Passado de Sophie Adams
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Passado de Sophie Adams
Sophie Smith Adams nasceu no seio de uma família nova-iorquina. Vivia com os seus pais e dois pequenos irmãos numa mansão em Beverly Hills. A sua mãe era uma atriz conceituada e o seu pai um famoso deputado. Sophie e os seus irmãozinhos sempre foram muito mimados, tendo tudo o que queriam: as melhores roupas, sapatos, jogos, brinquedos... Não iam à escola, era um professor particular quem os ensinava. Praticavam diversos desportos: ténis, críquete, ginástica acrobática, ballet (Sophie), karaté (James e William - 2 e 3 anos, respetivamente) e sabiam tocar saxofone, violoncelo e piano.
Sophie teve uma vida normal até aos 9 anos de idade, quando Timothy Adams, o seu pai, morreu num acidente de viação e a sua mãe, Jennifer Smith, enlouqueceu com a sua morte. Teve, então, de ir a várias consultas de psiquiatria e tomar medicamentos para os nervos, mas o seu estado de saúde deteriorava-se de dia para dia...
Estava completamente obcecada com a morte do marido. Não comia, dormia, nem representava (que era o que mais amava...). Já nem queria ver os filhos... Passava o dia trancada no quarto a ver as suas fotografias com o marido e a chorar.
Um dia, quando Sophie regressou da escola, foi recebida por dois polícias e pela sua empregada, Kate. Estavam todos extremamente sérios.
Sophie ficou muito espantada e perguntou-lhes, aflita: - O que é que se passa? O que é que aconteceu?
Kate respondeu-lhe com uma lágrima ao canto do olho: - Tenha calma menina. Vai tudo correr bem.
Sophie não ficou nada esclarecida com aquela resposta, por isso, acrescentou: - Mas digam-me! O que houve, afinal?
O polícia mais velho disse-lhe, com uma voz grave: - Menina, a sua mãe... (Kate começou a chorar). Ela... morreu.
Sophie desatou a correr para o quarto da mãe, com as faces cobertas de lágrimas espessas. O guarda mais novo puxou-a pelo braço tentando impedi-la, mas ela sacudiu a mão dele e abriu a porta do quarto. Quando lá entrou viu o chão coberto de sangue e o corpo da sua mãe suspenso por uma corda que estava presa ao teto. Ela tinha-se enforcado... Soph não podia acreditar no que via... A sua mãe, a mulher linda, alegre, carinhosa e talentosa tinha-se transformado naquilo... Numa mulher doente, antipática, ressentida, rabugenta e agora... morta.
Sophie saiu dali a chorar e perguntou aos soluços: - Desde quando é que descobriram... isto?
- Minha querida, eu só reparei há pouco, quando fui ao quarto da sua mãe para lhe dar o medicamento... e... me deparei com isto. - disse Kate, chorando compulsivamente.
- E agora, ahn? Como vai ser? Diz-me...! Vou ficar sozinha com os meus maninhos? Sem ninguém neste mundo?
- A menina nunca vai ficar sozinha... Vamos mandá-la para um orfanato. Conseguimos que os seus maninhos fossem adotados por uma jovem e simpática família... Mas eles só queriam adotar duas crianças... E não há mais ninguém que possa ficar consigo... Vai ter de ir para o orfanato. Mas não fique triste, olhe que lá são todos muito simpáticos...
- Eu não quero ir! Prefiro morar na rua, está a ouvir-me? Quero ficar com os meus irmãos! Não posso ficar sozinha. - disse ela rompendo num choro imparável.
- Oh, Sophie, minha querida, isso não é possível. Tem de ir para o orfanato. Pense comigo... lá pelo menos não passará fome, nem frio e poderá estudar, fazer amigos...
- Não quero! Não, não e não! - disse Sophie, elevando a voz.
- Tem de ir. É a sua única opção. - disse o polícia mais velho.
- E... quando é que tenho de ir? Ainda vou ver os meus irmãos antes disso? - perguntou ela, desolada.
- Sim... Vai vê-los daqui a pouco. Despedir-se-ão e amanhã partirá para o Orfanato St. Claire. Kate, já preparou as malas da menina?
- Sim, estão prontas. Sophie, querida, acrescente na mala o que entender... Pode ir agora à sua escola despedir-se do seus amigos... Se assim quiser.
- Não, obrigada. Odeio despedidas. - disse Soph, retirando-se para o seu quarto.
Arrumou numa pequena malinha todos os pequenos souvenirs que os seus pais lhe tinham oferecido, de todas as viagens que tinham feito ao estrangeiro. Guardou também a sua câmara fotográfica, o seu diário, alguns livros, desenhos, lápis, canetas, fotografias e tudo o que lhe pareceu indispensável. Depois desceu, lanchou, tomou um banho, mudou de ropa e esperou pela visita dos irmãos, absolutamente desconsolada.
Estava ela absorta nos seus pensamentos, quando, de repente, soou a campainha da mansão. Soph nem esperou que Kate abrisse a porta. Foi a correr e fê-lo ela mesma. Do lado de lá estava um casal de meia-idade, juntamente com James e Will, cujas caras expressavam melancolia.
Soph abraçou-os afetuosamente e perguntou-lhes se estavam bem. Eles anuíram, embora não tenham sido convincentes. Sophie apresentou-se ao casal e convidou-o a entrar e sentar-se na sala. Kate serviu chá e bolachas e todos conversaram por momentos. A rapariga gostou bastante do casal. Ficou satisfeita, ficando com a impressão de que eles poderiam proporcionar um futuro promissor aos seus irmãos.
Soph tinha-se esquecido de tudo por breves instantes, mas a certa altura teve de despedir-se. Deu um abraço demorado a James e Will, sussurrando-lhes ao ouvido: - Adoro-vos e nunca vos esquecerei. Sejam felizes. Um dia havemos de nos reencontrar. Esboçou, por fim, um sorriso meigo, que eles retribuíram, abandonando, de seguida, a mansão.
Sophie foi jantar, sorumbática, e depois foi dormir... Aliás, não dormiu nada nessa noite...
No dia seguinte, foi acordada por Kate, tomou banho, vestiu-se e despediu-se da casa e de Beverlly Hills. Partiu, então, para o Orfanato St. Claire, que ficava em Massachussets, na companhia de Kate e dos polícias do dia anterior.
Quando lá chegaram, o polícia mais velho disse à senhora da Secretaria quem ela era e então esta deu-lhes a chave para o dormitório em que Soph ficaria.
Era um quarto escuro, com uma única janela, uma cama, uma mesa de cabeceira, um roupeiro, uma secretária vazia e uma casa de banho anexa. Kate ajudou-a arrumar as suas coisas e depois despediu-se dela. Deu-lhe um abraço forte e desejou-lhe sorte e felicidade, o que parecia impossível a Sophie naquele momento.
Já tinha anoitecido. Soph deitou-se na cama a fitar o teto, absolutamente apática. Estava agora sozinha no mundo...
Passado uns minutos, vieram bater-lhe à porta a anunciar que o jantar seria servido em breve.
Sophie seguiu a senhora e foi parar a uma cantina velha, com um cheiro intenso a mofo. Ficou na fila para receber a sopa repugnante que lá serviam, o pão, a fruta e o prato de massada de peixe. Sentou-se sozinha numa mesa e tomou a sua refeição, em silêncio.
Quando terminou regressou ao dormitório, não trocando uma única palavra com as outras crianças pelo caminho. Vestiu o pijama, lavou os dentes e deitou-se na sua cama, adormecendo, exausta.
Continua...
Sophie teve uma vida normal até aos 9 anos de idade, quando Timothy Adams, o seu pai, morreu num acidente de viação e a sua mãe, Jennifer Smith, enlouqueceu com a sua morte. Teve, então, de ir a várias consultas de psiquiatria e tomar medicamentos para os nervos, mas o seu estado de saúde deteriorava-se de dia para dia...
Estava completamente obcecada com a morte do marido. Não comia, dormia, nem representava (que era o que mais amava...). Já nem queria ver os filhos... Passava o dia trancada no quarto a ver as suas fotografias com o marido e a chorar.
Um dia, quando Sophie regressou da escola, foi recebida por dois polícias e pela sua empregada, Kate. Estavam todos extremamente sérios.
Sophie ficou muito espantada e perguntou-lhes, aflita: - O que é que se passa? O que é que aconteceu?
Kate respondeu-lhe com uma lágrima ao canto do olho: - Tenha calma menina. Vai tudo correr bem.
Sophie não ficou nada esclarecida com aquela resposta, por isso, acrescentou: - Mas digam-me! O que houve, afinal?
O polícia mais velho disse-lhe, com uma voz grave: - Menina, a sua mãe... (Kate começou a chorar). Ela... morreu.
Sophie desatou a correr para o quarto da mãe, com as faces cobertas de lágrimas espessas. O guarda mais novo puxou-a pelo braço tentando impedi-la, mas ela sacudiu a mão dele e abriu a porta do quarto. Quando lá entrou viu o chão coberto de sangue e o corpo da sua mãe suspenso por uma corda que estava presa ao teto. Ela tinha-se enforcado... Soph não podia acreditar no que via... A sua mãe, a mulher linda, alegre, carinhosa e talentosa tinha-se transformado naquilo... Numa mulher doente, antipática, ressentida, rabugenta e agora... morta.
Sophie saiu dali a chorar e perguntou aos soluços: - Desde quando é que descobriram... isto?
- Minha querida, eu só reparei há pouco, quando fui ao quarto da sua mãe para lhe dar o medicamento... e... me deparei com isto. - disse Kate, chorando compulsivamente.
- E agora, ahn? Como vai ser? Diz-me...! Vou ficar sozinha com os meus maninhos? Sem ninguém neste mundo?
- A menina nunca vai ficar sozinha... Vamos mandá-la para um orfanato. Conseguimos que os seus maninhos fossem adotados por uma jovem e simpática família... Mas eles só queriam adotar duas crianças... E não há mais ninguém que possa ficar consigo... Vai ter de ir para o orfanato. Mas não fique triste, olhe que lá são todos muito simpáticos...
- Eu não quero ir! Prefiro morar na rua, está a ouvir-me? Quero ficar com os meus irmãos! Não posso ficar sozinha. - disse ela rompendo num choro imparável.
- Oh, Sophie, minha querida, isso não é possível. Tem de ir para o orfanato. Pense comigo... lá pelo menos não passará fome, nem frio e poderá estudar, fazer amigos...
- Não quero! Não, não e não! - disse Sophie, elevando a voz.
- Tem de ir. É a sua única opção. - disse o polícia mais velho.
- E... quando é que tenho de ir? Ainda vou ver os meus irmãos antes disso? - perguntou ela, desolada.
- Sim... Vai vê-los daqui a pouco. Despedir-se-ão e amanhã partirá para o Orfanato St. Claire. Kate, já preparou as malas da menina?
- Sim, estão prontas. Sophie, querida, acrescente na mala o que entender... Pode ir agora à sua escola despedir-se do seus amigos... Se assim quiser.
- Não, obrigada. Odeio despedidas. - disse Soph, retirando-se para o seu quarto.
Arrumou numa pequena malinha todos os pequenos souvenirs que os seus pais lhe tinham oferecido, de todas as viagens que tinham feito ao estrangeiro. Guardou também a sua câmara fotográfica, o seu diário, alguns livros, desenhos, lápis, canetas, fotografias e tudo o que lhe pareceu indispensável. Depois desceu, lanchou, tomou um banho, mudou de ropa e esperou pela visita dos irmãos, absolutamente desconsolada.
Estava ela absorta nos seus pensamentos, quando, de repente, soou a campainha da mansão. Soph nem esperou que Kate abrisse a porta. Foi a correr e fê-lo ela mesma. Do lado de lá estava um casal de meia-idade, juntamente com James e Will, cujas caras expressavam melancolia.
Soph abraçou-os afetuosamente e perguntou-lhes se estavam bem. Eles anuíram, embora não tenham sido convincentes. Sophie apresentou-se ao casal e convidou-o a entrar e sentar-se na sala. Kate serviu chá e bolachas e todos conversaram por momentos. A rapariga gostou bastante do casal. Ficou satisfeita, ficando com a impressão de que eles poderiam proporcionar um futuro promissor aos seus irmãos.
Soph tinha-se esquecido de tudo por breves instantes, mas a certa altura teve de despedir-se. Deu um abraço demorado a James e Will, sussurrando-lhes ao ouvido: - Adoro-vos e nunca vos esquecerei. Sejam felizes. Um dia havemos de nos reencontrar. Esboçou, por fim, um sorriso meigo, que eles retribuíram, abandonando, de seguida, a mansão.
Sophie foi jantar, sorumbática, e depois foi dormir... Aliás, não dormiu nada nessa noite...
No dia seguinte, foi acordada por Kate, tomou banho, vestiu-se e despediu-se da casa e de Beverlly Hills. Partiu, então, para o Orfanato St. Claire, que ficava em Massachussets, na companhia de Kate e dos polícias do dia anterior.
Quando lá chegaram, o polícia mais velho disse à senhora da Secretaria quem ela era e então esta deu-lhes a chave para o dormitório em que Soph ficaria.
Era um quarto escuro, com uma única janela, uma cama, uma mesa de cabeceira, um roupeiro, uma secretária vazia e uma casa de banho anexa. Kate ajudou-a arrumar as suas coisas e depois despediu-se dela. Deu-lhe um abraço forte e desejou-lhe sorte e felicidade, o que parecia impossível a Sophie naquele momento.
Já tinha anoitecido. Soph deitou-se na cama a fitar o teto, absolutamente apática. Estava agora sozinha no mundo...
Passado uns minutos, vieram bater-lhe à porta a anunciar que o jantar seria servido em breve.
Sophie seguiu a senhora e foi parar a uma cantina velha, com um cheiro intenso a mofo. Ficou na fila para receber a sopa repugnante que lá serviam, o pão, a fruta e o prato de massada de peixe. Sentou-se sozinha numa mesa e tomou a sua refeição, em silêncio.
Quando terminou regressou ao dormitório, não trocando uma única palavra com as outras crianças pelo caminho. Vestiu o pijama, lavou os dentes e deitou-se na sua cama, adormecendo, exausta.
Continua...
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Re: Passado de Sophie Adams
Estou à espera da continuação, cara colega
Aragao- T-Shirt Cinzenta
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Experiência de Agente
Estudos e Estratégia:
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Experiência de Missão:
(0/2500)
Capacidade Física:
(0/2500)
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