Quarto da Jô Soares

-Isso parece-me óbvio - retorqui.
-Não, não 'tou a ver...
-A sério? Se não fosses tu, eu também teria ficado de castigo. Se calhar, se fossemos "apanhados" os dois o teu castigo teria sido mais brando.

-Sabes que isso não é razão para tanto, o que tu fizeste por mim foi muito mais importante do que o que eu fiz por ti-disse Isaac.
-Não quero saber, se eu tive que te pedir um favor tu também tens que me pedir um. -disse Jô
-Está bem mas é o único que eu te vou pedir na vida, não interessa o que tu faças por mim. -disse Isaac.
-Então desenbucha -disse Jô
-Então eu quero...deixa-me pensar, olha agora não me lembro de nada que te possa pedir por isso achas que te posso pedir noutro dia ?-perguntou Isaac.

-Sim, claro - sorri. - E para que conste, eu não me esqueço das coisas facilmente.
-Ok, ok...
-Pronto, penso que estamos conversados. Ah, e obrigada pela comida.
-De nada.

-De nada, vá tenho que ir para o castigo xau.-disse Isaac.
-Adeus, e vê se lês o livro todo.-disse Jô
Nesse instante Isaac começou a pensar no que ia pedir à Jô, de momento Isaac não precisava de nada, por isso pensou em alguma coisa que alguém precisase.

-De nada, vá tenho que ir para o castigo xau.-disse Isaac.
-Adeus, e vê se lês o livro todo - disse-lhe enquanto ele saía do quarto.
Mmmm, que vou fazer agora? Olhei para a janela.
Arrastei uma cadeira até à janela. Abri-a. Peguei no walkman e liguei-o. Pus os auscultadores nos ouvidos e sentei-me na cadeira. Pousei os cotovelos no parapeito e apoiei a minha cara nas mãos. Olhei para o céu enquanto ouvia um CD com várias músicas tocadas por Yiruma (a música clássica, nomeadamente a tocada no piano, fazia-me relaxar). Lembro-me de começar com "Kiss the rain", mas depois apaguei-me completamente enquanto olhava para as nuvens. A abstração era algo que fazia bem, sem dúvida.

Como não tinha nada para fazer a não ser vaguear, resolvi ir ao quarto da Jo.
Bati à porta.
Tal como eu esperava, ela abriu.
-Então, que estás a fazer?

Bem, nunca tinha visto ninguém a falar tão rápido e com tanta confiança sobre um problema da Matemática... Jo estava a fazer sentir-me burra. Algo que eu não sou. Apenas não gosto de números.
Passado um tempo, comecei finalmente a perceber.Depois do "choque inicial", a lógica nem era muito difícil de acompanhar. Ela tinha mesmo jeito para aquilo.

Já tinha as malas prontas.
Estava super entusiasmada com a ideia de umas férias perto da praia. Olhei para o relógio. Bem, estava na hora de partir.
Peguei na minha bagagem e saí do quarto.


Terminaram. As férias tinham acabado. Entrei no quarto e deitei-me na cama. Estava estafada da viagem.

Tinha acabado a maratona de testes, e vinha super contente para o quarto, pois tinha tirado uma nota excelente a física.
Quando entro, deparo-me com aquela bagunça toda. Como me tinha desleixado nas limpezas. Antigamente só limpava o quarto porque a minha mãe me obrigava. Agora não tinhamos ninguém para nos obrigar e era isto que acontecia.
Talvez porque vinha super contente, deu-me uma vontade para limpar aquilo tudo.
Abri o armário e apeteceu-me tirar a roupa toda dali. Já havia bastantes peças que não me serviam, pois por incrivel que pareça cresci estando quase no 1.80m e fiquei com os ombros mais largos e um rabo maiorzito. Fiz logo uma triagem e atirei para o canto aquilo que não me servia, que ia para os putos.
Tirei um caixote que estava na parte de cima do armário, juntamente com os lençóis. Pus em cima da cama e abri. Tinha uma série de fotos minhas com a minha mãe e uma com os meus dois pais, de quando eu era bebé.
-Uau, já nem me lembrava disto - sussurrei.
Vi também uma caixinha onde estava guardada o meu primeiro dente de leite que caiu. Acho que a minha mãe queria fazer um colar ou um brinco com ele. E depois vi o jornal. Aquele que eu pegara quando era mais nova.
Tirei-o e sentei-me na cama. Nunca mais o lera. Mas agora tinha vontade para o fazer. Se eu me sentia preparada? Talvez não.
"José Soares, um homem de 27anos, foi encontrado morto no passado dia 20. «Era uma excelente pessoa. Deixou agora a mulher e uma filha ainda bebé», diz uma vizinha, que acrescenta: «Acho estranho ele estar no cais àquela hora, não era desse género de homens. Costumava ficar em casa.»
A primeira hipótese colocada seria suicídio (por razões confidenciais), mas apresentava sinais de luta e a arma utilizada não estava no local do crime.
Como José Soares não apresentava nada em sua posse, e segundo investigações posteriores, conclui-se que foi vítima de um assalto à mão armada."
Depois apresentava um texto em que falava que nunca se devia resistir neste tipo de situações e blá blá blá.
Mas o "por razões confidenciais" não me saía da cabeça. Porque razão ele se iria matar? Tentei pensar nas vezes em que falar do meu pai com alguém, e roguei pragas a mim própria por nunca o ter feito. Afinal eu não o conhecia e naquela altura estava demasiado ocupada para pensar sequer nisso.
-Já que não tenho nada melhor que fazer, penso que vou tentar descobrir quais são estas razões - disse, enquanto guardava o caixote.
Saí do quarto, em direção à biblioteca.

Estava farto de estar no me quarto e entao fui ter com a jo. Cheguei e bati a porta a espera que ela me abrisse.

Tinha acabado de vir do almoço e, como estava a pasmaceira total, deitei-me na cama para dormir uma soneca. Quando estava prestes a adormecer, ouvi alguém a bater a porta.
Fui abrir.
-Olá - disse James,´
-Ah, olá. Entra - convidei. - Tinhamos combinado alguma coisa? - perguntei, pois não sabia o que ele estava a fazer aqui.
-Não, só estava farto de estar no quarto - respondeu.
-Ah ah, e não tens medo que agora a Bea apareça para se vingar? Ou ela já se vingou? - dei-me conta que desde a festa da Bea, que nunca mais falaramos como deve ser.

-Nao se vingou nao - sorri eu - mas tambem que nem tente ou vai ter uma supresa desagradavel - ri-me eu.
-Es mau James Adams - disse ela a rir.
-Sim muito Jo .

Não tinha nada pra fazer por isso fui ao quarto da jo, ja que nao connhecia mais ninguem no campus bati a porta mas quem abriu foi o rapaz que tinha visto na cantina momentos antes:
-Hm.. o-ola desculpa acho que me enganei no quarto estava a procura da jo n-nao a viste?- disse corada.

Olhei para a horas e reparei que tinha estava quase na hora que a minha orientadora me dissera para ir entregar um papel qualquer por eu ter ficado a super visionar os putos numa atividade.
-James, eu já venho. Ficas aqui?
Atirou-se para a cama e pegou no comando da tv.
-Yap.
Saí e fui até ao gabinete dela. Demorou apenas uns dois-cinco minutos. Quando cheguei a Shane estava no meu quarto.
-Ah, olá Shane - cumprimentei.
-Olá, Jo. Já estava a ver que me tinha enganado no quarto - sorriu.
-As apresentações já tão feitas, ou querem que vos apresente? - perguntei, sorrindo.

-As apresentações já tão feitas, ou querem que vos apresente? - perguntou, sorrindo.
-Ahm eu acho que fui contra ele no ginásio não me lembro..
-Ah eras tu?- riu-se.
-Não era a minha irmã gémea que so aparece às vezes-disse com ironia.
Ele olhou para mim com um ar triste.
-Estou a brincar contigo ^^-ri-me.

-Estou a brincar contigo - riu-se.
Também sorri, mas comecei a sentir-me pouco confortável ao aperceber-me do que se estava a passar.
-Bem, James, esta é a Shane, uma nova querubim. Shane, este é o James - apresentei-os, sorrindo, para eles não se aperceberem de nada.
-Como é a recruta? - perguntou-me Shane, quando nos sentamos nuns puffs.
-Muito má - respondi. - Mas é ótima para socializar. Crias uns laços de amizade muito fortes com os teus colegas, pois passas imenso com eles. O que não gostei mesmo foi o facto de os instrutores não nos respeitarem e chamarem-nos nomes. Não aguento com isso.
Ela olhou para James.
-Ainda estou a espera da minha - respondeu.
-Ah, Shane, conta-nos como vieste cá parar - pedi. - Se te sentires preparada, claro.

-Ah, Shane, conta-nos como vieste cá parar - pediu. - Se te sentires preparada, claro.
-Eu tinha 10 anos quando o meu pai morreu.Nunca conheci a minha mãe por isso fui logo para um orfanato, onde vendia droga para ganhar dinheiro pk voces sabem as belas mesadas dos orfanatos. Mudei de orfanato 3 vezes devido ao meu bom comportamento obviamente. Sempre andei envolvida em roubos e fumei mas ja me deixei disso. Fui recrutada através de uma agente que já se reformou.
Mostraram os dois caras tristes. Eu para tentar anima los disse:
-Eu estou-me a sentir uma completa anã com voces ao pe de mim, comem adubo? Também quero

Ela contou a sua história. Era impressionante as coisas que nós ouvíamos de todos os que aqui estavam. Tinham passado por muito.
Depois de contar o seu passado, tentou suavizar o ambiente:
-Eu estou-me a sentir uma completa anã com voces ao pe de mim, comem adubo? Também quero - pediu.
Ri-me, pois não estava a contar com aquela mudança de assunto.
-Querem fazer alguma coisa em especial? - perguntei. - Podemos jogar qualquer coisa ou ir dar uma volta por aí.

-Querem fazer alguma coisa em especial? - perguntei. - Podemos jogar qualquer coisa ou ir dar uma volta por aí.
Ainda bem que a jo tinha feito aquela pergunta, porque já estava um pouco cansada de estar sentada num quarto a falar.  Sentía-me um pouco desconfortável com o sorriso forçado da jo ,por mais que tentasse disfarçar passava se alguma coisa. Será que não gostava de mim?
-No mapa que me deram quando cheguei ao campus tinha  indicado um campo de paintball. O que acham da ideia?

-No mapa que me deram quando cheguei ao campus tinha indicado um campo de paintball. O que acham da ideia? - perguntou Shane.
-Acho fixe - disse. - Mas cuidado que eu já sou uma t-shirt cinzenta. Dava logo cabo de vocês.
-Que convencida!
-Não sou nada - brinquei. - Também precisamos de ti, jogas, James? Vá lá - pedi.

- Sim jogo por mim e na boa - sorri - Imagino vos as duas a gritar quando uma vos acertar - ri-me eu mas logo calei-me porque elas deitaram me uns olhares furiosos.

- Sim jogo por mim e na boa - sorriu - Imagino vos as duas a gritar quando uma vos acertar.
-Yap, contenta-te em imaginar. Isso não vai acontecer.
Shane sorriu.
-Então, vamos?
Acenamos que sim e saímos do quarto.

Vim para o quarto para me me preparar para a saída a noite. Há muito tempo que não saia dos limites do campus.
Fui ao armário e apesar de estar contente por finalmente sair, não me apetecia estar muito tempo a olhar para a roupa. Por isso peguei nuns calções de ganga e num top preto. Discreto, mas bonito.
Fui tomar banho, e depois vesti-me para a nossa saída.

Depois de aranjar-me sai do meu quarto e fui ao da Jo bati á porta e esperei enquanto ninguem me abria, finalmente ela abriu e eu fiquei espantado ela estava muito sexy com os calçoes e o top .
-Posso entrar?

Bateram à porta quando eu estava a vestir-me. Despachei-me um bocadinho e depois fui abrir.
-Posso entrar? - perguntou James. Ele estava de calções e com um t-shirt com decote em V. Adorava ver aquele decote nos rapazes, e em James ficava lindo.
-Yap. Eu estou quase pronta - disse-lhe antes de começar a secar o cabelo.
Sentou-se na cama à minha espera.
-Estás linda - elogiou quando fui para a beira dele.,
-E tu estás todo bom - dei-lhe um bate chapas.

-Como isto se compara-se a ti . - sorri dando-lhe um beijo.

-Como isto se compara-se a ti . - sorriu dando-me um beijo.
Encolhi os ombros.
-És melhor.
Beijou-me a sério agora. Fiquei quase sem fôlego.
-E agora?
-Agora pode-se comparar - sorri. - Então... vamos?

-Lets go to the party baby yah - ri-me eu.
-Es tao parvo Adams .
Saimos do quarto e fomos.