[Missão] Anjos da Morte

Os recrutas tiveram que ser retirados com urgência da missão, pois tinha que voltar a rever todas as informações e recolher mais recrutas. A agentes Mary Di Grace, Bäkura blackout e Jessy Granger tinha desistido da missão a ultima da hora, e com dois agentes não podíamos a riscar. Voltamos a recortar novos gentes, mas dissemos que Yuno uma das agentes tinha morrido nesta missão e que o Bakura quase tinha morrido também. Mesmo assim os agentes Ricardo Cardoso e Miter D decidiram permanecer e os agentes Diana e Kesch aceitaram a missão, sabendo dos perigos e que as pessoas de la não gostavam de pessoas novas são muito desconfiadas.


Juan Meros -> era um homem com 25 anos e alto, que media por volta de 1,90m de altura pesava 80kg e dava para ver bem os seus músculos. Pelo menos era isso que se via nas raras fotos e nas duas filmagens dele das informações que a DIPD tinha nos dado, também sabíamos que ele era jardineiro em tempo parcial. Juan Meros era suspeito de participar no grupo Black Angel porque tinha sido uma das pessoas que tenha entrado recentemente na vida do ultimo bombista, e como DIPD tinha de começar por algum lado começou por ele.


Este homem tinha sido visto por Mister D e pelo Bakura quando tinha ido a um bar, o seguiram e passaram o fim de semana no Hotel, onde aproveitaram para por câmaras de escuta no seu quarto de Hotel.


O que este Homem tinha feito e porque:
Juan Meros tinha decido ir a um bar beber uns copos e ver-se encontrava alguma rapariga com quem pudesse dormir ou passar uma longa noite. Foi então que viu a mulher perfeita para o seu gosto naquele dia, parecia-lhe uma autentica rosa, linda mas muito misteriosa que ao mesmo tempo dava para ver os seus espinhos e ao qual tínhamos o desejo de toca-la na mesma. Juan Meros foi ter com ela e usou os seus encantos para a conquistar, não foi preciso mais Do que 1 hora de conversa para esse acontecimento. Dançou com ela e então levou-a para o seu carro no qual foram para um Hotel, onde estiveram o resto da noite. No fim de semana todo, esteve com a mulher de um lado para o outro, até que 2ºfeira a levou a casa e foi para o seu trabalho de Jardinagem.



Como aconteceu a morte de Yuno:
Mister D e Yuno tinha ido atrás do Juan Meros. Pelo caminho yuno viu um adolescente suspeito disse ao Mister D que ia a trás dele enquanto Mister D continuava atrás de Juan. Passado um tempo o Mister D sentiu a tremor de terra e ouve o barulho da exclusão, começou a correr para onde tinha ido Yuno que era o mesmo local de onde vinha a expulsão. Não se via Yuno em nenhum lado, foi ai que Mister D lembro-se de ter recebido um sms, foi ver e este dizia:

"É um jovens bombistas! AJUDA-ME! estou a tentar falar com ele mas ele não me ouve!"


Como estão as vossas Personagens:
Vougan Morte aqui a tratado por: Taio Harris, fazendo-se passa por 25 anos, será Tio de Diego West e pai de Taio Harris.

Mister D aqui a tratado por:Diego West, fazendo-se passa por 14 anos, será primo do Rupert Harris.

Ricardo Cardoso aqui a tratado por:Rupert Harris, fazendo-se passa por 18 anos, será primo do Diego West e filho do Taio Harris.

Kesch aqui a tratado por:Moritz, fazendo-se passa por 17 anos, será primo do Rupert Harris, sobrinho do Taio Harris e irmão mais velho de Diego West.

Diana aqui a tratado por:Alaine, fazendo-se passa por 13 anos, será irmã do Rupert Harris, filha do Taio Harris e prima do Diego West.





Os querubins prepararam-se para ir para o Mexico pela 2 vez. Quando ja tinha as malas prontas seguiram nem autocarro que os levou ao aeroporto e dai seguiram num aviam para o Mexico. Quando la chegaram foram para uma casa com 3 quartos, 1 cozinha, 3 casa de banhos, 1 sala de estar e 1 sala de jantar.


Quarto com 3 camas este quarto iria ser para os 3 rapazes:


Quarto do Vougan que também tem uma secretaria:


Quarto da Diana:


Cozinha e sala de jantar:


Sala de estar:



Perto da casa encontrava-se 2 bares, 1 super mercado e 1 lavandaria. Todos se instalaram na casa nova, Vougan tinha uma secretaria no quarto, uma cama, um armário, uma tv, uns sofás e uma das casa de banhos.

SUPERMERCADO LA MEXICANA:


Lavandaria:


Um dos bares:

Mais uma vez tivera que abandonar o campus para ir para a missão ''Anjos da Morte'' algo que eu tivera entrado à pouco tempo, mas logo fora suspendida, se já da primeira vez eu tivera dificuldade em abandonar Nami e ainda eramos namorados, agora que estávamos noivos mais difícil iria ser.
Já não fazia nada sem consultar a Nami, ela fazia parte de tudo na minha vida, às vezes os meus amigos até achavam que ela fazia parte até de mais, mas eu não achava isso, ela era a rapariga que eu escolhera para amar, escolhera ? Não tinha sido o destino que ma tinha posto à frente.
Passado este desabafo para comigo próprio já estávamos a caminho para o México, mais uma vez, algo que eu me questionava era porque é que a missão tinha sido reactivada, mas não importa agora, eu estou nela e vou-me esforçar em tudo para que aconteça tudo como eu quero que acontença.
Nesta missão sou Rupert Harris, tenho 18 anos, tenho uma irmã de 13 anos, somos filhos de Taio Harris, e viemos com 2 primos que estavam sobre a custódia do meu ''pai'' viver para o México, esta era a nossa história, era a nossa farça e não nos podiamos deslocar nem um milimetro que fosse das nossas personagens.
Chegamos ao aeroporto e um carro já estava à nossa espera para nos levar ao local onde nos iriamos establecer enquanto estivessemos ali, não ficava muito longe da casa onde tinhamos estado da última vez, o problema era arranjar uma história para esplicar a nossa ausência durante aquele tempo.
A casa era grande mas penso que não era tão grande como a outra, sendo que iria ter que partilhar o quarto com o Diogo e com o Kesch, não é que me importasse mas todos gostávamos de ter a nossa privacidade.
Pegamos nas malas que estavam no Hall de entrada e todos nos dirigimos aos quartos.
Tinhamos um armário que ocupava a parede do quarto todo e tinhamos 6 portas no armário tinhamos decidido que iria ficar 2 portas para cada.
-Mais uma vez viemos ao encontro do calor do México, não é Diogo ? - disse a sorrir.
-Mesmo - Diogo parecia não estar muito feliz de estar aqui novamente parecia que estáva cançado destes ares.
-Kesch vais ver que te vais divertir por estes lados, mas claro vais sempre andar com um de nós sendo que vais ser o meu priminho mais pequeno !! HAHAHHA. - disse a sorrir.
O Kesch era um grande amigo, tinhamos estado na mesma recruta e os dois tinhamos tido grandes momentos, faziamos os exercícios juntos, eu ele e o Miguel Evans.
-E o meu irmão - disse o Diogo -Pessoal eu já acabei vou para baixo ok ?
-Ok - dissemos eu e o Kesch em simultanêo.
-O que se passa com ele - perguntou o Kesch
-Bem sabes já não é a primeira vez que ele está aqui, e também ele não conseguio ivitar a morte da Yuno que estáva com ele no dia em que ela morreu, foi por eles se terem separado que a Yuno morreu.

ANJOS DA MORTE, era o nome da missão. Tinham abandonado o campus, tinham feito uma longa viagem e imensas coisas relacionadas com a mesma nas quais Diana não estava muito disposta a pensar. Tinha-a feito praticamente toda com os phones nos ouvidos para evitar as conversas de rapazes, afinal era a única rapariga ali, o que a assustava um pouco após ter tomado conhecimento da morte de Yoco
Passei a viagem toda a pensar na minha personagem: Alaine, uma rapariga de 13 anos, no México, com uma família de “homens”, um irmão mais velho , um pai, e dois primos, até que pode ser engraçado, pensou.
O calor do México deixava-me um pouco desconfortável, e seria assim até me habituar, por outro lado, poderia vestir-me de uma forma mais leve o que me deixava de facto contente.
Tinha-mos chegado a casa, ainda não a conhecia, e pela primeira vez, ser a única rapariga na missão pareceu-me algo bom, tinha um quarto só para mim. um quarto com paredes brancas, uma cama de solteiro (bem mais pequena do que a minha cama no campus), uma secretária, com um computador, enfim, aquele tipo de coisas que é normal uma rapariga de 13 anos ter no quarto. Comecei a arrumar as minhas coisas; como ela a única inquilina do meu quarto, não precisava de repartir o armário e podia arrumar tudo como eu quisesse, comecei por tirar a roupa, depois alguns livros e CD’s. Enquanto arrumava pensava no campus, tinha deixado alguns amigos dos quais provavelmente teria saudades, mas não existia uma força maior que me fizesse ressentir, como no caso do Rick, o que de certa forma era bom, para mim e para a missão. Acabei de arrumar.
Deitei-me em cima da cama, e olhei à volta, era como da primeira vez que tinha chegado ao campus, pelo menos a sensação era idêntica, um local desconhecido que iria ser a minha casa nos próximos tempos, não me custava a habituar mas ainda pensava, e talvez demasiado, no facto de ser a única rapariga na missão. Era uma missão perigosa, mas era para isso que os querubins eram treinados, e por mais perigosa que fosse, salvariam vidas, e era essa a função deles.
Ouvi barulho no corredor da casa, abriu um pouco a porta e viu os rapazes. Decidiu descer também.
- Olá – disse e esperei por uma resposta. – bem, parece que agora somos todos família – disse enquanto me ria e sentada no sofá na sala da casa.

A minha 1ª Missão anjos da morte só o nome assusta - pensei
-Não há de ser nada mas depois lembrei-me que tinha morrido um agente naquela missão , fiquei com um impressão no estômago, se desistir agora nunca mais me dão uma missão decente vou passar a vida em missões de baixo risco.
A viagem do campus ate ao México foi longa ainda consegui dormir um pouco,pois tinha passado a noite anterior em branco a pensar na missão.O meu nome na missão seria Moritz,eu gostava do nome pois era de origem alemã.
Cheguei a casa onde iria ficar alojado e disse Ola a todos os agentes que integravam a missão, já conhecia alguns que fizeram a recruta comigo,foi ao quarto que iria ficar para mim e comecei a desfazer as malas.
Quando entrei no quarto estava la Diogo e Ricardo, conversando

-Kesch vais ver que te vais divertir por estes lados, mas claro vais sempre andar com um de nós sendo que vais ser o meu priminho mais pequeno !! HAHAHHA. - disse Ricardo sorrindo
O Ricardo era um grande amigo, tinhamos estado na mesma recruta e os dois tinhamos tido grandes momentos, faziamos os exercícios juntos, eu ele e o Miguel Evans.
-E o meu irmão - disse o Diogo -Pessoal eu já acabei vou para baixo ok ?
-Ok - dissemos eu e o Kesch em simultanêo.
-O que se passa com ele - perguntou o Kesch
-Bem sabes já não é a primeira vez que ele está aqui, e também ele não conseguio ivitar a morte da Yuno que estáva com ele no dia em que ela morreu, foi por eles se terem separado que a Yuno morre
-Hey Ricardo vou ser o primo pequeno mas vou ser eu a mandar HAHAHA - respondi eu a Ricardo

-Hey Ricardo vou ser o primo pequeno mas vou ser eu a mandar HAHAHA - respondeu-me Kesch
-Sim ma friend, não querias mais nada - disse eu a rir-me - Bem descemos ?
-Claro.
Iamos a descer as escadas mas íamos a fazer muito barulho, foi então que Diana desceu também.
Enquanto íamos a descer as escadas, riamos de piadas que o Kesch contava, pois o Diogo já lá estáva em baixo.
Chegámos á sala de estar, Diogo estáva sentado no sofá em frente a Vougan (o nosso chefe de missão), e então sentamo-nos, e Diana disse:
-- Olá.
-Olá - dissemos todos em coro. - bem, parece que agora somos todos família.
-Pois parece que sim - respondeu Vougan frio e distante (como sempre)
-Claro que somos, tu agora és a minha maninha pequenina.
-HAHHAHA - riu-se Diana.
-Asério já sabes, qualquer coisa que percises é só dizeres.
-Ok.
-Bem passemos a assuntos mais importantes - disse Vougan.
-Sim vamos lá isso - disse Diogo, como já tinha dito Diogo andava estranho desde que chegamos aqui ao México.
-Bem é assim, enquanto vocês estam aqui eu não vou estar sempre para vos ajudar, vão ter que se desenrascar sozinhos, claro que nunca irão dar um passo importante sem me contactarem.
-Certo tal como da outra vez ? - perguntei eu.
-Certo, qualquer coisa que tenham dúvida de como eu trabalho perguntei ao Ricardo e ao Diogo que eles dizem.
-Então a Di e o Diogo já está inscrita na escola ? - perguntei
-Sim
-Ainda bem porque eles lá dentro vai ser uma boa fonte de informação, sendo que eu e o Kesch vamos a caminho de sair da escola !- disse com seriedade
-Sim claro mas o Kesch ainda vai ter que ir á escola, sendo que vai passar por um míudo de 17 anos ainda irá estar no 12º ano. Logo desta vez tu e o Kesch como são os mais velhos iram ter que andar na rua à ''caça'' de suspeitos. -Vougan falou, nós iremos ter que cumprir, tudo o que ele dizia era lei, claro que não tinhamos que seguir tudo à risca, ás vezes tinhamos que fazer algo sem ele saber.

Quando Diogo me perguntou se já estava inscrita na escola, o meu cérebro parou. Uma escola nova, colegas novos, e eu tinha mais de 13 anos, seria a “miúda estranha da turma que já tinha aprendido aquilo”. É verdade, os níveis de exigência da Cherub são muito elevados e qualquer criança de 11 anos teria uma conhecimento maior do que eles, não queria ser a miúda estranha, teria de me adaptar.
- e para que escola vou ? – perguntei.
- Para uma aqui perto, vais com o Diogo, ele mostra-te a escola. – disse Vougan.
- e mais uma coisa – disse eu rispidamente – não é por ser miúda que vão ser só o Kesch e o Ricardo a andar pelas ruas !
- Calma maninha – troçou Ricardo – concentra-te agora em integrares-te na escola pode ser que arranjes informações.
- Quem sabe se não tens um miúdo bombista na turma – riu Kesch.
- Parem com isso, este é um assunto sério – amuou Diana, isolando-se na ponta do sofá.
Seriam dias longos, dava-me bem como Kesch, Ricardo e Diogo, mas eles iam ser todos mais velhos do que eu, e não queria que de forma alguma isso interviesse na minha “parte” da missão. Mas acreditava que isso não ia acontecer.
Vougan estava abstraído das nossas discussões e folheava uma resma enorme de folhas, com um ar atento.
- O que é isso? – perguntei a medo.
- Umas fichas da missão, de crianças que já morreram em casos relacionados, a maioria delas tem a idade ou a do Diogo, com sorte conseguem-se infiltrar facilmente. – disse-me Vougan.
- O que leva as crianças a fazerem isso ?
- A grande maioria está fragilizada emocionalmente, ou são órfãs, ou maltratadas ou outra coisa qualquer, aproveitam-se delas, e pronto, convencem-nas de que isso é o melhor e que as levará à salvação eterna, que se morrerem daquela forma serão recompensadas. É por isso que é preciso uma estrutura mental muito forte nesta missão.
Era a primeira vez que eu ouvia Vougan sem ser com um tom grosseiro, mas afastei-me, ver aquelas imagens de crianças mortas, àquelas horas deixava-me estranha. Era a minha primeira missão e estava nervosa, o risco da missão não parecia tanto quando ainda estava no campus perto dos meus amigos. Mas iria correr tudo bem.
- Bem, hoje é quinta-feira, as nossas aulas só começam segunda, o que vai acontecer durantes estes dias? – perguntei aos rapazes.

- Bem, hoje é quinta-feira, as nossas aulas só começam segunda, o que vai acontecer durantes estes dias? – perguntei aos rapazes.
-Sabes eu supostamente vou andar com o Kesch sendo que ele é da minha idade, e tu com o Diogo - disse eu.

Os dias foram passando 5ª, 6ª, Sábado e Domingo, durante estes dias andamos a investigar Juan, nada tinha-mos adiantado mais do que já se sabia.
O que eu e Diana não esperávamos era que Kesch e Diogo apanha-sem um vírus que andava por ai que eu e Diana parecia que não tinha-mos apanhado, eles tiveram que ser transportados para o campus.

2ª feira.
Com Diogo e Kesch temporariamente fora da missão devido ao vírus eu e Diana agora tinha-mos cada um quarto só para si.
Eu tinha agora um carro, sendo que já podia conduzir.
Tinha-me acabado de vestir e bati à porta da Diana
-Pequena Princesa já estás pronta ? - perguntei e fiquei à espera de resposta - Eu levo-te à escola!
Assim que disse isto Diana respondeu.
-Sim já estou pronta.
-Ainda bem.
Descemos as escadas e Vougan estava a comer torradas com café e tinha uma pilha de papeis e fotografias na sua frente.
Eu e Diana nem nos demos ao trabalho de perguntar o que ele estava a fazer, sendo que de certeza ele tinha ficado acordado a noite inteira, e o seu humor matinal era macabro.
-Vamos para a escola - disse eu -
-Não me interessa - disse o Vougan.
-Possa que humor - disse Diana

Vougan e o seu humor matinal.
- Tenho de entregar o papel na escola em como o Diogo foi transferido. Acho que a desculpa é que a mãe dele adoeceu e que ele vai para junto dela.
- Hmm, parece-me legítimo - disse Ricardo.
Diana chegou à escola e dirigiu-se ao gabinete do Directo, bateu à porta:
- Posso entrar - perguntou.
- Sim, o teu pai avisou-me que vinhas cá. - disse um homem na casa dos 50 anos, com cabelos brancos grisalhos e um sorriso confortante.
- Ele pediu-me para entregar esta carta, é sobre o meu primo.
Diana entregou então a carta na qual dizia que a mãe do aluno em questão iria ser transferido para outra escola uma vez que a sua mãe se encontrava com uma doença em estado terminal e que a mesma necessitava da sua companhia.
O director leu e assentiu:
- Podes voltar para as aulas. Ah! E as melhoras para a tua tia.
- Obrigada - disse Diana enquanto saia do gabinete.
Estava nervosa, sem Diogo para a ajudar a integrar-se seria um dia longo e difícil.
Entrou na sala de aula, viu um monte de miúdos barulhentos, pareciam divididos por grupos - o típico. A professora também chegou. Apresentou-a à turma e indicou-lhe o seu lugar.
A primeira impressão que Diana tinha tido dos seus colegas não era a que prevalecia, eles na realidade até eram simpáticos para si.
- Olá, chamo-me Aleine - disse Diana para o rapaz sentado ao seu lado.
- Olá, sou o Eric - disse o rapaz moreno com um definido sotaque mexicano.
A primeira "tarefa" de Diana era fazer amigos, assim facilitaria o seu desempenho na missão.
Passaram algumas horas e algumas aulas.
Era hora de almoço, a casa de Diana ficava relativamente perto, mas ela preferia almoçar na escola para conhecer os colegas. Juntou-se a eles numa mesa. Existiam imensas conversas paralelas sobre música, moda, carros, quem namorava com quem, as melhores festas que já tinham sido dadas, até mesmo a saída repentina de Diogo...
O dia nem estava a correr mal, e Diana esperava que conseguisse progressos para a missão, só com ela e Ricardo em campo, seria mais difícil.

A mesma carta me tinha sido entregue a mim sobre o Kesch, e dirigime então depois da primeira aula ao gabinete do diretor.
-Olá Roger - disse em tom de gozo, como se o diretor fosse meu conhecido de à muito tempo.
-Rupert já te disse que não é para me tratares assim, é Mr. Sai - disse o diretor com cara amigável, porque já sabia que eu gostava de gozar.
-Agora falando de coisas séria Mr. Sai eu vim aqui entregar uma carta sobre a minha tia que está em fase terminal de uma doença, e o meu primo Diego e o Moritz tiveram que ir ter com a mãe. - disse com uma voz triste - Eles tiveram que ir diretamente para Moscovo porque era lá que a nossa tia estava.
-Certo do Diego eu já sabia, uma menina pequenina de 13, 14 anos veio aqui entregar-me uma carta do Diego, como é que ela se chamava ?
-Aleine Harris, senhor - interrompi eu - Rupert Harris, Aleine Harris, não lhe diz nada senhor ?
-Já agora que dizes, sim. - disse o diretor com a mão sobre o queixo com um olhar pensador - Vocês são irmãos certo ?
-Sim.
-Mas então onde estava ela o período passado ?
-O meu pai ainda estava a lutar pela custódia da minha irmã.
-Certo, Certo. - disse o diretor - muito internaste, agora volta para as aulas e porta-te com juízo.
-Sim, claro.
-E as melhoras para a tua tia.
-Obrigado.
Voltei para as aulas e a minha professora de Inglês estava a enervar-me até eu já sabia falar melhor que ela, claro até com 10 anos já falava melhor que ela.
Eu e e o meu companheiro de mesa, Jarvis King, estávamos a gozar com a mulher até que ela nos mandou para a rua.
-Ganda cena, puto já viste a mulher quer dar aulas e nem falar sabe - disse a rir às gargalhadas.
-Mesmo asério pah !
-Baza comer qualquer cena - perguntei eu - eu tenho guita, tu tens ?
-Sim tenho umas massas no bolso.
-Então baza tu pagas a gasosa do carro e eu pago o almoço no Mcdonnald's.
-Baza.
Foi então que fomos e comemos ainda tinha-mos aulas da parte da tarde estávamos a caminho da escola quando se houve um estrondo.
Eu pus o pé a fundo no acelarador e fomos para a escola.
''Prontos mais um ou uma que morreu'' pensei eu.
Assim que cheguei ao portão da escola via-se gente aos gritos, a bem dizer toda a gente estava aos gritos.
Foi então de Diana veio ter ao meu carro
-O que se passou Aleine ?
Diana quase não conseguia respirar, apanhou um susto muito grande, e em parte também estava em personagem.
-Uma rapariga... - disse ela com grandes pausas - explodiu na casa de banho, só se vê coisas em chamas em todo o lado, e com a explosão levou mais uma rapariga com ela.
-Já viste Jarvis uma pessoa ausenta-se para almoçar e é isto que acontece, alguém morre- disse - Al sabes quem morreu ?
-Ouvi uns rumores de ter sido uma rapariga do teu ano, uma tal chamada Kikio Nomi, e a outra que morreu era do 7º ano Sabrina Tomson.
-Wow a Kikio - disse o Jarvis espantado - porque raio se quereria ela matar?
-Mas foi ela que foi encontrada em pedaços ?
-Penso que sim, ainda não percebi bem a história.
-Vai tentar saber mais alguma coisa que eu também vou. - disse e foi então que Diana foi a correr falar com umas raparigas a chorar e a gritar - Jarvis se souberes de algo avisa.
-Ok
Jarvis saiu do carro e eu perguei a fundo no acelarador e dirigime a casa mas já com o telefone na mão.

Diana correu e viu algumas miúdas da sua turma a chorar, foi ter com elas.
- Eu não a conhecia, a Kikio, mas lamento imenso. - disse para as colegas.
O grupo era abastado, mas de entre imensas vozes, uma rapariga com um ar um pouco abalado fez sobressair a sua voz e disse:
- Eu sabia, eu sabia. Desde que ela entrou para aquele grupo, quer dizer, nem sei se era um grupo, ela passava os dias ao telemóvel, que algo não ia correr bem.
Tais palavras despertaram a atenção de Diana.
- Que grupo - perguntou com um ar inocente.
- Não sei, mas nós éramos as melhores amigas desde o infantário, mas há um mês que ela só falava ao telemóvel com alguém que conheceu não sei onde. Ignorava-me. Achava isso errado, mas nunca pensei que acabasse assim - disse a rapariga segundos antes de se desmanchar a chorar.
Diana abraçou-a:
- Tem calma, percebo que possa ser doloroso, mas tens de te recompor.
Outras miúdas vieram. Diana encontrou Eric no meio da confusão, o rapaz que se sentava ao seu lado.
- Quem eram elas? - perguntou-lhe.
- A Kikio era uma rapariga bastante simpática do nosso ano, a Sabrina acho que era prima dela ou assim, não sei ao certo mal as conhecia.
Diana despediu-se de Eric e afastou-se para ligar a Rick.
- Hi Rupert - disse quando ele atendeu - precisava de falar contigo, onde estás?
"Oi Al. Estou como Jarvis, o que se passa maninha?"
Não podia falar à frente de toda a gente, pelo que Diana pensou:
- Ah, bem era só para saber a que horas ias para casa, mas eu mando-te um sms.
Diana começou a escrever:
FALEI COM UMA RAPARIGA DA MINHA TURMA, FALOU-ME DA KIKIO. DISSE QUE ELA ANDAVA METIDA NALGUM GRUPO. FALAMOS EM CASA.
Aproximou-se dos seus colegas, ouviu Erica e Joane, a falar:
- Já não é o primeiro, mas o que passa pela cabeça desta gente? - disse Erica
- Nem desconfio, mas estas coisas começam a assustar-me - reflectiu Joane.
- Querem dizer que isto aconteceu mais do que uma vez? - perguntou Diana tentando parecer espantada.
- Sim Aleine, quer dizer e com demasiada frequência - respondeu Joane - ouve-se um estrondo, e uma criança ou adolescente aparecem aos pedaços. Uma vez foi num prédio, no último andar, eu ia a passar perto, vi os resto mortais, não dormi durante uma semana.
Enquanto falavam ouviu-se o director da escola por um megafone:
AS AULAS DA TARDE SERÃO SUSPENSAS, DEVIDO AO INCIDENTE. PEDIMOS DESCULPA E VAMOS TRABALHAR PARA QUE TAL NÃO VOLTE A ACONTECER.
- Olha, - disse Erica - não vamos ter aulas. Vamos mas é embora antes que comecem a retirar os bocados dos corpos dela - disse a rapariga com um ar enojado - até amanha Al.
Diana sorriu. Decidira ir para casa, precisava de falar com Ricardo e Vougan a cerca da missão.

Recebi um telefonema de Diana, era a dizer que as aulas da parte da tarde tinham sido suspensas, e claro a pedir-me para a ir buscar.
Foi então que eu sai de casa e fui buscar Diana ao portão da escola.
-Entra miúda - disse a sorrir - estamos com pressa, o pai quer falar conosco.
-Ok, vamos mano - disse Diana a entrar para dentro do carro - Xau meninas, se souberem de algo digam se faz favor. Então o que o Vougan disse Rick ? - perguntou Diana.
-Bem estive a falar com o Vougan e ele disse que nós deveríamos ter estado mais atentos, sendo que a Kikio já era do meu ano da outra vez que cá tive.
-Mas tu não tens a culpa - disse Diana.
-Tenho sim, não tomei atenção, ela podia ter-se salvo. - disse eu - Disseram-te algo sobre ela ?
-Sim
-Ela era prima da outra rapariga da Sabrina Tomson.
-Certo. Que ela andava muito estranha à algum tempo. Andava com telefonemas estranhos.
A conversa do carro tinha sido esta.
Entrámos em casa e foi então que o Vougan.

Quando entramos em casa Vougan está de volta da mesa com um montes de papeis a frente, olhou para nós:
- Venham cá, vejam isto.
Diana sentou-se do lado direito de Vougan e Ricardo do lado esquerdo.
- A Diana disse-me que esteve a falar com umas raparigas lá na escola e que elas falaram das miúdas que morreram hoje. - disse Ricardo.
- Sim, - continuou Diana - falei com uma rapariga que me disse que a tal Kikio há coisa de um mês para cá andava com uns telefonemas muito estranhos, que nunca queria sair com ninguém, ela suspeitava que a Kikio andava metida numa seita ou grupo qualquer.
- Estou a ver - disse Vougan pensativo.
- E duas raparigas, a Joane e a Erica - continuou Diana - ainda me disseram que não era a primeira vez, sinceramente pareceu-me que elas já estavam habituadas aquele tipo de situações, falaram de um incidente destes num prédio, mas não me deram pormenores.
Vougan ouviu e quando Diana acabou de falar, fez um clique no seu computador e mostrou:
- Isto são listas de pessoas que morreram, e depoimentos das pessoas que estavam.. A maioria delas mostravam alguns problemas emocionais, mas outras estavam num estado perfeitamente normal, é isso que nos preocupa: é mais fácil encontrar alguém com problemas emocionais e deprimido do que alegre e a ter uma vida normal.
- Estou a ver - disse Ricardo - estás a dizer que para nós, seria mais fácil identificar alguém se todos eles estivessem deprimidos ou com comportamentos estranhos. - Vougan assentiu e Ricardo continuou - então temos de estar muito mais atentos.
Vougan parecia demasiado concentrado nos seu computador para nos dar atenção, mas continuou:
- Talvez haja algum elo de ligação entre os casos. Temos de analisar isso, talvez seja uma "pista" que nos falta. Quanto a vocês, bom trabalho na escola. E tenham cuidado.

- Talvez haja algum elo de ligação entre os casos. Temos de analisar isso, talvez seja uma "pista" que nos falta. Quanto a vocês, bom trabalho na escola. E tenham cuidado. - disse Vougan.
Eu avistei uma folha com uma fotografia e disse:
-Vougan aquela fotografia é de quem ?
- É da Cornelia Styles uma rapariga que andava na vossa escola, e era do 12º ano.
-Certo, não sei se reparaste já é a 3ª rapariga que morre. E pelas fotografias tiradas pela câmera de vigilância quando vocês tiveram no hotel esta é a que teve com aquele tipo de 25 anos um tal de Juan Meros. Pelo que consigo perceber desta foto era a Cornelia Styles que estava com ele e uns dias depois ouve um caso de bomba num telhado. Pelo que percebi nunca mais se ouviu falar da Cornelia. Tenho quase a certeza que o Juan Meros é o intermediário das bombas antes das explosões. Desta vez foram duas, mas penso que uma tenha sido apenas por coincidência, a Kikio foi a que rebentou era a que tinha o cinto de explosivos e a prima dela foi de acréscimo.
-Mas o que é que isso vem para o acaso? - perguntou Vougan
-É que o Jarvis disse-me que ouviu uma rapariga a dizer que a Kikio tinha ido ter com um homem.
-Sim mas que o Juan era um intermediário já nós sabíamos. - acrescentou Diana.
-Pois - disse - Mas já reparam que a Cornelia era loira e a Kikio também ?

Ricardo apontou o facto de todas elas serem loiras.
- Bem, estás a dizer que o Juan tem um problema com loiras? - disse Diana, alterando o tom de voz para um jocoso, no final da frase - olha podia ser como naqueles filmes em que o homem gostava de uma mulher loira e ela deixou-o então ele jurou vingar-se e agora só mata mulheres loiras.
- Diana! - disse Vougan num tom severo - o Ricardo pode ter razão, se repararmos, eram todas loiras. E encontrei o processo da tal rapariga do prédio, que te falaram na escola, e ela também era loira. Talvez seja esse o elo de ligação.
Diana sentia-se envergonhada, não tinha coragem para pedir desculpa, mas sabia que tinha tecido um comentário infeliz.
- Talvez seja isso, o que já reduz imenso as nossas procuras - assentiu Ricardo.
- Esperem, tive uma ideia. - disse Diana - eu cheguei à poucos dias, seja quem for que informa o Juan não deve saber ainda da minha existência.
- Continua - disse Vougan.
- Bem, os pais da Aleine divorciaram-se, ela está a passar por um mau bocado, está frágil emocionalmente. Bate tudo certo. E se eu pintar o cabeço de loiro, era perfeito. Mais tarde ou mais cedo... Podia infiltrar-me.
- Diana, estás louca, era um grande risco, não te quero ver ir pelos ares - disse Ricardo.
- Calma maninho, não ia pelos ares, era apenas para os apanhar. O que achas Vougan? Posso ir ao cabeleireiro mais próximo e pintar o cabelo já hoje.
- Realmente era um boa ideia - disse Vougan - mas tens de ter muito cuidado.
- Claro - disse Diana apressada - Rick, levas-me ao cabeleireiro?
- Bem, levo, anda lá..
Uma hora depois, estavam de volta a casa, Diana já tinha pintado o cabelo.
- E olhem só, a Aleine é agora loira - riu-se - só espero que quando voltarmos para o campus isto passe, quero o meu lindo cabelo castanho de volta.
- Agora não te esqueças, se as coisas começarem a ficar demasiado perigosas, tu recuas! - disse Vougan - vocês foram avisados de que a missão era de alto risco, mas não vamos perder mais querubins. Além disso a vossa segurança é tão ou mais importante do que isto tudo.
- Eu sei, mas isto vai correr bem - assentiu Diana tentando parecer calma.
Diana estava na realidade muito nervosa, era bastante arriscado, e cada vez que pensava nas raparigas que já tinham morrido, passavam-lhe pela cabeça todos os seus amigos do campus.
Eram horas de jantar. Vougan chamou-os para a mesa. Podia nem sempre ser a pessoa mais amistosa do mundo, mas em termos de culinária, Vougan era um verdadeiro mestre.

Diana tinha pintado o cabelo de loiro o que não me agradava nada.
O Vougan tinha feito o jantar, ótimo ele sempre foi um cozinheiro de mão cheia.
-Sabem que eu fico espantado com o silêncio que se faz nesta casa nas horas que estamos os 3 juntos ? Vougan porque ficas sempre assim sempre que estás conosco ?

Vougan fitou Ricardo superficialmente.
- Estamos aqui para realizar uma missão, não propriamente para criar laços afectivos. - disse ele.
- Bem - retorquiu Diana - isso e um pouco impossível, se temos de agir como uma família os laços vão criar-se naturalmente.
Vougan ficou calado e Diana continuou:
- Por exemplo, eu sinceramente vejo o Ricardo como um irmão. Não estou a dizer que nos vejas como filhos, não estou mesmo, mas vão criar-se laços afáveis.
- Para uma garota de 13 anos pareces perceber muito de laços afectivos. - disse Vougan.
- Por alguma coisa me aceitaram na Cherub - disse Diana encolhendo os ombros - além disso passei grande parta da minha vida em lares de acolhimento e sei como e criar laços com pessoas que mal conhecemos só porque temos de viver com elas.
Vougan calou-se como era normal. Ricardo tinha razão, aquele homem, ali, era frio, não se aproximava, a única vez que Diana o tinha visto a demonstrar alguma compaixão fora quando decidira pintar o cabelo de loiro, ai sim, parecia preocupado.
- Sabes Vougan - disse Diana - normalmente só eu e o Ricardo é que falamos quando estamos cá em casa. Não sei, mas se falássemos os três, mesmo sobre trivialidades ou coisas banais, podia ser útil, és experiente, podias ajudar-nos, até a crescer e a melhorar a missão.
Vougan assentiu:
- É, talvez possamos dialogar mais, talvez tenhas razão pequena.
- Ainda bem - disse Ricardo.
Diana olhou para o seu "irmão" e aquela troca de olhares indicava muito: tinham feito um avanço quanto a Vougan, mas existia um mistério que o privava de se relacionar com as pessoas e eles, bem, eles queriam descobrir.
- Mas não contes com muito. - disse Vougan friamente e alevantando-se - Não quero falar nada mais do que a missão com vocês! Não me levem a mal, mas as amizades para mim são diferentes das vossas.

-Calma temos que ir devagar com ele, ele para se tornar amigo das pessoas é preciso muito.
-Mas porque ?
-Isso também me intriga minha cara Watson, por falar em Watson agora não me importava nada de dar umas beijocas na Emma Watson - disse imitando o som de beijos
-YUCK - fez o som de nojo Diana.
-Anda cá maninha agora vou-te dar uns beijinhos.
Começamos a correr pela casa e a brincar até que Vougan.
-PAREM COM ISSO - gritou ele.
-Ok - respondemos em uníssono.
-Que humor de cão - disse Diana.
-E depois da conversa do jantar ainda ficou melhor - disse eu.
-Vais ver que já lhe passa.
-Eu ainda só o vi a esboçar um sorriso com uma pessoa a Nami.

Diana encolheu os ombros:
- hm, já é tarde e preciso de dormir, amanhã vou começar o dia com o meu cabelo novo.
Ricardo sorriu, Vougan nem desviou o olhar.
- Boa noite - assentiu Diana.
Subiu para o quarto, reparou que o sei telemóvel estava a piscar, tinha um sms de Eric, o rapaz que se sentava ao lado dela:
"OLÁ, AMANHÃ NÃO TEMOS AULAS À TARDE E VAMOS QUASE TODOS À PISCINA. QUERES VIR? (:"
Diana pensou que seria uma boa oportunidade para se integrar pelo que aceitou a oferta. Trocou mais umas quantas mensagens com o novo amigo, e acabou por adormecer.
Era de manhã e o seu despertador tocou, levantou-se, tomou banho, vestiu-se, penteou-se e desceu para tomar o pequeno almoço. Ricardo já estava na cozinha:
- Bom dia, pequena.
- Bom dia - disse Diana - o Vougan ?
- Não sei, quando me levantei ele já tinha saído e tinha deixado o pequeno-almoço pronto.
- Hm, está bem. - disse Diana antes de começar a comer. - eu hoje não almoço em casa, e à tarde vou à piscina com a gente da minha turma.
A primeira aula da manhã era inglês. Diana entrou na sala e sentou-se ao lado de Eric:
- Olá, obrigada pelo convite ontem.
- Olá, de nada - respondeu o rapaz - vamos depois de almoço, parece-te bem?
- Sim claro ...
Mas a voz de Diana foi interrompida pelo bom dia da professora.
As aulas da manhã, de modo geral foram rápidas: inglês, matemática e biologia. A quando da hora de almoço, Diana e os seus colegas foram até um bar perto da escola, Diana era vegetariana o que deixou os seus colegas um pouco espantados. Começaram a comer, quando no noticiário Diana reconheceu a cara de Kikio, estava a dar uma reportagem sobre o que tinha acontecido no dia anterior, e todos começaram a falar do mesmo.
Foram para a piscina.

Mais um dia de aulas iria começar, era algo esgotante ainda por cima com isto tudo que tem acontecido, muita tenção nas salas de aula, entre todos os alunos, alguém naquela sala tinha que quebrar o silêncio, estávamos chocados com a perda da Kikio e da Sabrina mas tinha-mos que seguir em frente.
-Pessoal deixem essas caras de enterro - disse eu levantando-me e indo para a frente do quadro.
- Mr. Harris please sit down- disse a professora de inglês
- Cale-se que nem inglês sabe falar - disse.
-Pessoal a Kikio e a Sabrina eram ambas grandes raparigas, mas elas escolheram morrer, elas é que colaram o cinto de explosivos no bucho. Eu sei que temos o direito a estar tristes mas elas é que escolheram assim.
Foi então que tocou e toda a gete saiu da sala sem dizer uma palavra até o Jarvis.
A única pessoa que se aproximou de mim foi uma rapariga Loira baixa de expressões vazias chamava-se Rosalie Paris.
-Belo discurso - disse a loira.
-Oii, obrigado mas penso que seja verdade tudo aquilo que disse - disse começando a andar - Mas tens alguma ideia porque é que elas fizeram isto ?
-Bem posso ter como não ter.
-Vá lá diz-me tu tens ar de quem sabe alguma coisa.
-Já disse que posso saber como não.
-Ok então mas se souberes de alguma coisa diz ok? - disse eu
-Mas porque queres saber ?
-Porque gostava de saber.
Rosalie foi-se embora e eu fiquei sozinho.
Mandei uma mensagem a Diana
''Tive uma conversa estranha com uma rapariga loira, ela parece que sabe algo''

Diana estava a divertir-se na piscina quando uma rapariga ruiva a abordou:
- Olá, nunca te tinha visto por aqui - disse a ruiva.
- É cheguei à poucos dias - disse Diana - chamo-me Aleine.
- Sou a Nora, tens um cabelo loiro bastante bonito, a gente ainda se vê.
Diana achou estranho, mas deitou-se na toalha e foi então que viu a mensagem de Ricardo, pelo que lhe respondeu:
ESTRANHA? COMO ASSIM? UMA RAPARIGA, RUIVA, CHAMAVA-SE NORA, VEIO FALAR COMIGO E DISSE QUE EU TINHA UM CABELO LOIRO BONITO. ACHAS QUE PODE SER ALGUMA COISA?
Segundos depois Ricardo respondou:
TALVEZ, VAI NA VOLTA AINDA ESTÁ RELACIONADO COM O CASO. É MELHOR FALARMOS EM CASA.
Posto isto Diana apagou as mensagens, não fosse alguém vasculhar nas suas coisas e lê-las.
- Já conheceste a Nora - riu-se Eric.
- Sim, mas porquê? - perguntou Diana.
- Não sei, às vezes ela é estranha, tem uma obsessão por cabelos loiros, eu cá acho que ela é maluquinha de todo.
Diana riu-se, mas o que o novo amigo lhe dissera deixou-a a pensar: era óbvio que não ia ser o tal Juan a recrutar as pessoas, um homem com 25 anos a aproximar-se de crianças e adolescentes, era no mínimo estranho, era mais que óbvio que tinha de arranjar uma espécie de intermediário. Tentou ligar a Ricardo mas ele não atendeu.
- Mas onde é que ele anda quando preciso dele?! Nem o telemóvel atende - disse irritada para si mesma.
- Então, o que se passa? - pergunta Eric.
- É o meu irmão, não atende o telemóvel, ia pedir-lhe para me vir buscar.
- Eu também estava a pensar em ir embora. Se quiseres podemos ir juntos de autocarro.
- Sim pode ser - disse Diana com um encolher de ombros.
Os dois deslocaram-se para a paragem de autocarro mais próxima, durante o caminho e a viagem falaram sobre imensas coisas, desde música, livros, até às coisas mais loucas pelas quais já tinham passado. Diana não se queria aproximar demasiado, mas Eric era cativante, e quando a missão acabasse seria doloroso afastar-se, mas não iria pensar agora nessa situação.
Como viviam na mesma rua, Eric acompanhou Diana a casa.
- Obrigada, pela companhia - disse Diana.
- Ora, de nada Al - disse o rapaz - até amanhã.
Diana entrou em casa.
- Vougan, Ricardo - disse ela num tom de voz um pouco elevado.

-Sim - disse eu e o Vougan em uníssono. - Diz o que se passa ?
-Sabem uma coisa que eu tive a pensar ? -disse Diana
-Não o que ? - perguntei eu, o que será que esta cabeça tinha estado a pensar ? Ela deveria ter descoberto algo

Diana estava um pouco agitada, assim que Ricardo e Vougan se aproximaram disse:
- Eu estava na piscina, e uma rapariga ruiva, chamava-se Nora, veio falar comigo. No início não pensei em nada, mas depois ela começou a falar de eu ser nova por ali e que tinha um cabelo loiro muito bonito.
- Sim.. - disseram em coro os dois.
- Ainda não perceberam ? - perguntou Diana um pouco exaltada e assustada.
Diana olhou para eles, estavam com uma cara que expressava correctamente algo como: estamos à espera continua.
Diana agarrou nos ficheiros da missão:
- Aqui ! - apontou - falam de um Juan, mas ele tem 25 anos! 25 anos! - disse Diana num tom de voz bastante rápido - pensem: era óbvio que não ia ser o tal Juan a recrutar as pessoas, um homem com 25 anos a aproximar-se de crianças e adolescentes, era no mínimo estranho, era mais que óbvio que tinha de arranjar uma espécie de intermediário.
- Sim, também foi posta essa hipótese, logo no início, mas nunca houve indícios do aparecimento de alguém - disse Vougan.
- Pois bem, na minha opinião não é muito normal uma rapariga, do meio do nada, falar comigo por eu ser loira. - disse Diana.
- Tecnicamente - rui-se Ricardo - não és bem loira.
- Não interessa, eu estava com o Eric e ele disse-me que ela tinha uma obsessão por cabelos loiros! Pode não ser nada, mas também pode ser alguma coisa.
De facto era estranho, Nora, a rapariga que gostava de cabelos loiros...

-Ou então pode ser uma maluca que gosta de fazer perucas de cabelo loiro - disse eu rindo.
-Não estamos aqui a brincar - disse Vougan - Isto pode ser uma pista muito importante. Sendo que ela é da tua idade certo Diana ?
-Não, é da idade do Ricardo mais ou menos. - afirmou Diana.
-Então como queres fazer ? - Perguntei eu
-Bem Ricardo sendo que ela é da tua idade penso que tu tenhas que te aproximar da Nora, mas claro tens que ir pela Diana, porque ela é que conhece a tal de Nora. Ok ?
-Sim claro. Mas já agora como é que a Diana vai fazer para me apresentar. Vai ter que ser como se fosse ao acaso porque se ela tentar impigir um encontro vai ser estranho ! No minímo.

Tinham razão, não podia ser nada combinado.
- Vamos esperar uns dias, para eu a voltar a ver. Também é estranho relacionar-me com alguém que vi só por uns minutos.
Discutiram mais alguns pormenores relacionados com aquele aspecto e pouco depois Diana foi-se deitar.
Na manhã seguinte o despertador de Diana não tocou e quando ela acordou já estava atrasadíssima.
- Porque não me acordaste? - disse para Ricardo, quando descera para o pequeno-almoço.
- Calma, maninha, não sabia que tinhas aulas de manhã, além disso não estás assim tão atrasada.
De facto o atraso não era grande, mas Diana não gostava de se atrasar.
Saíram de casa e foram para a escola.
As aulas da manhã de Diana não eram muito cansativas, e naquele dia tinham passado bastante rápido.
Era hora de almoço e Diana estava com os seus colegas quando Nora de aproximou e se sentou com eles.
- Olá - disse a ruiva - podemos almoçar juntos?
Os elementos da mesa assentiram com a cabeça que sim.
Ela o momento ideal, Diana agarrou no telemóvel e mandou uma mensagem a Ricardo:
VEM RÁPIDO CÁ FORA, FAZ COMO SE ESTIVESSES À MINHA PROCURA, ESTA AQUI A NORA, E ASSIM EU APRESENTO-VOS.
Passado cerca de dez minutos Ricardo passou as portas de vidro que davam para o exterior e aproximou-se:
- Ah, aqui estás, andei à tua procura para saber se querias boleia para casa ...
- Oh, desculpa, não sabia que íamos juntos.
Diana olhou para Nora e para Ricardo:
- Oh, que parva. Deixem-me apresentar-vos, Nora este é o meu irmão Rupert, maninho, esta é a Nora. - disse Diana.

-Oh olá prazer em conhecer-te ! - disse eu a ficar vermelho
-Olá - disse a rapariga - Já tinha ouvido falar de ti pela escola.
-Certo, pois dizem que eu faço parte do grupo dos populares, mas eu acho que não.
-Mas enganas-te porque tu só andas com eles. - disse ela em tom de arrogância
-Certo mas eu não tenho as manias deles, não sou um menino rico e mimado. Bem e tu nunca te vi pela escola. Andas em que ano ?
-No mesmo que o teu, sendo que tenho a mesma idade que tu.
-Certo que disciplinas frequentas ? - perguntei eu para manter a conversa.
-Inglês, Matemática, entre outras.
-Bem eu também frequento essas duas, mas pelo que estou a ver nunca falamos.
-Nós frequentamos as mesmas disciplinas todas mesmo.
-Certo, então agora à tarde vamos ter ?
-Biologia.
-Então falta pouco para tocar!
-Sim falta.
-Queres ir comigo para a aula ?
-Sim por mim.
-Aleine já sabes qualquer coisa sms ou telefona, e sempre queres boleia ?

Era de facto um grande avanço, Ricardo podia assim aproximar-se de Nora.
- Hmm.. não, vou de autocarro com eles - disse Diana apontando para os colegas - não tenho aulas à tarde.
- Está bem, então até logo - disse Ricardo.
Ricardo e Nora afastaram-se e Diana fazia figas para que eles se dessem bem. Todos se afastaram e restavam apenas Diana e Erica no pátio da escola.
- Tenho um jogo novo, queres ir jogar comigo hoje à tarde? - perguntou Eric - quer dizer, não sei se gostas da ideia.
- Claro - disse Diana. - está um sol tão bonito vamos a pé?
Eric assentiu, foram a pé, demoravam cerca de 10 minutos.
- Estranha aquela cena, a Nora foi mesmo arrogante com o teu irmão - disse Eric - ele até é um tipo fixe.
- É, mas eles frequentam as mesmas aulas, vai na volta ainda se encontram e se aproximam, ele costuma ser bom com as pessoas. - disse Diana encolhendo os ombros.
Entre conversas, chegaram a casa de Eric, a mãe dele tinha preparado um lanche, e o cheio a bolo vinha da cozinha o que deixava um ar com um toque delicioso a laranja.

Após a resposta de Diana eu e Nora fomos andando.
-Hum... Gosto do teu cabelo ruivo - disse eu envergonhado.
-Obrigado. Sabes que vão começar a falar por me verem contigo ? - disse a rapariga ruiva.
-Sim sei e também sei que Emma se vem logo agarrar a mim. - disse eu a rir.
-Certo, isso vai ser desconfortável.
-Um bocado mas não interessa. Bem conta-me mais sobre ti. - disse eu.
-Bem como vez sou ruiva, frequento as mesmas aulas que tu. Sou a 2ª melhor aluna logo a seguir a ti.
-Não me gosto de gabar disso. Eu penso que seja um aluno mediano não excelente.
-Mas és e tens que te orgulhar disso, e também um dos rapazes mais giros da escola. Fazes parte de maior parte dos grupos da escola. És musculado. És delegado de turma e fazes parte do concelho diretivo da escola. O que queres mais ?
-Elah andas bem informada sobre mim.
-Faço parte do jornal da escola. E também sei que tu tens um caso com Emma Pillgrin.
-Isso são mentiras. Eu não ando com ninguém de momento. Olha ela vem ai queres vê-la a fazer uma cena de ciúmes. Só para nos rir-mos um bocado.
-Anda lá nisso. - disse a ruiva de faces apagadas a rir.
Corri até à rapariga bonita de cabelo castanho até ao meio das costas.
-Olá mi amor. - Disse eu à rapariga
-Mi amor ? Ai Ruppy não digas isso que me deixas toda corada.- disse ela já vermelha.
Ela era chefe de claque e estava vestido com o uniforme e eu com o casaco da equipa de futebol.
-Não fiques.
-O que estavas a fazer com aquela parva da Nora.
-Ela não é parva nenhuma, basta conheceres as pessoas para saberes mais sobre elas, não faças esses julgamentos das pessoas Emma.
-Mas tu és meu. - disse a rapariga
-Sabes bem que eu e tu não temos nada.
-Então porque é que vai acontecer isto - dito isto a rapariga beijou-me.
Eu afastei-a.
-Emma sabes bem que não temos nada. Já disse.
Dito isto Nora ouvia-se a rir à gargalhada no findo do pátio. O nosso objectivo tinha sido comprido.
Eu larguei Emma e dirigi-me a Nora.
-Viste só de ela me ter visto contigo beijou-me logo.
-Vi pois.
Deu o toque e entramos na aula.
A aula estava a passar bastante rápido e foi então que eu decidi mandar um bilhete a Nora.
''Queres ir sair hoje à noite, pago eu vamos ao Mcdonnald's queres?
Sim ou não (riscar o que não é a resposta)
Foi então que eu atirei o papel, passado uns minutos recebi o mesmo papel de volta.
''Sim eu quero ir sair contigo, gostei de ti''
Fixe estava tudo a correr às mil maravilhas, acho que até bem de mais mas não interessa tinha conseguido chegar aonde queria, era engraçado, porque estava tudo a correr como planeado.
Mandei uma mensagem a Diana a dizer.
''CONSEGUI UM ENCONTRO COM A NORA, HOJE À NOITE''
passado uns segundos de ter enviado a sms ela respondeu:
''GRANDES AVANÇOS HUMM MUITO BEM MANINHO.''

Diana estava ainda em casa de Eric quando recebeu a mensagem de Ricardo.
- Ui, não me digas que tens um namorado e não me contavas nada? - disse Eric.
- O quê?! Não! Era o meu irmão - riu-se Diana - a avisar-me que não vai jantar porque vai sair com a Nora.
- Eh lá, ele é rápido a fazer progressos..
- É. Parece que sim - riu-se Diana - ele sempre foi bom com as raparigas. É o que vale ter uma cara bonita, mas às vezes é meio parvo com elas..
- Então? - perguntou Eric.
- Estás a ver aquela miúda da claque, a Emma Pillgrin, acho que ela gosta mesmo dele e pronto..
- Deixa, a Emma muda de amores mais rápido do que uma miúda de roupa, é o que dizem pela escola.
Diana olhou para o relógio.
- Já tens de ir embora ? - perguntou Eric.
- Não sei, quer dizer, o meu pai acho que hoje não janta em casa, por isso vou quando te estiver a incomodar de mais - disse Diana com um risinho.
- Janta cá, a minha mãe vai fazer lasanha!
A mãe de Eric era de facto bastante simpática. Ricardo estava com Nora, que naquele momento era o único ponto pelo qual a missão poderia avançar, pelo que Diana se sentia "desnecessária" naquele dia, e aceitou jantar lá.
Um pouco depois do jantar, Leah, a mãe de Eric levou Diana a casa:
- Obrigada pela boleia e pelo jantar - disse a Diana já na porta de sua casa.
- De nada querida, aparece sempre que quiseres - disse a senhora.
Diana entrou em casa, só Vougan estava lá, Ricardo ainda não tinha chegado. Diana saudou Vougan ao entrar e foi para o seu quarto. Não tinha trabalhos de casa naquele dia.
Deitou-se na cama, ligou a sua aparelhagem, estava em reprodução um CD dos Rolling Stones. Diana começou a pensar, com toda a agitação da missão não tinha tido ainda tempo para pensar no campus, agora percebera que tinha saudades das pessoas: como estariam as coisas por lá? Como estariam os seus amigos? Por vezes comunicavam por e-mail, já sabia algumas novidades, contaram-lhe que Alison e Pipo estavam bastante próximos, mas nunca era a mesma coisa como estar lá.
Havia ainda Eric, era um excelente rapaz, Diana gostava de lhe poder contar tudo, quem era, de onde vinha, odiava ter de lhe mentir, mas era o que realmente era necessário.
Algumas horas passaram e Diana acabou por adormecer...

Tinha chegado ao final das aulas, e mais uns bilhetes tinham sido trocados, tinha ficado combinado eu ir buscar Nora às 20h.
Queria mesmo que isto corresse como deve ser, porque ela poderia ser uma peça muito importante na missão ela poderia ser a rapariga que dava as instruções ao Juan para ''contratar as pessoas''.
Tomei banho e vesti-me assim:

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Peguei na chave do carro na carteira e no telemóvel. Mandei uma sms a Nora a dizer que ia sair de casa agora.
Passei numa florista e comprei um ramo de rosas negras, era as rosas que a Nami mais gostava, por isso é que eu as comprei.
O ramo era bonito.
Cheguei à porta da casa de Nora era a uns quantos quarteirões abaixo daquele onde nós moramos.
Estacionei o carro em frente à porta dela e bati à porta.
Uma senhora bem vestida, e muito educada foi quem me recebeu.
-Olá, deves ser o Rupert Harris.
-Sim senhora, sou eu.
-Bem entra a Nora ainda se está a arranjar. - disse a senhora conduzindo-me à sala de estar.
-Senta-te querido.
-Obrigado.
-Queres alguma coisa enquanto esperas ?
-Não muito obrigado.
Passado uns 15 minutos, uma rapariga antes de cabelo ruivo e liso agora de cabelo ruivo e muito encaracolado, com um vestido negro e com maquilhagem em tons de azul, Nora estava linda, mesmo muito linda.
-UAU - exclamei eu.
-Obrigado penso eu - disse a rapariga já a corar.
-Obrigado não tu estás linda - disse eu a sorrir.
-Menino. - disse a mãe de Nora já com as mãos nas ancas.
-Penso desculpa mas eu não gosto de mentir, e eu acho realmente que a sua filha está linda.
-Não ligues à minha mãe Rupert.
-Bem vamos?
-Sim vamos.
-Ah é verdade estas são para ti - e entreguei o ramo de rosas negras à rapariga.
-Muito obrigado - disse ela dando-me um beijo no rosto.

Diana tinha adormecido cedo naquela noite, mas estava demasiado calor e pouco tempo depois acordou.
Foi até à cozinha buscar um copo de água, passou pelo quarto do Ricardo e reparou que a porta estava ainda aberta pelo que ele não estava lá. O quarto estava como sempre, demasiado desarrumado, roupa, jogos de vídeo e CD's por todo o lado.
Diana foi à cozinha, foi ao armário, tirou um copo, abriu o frigorífico e serviu-se; levava já o seu copo de água quando pensou em mandar uma mensagem a Ricardo para saber como as coisas estavam a correr, mas achou melhor não, talvez eles estivessem a ter alguma conversa que fosse crucial para a investigação.
Diana limitou-se a subir as escadas e a deitar-se na cama novamente.
Tinha grandes dificuldades em dormir com o calor, fechou os olhos mas cinco minutos depois voltou a abri-los, estava bastante difícil adormecer.
Naquela noite, dormir seria um grande desafio. Não parava de pensar em Ricardo e em como o encontro com Nora estaria a correr.

Sai com Nora da sua casa aqueles cabelos ruivos estavam a matar-me.
-Bem estás muito bonita - disse eu a corar.
-Obrigado -respondeu a ruiva - Já agora onde vamos Rupert ?
-Vamos a um restaurante...
-Até ai já eu percebi.
-Pois então não te vou levar ao melhor restaurante das redondezas.
-Ah ok - disse a ruiva com um sorriso largo.
Chegamos ao restaurante e eu estacionei o carro. Dirigimos-nos para a porta do restaurante e estava um garçon.
-Reserva em nome de Rupert Harris.
-Certo sigam-me por favor - disse o garçon.
Seguimos o garçon até à mesa que nos era destinada e sentamos-nos, pedimos a comida e quando ela veio começamos a falar.
-O jantar está bom certo ? - perguntei eu - E espero que a companhia também.
-Está tudo ótimo.
-Ainda bem... Uma coisa sabes alguma cena sobre as vítimas da escola ?
Nora meteu uma cara de constrangimento.
-Desculpa se toquei em alguma ferida feita recentemente.
-Não é que as raparigas que morreram eram umas das pessoas que mais odiava neste mundo... Elas sempre gozaram comigo por ter cabelo ruivo e o cabelo loiro delas. Olha agora azar puff foi pelo ar... - disse a rapariga irritada.
Belos progressos que eu estava a fazer.
-Desculpa.... Mas queres contar-me mais dessa paranoia com cabelos loiros ?
-Não é paranoia - disse ela.
-Simplesmente o cabelo loiro é a coisa mais vulgar que existe à face da terra. E quando uma pessoa tem um cabelo assim mais para o especial gozam... Que raiva.
-Calma Nora.
-Calma nada.

Era já de manhã, Diana acordara e Ricardo já estava a tomar o pequeno-almoço.
Vougan tinha feito panquecas.
- Bom dia pequena - disse Ricardo.
- Bom dia - disse Diana enquanto enchia o seu copo com sumo de laranja.
- Estávamos mesmo agora a perguntar onde estarias.
- Ai sim, porquê?
- Então, para falarmos de ontem à noite, como correu com o Ricardo e com a Nora - disse Vougan.
- É verdade, como correu Ricardo? - perguntou Diana - descobriste alguma coisa ?
Foi então que Ricardo começou a falar...

Levei Nora a casa a horas decentes e nada mais aconteceu no encontro.
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Depois do encontro:
- Bom dia pequena - disse eu.
- Bom dia - disse Diana enquanto enchia o seu copo com sumo de laranja.
- Estávamos mesmo agora a perguntar onde estarias.
- Ai sim, porquê?
- Então, para falarmos de ontem à noite, como correu com o Ricardo e com a Nora - disse Vougan.
- É verdade, como correu Ricardo? - perguntou Diana - descobriste alguma coisa ?
-Mais que bem ?
-Então porque - disse Diana e Vougan em uníssono.
-Calma pessoal. Primeiro que tudo a Nora fez-me uma relação bastante boa queria que as raparigas morressem, porque eram louras e troçavam dela, e por tanto ela queria-lhes todo o mal do mundo. E segundo consegui por uma escuta no telemóvel dela quando ela foi à casa de banho, e também meti uma no forro da mala.
-Grandes progressos - Disse Vougan...
-E tu mana o que já conseguiste sem ser o meu encontro muito importante para a nossa missão ?

Progessos na missão, pensou Diana.
- Bem, eu conheci uma rapariga Amelia Pound, que também é loira, conhecia lá na escola, começamos a falar do que fazíamos depois das aulas e ela falou-me que às vezes se reunia com um grupo de pessoas que resolviam problemas.
- Sim - disse Ricardo - já pensaste que pode ser um psicologo?
- Pensei, e foi o que lhe perguntei, e ela disse que não. Disse que era um grupo de pessoas, e que a maioria delas eram loiras, e que tinham uma espécie de mentor, e que esse era a única pessoa que não era loira.
- Pode ser uma pista - disse Vougan.
- Foi o que eu pense - disse Diana - perguntei-lhe se podia ir lá com ela, e ela disse que ia perguntar ao "mentor" e que hoje me dizia, se tudo correr bem, amanha vou lá.

-Grandes avanços, eu penso que a Nora tem ligações com o Juan, penso que ela seja quem recruta as raparigas.
-Pois isso já tu nos tinhas dito. - disseram os dois em simultâneo.
-Sim agora Vougan está na hora de tu fazeres uma coisa. O meu telemóvel vai ficar aqui para ligares ao teu computador para ouvires as escutas do telemóvel e da mala.
-Certo, mas escusas de me dizer o que fazer !
-Calma era só para ter a certeza ! - disse eu.
Agora falava para Diana.
-Sabes o que tens a fazer infiltraste nesse grupo da tua amiga nova. Como se fosse preciso dizer.
Estavam os dois a olhar para mim como quem diz ''Temos o mesmo treino que tu''
-Calma, se os vossos olhos disparassem eu já estava todo furado ! Diana queres boleia para a escola ?

- Sim quero - disse Diana a Ricardo.
De carro, a escola não ficava a mais de dez minutos da casa dos querubins.
Diana clicou no play no rádio do carro e começou a cantar juntamente com o mesmo:
And you can't always get what you want,
Honey, you can't always get what you want.
You can't always get what you want
Ricardo ria-se, ambos sabiam que a voz de Diana não era a melhor para cantar, mas Diana fazia-o constantemente quando iam para a escola.
- Para com isso - riu-se Ricardo - olha os vidro.
Mas quanto mais Ricardo a mandava para mais ela continuava a cantar:
I went down to the demonstration
To get our fair share of abuse,
Singing, "We gonna vent our frustration."
If we don't we're gonna blow a fifty amp fuse.
Ambos se riam.
Quando chegaram à escola Diana saiu do carro:
- Não esperes por mim, eu vou para casa com o Eric, e também ainda tenho de falar com a Amelia.
- Combinado, pequena, até logo. - Respondeu Ricardo.

Depois da resposta de Diana eu fui à procura de lugar para estacionar o carro.
Estacionei no mesmo sitio de sempre, era um privilégio de ser popular, tinha sempre o mesmo lugar reservado. E já tinha lá o meu grupo, Jarvis, Emma, Paul Jagger, Louis Horan, e com mais uma pessoa mas um bocado mais distante de todos os outros, Nora.
Sai do carro.
-Nora porque é que não vens aqui para ao pé de nós - disse eu com um sorriso.
Logo de seguida Emma chegou ao pé de mim e disse:
-Porque é que a chamaste ?
-Porque ela é boa pessoa, e tu estás a ser má pessoa ao seres arrogante com ela. Tens que ver mais o interior das pessoas Emma, ela também é uma pessoa como nós não é um ET ou coisa assim do gênero. - disse.
-Calma bebé não é preciso ficares assim ! - disse ela com um beicinho agarrando-se a mim - chama lá a ruiva.
-Estás a ver porque é que ela não se dá conosco ? É porque estão sempre a gozar com o cabelo dela ! O cabelo dela á bonito sim, é ruivo é um gene muito raro, e que por acaso eu gosto muito.
Nora chegou ao pé de nós e eu fiz as apresentações.
Nora ficou ao meu lado e um silêncio constrangedor foi estabelecido.
-Podem falar a Nora não morde.
-Nós sabemos, só que não sabemos nada sobre ela.
Depois de umas longas trocas de palavras ficaram todos a gostar da Nora menos Emma, porque sabia que Nora se dava bem comigo...
-Vamos para as aulas amor ? - disse Emma
-Emma qual é a parte do nós não andamos que tu não entendes, por tanto para de me chamar amor se faz favor.... Somos apenas amigos.
Depois de um dia longo de aulas nada se tinha passado. Fui para casa e quando cheguei a casa Vougan estava a ouvir as escutas.

Diana chegou juntos dos seus amigos e viu Amelia:
- hey Amy - disse Diana - como estás?
- bem - respondeu a rapariga - hoje à noite ligo-te a dizer se amanhã podes ir comigo.
- Claro. Obrigada - disse Diana com entusiasmo, entusiasmo esse que não precisava de fingir porque realmente queria conseguir aquilo para avançar com a missão.
Foram para as aulas, Diana era ao lado de Eric. Os dois começaram a desenhar bonequinhos quando ouviram os gritos de Miss Carfiell "Parem já com isso, ou querem ficar cá a limpar?!".
Os dois riram-se. Era a única aula que tinham de manhã pelo que decidiram ir almoçar fora.
As aulas da tarde foram rápidas, tinham Educação Física, e como fora treinada na Cherub a condição física de Diana permitia-a fazer a aula sem qualquer esforço.
Quando Eric a deixou em casa Diana viu Vougan e Ricardo a conversarem a cerca das escutas.
- Então - perguntou Diana - descobriram alguma coisa importante?
- SHIIIIIIIU - disseram os dois ao mesmo tempo.
- O que foi? - perguntou Diana.

''Estou Juan'' - disse Nora - '' Tenho uma potencial vítima desta vez não é loira, tem o cabelo castanho escuro, mas ela não gosta muito de mim... Por tanto é um potencial alvo, mas não sei como a atrair, para este lado''
Foi então quando se ouviu a resposta de Juan
''Tenta a todo o custo... e raparigas loiras ?''
''Também arranjei uma, chama-se Alaine Harris''
Dito isto ficou um silêncio constrangedor em casa...
''Arranja-me o número dela o mais rápido possível'' - disse o Juan agressivo.

Cerca de dez minutos depois Vougan grita:
- Diana, Ricardo, venham já aqui !
Os dois querubins aproximaram-se. O telemóvel de Nora tinha recebido uma nova chamada.
"Nora, querida, boas notícias!"
"o que foi? ainda há 10 minutos falámos e estavas irritado"
"lembras-te da Aleine, a loirinha que me falaste?"
"sim, o que tem?"
"a Amelia, acabou de chegar aqui ao encontro e falou-me de uma amiga dela. Adivinha quem era?"
"a Aleine?"
"Exactamente! Parece que foi mais fácil do que o que parece. Amanhã a Amy vem com ela cá!"
"isso são óptimas notícias! Além disso vou ver se consigo levar a outra rapariga através da Aleine. Elas têm um elo de ligação"
A chamada foi desligada.
- Calma, mas a tal morena era a Emma?! Óbvio que era, minha amiga, e eu irmão da Aleina! - disse Ricardo.
- Parece que sim - respondeu Vougan.
- Então eu amanhã vou conhecer o Juan - disse Diana - vamos ver como corre...

-Pelos vistos - disse eu.
-Então vamos por uma ordem de trabalhos. - disse Vougan.
-Já que vamos os pontos nos I's vamos ter que estabelecer regras... É assim Diana não vais fazer nada de perigoso. Por favor.
-Eu sei aquilo que tenho que fazer.
-Eu vou andar de olho em Nora, eu vou ter cuidado com aquilo que ela diz, para ver se acontece alguma coisa - disse eu preocupado.
Um silêncio foi estabelecido e foi quando Diana...

Diana estava demasiado pensativa.
- Esperem. Amanhã... Vai ser amanhã..
- Amanhã o que? - perguntou Ricardo.
- Ouviram o mesmo que eu - disse Diana - a Nora vai ter de arranjar uma maneira de fazer com a Emma vá ao mesmo local que eu. Eu vou com a Amy, mas ela vai ter de arranjar uma forma da Emma ir lá.
- Sim mas como? - perguntou Ricardo.
- A única forma que me ocorre é ela dizer-lhe algo como eu ter uma mensagem tua para ela. Não sei. Mas amanhã eu vou entrar no esquema.
- Temos de ter cuidado com escutas, tens de as levar na pele, debaixo da roupa para que não se notem, são como pensos rápidos se alguém perguntar diz que te cortaste ou algo assim - disse Vougan.
- Ah, e já agora - disse Ricardo - tenta não morrer.
Diana ia a falar quando o seu telemóvel tocou..
- É a Amy - disse Diana.
- Atende! Atende que nós estamos a gravar a conversa - disse Vougan.
"Olá Amy"
"olá Aleine, olha eu estive hoje na reunião do grupo e amanhã podes ir comigo, o que achas?"
"A sério? Fantástico"
"sim, tens a certeza que não há nenhum problema com teu pai por chegares mais tarde a casa?"
"Não, claro que não. Mas Amy, nunca me chegaste a dizer que tipo de coisas falam lá..."
"Amanhã vês, costumamos resolver uma problemas da comunidade"
"bem, então até amanhã"
Amy despediu-se e desligou.
- "Problemas da comunidade" - disse Ricardo - sim, matar umas quantas pessoas é mesmo tratar de problemas da comunidade.
- O que interessa é que amanhã eu vou lá - disse Diana. - Mas Vougan, até que ponto posso infiltrar-me? Quer dizer, óbvio que tem de ser o suficiente para arranjarmos provas contra eles, certo?

-Mas tem muito cuidado - disse Vougan
-Sim, e por favor não leves a Emma, por favor, ela é uma excelente rapariga. Não a leves. Tenta impedir a tua amiga. - Disse eu super preocupado.
Emma podia ser como fosse mas não merecia a morte, ninguém merece a morte nem mesmo a Emma.
-Ricardo tens que ter noção que ela é mais um peão neste jogo - disse Vougan.
-Não sejas irracional, nós temos que proteger as vitimas, e tu sabes muito bem disso.

- Eu prometo-te que vou tentar impedir a Emma seja do que for. - disse Diana.
Agora se não se importam, eu vou dormir, amanhã vou tem um dia longo.
- Amanhã o Ricardo vai-te buscar para almoçares em casa, temos de te preparar para depois - disse Vougan.
- Claro - assentiu Diana já enquanto subia as escadas.
Deitou-se, não conseguia adormecer, diferentes cenários passavam pela sua cabeça. Podia conseguir algo muito importante para a missão, mas por outro lado tanto a vida dela como a de Emma estariam em perigo, e não queria que houvessem mais mortes.
A cabeça de Diana era um poço de inúmeras ideias que não a deixavam dormir. Mas, finalmente, após umas quantas horas de voltas na cama conseguiu adormecer.

A noite passado e não tinha pregado olho por causa de estar preocupado com Diana. Ela era muito importante para mim, e também estava a pensar no que se iria passar com Emma, eu tinha reparado que Nora não tinha gostado dela mas querer mata-la era muito.
A manha chegou e nem tinha pregado olho.
Desci e Diana estava já lá em baixo com o Vougan.
-Bom dia - disse eu com uma voz ensonada. - Não preguei olho.
-Bom dia - disse Vougan.
-Então imagina eu que vou para lá.
De repente todos nos calamos e ouvimos o computador a falar.
''Estou Juan'' - disse a Ruiva.
''Sim'' disse ele.
''Tens tudo preparado para hoje ?''
''Sim deves pensar que eu não sei o que tenho que fazer''
''Desculpe sim'' - disse Nora a rir-se
''Ok.''
''Hoje mais uma vai pelos ares'' - disse a Ruiva.
Um silêncio foi estabelecido na sala...

Diana ficou assustada, respirou fundo e disse:
- Ok, é mesmo hoje.
- Tem cuidado, pequena, tem mesmo - pediu Ricardo.
- Eu vou fazer o que for preciso - retorquiu Diana. - vamos tomar o pequeno almoço para irmos para a escola sim?
- Vougan, não podemos deixar que ela se mate! - disse Ricardo.
Mas Vougan olhou apenas para os querubins e assentiu com a cabeça.
Já na escola, Diana tentou não parecer nervosa e mostrar entusiasmo perto de Amy, o que não era muito difícil, Diana queria mesmo com que a Missão desse certo, queria voltar ao campus e estar com todos os seus amigos.
A meio da aula de inglês recebeu um bilhete de Eric. Nas aulas de inglês Erica estava longe de Diana porque tinham sido separados pela professora por não se calarem, num dia em que ela estava de mau humor, pelo menos foi a única explicação que os dois arranjaram:
QUERES ALMOÇAR COMIGO, HOJE? .
Diana tinha pena de Eric, se hoje corresse tudo bem teria de regressar ao campus, e nunca mais o voltaria a ver. Se corresse tudo mal, não o voltaria a ver na mesma porque o seu corpo iria estar em mil pedaços perdido algures onde uma bomba tivesse rebentado. Agarrou numa caneta cor-de-laranja e respondeu:
NÃO POSSO, HOJE ALMOÇO EM CASA. FICA PARA OUTRO DIA .
"outro dia" pensou Diana, provavelmente nem haveria outro dia. Diana era demasiado sensível, por mais que parecesse dura e fria era frágil e aquela situação não a deixava nada confortável, antes pelo contrário, deixava-a triste, bastante até.
À hora de almoço foi para casa com Ricardo, quando ela entrou para o carro o rapaz perguntou-lhe:
- O que tens? Estás estranha...
- O Eric convidou-me para almoçar, eu disse que não podia e que teria de ficar para outro dia. Mas imagina, depois de hoje, é quase certo que nem o volto a ver. Tenho pena, ele é um óptimo rapaz. - disse Diana um pouco triste.
- Eu percebo, pequena, mas todos nós já sabíamos como ia ser. Nunca devemos criar laços desnecessários à missão, porque vão ter de ser quebrados.
- Mesmo os que somos obrigados a criar custam - disse Diana.
- Por isso é que eu disse, desnecessário - respondeu Ricardo - por exemplo, eu, por mais que a Nora seja uma criminosa e esteja a planear estes esquemas, gostei imenso dela. Se não fosse nesta situação provavelmente saia com ela mais um par de vezes.
- Tens razão, fomos treinados para apanhar criminosos, grupos, gangues, todo o tipo de "maus da fita", isto devia ser mais fácil.
- Não somos treinados para quebrar laços. - respondeu-lhe o irmão
- É, deixa isso. Hoje vai haver show, e temos de nos concentrar nisso.
- Pois, e quanto a isso Diana, tem cuidado.
- Sabes, maninho, há algo que me intriga...
- O quê? - perguntou Ricardo enquanto conduzia.
- Na conversa hoje de manhã, a Nora disse que mais uma ia pelos ares, mas eu e a Emma somos duas... Com sorte a Emma não via lá estar..
- Se calhar estás a ser demasiado literal, não sei, não sei o que passa pela cabeça de gente como aquela.
Diana encolheu os ombros, contudo permanecia pensativa.
Entretanto os dois querubins tinham chegado a casa, Vougan tinha preparado o almoço, mas Diana não conseguia comer.
- Sempre gostaste da minha comida e hoje não comes? - perguntou Vougan com um tom de voz neutro.
- Estou demasiado ansiosa para comer, desculpem. - respondeu Diana.
Ricardo por outro lado, estava sempre esfomeado, pelo que comer, para ele, era sempre algo usual e o qual ele não negava.
Quando acabaram de comer Vougan disse:
- Bem, vamos tratar das escutas e do equipamento para hoje a tarde.
- Sim vamos - disse Diana com um tom firme. - É verdade Ricardo, hoje na escola ouviste algo estranho relacionado com a Nora ou a Emma? Tanto quanto sabemos a Nora também quer mandar a Emma pelos ares.

-Sim supostamente quer ! - disse eu a interrogar-me - Mas ela deve estar a contar mandar contigo e com a outra ao mesmo tempo... Mas o mais estranho é que ela só disse uma ! Mas como será que ela pertende mandar pelos ares a Emma?
-Se queres que eu te diga eu não sei ! Até podemos não ser nós ! - Disse Diana.
-Sim, podes ter razão até pode ser outras pessoas que frequentem o grupo - Disse o Vougan -Mas tu vais à mesma para ver o que acontece.
-Certo.
-Mas vais ter muito cuidado - disse eu - por favor eu não quero que morras...
Diana colocou as escutas em todo o corpo e como eram equipamentos de espionagem do mais avançado possível se passassem com um detetor de metais não iriam ser detetados.

Ricardo levou Diana de volta à escola.
- Promete-me que tens cuidado - disse Ricardo dando um abraço à imã. - eu vou estar com o Vougan ao mínimo indício que ires pelos ares não fiques lá à espera, não quero perder a minha irmã hoje, ouviste miúda?
- ok, tem calma, vai correr bem - disse Diana saindo do carro - até logo à noite maninho - disse piscando o olho.
Diana estava no meio da sala com Eric.
- O que tens? - perguntou o rapaz - pareces estranha..
- Nada, é só que... - Diana precisava de se despedir de Eric sem lhe dizer o que ia acontecer e sem lhe dar certeza de que não voltaria pelo que disse - a minha mãe ligou ao meu pai e dizer que me queria de volta, e tenho medo de ter de ir de um momento para o outro.
Eric fez uma cara triste, pegou na mão da amiga e disse:
- Ei, Al, tem calma vai tudo correr bem. Vais ver que ficas aqui.
Diana sorriu, esperava mesmo que corresse tudo bem, mas uma coisa era certa, ela não ia ficar ali.
Diana passou as aulas da tarde a olhar para o relógio, quando a última aula terminou o seu coração disparou como um autêntico foguetão que se dirigia ao espaço. Saiu da sala e viu o telemóvel. Tinha um sms de Ricardo:
BOA SORTE, PEQUENA, E TEM CUIDADO.
Diana agradeceu-lhe antes de apagar todas as mensagens que a poderiam incriminar no caso de lhe revistarem o telemóvel.
Eram seis da tarde quando se encontrou com Amelia no portão da escola.
- Olá Ali - disse a rapariga sorridente.
- Olá Amy - disse Diana. - vamos?
Amelia assentiu, guiou Diana pela estrada principal, depois viraram por imensas ruas e ruelas pequenas, cujo cheiro não era o mais agradável.
Amy recebeu um telefonema que não durou mais de 30 segundos ao qual ela só respondeu com monossílabos.
- Passa-se alguma coisa? - perguntou Diana quando a rapariga desligou o telefone.
- Não, era só o meu mentor a avisar-me que hoje a reunião é noutro local, mas é perto daqui. Anda. - respondeu Amy.
Diana não fazia ideia do que se passara, mas quando se aproximaram de uma espécie de armazém, o seu coração de menina disparou. Passaram-lhe pela cabeça todo o tipo de situações, das mais fáceis às mais complexas incluindo finais felizes e os seus restos mortais por todos os cantos.
Cerrou os punhos. Respirou fundo e pensou: é agora.

Eu tinha voltado para casa ao final das minhas aulas quando cheguei a casa vi Vougan sentado no sofá em frente com o computador em cima da mesa e com montes e montes de folhas.
-Então ouviste mais alguma coisa de interssante ?
-Sem ser as tuas aulas não... Mas o Juan telefonou à Nora.
-Deixou mensagem ?
-Não.
-Agora então tempos que esperar que a Diana chegue ao sitío. - disse eu - Ela colocou escutas no telefone da outra rapariga ?
-Ela bem tentou mas não teve oportunidade.
-Certo.