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Mensagem  Marianne Di Grace Sáb 17 Nov 2012, 18:35

9 anos atrás

Saía de casa a correr indo em direção ao jardim.
- Ahahahah! A Ali não me apanha! - ria enquanto corria pelo grande jardim do casarão onde vivia com os pais e a irmã gémea.
-Mary! Não corras tão rápido! - pedia Alice correndo atrás de mim.
Virei-me e deitei-lhe a língua de fora, quando voltei a correr caí no chão.
- Ah! Agora vou apanhar-te! - gritou a minha irmã correndo e saltando para cima de mim
Rebolamos as duas um pouco e paramos a rir
Ficamos lado a lado com as mão dadas e a olhar uma para a outra. Éramos iguais, tirando o facto de a Alice ter os cabelos pela cintura e os meus só chegarem aos ombros e de terem os tons um pouco diferentes, os meus eram castanhos quase loiros, mas os dela eram mais escuros, eram de um castanho forte, mas de resto éramos iguais, como por exemplo com os nossos olhos de um estranho mas lindo verde-água e de sermos muito baixas.
Naquele dia faríamos 5 anos, éramos só duas meninas felizes no seu dia de anos...
Nessa noite os nossos pais fizeram uma festa enorme, era sempre assim quando fazíamos anos, convidavam todos os nossos amigos e conhecidos, talvez para esquecermos que não havia mais ninguém... não sei, nunca conheci os meus avós, o papá e a mamã dizem que tiveram um problema quando andavam de avião e nunca nos puderam ver... Mas nunca nos disseram nada, por isso acabei por me esquecer deles.
Quando a festa já tinha acabado e eu e a Ali estávamos no quarto a dormir de mãos dadas quando ouvi um som, pareci que tinham partido alguma coisa, o papá e a mamã nunca discutem, nunca partem nada...
Medo, fiquei com medo, tentei acordar a Ali.
-Ali, Ali, Alice! Acorda!- chamei-a
- Hã? Que foi?-perguntou sonolenta
-Ouvi um som estranho... - comecei, mas reparei que ela já estava a dormir.
Levantei-me e desci para a sala que ficava no segundo andar, o barulho vinha de lá e de repente ouvi um som mais alto e corri até lá, então vi... um homem de fato e gravata caido no chão, no meio de uma poça de sangue e o papá com uma arma na mão.
- PAPÁ! - gritei e corri até ele, quando outros homens que estavam na sala me viram chegar correram.
-Mary, querida. -Ele parecia preocupado- Marianne, querida, o pai quer pedir uma coisa, pode ser? - Acenei com a cabeça - Promete ao papá e à mamã que vais proteger a Alice, sim?
-Papá, o que se passa? - perguntei inocentemente
-Marianne, promete. - pediu
- Mas eu não sei...- comecei
-Querido! Eles! A Alice! - a minha mãe entrou a chorar, nunca pensei ver aqueles olhos verdes e alegres cheios de água, mas percebi logo porque estava assim, nos seus braço estava a Ali... a minha doce Alice, e as roupas das duas estavam vermelhas...
O meu pai olhos para elas e consegui ver os olhos dele a turvarem-se um pouco, o verde vivo dos seus olhos tornou-se seco e escuro, alguma coisa estava mal.
- Papá... o que se passa com a Alice? -perguntei enquanto tremia levemente
- Dolce, mio dolce - falou em italiano
- Papá, porque falas assim? Tu nunca falas italianos, nunca. - disse com os olhos a encherem-se de água
- A mamã e o papá têm de fazer uma coisa, vai lá para fora. - falou firme
- Perché? -porque? estava confusa, o que era tudo aquilo?
- Mary, ouve-me, vais ter de ser forte, nós não sabemos quando vamos poder voltar... Vais ter de lutar e não podes desistir, ouviste? Vais ter de conseguir continuar a ser a nossa doce Marianne que é generosa e corajosa. -pediu-me enquanto me levantava e ia comigo até um armário e tirou de lá uma mochila onde correu até o nosso armário de roupa mais usada e confortável e encheu-a de roupas, depois foi até outro armário e trouxe uma caixa de madeira na mão. -Querida, leva a mochila e fica com a caixa, nunca a percas, protege-a com todas as tuas forças!
Acenei enquanto chorava.
- Força dolce, mia dolce, tu sei capace -abraçou-me com força e deu-me um beijo na testa, agarrou na minha mão e quando passamos pela mamã ela olhou para mim e deu-me outro beijo na testa e mexeu os lábios tremulamente, onde li "amore mio, ti amo" meu amor, eu amo-te
Chegamos à rua e o meu pai deu-me outro beijo e virou as costas, quando perguntei pela mana ele disse que ela vinha mais tarde. Respirei fundo e fechei os olhos:
- Pai, volta - murmurei
Quando o papá entrou ouvi uma grande explosão e toda a casa ficou em chamas. Cai de joelhos no chão.
-PAI! MÃE! ALICE! - chorei desesperadamente. Não sei quanto tempo ali fiquei, mas já havia um pouco mais de luz quando me levantei e caminhei lentamente pelo bosque que circundava as ruas desertas em volta da casa.
-Papà, mamma,Alice... Mi metterò - eu vou conseguir.
E desapareci por entre as árvores com um olhar decidido, iria sobreviver, nem que o mundo se virasse contra mim.
Marianne Di Grace
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