pode ser muito util, e os individuos que acabaram de sair são vossos superiores. Boa sorte recrutas, mantenham-se vivos, só uma dica, na arabia saudita não há tecnologia como tablets
A parte do "mantenham-se vivos" deu-me arrepios. Há uns dias tinha estado num lar de acolhimento a reclamar que a sopa estava fria, agora estava aqui no meio de terroristas a "tentar manter-me viva".
Acabei por chegar à conclusão de que ficar ali a pensar não fazia com que o tempo passasse mais depressa nem me ia fazer acabar a recruta, por isso decidi sair e investigar o sítio onde estava.
Reparei que estava vestida de maneira diferente; tinha o género de uma farda e umas botas pesadas calçadas, exatamente com o rapaz que me tinha acordado
Saí pela porta da frente. O sol e o calor abafador faziam contraste a escuridão do interior do quarto. Ao longe, avistei de novo o rapaz.
- Olá!- disse, aproximando-me dele- O que estás a fazer?
- Uma bomba- respondeu ele, como se fosse a coisa mais normal do mundo- Queres que te ensine?
A Marie Adams de há uns dias tinha logo negado. Mas a Marie Adams de agora queria aquilo mais do que tudo no mundo. Ou melhor, tinha que querer.
- Claro - respondi, sorrindo- Por onde começo?


Última edição por Marie Adams em Ter 08 Abr 2014, 11:03, editado 1 vez(es) (Motivo da edição : O texto estava muito curto, e senti necessidade de o completar.)
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Mensagem  arr Seg 07 Abr 2014, 23:36

Acordei com uma rapariga de outro mundo: loira, baixa, de olhos verdes e extremamente desenvolvida. Pensei logo: Onde está a parte da dureza da recruta? isto começa bem.
-Bem vindo á organização. Penso que já sabes o que fazer - disse ela, em modo automático.
-Lá se vai o charme dela - pensei novamente.
Saiu do quarto após ter ficado meio minuto a olhar para mim, como se estivesse a examinar-me. Fiz o mesmo. A aparência dela prendia o olhar de qualquer um.
O quarto era simples mas bastante apelativo. No centro tinha a cama onde estava deitado, em cima de uma pequena plataforma, destacando a área de dormir. Tinha uma comoda de cada lado, cada uma com um candeeiro simples e um telefone bastante antigo. Levantei-o para perceber se ainda funcionava, mas ouvi o sinal de linha ocupada. -Só deve receber chamadas - disse para mim próprio. Do lado esquerdo tinha uma pequena cozinha com frigorifico, micro-ondas, lavatório e um pequeno fogão. Por cima tinha um móvel, provavelmente para guardar os materiais de cozinha. Uma pequena porta mais ao lado dava para a casa de banho. Do lado direito tinha um pequeno sofá com uma televisão. Pelo som percebi que o canal devia ser árabe: a língua era semelhante a vídeos da al-qaeda que tinha estudado anteriormente na UAJ, a unidade que tinha frequentado antes da CHERUB.
Ouvi algo a apitar. Percebi que vinha do lado da cozinha. Aproximei-me atentamente e rapidamente percebi de que o som vinha de baixo da mesa de refeições que estava a frente da cozinha. Arraquei o pacote e ao abrir deslizaram sobre a mesa um tablet e um pelo localizador de emergência. Agarrei o tablet e percebi que tinha uma mensagem do diretor da CHERUB a informar-me de que e encontrava numa organização terrorista e que deveria manter-me vivo. Dizia também que ali, na Arábia Saudita o uso de tecnologia era bastante raro. Depreendi rapidamente que deveria esconde-lo de forma subtil. Voltei para a cama, virei o colchão e com os dentes fiz um pequeno rasgão de forma a que coubesse la o tablet. Fiz a cama de novo e coloquei o localizador debaixo da palminha do sapato, assim seria difícil encontrarem-no. Voltei a deitar-me para não parecer que já tinha andado a vasculhar o quarto. Numa organização terrorista todo o cuidado é pouco. Parei um pouco para pensar e rapidamente percebi que afinal a rapariga bonita e o quarto bem arranjado era apenas para nos levar ao ainda mais à ansiedade e ao contraste de emoções, para provocar não só o desgate fisíco mas também o desgaste psicológico. Era capaz de ler a palavra MEDO em cada parede, em cada objeto do quarto.
Ouvi a porta a abrir, era novamente a rapariga loira. Agora trazia apenas um top curto e uns calções de ginástica que a favoreciam bastante. Mais uma vez fiquei de olhos em bico.
- Então já descansas-te tudo? Pergunta ela. Eu sou a Kate e vou ser a tua responsável por ti. Se fizeres as coisas como deve de ser serei cinco estrelas para ti, se fizeres porcaria farei 10 vezes pior contigo. Percebido?
- Não te preocupes. Tudo o que faço tem de ser bem feito. Se não for mais vale não fazer - disse-lhe em tom desafiador
- Deves ser pouco convencido deves. Agora vai tomar duche e veste isto - entregou-me um porta-fatos, não consegui perceber o que estava la dentro e também não o abri a frente dela - entretanto vou adiantando o almoço, ainda temos muito que fazer.
Não respondi, dirigi-me para o quarto de banho. Abri o porta-fatos e examinei a roupa. Parecia semelhante a uma farda militar, mudavam apenas as cores. Optei por tomar banho frio para por as ideias em ordem. Ainda nem uma hora de recruta tinha passado e já tinham conseguido criar dois focos de atenção: de um lado a miúda loira do outro o objetivo final de tudo isto: alcançar o estatuto de agente da CHERUB. Depois de 5 minutos de baixo de agua fechei a agua, vesti-me, verifiquei se tinha colocado o localizador nas novas botas que a Kate me tinha dado e voltei para a cozinha. A Kate estava de costas debruçada sobre o fogão.
- Vai ser difícil manter a concentração - pensei - deve ser mesmo esse o objetivo deles. Dar-nos uma distração e esperar que ponhamos o pé em falso. Mas tu és forte ARR, não deve ser assim tão difícil resistir a uma rapariga destas...
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Mensagem  Parker Krowne Ter 08 Abr 2014, 01:19

Fui acordado pelos gritos e barulhos da confusão que se fazia do lado de fora do quarto. Abri os olhos rapidamente, mas arrependi-me quando os fortes raios solares me cegaram momentaneamente. Aos poucos, a visão foi voltando e, ui, que visão: uma mulher extremamente bela, com um corpo bem definido, com um cabelo longo avermelhado escuro, olhos quase que diamantes. Traja uma roupa meio que militar: umas calças de camuflagem bejes, um top justinho brano, botas da cor das calças e três pistolas, duas num coldre em cada ombro e uma na cintura. Antes que eu pudesse dizer alguma coisa ela falou num mistura de português com um toque de árabe:
-Bem vindo á organização. Penso que já sabes o que
Ela saiu sem dizer mais nada. Levantei-me e olhei em volta.
"Recruta..."
Era um quarto muito típico árabe, com pouca coisa: uma secertária com algumas folhas e mapas, uma cama, uma janela, um armário e uma entrada na parede para outra divisão, que parecia ser comum ás outras. Estava vestido com umas roupas iguais ás dela, mas no meu caso tinha uma camisola de cavas e nenhuma arma. Antes que pudesse continuar a investigar algo apitava debaixo da secretária. Fui até lá e tirei um pequeno tablet com uma mensagem de vídeo em espera. Não queria que ouvissem o que dizia, por isso agarrei nuns fones perdidos na secretária e abri a mensagem:
-Bom dia recrutas! - Disse o director André Cavalheiro. - Estão agora numa organização terrorista ainda em crescimento desenvolvida na Arábia Saudita. supostamente vocês são os novos soldados. No quarto ao lado estão os vossos companheiros recrutas. Têm trinta dias, para se infiltrar na organização sem serem mortos! Ao dia 30 vamos tirá-los daí, até la estejam prontos, para ataques americanos, castigos corporais e muitas lições de religião. Lembrem-se que namorar com um superior pode ser muito util, e os individuos que acabaram de sair são vossos superiores. Boa sorte recrutas, mantenham-se vivos, só uma dica, na Arábia Saudita não há tecnologia como tablets
Desliguei o tablet. Não sabia se voltaria aquele quarto e não ia deixar o tablet para trás, por isso guardei-o dentro das calças, perto do tornozelo, para não se notar muito na camisola. Comecei a ouvir vozes mais juvenis na divisão comum e decidi ir até lá. Na divisão comum, que se mostrou ser uma cozinha e uma sala, estavam lá mais recrutas, trajando roupas semelhantes ás minhas. Aproximei-me para ver se alguém estava a ouvir e falei-lhes:
-Também apitou-vos?
Não podia revelar tudo a eles, podiam não ser da CHERUB. Eles olharam para mim, sorriram e mostraram os seus tablets escondidos. Nunca tinha falado com eles, por isso apresentei-me:
-Parker Krowne, agente nº 139.
Eles apresentaram-se, mas do nada ouvimos vários passos, por isso dispersámos-nos pela sala, como se não nos conhecêssemos.
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Mensagem  arr Ter 08 Abr 2014, 14:30

- O que estás a cozinhar? – Perguntei a Kate, após ter conseguido concentrar-me no que estava à minha volta
- Tal como tu também não sou daqui, por isso trouxe ovos, bacon e salsichas. Ouvi dizer que gostas bastante de ovos mexidos com bacon e salsichas. E como os meus, quer dizer, nossos chefes gostam de receber todos da melhor forma possível nem hesitaram em dar-me dinheiro para ir às compras assim que lhes expliquei para quem era. Não sem porquê mas eles ficaram bastante contentes com a tua vida – disse Kate
- Mas como é que sabes o que gosto ou o que não gosto de comer? E qual é o porquê de ficarem tão contentes com a minha vinda? – estava a começar a ficar assustado. Coloquei as mãos atrás das costas para que Kate não reparasse como estavam a tremer.
-ARR é normal que investiguemos minimamente as pessoas que se voluntariam para vir para a jihad. Não podemos dar-nos ao luxo de receber polícias infiltrados ou agentes internacionais. Mas a maioria deles, quando consegue entrar dentro de uma organização, acaba cortado aos bocados que depois são espalhados pela cidade. Tirando a cabeça que é enviada para a agência a que o agente pertencia. Como podes ver aqui somos pouco tolerantes. E ouvimos dizer que és bastante bom com armas, e que pertencias a um movimento de miúdos que trabalham com a CIA. Eu pessoalmente não acredito muito, mas os meus chefes ficaram bastante entusiasmados quando alguém lhes disse que conseguias disparam um tiro mortal a mais de 1km de distância.
Comecei a pensar seriamente no sítio onde me tinham enfiado. A CHERUB pode não ser uma organização oficial mas caso percebessem que passamos informação e comunicamos com o exterior podemos acabar despedaçados e com a cabeça a ser entregue ao diretor em Londres. Aqui percebi que tinha de me sujeitar a tudo o que me pedissem. Não podia correr o risco de perder a minha vida. E apesar de ter um localizador de emergência, pela interpretação que fiz da mensagem do diretor, não acreditava muito que caso algo desse para o torto que as equipas de intervenção chegassem a tempo. “Mantenham-se vivos.” Aquela frase começava a fazer sentido. O medo aumentou ainda mais quando Kate mencionou que os seus chefes tinham conhecimento do meu passado anterior à CHERUB. A formação para a recruta não tinha incluído tiro à distância, e essa era uma capacidade minha que tinha sido desenvolvida e praticada na UAJ. Mas esse passado era suposto ser desconhecido. Apenas os diretores da CHERUB sabiam do tempo que tinha passado lá. Por momentos pensei que os instrutores da recruta poderiam ter plantado a informação de propósito, mas na ausência de provas concretas o melhor é jogar pelo seguro.
–Tenho de entrar no jogo dela – pensei para mim – E porque é que não acreditaste? Não posso ter capacidades fora do normal? – Perguntei-lhe em voz alta
- Quem muito fala pouco faz, sempre ouvi dizer. Mas deixa-me só pedir autorização para te levar ao campo de treinos e veremos do que é capaz – Retirou um bloco de notas e escreveu uma mensagem em árabe. Foi até à porta do quarto, chamou o guarda que estava de plantão e dirigiu-lhe algumas palavras das quais só percebi “leva isto ao chefe”. Voltou para dentro e continuou a cozinhar.
- Porque é que não vais lá tu pessoalmente em vez de mandares o guarda transmitir a mensagem? – disse-lhe, tentando perceber um pouco mais acerca da “organização” onde estava
- Primeiro porque não tenho autorização para te deixar sozinho mais tempo de que o necessário e segundo porque só duas ou três pessoas conhecem os verdadeiros chefes. A única coisa que te posso dizer é que a Organização funciona em hierarquia e ninguém sabe todos os pormenores acerca das atividades que desenvolvemos. Agora deixa de tentar sacar-me informação e vem almoçar
Pusemos os dois a mesa. Cada vez que ela me passava à frente o meu olhar desvia-se para as suas curvas. Tive de parar por momentos e lembrar-me do objetivo principal de estar ali: concluir a recruta. A conversa durante o almoço foi praticamente inexistente. A Kate ligou a televisão e pediu-me para que não fizesse barulho para conseguir perceber que estavam a fazer. Eu apenas percebi que se tratava de uma noticia de um atentado a bordo de um avião que tinha a China como destino. Acabado o noticiário, bateram a porta e Kate correu para abri-la. Era novamente o mesmo guarda com um novo papel.
-Parece que tiveste sorte, daqui a duas horas temos de estar no campo de treinos para começarmos a tratar de te pôr em forma – disse ela em tom de gozo
-Mais em forma? – disse-lhe eu – Chegava para três iguais a ti – desafiei-a.
- Ai sim? Vemos isso no campo de treinos. Agora tenho de arrumar isto. Infelizmente os chefes deram ordens para que fossem os responsáveis a tratar da arrumação do quarto dos novos membros, por isso tenho de lavar a loiça.
Levantei-me da mesa e dirigi-me para o sofá. Feliz ou infelizmente, não sei bem, o sofá estava voltado para a cozinha e dei por mim novamente a contemplar a Kate de costas. Num momento puramente instintivo levantei-me e fui até lá. Encostei-me a ela e sussurrei-lhe ao ouvido: -precisas de ajuda?
Sem conseguir usar a razão para me controlar, decidi levar a cabo o plano para concretizar o conselho dos instrutores (namorar o/a vosso/a responsável pode ser-vos útil). Arranquei-lhe a loiça da mão, empurrei-a para a cama e apaguei as luzes. Ela não deu luta e optou por disfrutar do momento. Kate tinha acabado de mostrar que as suas qualidades não eram só de aparência
Passado uma hora levantou-se:
-Isto não pode acontecer mais vezes ARR! Se alguém entra aqui e me vê envolvida com um novo membro sou eu quem acaba espalhada aos bocados pela cidade! O nosso objetivo não é disfrutar disto em proveito próprio. Estamos aqui em nome de um objetivo maior!
- Não gostaste? – perguntei-lhe de maneira provocante
Atirou-me uma almofada à cara – Cala-te! – Agora veste-te que ainda temos muito que fazer esta tarde
Despachamo-nos rapidamente. Vestimo-nos e acabámos de arrumar a cozinha. Kate saiu novamente e senti imediatamente algo a vibrar debaixo de mim. Era o tablet novamente. Retirei-o do esconderijo que tinha feito e apareceu uma mensagem: “Os sentimentos são o pior inimigo de um agente durante uma missão. Toma cuidado”. Rapidamente concluí que a CHERUB mantinha o controlo de todo e qualquer movimento que fizéssemos.
- Provavelmente acabei de perder bastantes pontos. Mas esta relação de proximidade pode vir a dar jeito. Espero que lá na CHERUB percebam isso. Além disso a miúda é mesmo boa…
Ouvi passos e arrumei rapidamente o tablet novamente dentro do colchão. Kate voltou com 2 sacos e entregou-me um: -Tens aí todo o material de treino. Esse saco é teu e terás de andar sempre com ele. Se queres um conselho, se alguém te pedir material de treino emprestado, não emprestes. Acabas por ser tu a pagar por aparecer alguma coisa tua estragada. Abri o saco, rapidamente percebi que tinha um kit de bombas, um colete de kevlar, um cinto tático com dois coldres, duas pistolas sem carregador, uma metrelhadora pequena também sem carregador e um kit de primeiros socorros.
- Porque é que todas as armas estão descarregadas? E o colete e o kit de primeiros socorros? Não é suposto isto ser um treino?
- Armas descarregadas impedem que pessoas mal intencionadas se revoltem contra a organização. Só receberás os carregadores quando todos os chefes estejam a uma distância segura de ti e de qualquer membro mais recente. Os treinos aqui são bem reais e a competitividade é bastante elevada. Se fosse a ti levava já o colete vestido – respondeu-me a Kate com um sorriso sarcástico no rosto.
Vesti o colete e pus o saco às costas. Bateram à porta, Kate abriu e entraram quatro homens. Um deles colocou-me um saco preto na cabeça, que não me permitia ver nada. Consegui aperceber-me que dois seguiram à frente, a Kate ia comigo a guiar-me e dois atrás. Descemos uma escadaria e entramos numa carrinha. A viagem durou mais ou menos 20 minutos por uma estrada em péssimo estado com bastantes buracos profundos, provavelmente um antigo campo de minas.
Tiraram-me o saco da cabeça, à minha frente via duas montanhas elevadas, cada uma com uma torre no topo e no centro um vale encaixado com vários obstáculos. Ao longe podia ver 12 pessoas que depreendi serem os responsáveis pelos novos membros pela presença da Kate que apenas conseguia saber ser ela pelo seu cabelo loiro e pela sua estatura baixa. Ao meu lado estava um homem mais velho que me entregou 6 carregadores para as pistolas e três para a metrelhadora. Entregou-me também uma caixa rígida com uma sniper AS50 e quatro carregadores com 10 balas cada e um supressor.
- Podes subir para a montanha da esquerda. Lá em cima tens à espera a tua equipa. Visto que dizem que és tão bom no tiro à distancia queremos ver o que vales. São 6 pessoas de cada lado. A primeira equipa a eliminar a outra fica na organização. O exercício costuma durar cerca de uma semana. Mas se és tão bom sniper como te pintam deves despachar isto mais rapidamente.
- Eliminar? Como assim? – Perguntei eu. Não queria acreditar que teria de matar alguém durante a minha recruta.
- Tens armas e balas. Creio que sabes como eliminar os teus inimigos. – respondeu-me o homem, de forma animada, como se tirasse prazer do que estava para vir
Pensei para mim: Matar os inimigos na CHERUB é visto como medida de último recurso e somos automaticamente suspensos até que se prove isso mesmo. Que raio é este combate que prepararam para nós?
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Mensagem  Rosie Clarke Ter 08 Abr 2014, 21:14

“- Claro - respondi, sorrindo- Por onde começo?”
O rapaz colocou de lado o que estava a fazer e começou tudo de novo. Observei atentamente todos os passos e tentei parecer o mais interessada possível, mas a verdade é que já tinha feito aquilo tantas vezes que já o conseguia fazer de olhos fechados.
Quando acabou, olhou para mim e disse:
- Agora tenta tu… mas antes diz-me o teu nome.
- Marie- respondi- Marie Adams. E tu?
- Bond, James Bond- disse ele.- Estou a brincar… Joe Stuart, muito prazer.
Desatámos às gargalhadas.
- Ei Joe- disse um homem, ao aproximar-se de nós- Leva a miúda para o treino.
- Hã? O treino não é só a partir dos treze?- perguntou ele, levantando-se
- Estás a questionar-me? Lá porque o teu pai mandava nisto não quer dizer que agora possas decidir alguma coisa- rosnou o homem
- Pois, mas o meu pai foi bem explícito: depois do que aconteceu com a Rachel o treino só se faz a partir dos treze!
Notei que o Joe ficou um pouco abalado ao falar da tal Rachel.
-Pois, mas isso era quando o teu pai não era doido. Agora que manda aqui sou eu e a miúda vai fazer um treino, entendido?- gritou o homem, atirando um saco pesado para as mãos dele e entrando de novo dentro do edifício principal.
- Desculpa lá- disse Joe, abrindo o saco e entregando-mo- E não acredites no que o estúpido do meu tio disse. O meu pai não está maluco, ele apenas teve uma ideia inovadora e o estupor convenceu todos de que aquilo era impossível e o melhor era continuarem com o antigo método de terrorismo. Toda a gente acreditou e concordaram em que o meu tio passasse a mandar nisto. Todos menos eu. Aliás, eu e o meu pai… é melhor não te contar.
- Tudo bem- disse eu, apesar de estar curiosa.
Abri o saco. No interior havia um kit de bombas, um colete de kevlar, um cinto tático com dois coldres, duas pistolas sem carregador, uma metrelhadora pequena também sem carregador e um kit de primeiros socorros.
- Porque é que as armas não estão carregadas? E para quê o colete o kit de primeiros socorros?- pergunte, esforçando-me para que o medo não se notasse na minha voz.
- Ok, vou contar-te tudo de uma vez- disse Joe, triste -Armas descarregadas impedem que pessoas mal-intencionadas se revoltem contra a organização. Só receberás os carregadores quando todos os chefes estejam a uma distância segura de ti e de qualquer membro mais recente. Os treinos aqui são bem reais e a competitividade é bastante elevada. Por favor, peço-te que ponhas já o colete. Quando chegares ao campo de treino, sobe para a montanha da direita. Lá em cima tens à espera a tua equipa. São 6 pessoas de cada lado. A primeira equipa a eliminar a outra fica na organização.
- Eliminar? Como assim? Vou ter que os matar?- perguntei, cada vez mais assustada
- Infelizmente, sim- respondeu Joe, ainda mais triste- Acredita, também não gosto da ideia de te mandar para lá… eu já o fiz, mas tenho quase catorze anos e tenho experiência com armas desde os sete. Acho a coisa mais estúpida do mundo obrigarem-te a fazer isto. Deviam dar-me um tempo para te treinar e esperar o mês que falta para fazeres os treze. Foi por causa disso que aconteceu o que aconteceu à minha irmã.
Eu estava assustadíssima, mas tentei não o mostrar e acalmar-me. Nessa altura apercebi-me de que até os terroristas tinham sentimentos e o Joe estava prestes a chorar. Dei-lhe um beijo na cara e tranquilizei-o.
-Não te preocupes, eu sou forte. Leva-me até lá.
Joe, agora mais calmo, tirou uma venda do bolso e colocou-ma. De seguida conduziu-me até ao campo de trino.
Quando chegámos, tirei a venda e um homem musculado entregou-me  seis carregadores para as pistolas e três para a metrelhadora. Entregou-me também uma caixa rígida com uma sniper AS50 e quatro carregadores com 10 balas cada e um supressor.
Olhei para a montanha do lado direito, e suspirei de alívio ao encontrar mais recrutas de CHERUB. Mas ao olhar para a montanha do lado direito, engoli em seco: Arr estava lá.
Eu não podia matar ninguém, muito menos  um colega de recruta.
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Mensagem  Mary Joplin Qua 09 Abr 2014, 01:20

Todos os recrutas saíram para fazer um treino de armas, pelo que ouvi, por isso pareceu-me uma boa oportunidade para investigar melhor o local. Saí do quarto e fui ao exterior onde estavam dois homens a discutir em árabe. Tossi de propósito para que reparassem na minha presença.
-É um dos novos reforços. - comentou ele para o outro.
-Bom dia. - cumprimentei reparando que um dos homens era o que estava comigo no quarto quando acordei. -Estava à procura da casa de banho. - comentei para que tivesse uma desculpa se fosse apanhada a meter o nariz onde não era chamada.
-Segunda porta à esquerda... - respondeu o rapaz que estava comigo no quarto. -O meu nome é Abdul.
-Prazer... - murmurei dirigindo-me lá e ouvindo um assobio do outro homem de seguida.
''Machistas otários exibicionistas argh." - pensei para mim própria.
Dirigi-me à casa de banho e, pelo caminho, espreitei pelas portas semi abertas. Dois escritórios e uma sala com uns matraquilhos enferrujados e uma mesa com cartas espalhadas na sua superfície.
Na casa de banho encontrei, além das típicas baratas, uns suspeitos sacos plásticos transparentes com vestígios de um pó branco que não era muito difícil de adivinhar do que se tratava. Continuava a ouvir as vozes dos homens a discutir e puxei o autoclismo para a minha desculpa ser mais credível. Dirigi-me de volta aos homens e apresentei-me.
-Sou a Mary. - disse, obtendo um "eu sei" de resposta de Abdul.
O outro homem olhou-me de alto a baixo e apertou-me a mão.
-Sayyid. - apresentou-se ele. -Significa "mestre". - acrescentou num ar arrogante.
-Então, Mary... hum... já viste a minha mota? - perguntou Abdul puxando o meu braço e dirigindo-me para a mesma. -Ele diz aquilo a toda a gente. - comentou ele quando Sayyid estava já fora de vista.
-Durão, hein? - ri-me, esperando que Abdul me desse mais informações sobre ele.
-É o patrão, como já sabes. - confessou para meu agrado. -Estava-me a dar um discurso sobre o barulho que fiz com a mota a chegar cá ontem à noite, embora tivesse estado a trabalhar para ele. Enfim...
-Isso deve ser mau, trabalhar até tão tarde... - comentei na esperança de saber o que estivera a fazer. -Mas é um trabalho que compensa.
-Tive de ir a um bordel, tratar de uns assuntos com o guarda costas, aquele caloteiro. - deixou ele escapar. -E depois claro que aproveitei para me divertir um pouco, já que estava tão à mão. - riu-se ele.
-Uau! Mas que garanhão. - elogiei eu, agarrando-lhe o braço, estando no entanto a morrer de ódio por ele, pois odiava tipos machistas.
-Vais-te habituar. - disse ele piscando um olho.
"Ew." - pensei eu.

Passado algum tempo de convivência, Abdul levou-me a uma pequena sala onde estavam alguns jovens com a roupa parecida com a minha.
-Também apitou-vos? - perguntou um rapaz, obtendo o consentimento dos outros recrutas e meu, que lhes revelamos também os nossos tablets. -Parker Krowne, agente nº 139.
-Mary Joplin. - apresentei-me. -Jop para os amigos. - sorri. -Então já fi--
Comecei eu quando fui interrompida por passos que ecoaram pela sala e Sayyid passou, obrigando-nos a dispersar uns dos outros e fingir que eramos desconhecidos. Quando este já se tinha ido embora voltei a falar para o outro recruta, Parker.
-É o "boss". - disse eu, apontando para trás. -Tem a mania que é o maior.
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Mensagem  arr Qua 09 Abr 2014, 02:34

Não fiz mais perguntas. Dirigi-me para a montanha e comecei a mentalizar-me : “matar. Não é nada que não tenha feito antes. Afinal foi para isso que fui treinado. Um sniper não é nada mais que um assassino. Apesar de matar apenas criminosos que ceifaram inúmeras vidas não deixa de ser um assassino. Mas ao liquidar os voluntários que estão aqui estou a salvar várias pessoas que seriam sacrificadas em futuros atentados. Será esse o objetivo da CHERUB?
A confusão instalou-se no meu pensamento. Esta recruta estava a conseguir levar-me ao limite. Apesar de estar bem fisicamente, a minha cabeça estava prestes a rebentar. Parei um pouco para definir a minha atitude daí em diante. Decidi que iria fazer aquilo que me pedissem sem pensar na moralidade das minhas ações. Afinal a própria organização em que estava agora e a anterior eram contra os padrões de éticos defendidos pela maioria. “Vou disparar sem hesitar. E depois do tiro, apago a imagem da minha memória.”
Ao chegar ao topo da montanha deparei-me com um cenário de guerra: tínhamos várias tendas montadas, uma estrutura semelhante a um bunker e uma torre que parecia inquebrável devido à grossura das suas paredes. Pareciam já estar todos a postos para iniciar o desafio. Rapidamente reconheci dois companheiros da CHERUB mas fingimos não nos conhecer e optei por ignorar a sua presença. Estavam mais 3 pessoas no grupo, 2 aparentavam ser naturais da Arábia Saudita e o outro parecia também europeu.
- És tu o rapaz cuja habilidade de disparo é tão falada? – Perguntou-me um dos árabes
- Dizem que sim. E tu és? – Respondi-lhe de forma segura, de modo a que percebe-se que não me tinha conseguido intimidar, apesar da envolvência me fazer sentir um pouco inseguro.
- Tínhamos de escolher entre nós um capitão de equipa. Acabei por ficar eu. Chamo-me Fayzal. Como já deves ter percebido o exercício é real. Por isso teremos de tomar algumas precauções. Provavelmente a outra equipa também terá direito a um sniper. Tem atenção a isso. Para evitar que sejas surpreendido pela retaguarda quando subires à torre iremos impedir a entrada de qualquer outra pessoa com a construção de uma parede improvisada. Levas esta corda e este balde que servirão para te fazer chegar os mantimentos. Também poderás utiliza-la caso necessites de descer. Mas tenta manter-te lá em cima o máximo tempo possível. Quando estivermos lá em baixo na planície serás o nosso único suporte. Tens também aqui o teu rádio. As tendas servem para descanso, confeção de alimentos e qualquer situação na qual seja necessário resguardo. Em caso de extrema necessidade podemos recorrer ao bunker, mas penso que não nos servirá de muito, parece mais frágil que a torre onde estarás instalado. Tens ideia da tua capacidade de disparo?
- Sim, entre 1,5 e 2km, dependendo das condições atmosféricas, principalmente o vento. Mas para garantir que um único tiro resolve a situação aconselho-vos a nunca avançarem mais que 1km de mim. Até essa distancia a minha eficácia é garantida – disse-lhe eu, assumindo a minha postura tática
- Perfeito, aqui o Abdul (apontou para o outro rapaz árabe) ficará contigo na base. Ele é perito em explosivos e vai ficar aqui a construir qualquer engenho que precisemos. Apoiam-se um ao outro. Eu e aqui os pró-USA vamos para o combate direto e trabalharemos em duplas. Nunca se afastem mais do que 50 metros da outra equipa. Assim garantimos que temos sempre alguém por perto. Alguém tem alguma dúvida?
- Há por aí material de construção? Se em vez de estabelecer o ponto de disparo na parte descoberta da torre fizer um buraco no muro onde apenas caiba o cano da espingarda será mais eficiente – respondi eu, tentando mostrar algum contributo para a equipa
- Bem pensado. Abdul trás o martelo e o escropo e entrega-os aqui ao… Como é que te chamas mesmo?
- ARR, não uso nome próprio
- Tudo bem. Trás isso para o ARR levar para cima. Manda depois as ferramentas para baixo. Podem ser uteis para a construção dos engenhos. Estão todos prontos? O exercício começa dentro de 2 minutos? A resposta foi positiva da parte de todos
-Então ARR podes avançar para a torre, aproveitamos estes 2 minutos para começar a tratar de fechar a entrada
Subi até à torre. Via os meus companheiros de equipa lá em baixo a improvisar cimento e a usar algumas pedras maiores para tapar a entrada. “Espero que isto seja mesmo resistente. Caso contrário, em caso de ataque, corro o risco de não sair daqui vivo.” – pensei para mim. Comecei por montar um sistema de cordas que me permite fazer subir e descer o balde. Depois montei a espingarda peça por peça, certificando-me que não iria falhar ao longo dos 7 dias que se iriam seguir. Procurei uma pedra diferente daquela que de que a torre era constituída e desenhei o contorno do cano. Usei as ferramentas que tinha trazido para cima para fazer o buraco e instalei a espingarda. Para além de aumentar a minha segurança, o facto de o cano não ter folga quando inserido no buraco ajudava a diminuir o coice da arma aumentando a segurança. Mais a cima o próprio muro tinha uma espécie de janela sem qualquer proteção, mas sem ela não conseguiria ver através da mira. Fiz descer as ferramentas para o Abdul que me enviou algumas águas e barras energéticas. Carreguei as duas armas secundárias e coloquei-as uma de cada lado da sniper. A metrelhadora ficou carregada também mas debaixo de mim, caso fosse surpreendido pelo inimigo. Coloquei o primeiro carregador a sniper, calibrei a mira e comecei por examinar o gatilho. Era uma arma totalmente nova, pelo que necessitava de pelo menos 3 disparos antes de um tiro perfeito. “Pelo menos daqui não consigo ver a Kate, menos uma distração. Testei o rádio:
-Daqui eagle 1. Alguém a escuta?
-Daqui campo 1 transmita. – Era Abdul a responder
-Boa sorte companheiro. – Afastei o radio e concentrei-me na mira.
Ao longe ouviu-se o som de um petardo a rebentar. O som ecoou por todo o vale. Era o inicio do exercício. Foquei um ponto do campo adversário. Rapidamente me apercebi, com recurso à mira digital instalada, que o campo adversário ficava a sensivelmente 1,2 km. “Menos mal. Com algum treino para desenferrujar consigo um tiro limpo. Estes gajos tratam-se bem. Tudo material de primeira.”
Foquei-me num pequeno ponto junto da tenda da equipa adversária. Disparei dois tiros que saíram bastante longe do alvo. O cano era novo e o disparo da bala ainda não tinha moldado o cano para aquele tipo de munições. Senti algo estranho, as balas pareciam mais leves do que pensei. “deve ser da falta de prática. Relaxa ARR” – tentei manter-me calmo. O terceiro tiro acertou num dos prumos que sustentava a tenda, fazendo cair todo o lado direito. De repente vi que alguém iria sair da tenda e sem hesitar, conforme me tinham ensinado na UAJ foquei o coração do inimigo e disparei. Devido à diferença do peso daquela bala para as que estava habituado a usar acertou no ombro. A pessoa caiu no chão. Mas quando olhei para a cara dela entrei em choque. Todo eu termia e não consegui disparar novamente para liquidar o inimigo. Tive a sensação de que todo o mundo se estava a desmoronar sobre mim:
- Disparei contra um agente da CHERUB – disse eu para mim próprio – estou morto.
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Mensagem  Parker Krowne Qua 09 Abr 2014, 05:37

Não sabia bem o que fazer. Pela primeira vez em toda a minha vida na CHERUB eu nunca tinha ficado num impasse tão grande. As poucas pessoas da organização que por ali andavam era eminentes bombas, que podiam rebentar e dar-me um tiro no meio da testa. Não podia pensar nisso agora... Nisto entra a minha "suposta" chefe:
- Agarra nas tuas coisas e anda miúdo.
Ela perdia todo seu charme ao ser tão rude para comigo. Na minha "inocência" perguntei-lhe:
- Onde vamos?
Ela não respondeu, apenas limitou-se a agarrar-me pelo ombro e a puxar-me para fora da divisão, atirando-me contra a parede:
- Ouve bem miúdo, tu aqui limitas-te a cumprir as ordens sem nunca as questionar, percebeste? - gritou na sua mistura de árabe e português.
Que humilhação, mas tinha de a aguentar se me queria manter vivo na jihad. A minha vontade era de socar-lhe aquela linda cara, mas não" podia dar-me a esse luxo. Caminhei, relutantemente, para fora da porta. Nesse instante, um jipe preto estaciona em frente ao complexo. A porta traseira é aberta pela esbelta mas estúpida mulher:
- Entra.
Fiz o que ela me mandou, um pouco obrigado pela AK-47 apontada ás costas. Não percebi bem o interior do jipe ou quem estava lá dentro, visto terem me posto um saco na cabeça, incapacitando a minha visão.

------------------------------------

Pelo meu cálculo mental, tínhamos feito uma viagem de cerca de 20 minutos. Tiraram-me o saco da cabeça e tiraram-me do carro. Estava numa nova paisagem urbanística desconhecida por mim. A mulher arquivada aproximou-se com uma mochila esverdeada e entregou-ma:
- Bem-vindo ao teu primeiro desafio. Dentro desta mala está uma bomba. O teu objetivo é fazer explodir a bomba dentro daquela mercearias ali - disse apontando para uma típica loja de variados - Planta a bomba, fá-la explodir e sobrevive. Faz isso com sucesso e terás novas informações. Na jihad é assim que nos trabalhamos: a informação conquista-se.
Senti calafrios com o que ela me dizia. Um enorme desconforto impôs-se conforme eu punha a mochila nas costas e começava a caminhar em direção á multidão barulhenta. Dentro de pouco tempo estava em frente à loja e o desconforto era maior. Não podia fugir dali com ou sem a bomba, mas também não podia deixar aquelas pessoas morrerem em vão. Tinha de colocá-la o mais longe possível, provocando o menor número de baixas. Respirei fundo e entrei na loja. Aproximei-me do balcão e perguntei, em árabe, pela casa-de-banho. O empregado do outro lado apontou-me para uma porta acastanhada, de onde vinha um odor muito estranho, mas era um esforço necessário. Entrei no imundo WC e encostei-me a parede dentro de um dos pequenos cubículos. Abri a mochila e coloquei a bomba em cima do tampo da sanita. Tirei o tablet das calças e liguei-o, entrando no canal seguro e codificado da CHERUB:
- Daqui agente número 139, Parker Krowne, na arábia saudita. Esta mensagem e os seus anexos devem chegar ao gabinete do diretor André Carvalho e para o departamento de bombas e explosivos.
Comecei a tirar várias fotografias da bomba, de diversos ângulos e enviei a mensagem. De seguida, deixei a bomba atrás de um dos lavatórios e sai da mercearia o mais rápido possível. Quando achei que já estava longe agarrei no detonador e preparei-me para explodir quando me lembrei que não tinha o tablet
- Merda, o tablet!
Comecei a correr para dento da casa-de-banho, mas quando lá cheguei, um homem tentava perceber como funcionar com aquilo. Eu não tinha escolha a não ser dar-lhe um golpe com a palma da mão no seu nariz, deixando-o meio zonzo. Aproveitei a distração para agarrar no tablet e guardá-lo dentro das calças. Quando sai, um enorme alarido começava dentro da pequena loja. Alguém ainda me tentou agarrar quando quis sair, mas eu soltei-me e fugi para a rua. Quando longe o suficiente, ativei a bomba que não tardou a explodir. Desatei a correr para o local onde o jipe estava. A mulher apenas sorriu e disse num novo tom de voz doce:
- Parabéns, parece ter sido um sucesso. Eu sou Kilara e passaste no primeiro desafio para te tornares num dos nossos agentes.
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Mensagem  arr Qua 09 Abr 2014, 11:28

Olhei novamente através da mira. Vi que a pessoa, agora que tinha confirmado ser uma rapariga, se tinha levantado e recuado para dentro da tenda, provavelmente para alcançar o kit de primeiros socorros. Estava a ficar doido. Para além de ter de ferir ou matar alguém, também teria de o fazer a colegas meus. Esta recruta estava a perturbar-me seriamente. Procurei rapidamente o tablet mas não o conseguia encontrar.
- Merda! Ficou debaixo do colchão! E agora como aviso a CHERUB que acabei de atingir um recruta?
Enquanto continuava em estado de choque, reparei que caíra ao meu lado um balão com um pequeno papel enrolado: “Não te preocupes. Ainda ninguém morreu. CHERUB.” Fiquei mais descansado. Afinal não tinha morto ninguém, a pessoa apenas teria ficado ferida. “Se a CHERUB consegue fazer chegar-me mensagens também deve estar atenta a todo este desafio.” Depois de relaxar durante uns minutos peguei no rádio e chamei pelo capitão de equipa:
-Daqui eagle 1 para capt.1, escuto.
-Capitão à escuta, transmita.
-Feri um adversário no ombro. Apontei ao coração mas as balas parecem mais leves que o normal e a trajetória subiu.
-Sem problema. Um tiro no ombro deve deixa-los reduzidos a 5 membros durante pelo menos 3 ou 4 horas. Bom trabalho.
A partir dali decidi que iria deixar os sentimentos de lado e não voltaria a castigar-me a mim próprio por disparar em alguém. Afinal já tinha feito isso. Levantei-me durante 5 minutos e fumei um cigarro do maço que o Abdul me tinha enviado entretanto. Ia ajudar-me a concentrar.
- Capitão 1, posição – perguntei eu, via radio.
- Estamos a acabar a descida a chegar ao vale, no inicio de campo de batalha.
-Levantem-se, um de cada vez, e corram cerca de 50 metros para a esquerda. Assim chamarão a atenção dos adversários e conseguirei atingir alguns daqui de cima.
- É arriscado. Mas gosto da ideia. Dentro de dois minutos vai o primeiro, intervalado depois em 30 segundos. Terminado
Concentrei-me no campo de batalha e ativei o modo de deteção de movimento da mira digital. Assim, caso alguém se levanta-se para disparar do campo do adversário seria automaticamente detetado e a mira faria o máximo de zoom possível na figura em movimento. Decidi que não iria disparar a matar. Um tiro numa perna ou num ombro seria capaz de eliminar do desafio uma pessoa. O primeiro a correr foi o capitão. Ninguem da equipa adversaria reagiu. Depois dele seguiram-se os dois europeus. Nenhum movimento. Tudo calmo e sereno. Assim que o árabe parceiro de Fayzal iniciou a corrida, desencadeou-se uma chuva de tiros. A mira detetou três figuras em movimento. Duas delas eram dois recrutas e o terceiro não me era conhecido. Optei por disparar contra o terceiro. Foquei no ombro direito dele por ser o braço que utilizava para disparar. Disparei. Caiu para trás e bateu no chão como uma tábua de madeira. A sua perna tinha ficado descoberta. Foquei novamente. Fiz pontaria um pouco abaixo da artéria e disparei. Acertei novamente. A rajada de tiros do adversário cessou.
-Capitão, daqui eagle 1, dois tiros disparados, um inimigo atingido. Os tiros não foram mortais. Repito não foram mortais. Jogador fora durante pelo menos 4 horas. Terminado.
Desta vez não reagi. Não tremia, não pensava, não nada. Resumi-me ao modo máquina que me tinham ensinado. “O verdadeiro ARR está de volta.” – pensei. Parei um pouco para esticar as pernas e beber um pouco de água
- rshhhh rshhhh. ARR daqui Abdul escuto. Rshhhhhh rshhhhhhh. – sentia-se alguma interferência no rádio
- transmita – disse-lhe
-A água que nos deram está com… contaminada. – Respondeu—me
Foi a última coisa que ouvi. Após ter bebido meia garrafa, caí para o lado, inanimado no chão. Tinha acabado de ser envenenado
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Mensagem  Finnick Odair Qua 09 Abr 2014, 17:12

Têm que ter cuidado com a quantidade de posts que fazem ! Dêem tempo para toda a gente postar, só depois postam !


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Mensagem  Rosie Clarke Qui 10 Abr 2014, 12:22

Carreguei as armas e subi até à montanha. Apesar de ter tido inúmeros treinos e aulas com armas na CHERUB, o nervosismo não me abandonava.
Olhei para a montanha do lado oposto. Consegui reconhecer alguns dos rapazes e raparigas que estavam de manhã no nosso quarto, na parte de baixo. No topo, estavam alguns árabes e outros tantos recrutas da CHERUB.
Enquanto a minha equipa preparava tudo, dei por mim a pensar em toda a minha vida, e como ela podia acabar daqui a instantes. De repente, e antes de nós termos tudo preparado, um dos nossos adversários disparou contra nós, acertando numa das raparigas. Ela foi a correr para o kit de primeiros socorros, que se encontrava na parte de baixo da montanha. Percebi que tinha sido um agente da CHERUB, e percebi também a sua ideia: acertar em zonas de menor perigo, para diminuir o número de adversários sem os matar.
Decidi ir por aí, pois era mais seguro. A minha ideia era utilizar mais as pistolas, para haver menos riscos.
Enquanto me preparava, outros tantos colegas da minha equipa forma alvejados.
Decidi que era altura de agir, mas quando o estava prestes a fazer, toda a gente começou a fraquejar, quer elementos da minha equipa quer adversários.
- Parou tudo!- gritou Sayyid, tio do Joe, que estava a assistir- O que se passou?
- Veja tio- disse Joe, ao olhar para cima e a apontar para os cantis- apenas está bem quem não bebeu água! Alguém os envenenou.
Sayyid pegou no walkie talkie e chamou refoços, aos quais pediu para trazerem água limpa. Em pouco tempo, dezenas de pessoas chegaram em carrinhas com garrafões de água limpa. Cada um de nós correu para ir buscar garrafões e dar o máximo de água possível aos que foram envenenados, até chegarem os médicos.
Foi nesse momento que percebi o que acontecera: alguém tentou destruir aquela organização, e eu tinha quase a certeza de quem fora: Omar, o pai de Joe.


Última edição por Marie Adams em Sex 11 Abr 2014, 10:45, editado 1 vez(es) (Motivo da edição : Faltava um promenor)
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Mensagem  Parker Krowne Qui 10 Abr 2014, 18:28

Dia 12


A noite já ia longa e eu ainda não tinha adormecido. Não sei, mas havia uma estranha tensão naquele ar abafado. Já se tinham passado quase duas semanas deste do último "incidente" e o que se tinha passado até agora fora apenas simples treinos, nada de mais. Quando eu estava quase a adormecer, um estrondo abre a porta do meu quarto. Instintivamente, saltei para fora da cama e preparei-me para lutar. Kilara correu na minha direção, agarrando-me e puxando para fora do quarto. Não disse uma única palavra:
-Wow wow wow! O que é que se passa? O que é que eu fiz?
Kilara foi buscar uma enorme caixa verde. Abriu-a à minha frente: estava cheia de armas:
- Não é o que fizeste, mas o que vais fazer Vá escolhe um tipo de arma e leva 5 granadas e 5 de fumo. Saberás o que fazer na altura certa.
Olhei para dentro da caixa. Numa enorme variedade de armas, duas impuseram-se. Agarrei em duas desert eagles lindas Era bom sentir-me com poder, mas eu não devia abusar e ainda tinha de saber o que fazer:
-Excelente escolha. Vamos.
Fui novamente puxado para dentro de um jipe, saco na cabeça e mais uma terrível e acidentada viagem. Quando parámos, Kilara abriu o vidro e sorriu:~
-Bem-vindo a um dos campos dos militares americanos. O teu objetivo: matar o maior número possível.


Última edição por Parker Krowne em Sex 11 Abr 2014, 00:00, editado 1 vez(es) (Motivo da edição : Faltava muita informação)
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Mensagem  arr Qui 10 Abr 2014, 23:04

Acordei dentro de uma tenda tenda militar. Percebi, pela sua cor e forma, que se tratava da tenda de apoio à minha equipa. Tinha dois tubos ligados a um cateter que tinha sido colocado no meu pulso. Ao meu lado estava Abdul de olhos postos em dois monitores que tinha por cima de mim.
- Parece que o veneno que ingeriste foi criado pela Organização. Assim que se aperceberam que tinham trocado as nossas águas, os chefes deram ordem para suspender o exercício. Tiveste sorte que existia antídoto. Estiveste em coma induzido durante 3 semanas para evitar que o veneno alastra-se. Sentes-te bem? – Perguntou Abdul
- Sim. Tenho a cabeça um pouco pesada, mas de resto não sinto nada de especial. Mais alguém ingeriu a mesma água que eu?
- Não. Assim que percebemos o que tinha acontecido, comunicamos com o chefe de treinos que rapidamente percebeu que algo tinha sido trocado. Como devem querer proteger este vírus, suspenderam o exercício mas mantiveram-nos aqui no campo de batalhas, provavelmente para impedir que comunicássemos com o exterior. O campo está agora completamente vedado, com guardas armados de 5 em 5 metros. Acho muito estranho, mas também não estou aqui para fazer perguntas.
“Como é que me fui esquecer do tablet no quarto? Este veneno pelo que vejo é algo bastante importante, e eu aqui sem poder comunica-lo! M****. A minha responsável, sabe o que se passou comigo? – Perguntei a Abdul, sem querer parecer muito interessado no assunto.
-Sim, esteva aqui até há 2 minutos, mas foi chamada pelos Chefes para tratar do teu transporte de volta para o Complexo. Parece que te vão transferir a ti e trazer um novo membro para a equipa. Espero que seja tão bom como tu, conseguiste eliminar dois membros da equipa adversária.
“ Eliminei duas pessoas? Mas recebi uma mensagem da CHERUB a dizer o contrário.” Voltei a entrar em pânico. O monitor em cima de mim começou a apitar e Abdul deu-me uma injeção que pareceu congelar o meu pensamento. Não conseguir pensar, apenas reagia aos estímulos que me eram feitos.
- Então rapaz? Já te sentes melhor? – Suava uma voz feminina que rapidamente percebi ser da Kate
- Ainda um pouco zonzo, mas nada que me consiga deixar fora da batalha – disse eu, para parecer forte
- Infelizmente os Chefes não pensam assim. Vão enviar-te de volta para o teu quarto. Eu vou contigo. A má noticia é que não vamos sair de lá tão depressa. Parece que descobriram um espião e querem proteger ao máximo este episodio do veneno. Por isso meu menino, já sabes como é. Terminou de falar e colocou-me novamente um saco preto na cabeça. Senti a minha maca a ser emperrada durante alguns minutos. Comecei a sentir um vento crescente, proveniente de um helicóptero que posteriormente levantou voo.
Aterrámos no topo de um edifício. Senti que a minha maca estava a ser carregada por umas escadas. Percebi que me levavam para o meu quarto assim que ouvi a porta a abrir. Ainda cheirava a almoço que Kate tinha feito. Deitaram-me na minha cama, e saíram. Ouvi algumas trancas a serem fechadas. Kate tirou-me o saco da cabeça. Demorei alguns segundos a adaptar-me à diferença de luz mas passados alguns segundos consegui perceber que tínhamos ficado sozinhos novamente. O quarto tinha agora duas camas. Presumi que uma delas fosse para Kate.
- Podes explicar-me o que se passa? Porque é que ouvi várias trancas a serem fechadas se a porta não tem nada do lado de dentro? – Questionei Kate, demonstrando a minha confusão mental
- Estamos isolados até ordem dos chefes em contrário. O que tu ouviste foi uma segunda porta que colocaram por trás da que tu vez, para garantir que não saímos daqui. Até colocaram uma cama para mim.
- Mas fiz algo de errado? – perguntei-lhe, fazendo-me de desentendido e ignorando a parte de que era membro de uma organização secreta de segurança da qual nem o próprio governo do país tinha conhecimento
- Penso que não. Até porque todos os quartos estão assim. Tiveste foi azar e consideraram-te incapaz para continuares o exercício. Mas gostaram tanto da tua capacidade de disparo que deram ordens para voltares para cá, para teres um descanso decente. Ficas aqui à minha guarda durante mais uma semana e depois disso têm um plano de treino especial para ti. Pelos vistos tens mesmo capacidades raras, nunca vi ninguém a ser tão bem tratado aqui.
Puxei para mim e beijei-a. “Nem é má ideia ficarmos aqui sozinhos fechados durante uma semana”. Empurrou-me para se afastar. Virou-me as costas e dirigiu-se para a pequena cozinha do quarto.
- Estás doente. E eu disse-te que não devemos envolver-nos. Agora descansa que daqui a meia hora tens de levantar o teu rabinho e vir almoçar
Virei-me para o lado direito da cama e adormeci.
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Mensagem  Parker Krowne Dom 13 Abr 2014, 20:18

Eu não podia fazer aquilo. Não podia e não ia conseguir. Já tinha premido gatilhos, mas nunca contra um ser-humano, ainda mais um militar americano. O jipe avançou, o mais silenciosamente possível, pela gravilha, deixando-me ali sozinho. Olhei bem para o cenário. Era difícil com toda a escuridão, mas o sol não tardaria a nascer. Talvez o meu prazo terminava aí e eu seria morto, por isso tinha de agir depressa. Alguns guardas protegiam a entrada e tinha a certeza que se eu fosse falar com eles, não só seria gozado e preso por ter todas aquelas armas comigo, como a equipa que me trouxera ali também estaria a vigiar e, à mínima oportunidade, apagavam-me:
-Pensa Parker, pensa...
Tinha de criar uma diversão e fingir ter matado alguém. Rapidamente engendrei um plano. De certeza que o campo tinha alarmes e eu só tinha de fazer o alarme disparar. As sombras, naquele momento, seriam as minhas melhores amigas e correria menos riscos se me ficar por elas. Não tardei a correr para a sombra mais perto, percorrendo o caminho encostado ao arame até uma das portarias. Ao chegar lá vejo alguns guardas. Não pensei. Agarrei numa das pedras que estava no chão e lancei ao vidro de um dos carros, fazendo um enorme alarido. Quatro dos cinco guardas correram para o carro, deixando um dos guardas sozinho dentro da cabine da portaria, distraído para onde os colegas iam. Era a minha única chance. Corri para a portaria. Desbloqueei as pistolas e apontei-lhas:
-Desculpe, a sério, eu estou obrigado a matar-vos, mas não irei fazer nada disso. Desculpe...
O guarda apontou-me a sua arma, mas antes de pudesse dispará-la, disparei eu, acertando-lhe no ombro e numa das penas, imobilizando-o:
- Desculpe!
Saí a correr. Não tardou até o barulho dos disparos trazer mais gente. Escondi-me entre os carros e esperei o grupo amontoar-se na portaria. Os alarmes soaram. Saí do meio dos carros e lancei duas granadas de fumo contra o grupo. Lancei mais duas granadas normais contra os carros e fugi, disparando contra as pernas dos guardas, muitas balas falhando. O meu coração queria sair-me pela boca, mas tinha de ter sangue frio e tentar não matar ninguém. Continuei a correr para fora do campo, subindo colina acima com um grupo de militares atrás de mim, alguns carros a arder e uma nuvem de fumo a dissipar-se, mas sinal do jipe: nenhum. Lancei as últimas granadas de fumo para trás de mim, tentando despistá-los. Por pouco não conseguia, mas à última da hora o jipe aparece e Kilara puxa-me para dentro:
- A tua missão por pouco que não foi um TOTAL fracasso! - gritava ela
Estava demasiado acelerado pelo excesso de adrenalina:
- Burro! Era uma tarefa simples! Não é assim que vais chegar longe na Jihad! É o que dá trazer putos para isto!
Ela estava a irritar-me demasiado. Foi toda a viagem até ao esconderijo a ralhar. Quase a chegarmos, depois de falar em árabe, finalmente gritou:
- Estás fora, percebes! Só tinhas de disparar esta MERDA DE ARMA NA CARA DELES! ACABÁMOS DE PERDER UMA OPORTUNIDADE DE OURO!
Foi a gota de água:
- Vai-te lixar minha otária! Estou farto das tuas merdas! SE QUERIAS FAZER MELHOR IAS TU PERCEBES! AINDA QUE ESTOU FORA DISTO, ESTOU FARTO DE OLHAR PARA ESSA TUA CARA DE ATRASADA MENTAL, PERCEBES! FARTO!
O jipe travou a fundo. Tinha feito a pior besteira de todas. Ela olhou para mim com um olhar de fúria. Senti a sua mão a estalar a minha cara:
- Só não te mato, porque mostraste ter tomates. Tens mais uma oportunidade.
Deixaram-me á porta do esconderijo. Corri para o quarto e enviei o relatório do que se passara.
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Mensagem  Virginia Hall Seg 14 Abr 2014, 18:17

RECRUTA TERMINADA!
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