- Aulas de TaeKwonDo ;

Os alunos entraram no do-djang já com o Dobok vestido, e com a Ti atada a prender o mesmo. Embora se descortinasse sol por entre algumas nuvens, lá fora, o frio era arrasador para um dia de verão. Mick saudou os alunos, e depois iniciaram a aula ajoelhados, com os punhos fechados, e em silêncio. Quando se levantou, Mick disse:
- A primeira aula foi um pouco á experiência, mas hoje vamos diferenciar um pouco. Como estão a ver, hoje preparei um percurso para vocês - apontou á volta do do-djang, aonde se dispunham 4 sacos numa ponta, e noutra um colchão deitado, seguido de de um colchão mais comprido que se encontrava em pé e estendido ao comprido. De seguida, ao longo dum dos lados do do-djang encontravam-se dois degraus, para saltarem - Na primeiras duas voltas, correm normalmente á volta do do-djang, e ignoram o colchão, salto, etc. Na terceira, quero que vocês dêem a volta ao do-djang a subirem os joelhos, e na quarta, tentem correr a puxar a parte de baixo da perna para cima, quase até baterem com o calcanhar no rabo. Depois eu vos digo o que têm de fazer.
Os alunos começaram a correr segundo as ordens de Mick, que conversava com a Instrutora Tanaka, de Karaté, que se tinha deixado ficar para trás para conversar com Mick.
- Ok, pessoal - interrompeu-se Mick, quando viu que já todos tinham acabado as voltas - Nada de descanso... Quando eu bater uma palma, quero sprint. Quando eu bater duas palmas mudam de sentido. Vocês chegam aos quatro sacos e fazem um bandal de direita, em cada uma, nas primeiras duas voltas. Nas outras duas, quero um bandal de direita em cada uma. Aquelas degraus ali, saltem-nos de frente, mas não tropeçem. No colchão, fazem um rolamento frontal e levantam-se e aplicam um Tuit Tchagui naquele colchão de pé.
Mick sabia que não tinha ensinado o Tuit Tchagui na última aula, pelo que explicou aos alunos, pelo que deu uma explicação rápida.
- Vocês estão em posição de combate, suponhamos, com o pé esquerdo á frente. Rodam para o lado direito, e dão uma espécie de coice no adversário. Enquanto rodem, tentem fixar primeiro o oponente antes de lançarem o pontapé, ou não vai sair direccionado, e acabará por não lhe acertar.
Deu uma rápido demonstração, e depois disse:
- Depois alternem as voltas, e façam os bandais com, ao invés do Bandal direito, de esquerdo. Quando acabarem essas voltas, fazem 4 bandais alternados (esquerda, direita, esquerda, direita) no saco, e depois um Tuit Tchagui.
Os alunos começaram e Mick foi batendo ora uma palma, ora duas palmas, e deixando-os fazer repetidas voltas até ver que os alunos se encontravam estafados. Quando viu que alguns deles não aguentavam mais, disse:
- Shiô...
Alguns alunos olharam para ele, surpresos, e Mick corrigiu:
- Podem descansar...
Os alunos começaram a caminharem devagar, respirando fundo, e Mick disse:
- Vamos aos alongamentos... Quero que tentem fazer a espargata lateral, só até aonde conseguirem...
Quase todos se queixaram e exibiram uma inflexibilidade notória...
- Temos de treinar bem isso, andem, vá...
Demorou algum tempo, em que Mick fez alguns exercícios, não só de alongamentos, mas de força, como flexões e abdominais.
- Ok, organizem-se por pares, peguem nas raquetes e vamos treinar alguns exercícios.
Os alunos organizaram-se em pares, com um dos membros a segurar uma raquete.
- Ok, vocês vão praticar, ora Bandal direito, ora Bandal esquerdo, conform e estiver a raquete. Se a subirem, o vosso companheiro terá de fazer um Mondolio Furyo Tchagui. Este pontapé, consiste numa rotação (daí ser Mondolio), em que vosso pé vai fazer um gancho e acertar no oponente.



Demonstrou, e os alunos anuiram, apressando-se a pôrem-se frente a frente.
- Já agora - chamou Mick - Recuem, avançem, levantem a raquete em diferentes, alturas e sejam imprevisiveis, como se fosse um combate. Façam o vosso colega adaptar-se ás condições do combate, façam-no mexer-se... Daqui a nada treinamos combate condicionado.

Fiz tudo aquilo em tempo recorde.

Ficaram todos a olhar para mim até que nos mandaram continuar a pares, estava sosinho, mas, não sou esquisito com pares, e, vi que se estava a aproximar uma rapariga que ja tinha visto de passagem no campus. Fiquei ali feito parvo a pensar no que ela queria.

TInha ido para a aula de taekwondo porque sempre tinha sido um dos meus desportos preferidos e porque já tinha alguma prática. Afinal, quando lá cheguei, todos os movimentos eram iguais mas os nomes que davam aos pontapés eram completamente diferentes, pelo menos ainda conseguia ter bons movimentos.
No final de cada exercicio ficava estafada mas isso ainda me dava mais energia para continuar. Após vários exercicios, o instrutor disse para ficarmos a par para treinarmos um chuto. (para mim o "gancho").
- Daniel, posso ficar contigo?- perguntei virando-me para o meu colega.

A primeira aula tinha corrido um pouco mal a Nicko, mas ele estava disposto a dar o seu máximo na segunda aula. Nicko começou a fazer o percurso indicado pelo instrutor Mick, e já tinha dado umas dez voltas quando Mick disse :
- Ok, pessoal - interrompeu-se Mick, quando viu que já todos tinham acabado as voltas - Nada de descanso... Quando eu bater uma palma, quero sprint. Quando eu bater duas palmas mudam de sentido. Vocês chegam aos quatro sacos e fazem um bandal de direita, em cada uma, nas primeiras duas voltas. Nas outras duas, quero um bandal de direita em cada uma. Aquelas degraus ali, saltem-nos de frente, mas não tropeçem. No colchão, fazem um rolamento frontal e levantam-se e aplicam um Tchi Tchagui naquele colchão de pé.
- Vocês estão em posição de combate, suponhamos, com o pé esquerdo á frente. Rodam para o lado direito, e dão uma espécie de coice no adversário. Enquanto rodem, tentem fixar primeiro o oponente antes de lançarem o pontapé, ou não vai sair direccionado, e acabará por não lhe acertar.
Ao fim de dizer isto, Mick fez uma breve exemplificação do Tchi Tchagui, que até parecia ser um bocado dificil, mas com o treino cada vez seria mais fácil. Depois de algumas voltas de sprint e de muitos Tchi Tchaguis, todos os querubins estavam cansados, mas tal como Nicko, tentavam não mostrar isso. Mick reparou nisso e mandou os querubins fazerem alongamentos e exercicios de força. Depois Mick pediu aos querubins para se organizarem em pares e pegarem nas raquetas e para fazerem, ora bandal direito, ora esquerdo e se o companheiro subisse a raqueta eles teriam de fazer um Mondolio Furyo Tchagui. Depois Mick explicou como se fazia e exemplificou. Depois pediu para levantarem as raquetas a diferentes alturas, para os querubins se adaptarem, como se fosse um combate.
Ao fim de muito treino, Nicko já estava farto de fazer Bandais e Mondolios, até que Mick disse que iriam fazer treino de combate adicionado. Nicko estava á muito á espera pelo fim, mas ao ouvir falar em combate Nicko ficou motivado.

Não tive opurtunidade de ir á aula de Taekwondo e Mick deixou-me ir á segunda.
Tinha aprendido realmente o que era Tchi Tchagui.
Mick explicava bem por isso percebi bem o que tinha de aprender nessa aula.
Não queria que a aula acabasse, estava realmente entusiasmada e então quando ouvi que iria haver um combate pensei: "Este é o meu dia de sorte"

Eu queria ter mas esses dias não sei.

- Ok, devo avisar que quando digo Combate CONDICIONADO - disse Mick, sublinhando a última palavra - Não é para andar aos pontapés disparados ao calhas, mas para tentarem utilizarem os movimentos que aprenderam em situação de luta. Exactamente como na situação das raquetes, recuem, avancem, etc. Pensem... Se um adversário fizer um Bandal, respondam rapidamente com um Ap Tchagui no peito. Se o adversário avançar, recuem. Troquem os pés na posição de combate caso queiram dar o pontapé ora de direita, ora de esquerda. Usem os mondolios, etc., etc. E sobretudo, não se tentem desmontar logo na segunda aula, ok ? Façam isto com calma.
Os alunos assentiram, mas pareciam todos entusiasmados. Mick temia que eles se saissem com muita força, mas nesse caso interromperia a luta e parava com aquilo.
- Ok, vamos começar por fazer os pares. Quem ainda só veio á segunda aula e ainda não está tão por dentro dos movimentos como os outros ficam num grupo á parte. Os outros juntem-se em grupos, e podem começar. Hoje ainda não usamos o sistema de pontuações, é só mesmo para eu ver como se safam.
Os alunos começaram a agrupar-se e Mick, gritou:
- Começem !

Sara Precatado escreveu:TInha ido para a aula de taekwondo porque sempre tinha sido um dos meus desportos preferidos e porque já tinha alguma prática. Afinal, quando lá cheguei, todos os movimentos eram iguais mas os nomes que davam aos pontapés eram completamente diferentes, pelo menos ainda conseguia ter bons movimentos.
No final de cada exercicio ficava estafada mas isso ainda me dava mais energia para continuar. Após vários exercicios, o instrutor disse para ficarmos a par para treinarmos um chuto. (para mim o "gancho").
- Daniel, posso ficar contigo?- perguntei virando-me para o meu colega.

- Claro - respondi - Vamos la fazer isto.

Começamos a terinar. Eu era mais alto mas ela fazia bem os pontapes. Eu não ficava atras mas ela tinha mais geito, mas sem querer passei-lhe uma rasteira e ela ciu. Não se magoou, mas ficou furiosa e queria encherme de pancada por isso o Mick teve de nos separar, mas, la nos entendemos e continuamos.

Qunado Mick disse para nos agruparmos em grupos, vi que Daniel e Sara tinham formado um grupo, a única hipotese era Katerine, que por acaso até se dava bem com Nicko. Mick começou a corrigir os erros que tínhamos feito e começou por dizer para utilizarmos várias técnicas, tais como Tchaguis e Mondolios. Ao fim de Mick explicar melhor o que era o combate, Nicko dirigiu-se a Katerine.
-Oi katerine, será que posso fazer par contigo no combate????-perguntou Nicko

-Claro- disse eu.
Pensando bem foi um bom parceiro porque era mais ou menos da minha altura e era meu amigo.
Nicko tentou fazer-me um Bandal mas eu defendi-me com um Ap Tchagui.
A seguir deu-me um pontapé de esquerda e eu pus o pé esquerdo para trás e fiz um Bandal.

Eu e o Daniel começámos o combate, até estava a correr bem mas sem querer (ou não) o Daniel fez-me uma rasteira e eu caí. Não me magoei mas fiquei furiosa. Só me apetecia esmurrá-lo. Ele bem recuava mas teve de vir o Mick separar-nos. Lá fizemos as "pazes" e continuamos a treinar. Fazíamos os pontapés cada vez mais rápido, sem muita força para não aleijar o companheiro mas com força o suficiente para similar um combate a sério. Melhorávamos as técnicas um do outro e o Mick também nos ensinava algumas técnicas de combate. Por exemplo quando o oponente faz um Mondolio Furyo Tchagui a pessoa roda e acerta-lhe com um bandal. Treinámos vezes sem conta e cada vez aperfeiçoávamos as nossas tecnicas.

- Nada de confusões ou guerras ou acabo já com isto - disse Mick, quando afastou os outros dois - Daniel, mais uma dessas e sais. Não são permitidos golpes abaixo da cintura, e não quero que façam para já á cabeça. Se vocês forem mais fortes que o adversário, tentem aproximar-se. Se forem mais fracos, sejam rápidos e usem a agilidade e mantenham a distância. Embora ! - Mick bateu palmas, para animar os alunos.

Quando Nicko tentava fazer um golpe, lá estava Katerine a defender-se com outro, mas Nicko teve uma ideia brilhante, tentaria enganar Katerine primeiro fazendo um ap tchagui, e quando ela tentasse atacar, faria logo um bandal direito, ao fim de vários minutos, decidiu por á prática essa ideia, que como Nicko estava á espera, resultou na perfeição.

Sara Precatado escreveu:Eu e o Daniel começámos o combate, até estava a correr bem mas sem querer (ou não) o Daniel fez-me uma rasteira e eu caí. Não me magoei mas fiquei furiosa. Só me apetecia esmurrá-lo. Ele bem recuava mas teve de vir o Mick separar-nos. Lá fizemos as "pazes" e continuamos a treinar. Fazíamos os pontapés cada vez mais rápido, sem muita força para não aleijar o companheiro mas com força o suficiente para similar um combate a sério. Melhorávamos as técnicas um do outro e o Mick também nos ensinava algumas técnicas de combate. Por exemplo quando o oponente faz um Mondolio Furyo Tchagui a pessoa roda e acerta-lhe com um bandal. Treinámos vezes sem conta e cada vez aperfeiçoávamos as nossas tecnicas.

Treinamos, treinamos, treinamos. E os resultados não demoraram a aparecer. Cada pontapé saia-nos melhor.

Ela fez fez um Ap Tchagui á cabeça, mas, eu baixei-me e respondi com um Bandal, ela desviou-se e o combate continuou. Estava super renhido e qualquer um podia ganhar, mas, então, o Mick proibiu os golpes abaixo da cintura e a cabeça, agora er ainda mais dificil... Esyava estafado... Mas tinha de continuar.

Cheguei aula mesmo a tempo, fizemos o aquecimento e depois o Mick disse aquilo que devíamos de fazer. Tínhamos de fazer um grupo, não sabia com que fazer, Mick estava a dar a aula não podia fazer grupo com ele era uma pena, adorava "lutar" contra ele. Bem comecei a ver quem estava e foi ter com um grupo de 3 pessoas, eram 2 rapazes e uma rapariga. Um era o Jacob um rapaz de 1,77m, 68kg, era muito bom em TaeKwonDo e Boxe, tem 16 anos. Outro era o Aidan um rapaz de 1,55m, 53kg, era bom em Judo e Kung Fu, tem 13 anos. A outra era a Emma de 1,59m, 50kg, era boa em Aikido e ArtDo, tem 15 anos. Então disse:

- Olá posso me juntar!?
- Claro isso nem se pergunta - disse Emma
- Sim! A quanto tempo que não te via - Disse Jacob
- Sabes como é! - disse Rindo - Desde ultima aula. Aidan, por ti também posso!?
- Sim! - disse Aidan com um grande sorriso.
- Bem com o que vamos começar!? - perguntei
- Pelo inicio! - Responderem
- Ok! - disse
- Vamos a isso!? - disse Jacob
- Claro! - Responderam todos

Começamos por treinar o que já tínhamos a prendido, no meio do treinamento de rever o que ja tínhamos dado vimos a "confusão". Depois de Mick os separar, voltamos ao que estávamos a fazer. Começamos a fazer exercícios cordeados uns com os outros, enquanto esperávamos mais informações. Jacob aproveitava para mostra o quando bom era na quilo! Os outros tentava fazer o mesmo, pontapés em cima, em baixo, na cintura, etc.

Nicko atirou-me ao chão por isso levantei-me e fiz um Bandal sem que Nicko conseguisse defender e por isso caiu para trás.
Depois deu-me um pontapé pela direita então eu pus o pe direito para trás e atirei um bandal a Nicko.
-Então rapariga, só sabes fazer o Bandal?
-Estou a aperfeiçoa-lo-disse eu a rir
A aula estava a ser gira e eu e Nicko já tínhamos caído muitas vezes.

Vírginia tinha acabado de chegar de missão e foi até aos dormitórios, mas, estranhamente, não estava lá ninguém, apesar de ser sábado, e não haver aulas. Estava-se a perguntar a si mesmo onde se tinha metido toda a gente quando um T-shirt vermelha passou por ela a correr e esbarrou-se contra ela. Devido á diferença de tamanhos, ele caiu no chão, mas rapidamente se levantou, e continuou a corrida. Vírginia não pensou duas vezes antes de ir atrás dele, apanhando-o dois corredores á frente. Com uma mão, agarrou-lhe o colarinho da camisola, e encostou-o á parede.
-Duas coisas, miúdo! - gritou ela. - Primeiro, da próxima vez que te espetares em alguém maior do que tu, pedes desculpa., entendido? - a querubim agarrou com abas as mãos a camisola do rapaz, e levantou-o um pouco no ar, para ele perceber a diferença entre os dois.
-S-Sim!- gaguejou ele.
-Sim senhora!- gritou Virginia.
-Sim senhora! - repetiu o rapaz.
-Muito bem! Agora segundo: onde se enfiou toda a gente?
-Não sabes? - perguntou ele, surpreendido.
-Parece-te que sei, ó idiota? - perguntou Virginia, furiosa, levantado-o outra vez no ar.
-No dojo! Um T-shirt cinzenta vai dar uma aula de TaeKwonDo, e eu já estou super-atrasado. Por favor, deixe-me ir!- suplicou ele.
-Põe-te a milhas! - disse Vírginia, largando-o.

A querubim percebeu logo que era importante ir àquela aula, de modo que rapidamente se dirigiu até ao dormitório, para preparar a mochila, e foi até ao dojo. Depois de vestir o dobok e o ti, e entrou na sala em que a aula decorria, facilmente perceptível pelo barulho.
-Desculpem o atraso,mas acabei de chegar de missão. - esclareceu ela. - Ainda venho a tempo da aula?

Mick ensinou os movimentos a Ariana, e esperou que ela os concretizasse a todos minimamente bem, enquanto olhava para os alunos que treinavam combate condicionado pelo canto do olho:
- Muito bem - sorriu Mick, a Ariana, quando esta acabou - O mais difícil desses, para falar com franqueza, é o Tuit Tchagui de esquerdo, mas com o treino acaba sempre por ir lá.
Ariana tentou, e Mick disse:
- Estás a fazer bem, mas é imporante que o pé esquerdo passe junto do direito, quando o fazes, ou não ganha a direcção desejada.
Ariana anuiu, e Mick perguntou, de forma alegre:
- Pronta para treinar combate condicionado.
Ariana olhou de forma desconfiada e disse, algo preocupada:
- Vai devagar...
- Claro - respondeu Mick, acenando com a cabeça - Mas lembra-te, como eu sou mais forte, tens de recuar quando eu avanço, ou então estás completamente tramada, se for numa luta a sério. Eu vou tentar avançar, tu recuas, e tentas ser rápida a atacar, ok ?
Ariana anuiu, e os dois puseram os coletes, calçaram as luvas de combate e as caneleiras e puseram-se em posição de combate. Chocaram as luvas, e Mick murmurou:
- Vamos...

Depois de 10 minutos ás voltas pelo campus á procura do Dojo finalmente o encontrei. Deslizei a porta e entrei. Usava o dobok branco e um cinto verde. Eu já tivera aulas de karaté e de taekwondo e algumas de auto-defesa com gás pimenta. Nami estava algures por ali e quando a encontrei dei-lhe um leve beijo na cara a cumprimentá-la e disse:
-Pronto cheguei! Nunca mais encontrava isto.

-Pronto cheguei! Nunca mais encontrava isto. - disse Richie

- Isto as para os novos é complicado habituarem-se. Perguntaste a algum T-Shirt Branca o caminho?
- Sim, mas mesmo assim! Isto e enorme.
- Acredita em mim! Eu também me perdi muitas vezes - disse rindo. - Estes são o Jacob, o Aidan e a Emma. Este é o Richie ele é novo por isso não sabe muito da aula vamos o ajudar.
- Olá Richie - disseram todos.
- Olá malta. - disse Richie
- Bem vamos ajuda-lo nos passos básicos e aumentando o nível.
- ok - disseram todos.
- Richie vamos começar por o Ap Tchagui um pontapé básico e as posições base. Então as posições são Moa Sagui, onde deves ficar com os pés juntos. - demonstrei como fazer - O Pyon Hee Sagui, onde ficas a um pé de distancia do outro e pés para a frente. O Jutchum Sagui, onde ficas a dois pé de distancia do outro e pés para a frente. O Jumbi é a posição de preparação, onde tens as pernas afastadas depois juntas e inclinaste um pouco. O Ap Kubi, que fica a uma distancia lateral de um punho fechado, e a uma distancia frontal de dois pés virados para a frente em que o 2º pé esteja a 30º para a frente. O Ap Sagui o mesmo que o outro mas a distancia de um só pé. - dizia e mostrava como fazer ao mesmo tempo - O Ap Tchagui é lançar um pontapé para a frente e para cima.

A cada movimento que Nami dizia eu repetia-o algumas vezes com pouco sucesso, mas lá os ia aprendendo-o. Olhei em volta á procura de alguma coisa para treinar. Não demorou até ver um saco de boxe vermelho a alguns metros de distância:
-Olhem eu vou ali treinar-disse apontando para o saco- vocês ficam ou vêem comigo?
Nami e o resto do grupo disse que sim e juntos fomos até aos vários sacos espalhados onde eu comecei a aplicar uns pontapés acima da cabeça e alguns murros e de seguida começava a usar as técnicas da Nami:
-Aprendes rápido-disse Nami.
Eu sorri e continuem a lutar.

Uma aula de taekwondo. Mmm, eu não gostava muito das minhas antigas aulas de karaté, mas se calhar taekwondo poderia mudar a minha opinião acerca das artes marciais.
Lá fui eu com o dobok vestido e a começar de novo, voltando ao cinturão branco. Alinhámo-nos à frente do Mestre. Como tinha faltado à primeira aula, não sabia muito bem o que fazer e fui tentando imitar os meus colegas.
Levantei a mão direita tal como eles e fui dizendo o mesmo que eles. Depois ajoelharam-se todos e eu lá os imitei novamente. Caímos num silêncio profundo. Aquilo até era bom para meditar um bocadinho.
-Iro sô! – disse numa voz rígida e todos se levantaram.
Tivemos de fazer um percurso e exercícios bastante puxados (pelo menos para mim foi) e senti-me bem enquanto alongava os músculos. As minhas aulas de karaté nunca tinham sido assim tão duras… e ainda estávamos no início da aula.
- Ok, vamos começar por fazer os pares. Quem ainda só veio á segunda aula e ainda não está tão por dentro dos movimentos como os outros ficam num grupo á parte.
Decidi ficar no grupo à parte.
Enquanto que os outros faziam o combate, eu estive a treinar as posturas básicas e a aprender as origens e os princípios fundamentais do Taekwondo.

Decidi que podia experimentar umas aulas de Taekwondo. Achei que não fazia mal nenhum tentar e além disso queria estar em forma quando começasse a recruta. Por isso, fui até ao meu quarto vestir-me e dirigi-me para o dojo.
- Espero não me arrepender de ir - murmurei antes de entrar na sala onde estavam vários agentes do campus.
Não sabia bem o que fazer, por isso fui ter com o professor.
- Olá! Eu sou a Sarah, a querubim nova. Esta é a minha primeira aula. Será que me podia ajudar?
- Olá Sarah. Antes de mais, bem-vinda! - disse o professor, com um soriso simpático, enquanto me fazia uma vénia.
Não sabia se era assim que as pessoas se cumprimentavam no dojo, mas também fiz uma vénia.
- Aqui vais aprender a defender-te. Vais melhorar a tua habilidade em artes marciais, vais aprender golpes inovadores e a usá-los corretamente. Suponho que ainda não fizeste a recruta... - disse o professor.
- Ainda não a fiz. E quero estar bem preparada, por isso decidi vir até estas aulas... - disse.
- Fizeste bem. Nós tenho sempre dois grupos em cada aula, cada um tem professores diferentes. O grupo 2 é o dos alunos mais avançados, por isso, tu ficarás no 1. - disse o professor apontando para outra sala. Eu sou o professor do teu grupo. Podes ir buscar um tapete e ir para a beira dos teus colegas... A aula irá começar daqui a pouco tempo.
- Obrigada, professor. - respondi.
Fui ter com os meus colegas do grupo 1 e percebi que também deviam ser novos nestas aulas. Todos tinham caras receosas, medrosas, duvidosas e pensativas.
A aula começou e estava a ser um bocado complicado. Estava a ter poucas dificuldades, mas doíam-me os músculos todos e eu começava a ficar cansada. Imitava os gestos do professor e tentava fazê-lo da melhor forma possível.

Estava no meu grupo, o dos alunos "caloiros". Tivemos uma espécie de furo para descansarmos e alongarmos um bocadinho. Vi então uma cara nova.
-Olá! - cumprimentei-a. - Sou a Jô - apresentei-me.
-Olá! Sou a Sarah.
-És nova por aqui, não és?
-Sim - respondeu.
Ia-lhe perguntar mais coisas, mas o Mestre chamou a nossa atenção. Voltámo-nos para ele e recomeçamos o duro treino.

A aula continuou, mas eu estava mais feliz porque tinha feito uma amiga. Jo também parecia estar com alguns problemas, assim como eu. Aliás, toda a turma estava. Tava-me a esforçar ao máximo e lá me ia conseguindo safar. Depois de aprendermos a levantar bem as pernas, a fazer com movimentar giratórios com elas, passamos aos braços. Os movimentos que fizemos com os braços eram bem mais fáceis. Bastava cerrar os punhos e deslizar suavemente os braços de um lado pro outro. As coisas complicaram-se quando tivemos de coordenar os movimentos das pernas com os dos braços... A minha tentativa correu desastrosamente mal...
- Au... - disse, enquanto me levantava do chão.
- Também tenho dificuldade - disse Jo - Não é muito fácil.
- A quem o dizes... - disse, olhando para um montes de querubins espalhados no chão - Já percebo para que servem os colchões...
- Bolas... - disse Jo, estendida no chão.
- Eu ajudo-te a levantar - disse, com um sorriso.
- Obrigada! - disse Jo.
- Não podem desistir!!! Mexam esses braços e levantem-me essas pernas!!! - disse o professor.
Após várias quedas lá consegui fazer o que era pretendido.
- Dou-vos 5 min de descanso e aproveitem para escolher um par para lutarem a seguir! Tá na hora de porem em prática o que aprenderam. - disse o professor.

Aquilo estava a ser difícil e muitíssimo duro.
Quando o Mestre disse que podíamos descansar, caí logo no chão. Doía-me imenso as pernas.
- ... e aproveitem para escolher um par para lutarem a seguir! Tá na hora de porem em prática o que aprenderam. - disse o professor.
Ups... eu já estava mesmo toda partida, e ainda por cima lutar? Oh, tou morta...
-Queres ficar comigo? - perguntei a Sarah.

- Claro que fico contigo. - disse para Jo. - Não conheço muita gente ainda.
- Ótimo. - sorriu Jo.
- Vamos voltar à nossa aula! - disse o professor - Ponham-se a pares e lutem. Tentem usar tudo o que aprenderam. Vou passando por cada grupo.
Pus-me em frente a Jo e fizemos as duas uma vénia. Usei o movimento giratório da perna para tentar acertar no ombro de Jo, mas a tentativa não correu bem e acertei-lhe na barriga.
- Oh... Peço imensa desculpa. Tás bem? - perguntei enquanto ajudava Jo a levantar-se.
- Não faz mal... É assim que se aprende.
Continuamos a tentar movimentos e à medida que o tempo passava começavamos ambas a panhar-lhe o jeito.
Quando o professor passou por lá, disse que estavamos a evoluir bem, mas que não podiamos atacar sem pensar no que estavamos a fazer. Da segunda vez que passou por lá, ele ficou bastante contente...
- É isso meninas!!! Continuem o bom trabalho... - disse o professor.
Mas eu já estava completamente de rastos... Tinha sido atirada ao chão não sei quantas vezes, já tinhamos feito imensos abdominais e doiam-me todos os músculos.
Passado algum tempo a aula tinha finalmente terminado.
- Muio bem, podem ir tomar um banho. Quero ver-vos regularmente por aqui e não faltem!!! - disse o professor.
Peguei nas minhas coisas e dirigi-me para Jo.
- Aula cansativa, não?
- A quem o dizes... - disse Jo, fazendo uma careta.
- Vou tomar banho. Vemo-nos por aí. - disse.
- Claro! E boa sorte para a recruta Sarah! - disse Jo já ao longe.
- Obrigada amiga! - respondi.

- Vamos voltar à nossa aula! - disse o professor - Ponham-se a pares e lutem. Tentem usar tudo o que aprenderam. Vou passando por cada grupo.
Fiquei de frente para Sarah e fizemos a saudação.
O combate começou. Depois de algum ataca/defende, a Sarah acertou-me com o pé na barriga. Caí ao chão, pois não estava a contar com aquilo.
- Oh... Peço imensa desculpa. Tás bem? - perguntou Sarah, ajudando-me a levantar.
- Não faz mal... É assim que se aprende - respondi-lhe. Também eu já tinha aprendido a levar "porrada" no karaté, por isso não me magoei muito. Bastou-me contrair os abdominais para não sentir tanto o golpe... também como o seu anterior objetivo era um movimento circular, ela atingiu-me com as costas do pé. Isso não era nada, quando comparada com os golpes em que eram os dedos que faziam o trabalho (pressão inversamente proporcional à área... então, Jô, novamente com a fisica?).
Depois de alguns golpes ali e acolá, lá começamos a melhorar.
Quando o professor passou por lá, disse que estavamos a evoluir bem, mas que não podiamos atacar sem pensar no que estavamos a fazer. Da segunda vez que passou por lá, ele ficou bastante contente...
- É isso meninas!!! Continuem o bom trabalho... - disse o professor.
Mas eu estava completamente estafada, nem sabia se iria aguentar aquele ritmo por muito tempo.

- Dabila - chamou Mick, á parte - Chega aqui.
Dabila aproximou-se, e Mick disse.
- Vamos fazer um combate 1 x 3. Eu contra ti e mais dois á tua escolha ?
Dabila anuiu e Mick sorriu dizendo:
- Escolhe então os teus colegas e depois avisa.