Recruta nº6

A recruta começara! Eram 6 horas da manhã, e Pipo, Ariana e Diogo ainda estavam a acordar quando Large marchara pelo dormitório.

-Já acordaram, seus vermes? Como eu gosto muito de vocês, vão começar esta recruta em grande, com os crocodilos! O vosso primeiro desafio será subirem o Nilo da nascente á foz em caiaque! Lá fora está um helicóptero á vossa espera!

Eu era o mais forte dos três por isso por vezes tinha de dar uma ajuda. Enquanto andávamos eu às vezes empurrava com o meu caiaque o caiaque dos outros. Passado um bocado decidimos abandonar dois dos caiaques e usarmos apenas um onde eu e o Pipo guiavamos e a Ariana observava o rio para dar sugestões acerca do caminho.

Já escurecia e os dois rapazes e a senhora decidiram atracar. Montaram a tenda e acamparam. Foi uma noite desconfortável para mim por isso acordei logo pelas 5 da matina. Acordei-os e prosseguimos caminho. Quando começamos a andar o motor fez um ruido estranho e parou. o Pipo, conhecedor da mecânica foi lá ver e disse que tinha avariado.

Estava tão cansado que a noite passou rapidamente. No dia seguinte, quando nos preparávamos para seguir viagem, depará-mo-nos com um problema no motor do caiaque. Como os outros recrutas não sabiam o que fazer, pois não percebiam muito de mecânica, tirei umas luvas da minha mochila e fui ver o que realmente se tinha passado. Ao inspeccionar o motor reparei que o embate que tinha-mos tido no caminho deve ter interferido no sistema e na estrutura do motor do caiaque. Felizmente, 10 minutos bastaram para resolver o problema. Alguns ajustes aqui e acolá permitiram voltar a por o caiaque a trabalhar. Era hora de partir.

De repente vimos que o caminho se desviava para um local com muito mais pedras. Os instrutores provavelmente acharam que eles estavam a ter demasiada sorte. Logo que entramos no mini rápido decidimos atracar. Obviamente não podíamos ir a nado pelo rio por isso tivemos de esvaziar a mochila e livra-nos de algumas coisas como uma lanterna um gorro (em pleno deserto) e algumas pedras que encontrámos num compartimento escondido na mochila. Decidimos ir ao Nilo dar um mergulho sempre de olho nos crocodilos, no entanto lembrámo-nos de que era um rápido e desistimos.

tivemos de transportar o caiaque através da margem até ao fim do rapido. Foi muito duro: eu e o Pipo tá imploravamos para parar porque os nossos músculos já não aguentavam. Os da ariana, nem falar, passámos nós a levar o barco, depois passou o Pipo a não aguentar e levei eu o caiaque. Por fim caí no chão e tive cinco minutos ali sem me mecher. Depois já não me lembro de nada só da Ariana a acordar-me com um beijinho na cara e a agarrar-me elogiando a minha força e coragem. Fiquei contente mas os meus braços não se mexiam. Ela massajou e o Pipo foi muito porreiro pois ofereceu-me metade da sua comida, que já era pouca.

Como a recruta era cansativa e extremamente exigente!
Estávamos todos exaustos, mas, felizmente, a tarefa estava quase concluída. Depois de termos carregado o barco pela margem do rio, descansámos um pouco. Comemos toda a comida que tínhamos e depois de algum tempo a repousar, retomámos a nossa rota. Agora que já tínhamos chegado ao fim do rápido, a viagem seria mais fácil e calma, até ao ponto de chegada...

Depois de os recrutas terem completado o desafio no Nilo, tiveram um mês de treino no Campus CHERUB

Obs: amanhã terão um novo desafio.

Eu sentia-me feliz. Parecia que tudo rodava à volta de nós os três pois os instrutores passavam o tempo todo a fazer-nos a vida negra no entanto iamos aguentando. O pior episodio que me aconteceu foi quando eu e o Pipo estávamos a lutar e como eu estava meio ensonado pedi que ele n me batesse muito, e que assim ele n me batia.
Os instrutores perceberam e mandaram-me encher até eles dizerem para parar. Quando apitassem tinha de saltar virar-me e fazer trezentos abdominais. Para quem n sabe, um adulto em forma custuma fazer 100 abdominais quando vai ao ginasio. Diogo, safou-se com as séries de trezentas flexões mas quando chegava aos abdominais era mais dificil. Os seus abdominais já não suportavam e por fim Diogo gritou de dor e parou. Large olhou mas vendo que Diogo não estava em bom estado disse para ele parar, em prancha, continuando as flexões por mais duas horas em séries de trinta.

Centro de Recruta da CHERUB, 23 de Novembro, 23:41.

- Façam pouco barulho – disse Large, ao entrar com os dois t-shirt cinzenta para o dormitório dos recrutas.
Mick e Dave tinham sido escolhidos para ajudar na fase final da recruta. Algo surpresos com a proposta, mas com a perspectiva de perder alguns trabalhos de casa, os querubins tinham aceitado. Para mais, Mick já há algum tempo que tinha concluído a sua, e não havia missões disponíveis.
Os recrutas dormiam pesadamente, após 94 dias esgotantes, divididos entre uma perigosa descida pelo Nilo e um mês a serem constantemente levados ao limite com mangueiradas de água fria, treino físico árduo e corridas descalços na lama fria e pegajosa, Mick sabia bem como se sentiam. Quando encontravam a cama, os querubins caiam num sono pesado, com o corpo a libertar-se da tensão que acumulavam durante o dia. No entanto, o tempo psicológico fazia com que esses raros momentos passassem bem mais rápido do que os dias, por vezes contando com a ajuda dos instrutores que os acordavam com mangueiradas frias, que lhes ensopavam os lençóis e os deixavam a tremer, quase despidos e ao frio.
Large pegou numa pequena caixinha castanha, e abriu-a, revelando sedativos fortes, e sussurrando-lhes.
- Espetem-lhe isto no veia lateral do pescoço, devagarinho, e injetem até ¼ da substância. Isto é capaz de adormecer um cavalo.
Dave dirigiu-se a Pipo, enquanto Mick se dirigia a Diogo. Dave teve uma missão mais fácil com Pipo, mas Mick reparou que Diogo estava de cabeça para baixo na almofada, pelo que tinha de o deixar para último, sedando Ariana primeiro. Dirigiu-se até á cama dela, e fitou-a, com carinho. Era estranho estar a ver uma miúda que por vezes tratava por “maninha” assim, com o cabelo desgrenhado e feridas ao longo de todo o corpo, e com um ar de exaustão. Espetou-lhe a agulha com cuidado na veia, e injetou o ¼ de substância para o seu sangue, dando-lhe em seguida um beijo leve na testa, dizendo:
- Boa-sorte, “maninha”.
De seguida, pôs a agulha com o restante sedativo na caixa, e apontou para Diogo, dizendo:
- Este aqui vai ter de adormecer sem ser com agulhas. Está com a cabeça para baixo, e quando acordar, vai-se mexer, e ainda erramos a veia.
Large fez um sorriso maléfico, antes de dizer:
- Á vontade… Eu e o Dave vamos levando estes dois para a carrinha. Boa-Sorte.
Mas Mick não precisava. Ligou as luzes, dirigiu-se a Diogo, e tocou-lhe no ombro. Quando este acordou, Mick espetou-lhe a palma da mão com força no nariz, antes de lhe dar uma joelhada no estômago que o atirou ao chão. Diogo tinha força, mas não era nem mais alto, nem mais forte que Mick, para não falar em treino de combate. Diogo levantou-se e tentou acertar um pontapé nos tornozelos de Mick, tentando rasteira-lo. Mick saltou, evitando a rasteira e acertou com um pontapé no estômago de Diogo, afastando-o. Depois, saltou e acertou um pontapé no nariz do recruta, que caiu no chão. Aproximou-se dele, e com um golpe no lado do pescoço, fê-lo desmaiar. Mick levantou-o a todo o custo, e levou-o ao colo até á carrinha. Mick tinha feito apenas o necessário para fazer Diogo desmaiar, sem o lesionar ou eventualmente deixar fora de competição, tanto que Diogo seria o primeiro a acordar no contentor, em plena zona inabitada do Turquemenistão, a ler o bilhete que os instrutores lhes deixavam, e única recordação que teria da noite anterior seria uma dôr no nariz. Quando viu Dave e Large á espera, abanou a cabeça e disse:
- Quem me dera não ter feito isto…
- Não o lesionaste, nem nada ? – perguntou Dave, olhando para o nariz a sangrar de Diogo.
- Não, nada… - sorriu Mick – Mas mesmo assim custa ter de bater em alguém que já passou por tanto nesta recruta.
Dave riu-se, enquanto Mick dizia:
- A culpa é dele… Quem o manda dormir com a cabeça para baixo na almofada ?
Large entregou uns pequenos papéis aos querubins, gritando:
- Chega de conversas ! Leiam as instruções que eles têem, e quando chegarmos á base militar turquemenistã, dirigiam-se imediatamente ao segundo posto e preparem-no. Temos de fazer esta fase final dura de roer.
Mick desembrulhou o envelope, e leu a instrução.
“Bem-vindos ao Turquemenistão, recrutas !
Estão na fase final da mesma, e portanto, no vosso último teste. Estarão neste momento num contentor, e avistarão um grande descampado á vossa volta. O vosso primeiro teste começa com o GPS avariado que têem em mãos. Restaurem o sensor como aprenderam nas aulas, e insiram as coordenadas que vos levarão até ao próximo ponto. É claro que terão de lidar com animais selvagens, e armadilhas, mas não se preocupem… Quem sabe, cheguem vivos ?

Boa-Sorte !”

Mais uma vez foi o Pipo que nos arranjou os GPS's. Ele percebia muito de mecânia e quase que se podia dizer que o melhor amigo dele era o Terry Campbell, o chefe da parte técnica da CHERUB. Demorou cerca de 30 minutos a arranjá-lo e depois partimos. Estávamos num país, melhor povo, quente e seco portanto tinhamos muito calor no entanto não era assim tão mau. O Pipo teve de me levar um pouco às cavalitas porque ainda estava atordoado da pancada que ele me dera. Estava um pouco chateado. Ele podia ter-me acordado e dito para eu fingir que estava desmaiado. Depois eu e a Ariana reparámos que o Pipo ia desmaiar e levámo-lo: eu agarrava as mãos e ela os pés. Ela começou a ficar exausta por isso agarrei o Pipo pela cintura, para que se torna-se mais leve para a Ariana mas depois fiquei cansadíssimo e pedi que o Pipo continua-se a andar. Passado cerca de três horas a andar a Ariana caiu, desmaiada. Eu e o Pipo decidimos o seguinte: visto que eu era mais forte eu levava-a e depois ficava com metade da comida do Pipo. Finalmente chegámos, e eu não estava tão mal como o planeado por isso recusei a comida. No entanto ele obrigou-me a ficar com ela, foi muito porreiro.

Conseguimos matar a cobra, e por isso até que foi boa a comida. Finalmente chegámos ao segundo posto de controlo. Estávamos cansados, aleijados, com bolhas nos pés e cheios de feridas. De repente chegou o instrutor, disse que a recruta já tinha acabado e que se tinham enganado porque já passaram 11 dias: mais 4 dias de sofrimento do que o suposto

Enquanto os recrutas dormiam no 2º posto de controlo, refastelados do banquete de cobra, um minusculo altifalante foi ativado no contentor pelos instrutores. O som que emitia fora gravado ao vivo, para não restarem dúvidas do que era. Uma bomba.

Estava a dormir um sono profundo quando fui interrompido pelos dois recrutas que já se encontravam levantados. Estavam um pouco agitados e pareciam estar bastante preocupados. Quando pararam de falar, ouvi um barulho que ao princípio me pareceu bastante esquisito. Mas dava para perceber que eles já tinham percebido o que era e não tardaram a contar-me que se tratava de uma bomba. Vesti-me rapidamente, enquanto pensávamos no que tínhamos de fazer. Podíamos fugir, mas não era esse o intuito do desafio, de certeza.
- Eles não iriam pôr uma bomba verdadeira aqui, pois estariam a por-nos em perigo de vida. O que temos de fazer é encontrar o aparelho de onde vem este barulho! - Disse enquanto acabava de calçar as botas.

Após grandes buscas não encontrámos nada no entanto pensámos: porque raio nos havemos de estar a preocupar, se a bomba n é real, é apenas desconfortavel o barulho.
Deitámo-nos outra vez. Enquanto dormi pensei em como fixe iria ser quando voltasse ao campus para ir ter com a Dabila, quem sabe ela já tivesse acabado tudo com o Dave... isso seria ótimo... estava bastante pensativo e por fim adormeci.

Ariana depois de descobrir o que causava aquele barulho chamou Pipo com o objectivo de este desativar o aparelho. Era um chip bastante pequeno. Mas não demorou muito a perceber o que aquilo era. Qualquer pessoa que tivesse passado uma hora nas oficinas da CHERUB teria percebido que se tratava de algo inofensivo. Era um altifalante de reduzidas dimensões. Tinha de ser extremamente potente para conseguir emitir um som daqueles. Tinha uma amplitude e frequência muito grande, era um aparelho muito sofisticado.
Pipo pediu a Ariana para lhe passar uma chave de fendas. Tinha de abrir uma cápsula pequena para poder desligar o cabo de que estava à procura. Demorou cerca de quinze minutos a desativar o barulho. Podiam ter partido o aparelho, mas sabiam que esse não era o objectivo.

Os recrutas tinham deixado a parte da frente da tenda escancarada, para não ficar abafado lá dentro. Tinham a certeza de que os animais selvagens não se aproximariam, pois tinham deixado uma fogueira a arder na noite anterior. Quando Ariana e Diogo acordaram e ficaram preparados, Mick avisou o colega.
- Meu, eles já acordaram... Olha vê.
Emprestou os binóculos a Dave, que olhou e disse:
- Aquele Diogo... Está-se a deitar outra vez.
- Está ?! - riu-se Mick, abanando a cabeça e puxando os binóculos das mãos de Dave, e olhando pelos mesmo - E é que está mesmo... O que é que aquele gajo tem na cabeça ?
Dave encolheu os ombros, rindo-se. Continuaram a observar pelos binóculos, alternadamente, até que Ariana encontrou o dispositivo.
- Muito bem, miúda - sorriu Mick, passando os binóculos a Dave - Encontrou o dispositivo. Agora devem ir desmantelá-lo.
Os dois querubins foram observando a cena, enquanto Pipo, deitado no saco do cama, desmantelava o dispositivo, e Diogo continuava a dormir. Quando os mesmos acabaram, Mick pegou no walkie-talkie que se encontrava na mochila e disse:
- Aqui Batata nº2, escuto ?
- Aqui Douradinho, a trasmissão está boa, escuto ? - foi a resposta de Large, com a voz ligeiramene alterada pelo dispositivo.
- Sim, está. O Batata nº1 está aqui comigo - disse Mick, olhando para Dave - Verificámos com sucesso a desmantelação do equipamento, escuto ?
- E então ? Como correu, escuto ?
- Nota positiva para Ariana Gladys, que encontrou o dispositivo. Nota positiva também para o Pipo, que o desmantelou. No entanto, nota negativa para Diogo, que ignorou o teste e voltou a dormir.
- Ok, entendido. Dirigam-se ao posto três, e preparem-no. Aqueles desgraçados vão adorar a surpresa quando lá chegarem...

Depois de desmantelar a pequena cápsula, cortei o cabo. Ao examinar o aparelho, reparei numa nota que alguém tinha deixado lá dentro. Chamei os outros recrutas e perguntei-lhes o que seriam aqueles numeros. Depois de algum tempo a refletir, chegámos à conclusão que eram as coordenadas para o próximo ponto de encontro. Isto significava que se o tivéssemos partido não poderíamos continuar! O que fazia com que falhássemos o desafio.

3 kilometros para o fim da recruta. Os 3 olharam uns para os outros e abanaram a cabeça, estavam a pensar a mesma coisa. Os 3 começaram a sprintar, um sprint de 3 kilometros é uma morte, mas mesmo assim não iriam desistir. Correram, correram, correram quando finalmente viram Large.
Chegaram ele olhou para eles e lançou uma risada maléfica:
-Chegaram + cedo, a achar que poderiam comer agora, tão lixados, deitem-se em prancha à frente dos buracos, estes estão com água a cerca de 5 centímetros abaixo do chão. Debaixo dos vossos corpos, estão picos minusculos que vos picam a pele, doi bastante! Para chegarem À água, ou se fletem bem, ou picam-se, ou não bebem água! Ah, e não podem parar de encher por mais de dez segundos se não saem donde estão e vão fazer trezentos abdominais, depois voltam.

Eu adotei um truque: puxei o choro, para que este escorrece para a boca e me pudesse refrescar. Disse aos meus colegas isso mas o instrutor Large viu e mandou-me fazer abdominais. Ia morrendo!

Era impensável o que estava a acontecer aos três recrutas. Quando chegaram ao ponto de encontro pensavam que tinham acabado a parte das difícil da recruta. Porém, isso não aconteceu. De longe avistaram Large que os mandou colocarem-se em prancha e fazer com que se cansassem ainda mais para terem de beber água. Água! Era tudo o que os recrutas queriam naquele momento.
Quando Ariana e Pipo viram Diogo ser levado para fazer abdominais, flectiram-se tentando chegar à água. Estavam-se a forçar ao máximo para alcançar o buraco com água, até que finalmente conseguiram. Entretanto Diogo regressou depois de uma série dolorosa de 300 abdominais e, já com as suas veias a sobressaírem-se, conseguiu satisfazer a sede.

Large mandou-os levantar, rapidamente. Os cherubins estavam exaustos e só pensavam no que viria a seguir.

Large mandou-nos levantar. Iríamos receber o último desafio.
Large começou a falar:
-Este desafio consiste numa luta: vocês os três iram lutar nesta cápsula. Vale fazer tudo, menos acertar nos órgãos genitais e matar. Se estiverem K.O. pressionem este botão, e serão retirados da cápsula. Se desmaiarem, o combate suspende-se, e sai a pessoa desmaiada. O combate continua. O primeiro a sair, irá fazer 1000 flexões, em séries de 100, ouviram bem, 100 seus vermes. O segundo 500 em séries de 100 e o último, não terá de fazer qualquer exercício. Relembro que podem desistir. Se a vossa pansa gigante tocar no chão, acrescenta-se mais 200 flexões.
Estávamos perplexos com o que iria acontecer. Como teriamos coragem de aleijar os nossos colegas?????!!!!

Era só o que mais faltava! Ter de lutar contra quem passou 99 dias connosco. Com quem partilhamos a cama, aventuras, castigos, tudo! Mas era inevitável. Para passarem na recruta tinham de lutar entre si.
Colocaram-se dentro da cápsula e assim que Large deu o sinal de início, os três querubins adoptaram uma posição de combate. Era engraçado, porque a posição dos três era a mesma. Tinham treinado durante a recruta inteira e agora aquele momento iria provar o que realmente éramos capaz de fazer.
Depois de um momento inicial de expectativas e apreensão, Pipo voou literalmente para cima de Diogo tentado socá-lo na barriga. No entanto, este conseguiu-se desviar, virou-se e tentou acertar com um pontapé no torso de Pipo. Apesar de lhe ter acertado, o pontapé não surtiu um grande efeito. Ariana aproveitou o facto de Diogo estar de costas para lhe acertar com um ataque nas costas. Mas Diogo apercebeu-se da movimentação de Ariana e esquivou-se literalmente do ataque de Ariana que acertou em cheio em Pipo. Este estava desprevenido e não o conseguiu evitar, caindo redondamente no chão. Estava fora.

Pressionei o botão do Pipo, para que saisse. Large tocou outra vez. Naturalmente um rapaz tem mais força que uma rapariga mas ariana lutava bem. Acertou-me um soco na cara, fiquei irritado mas jamais iria bater numa rapariga. Falei com ela:
-Sabes que se lutarmos acabas aleijada e com a boca partida. Queres mesmo tentar a tua sorte? Já só tens de fazer 500 flexões.
Ela pensou e reconheceu que era pior, visto que Large estava a ver, Diogo acertou um chuto um pouco acima do rabo (bem bom de ariana), deitou-se sobre ela, e ficou a olhá-la, estava paralisado. Por fim voltou a si e levantou o braço ameassando um murro. Por fim percebeu que era estúpido meter uma miúda a fazer flexões e disse-lhe:
-Acerta-me um murro na bochecha por favor.
Ela obedeceu e Diogo saiu.
Acabara de se oferecer para fazer 500 flexões. Ariana ficou um pouco ao seu lado a encorajá-lo, mas viu Pipo a chorar e foi ter com ele. Fazer 1000 flexões era impossível.