O armazém velho

Quando o Isaac atirou-se para o chão, lembrei-me de mim quando estava no jardim de manhão. Também tinha rebolado na relva lá.
Apeteceu-me fazer o mesmo outra vez.
-Eu adoro o cheiro da relva - contei-lhe.

-A sério ? eu também, não conheci ninguém na CHERUB que gostasse do cheiro da relva.- disse Isaac-estavas ai a rir-te mas estás a fazer o mesmo.
-Eu sei, é que fizeste-me lembrar quando e era nova e me atirava para a relva -disse Jô.
-Olha para o céu está azul sem nenhuma nuvem e à noite é a mesma coisa mas com estrelas.-disse Isaac.

-A sério? Raras foram as vezes em que vi estrelas. Uma desvantagem da cidade. E também nunca vi um céu assim como este. Lá era só nuvens cinzentas.
-Ah, então me admira esse ar de felicidade.
-Pois, nunca me senti assim. Se calhar, foi porque nunca tinha estado num sítio como este durante muito tempo.

-Pois é a CHERUB é um dos locais mais fixes à face da terra podes ter montes de amigos tens aventuras-disse Isaac.
-Acredito entrei à pouco tempo mas parece um local fantástico-disse Jô.
-Antes quando era vermelho vida aqui era pior, pois tens muitos limites, mas poucas aulas, e os cinzentos têm muitas aulas e poucos limites, por isso aproveitamos ao máximo cada intervalo.

-Ah, certo.
Olhei para o céu. Respirei fundo.
-A sério... - murmurei começando a rir-me.
-O que se passa? - perguntou chocado.
-Não sei, estou com vontade de rir apenas - e era verdade.
-Ah, ok - começou a rir-se também.

-Agora sim és estranha no bom sentido, já tenho 100% de certeza-disse Isaac.
-A sério não estás a brincar ?-perguntou Jô.
-Eu já te disse que não brinco e que sou simpático-disse Isaac-olha queres ir ver o esquilo ou queres continuar aqui?

-Existe a probabilidade de ele não chegar a aparecer. Por isso, não é preciso.
-Então o que vamos fazer?
-Lembraste do que a enfermeira disse? Não podes andar por aí todo enérgico para depois caires para o lado. E depois a culpa é minha.
-A sério? - perguntou enquanto se levantava.
Começou a correr.
-Ei, pára com isso - persegui-o.
-Quero ver quando é que me apanhas!

Estava fugir da Jô, e como estava preparado melhor fisicamente, estava a distanciar-me até que fingi estar cansado e fui para o Jardim, quando ela estava quase a apanhar-me aumentava a velcidade, olhei para a frente e vi o lago então aproximei-me dele e comecei a abrandar quando estava à ponta fiz um desvio de repente e ela caiu à água:
-Estúpido,quando eu te apanhar vais arrepender-te, ainda por cima não tenho o fato de banho vestido-disse Jô.
-Oh desculpa a menina está bem é que era só um partida-disse Isaac com um beicinho.

-Agora, ajuda-me a sair daqui! - ordenei, fingindo-me super zangada.
Ele esticou a mão para me ajudar a sair, mas eu puxei-o para dentro.
Comecei a rir-me.
-Caso se fazem, caso se pagam - sorri.
-Ai é? - perguntou enquanto me atirava água para cima e eu tentava contra-atacar.

-Sabes que te incomoda estar molhado mais a ti do que a mim? é que eu estava a pensar em ir dar um mergulho agora tu não. E então mergulhei para debaixo de água e escondi-me. A jô estava à minha procurae então por debaixo de água levantei-a e mandei-a ao ar. Quando ela caiu pareceu-me uma xapa por isso quando veio a cima disse ...

-A sério? Tu não não sabes com quem te meteste! - disse depois de vir ao de cima.
Voltei a amarrar o cabelo, pois incomodava-me bué.
Ele aproveitou esse facto para ir se afastando, mas eu consegui apanhá-lo e atirei-me para cima das suas costas.
Foi estranho devido à diferença de alturas, mas teve o efeito esperado. Ficou preso debaixo de água uma fração de segundos, pois ele conseguiu livrar-se de mim não sei como.

-Não estavas à espera que eu conseguisse escapar, pois não? É que apesar de ser pequeno já estou na CHERUB à algum tempo.-disse Isaac a sorrir-agora apanha-me se puderes, ah esqueci-me não podes pois eu sou mais rápido -disse Isaac.
-Isso é o que vamos ver-disse Jô enquanto começava a correr.
Isaac estava a abrandar para Jô o apanhar, e quano Jô o fez agarrou-o pelos braços, imobilizando-o e ai Isaac disse:
-Como é que me conseguiste apanhar?-disse Isaac ironicamente.

-Como é que me conseguiste apanhar?-disse Isaac ironicamente.
Dei-lhe apenas um piparote na orelha.
-Au, isso doeu - queixou-se.
-Temos pena.

-Achas-te muito engraçada, não achas?-perguntou Isaac
-Por acaso acho,e tens algum problema com isso -disseJô
Isaac fez força nos braços e consegui escapar e aidisse :
-Por acaso tenho.

-Oh, desculpa por ter chateado o menino sensível - gozei. -Olha - apontei para os arbustos. - É o tal esquilo - menti.
Ele desviou o olhar e semicerrou os olhos.
-Onde?
-Ah, ah.. sucker... - gritei já estando a alguns metros afastada dele.

-AH AGORA foges mas não te preocups eu heide-te apanhar
-Isso é o que vamos ver disse Jô.
-Estás muito confiante para quem vai ser tão rapidamente apanhada.
-Não estou a ver nada
Nesse momento Isaac conseguio apanhar Jô e agora ela estava presa.

Ele apanhou-me, mas eu tinha quase a certeza que ele não sabia que eu tinha o 2ºKyu em karaté. Tinha o fator surpresa do meu lado.
Ele tinha-me agarrado o pulso direito. Rodei o pulso e consegui soltar-me. Empurrei-lhe o ombro para trás e com o pé direito fiz-lhe um varrimento.
Não caíu no chão de forma tão seca quanto eu esperava, mas também supostamente ele tinha tido aulas de luta, ou seja, sabia cair.
-O que foi isto? - perguntou enquanto se levantava.
-Eu tive algumas aulas... - expliquei.
-Podias ter dito! Assim, teria-te dado mais luta.
-Não... paz e amor! - pedi, pois agora já não tinha o fator surpresa do meu lado.

-Pois agora que ias perder pedes tréguas né ?-disse Isaac no gozo.
-Hum.. talvez-disse Jô com uma cara confusa.
-Eu não caio nessa, eu stive muitos amigos assim -disse Isaac.
-Está bem-disse Jô-o que é que queres fazer agora ?
-Queres ir a algum sitio ?

-Queres ir a algum sítio? - perguntou.
Estavamos agora a andar por ali.
-Podemos apenas caminhar. É da maneira que a roupa vai secando - disse-lhe. - Para além disso, é sempre uma boa forma de relaxar um bocadinho depois desta amostra de exercício físico.

-Podemos apenas caminhar. É da maneira que a roupa vai secando - disse Jô enquanto começavamos a andar. - Para além disso, é sempre uma boa forma de relaxar um bocadinho depois desta amostra de exercício físico.
-Ok, por mim tudo bem-disse Isaac- e queres perguntar alguma coisa sobre o campus.

-Ná. Acho que nao tenho nenhuma pergunta assim importante.
Caminhamos mais algum bocado. Reparei nas árvores. Havia umas super altas de tronco fino, mas também umas que pareciam mais seguras.
-Será que é seguro subirmos? - apontei para as árvores. - Eu sempre tive curiosidade em saber como era subir a uma árvore - expliquei-me.

-Será que é seguro subirmos? - apontei para as árvores. - Eu sempre tive curiosidade em saber como era subir a uma árvore - expliquei-me.
-Eu vou te contar um segredo, é proibido subir às árvores, mas eu passo grande tempo lá em cima , escondo-me e subo a pensar, até vi algumas cenas constrangedoras. -disse Isaac- olha eu vou subir tu é melhor não.

-Porquê? - perguntei, quase ofendida.
Depois pensei melhor.
-Que coisas constragedoras? - lembrei-me.
-Bem,...

-Porquê? - perguntou Jô-
-Que coisas constragedoras? - pergutou Jô.
-Bem, vi pessoas a enganarem outras no amor, e as que eu pensei que nunca iriam enganar ninguém-disse Isaac- em questão de não vires cá para cima é para não te meteres em sarilhos.

-´Tás a dizer que meto-me em sarilhos por ver coisas constragedoras ou porque não se pode? Ainda não percebi.
Seria super injusto ele subir e eu não...
-Como ficamos? - perguntei.

-´Tás a dizer que meto-me em sarilhos por ver coisas constragedoras ou porque não se pode? Ainda não percebi.Como ficamos? - perguntou Jô.
- ficavas em sarilhos se te apanham aqui em cima -disse Isaac- acredita em mim não queiras subir pois se subires vais ter que limpar sanitas.

Devo ter feito uma cara super estranha por causa do choque, pois ele começou a rir. Só faltava rebolar-se no chão.
-Essa cara foi épica - riu-se.
Revirei os olhos. Limpar sanitas não era uma ideia assim muito agradável.
-E tu? - contra-argumentei. - Porque vais subir na mesma? Aliás a ideia foi minha.

-Essa cara foi épica - Isaac riu-se.
-E tu? - contra argumentou jÔ. - Porque vais subir na mesma? Aliás a ideia foi minha.
-Porque eu já estou habituado a estar em sarilhos e tu és nova aqui, eles são mais duros com os novos para os manterem em linha-disse Isaac

- Mas deveriam ser duros era com os que estão constantemente em sarilhos!
-Pois, temos pena.
-Mas isso nem faz sentido. Assim, meto-me em sarilhos agr e como sei que dpois os castigos não serão tão duros, quebrarei sempre as regras - disse-lhe.
-Estás a dizer isso só para eu não subir?
-Sim - admiti. - Assim a diversão é so para ti.

-Estás a dizer isso só para eu não subir?
-Sim - admiti. - Assim a diversão é so para ti.
-Eu não disse para tu não subires, eu só te aconselhei-disse Isaac- tu és livre para fazeres o que tu quiseres.
-Ainda bem-disse Jô, ...

-Então vou subir! - disse-lhe.
Ele foi a correr e eu acompanhei-o.
-Ajudas-me, certo? - perguntei-lhe.
-É melhor começarmos com aquela - apontou para uma das mais baixas e com aspeto mais seguro.
-Se tu o dizes... - sussurrei.

Isaac e Jô subiram à àrvore e de repente Isaac, vê um T-shirt Branca e diz:
-Depressa diz-me para descer -disse Isaac
-O quê ? Porque é que eu diria isso? -perguntou Jô.
-Diz e pronto-disse Isaac.
-Ok, vá lá desce-disse Jô.
-Ei o que é que vocês estão ai a fazer? Descam imediatamente-disse o T-SHIRT BRANCA
-Desculpe eu subi porque me estavaa apetecer e ela estava a tentar fazer me deser para não me meter em sarilhos, ela não tem culpa nenhuma. -disse Isaac,
-Então vem comigo, e tu se te vir outra vez em cima das àrvores és castigada mesmo que estejas a tentar fazer descer alguém entendido.?-perguntou o T-shirt branca.

-Entendido - respondi automaticamente. Por um bocadinho que não fazia sinal de continência.
Queria dizer que a ideia tinha sido minha, mas fui estúpida o suficiente para não o fazer. A minha cara estava a ferver e a minha pulsação aumentara muito enquanto os via a afastar. Sentia-me extremamente culpada, mas não saía nada da minha boca nem conseguia fazer nada que os impedisse de se afastar.
Porque é que ele tinha mentido? Eu não percebia qual a vantagem de se pôr em problemas por causa de outrem.
Será que...? Será que é isto que os amigos fazem?
O meu cérebro bloqueou. Não sabia o que fazer. Tinha de voltar para o quarto, talvez os pensamentos ficassem em ordem.