- Pista de Bowling !

Os querubins têm por costume divertir-se num salão de bowling nos arredores do campus, saindo com os amigos e fazendo torneios. Aqui podes conviver, jogar bowling, e quem sabe, fazer um strike ou dois.






Também continha um bar e jogos:

Eram já 4:00 da manhã, mas os querubins estavam ainda bem acordados depois de uma noite ao rubro na Jaguar. Salendiz parecia um pouco soturna, mas Mick sabia que um jogo de bowling a animava. Nem que lhe tivesse de pagar algo. Dave e Nicky também tinham vindo, de mão dada, a qual Nami parecia ignorar, animada. Por fim, Mick vinha bastante contente por defrontar alguém que não os balofos que iam ao bowling perto da casa de acolhimento.
Quando chegaram, Mick pediu cinco Coca-Colas para cada um deles, e uma sandes de panado para ele. Mick costumava comer bem, embora nunca ficasse gordo como isso. Pagou o jogo e juntou-se aos outros. A primeira bola veio e Salendiz foi a primeira. Dirigiu-se com um ar pesado para a pista e pegou numa das bolas que se encontravam no expositor. Respirou fundo e enviou a bola com toda a força pela pista. 7 pinos foram abaixo.
- Bolas - suspirou Salendiz, olhando para os três pinos em pé no lado esquerdo.
- Calma - disse Mick, sorrindo - Ainda podes fazer Spare.
Quando a bola voltou, Salendiz lançou-a pela segunda vez e derrubou os três pinos em pé. Mick fez um sorriso largo quando apareceu no plasma em cima das suas cabeças "Spare".

O grupo foi para a pista, Dave veio connosco com uma miúda ao beijos mas estava-me a lixar para isso queria-me divertir e não era ele que me ia estragar a diversão. Sawo foi a primeira a jogar e limpou a mesa, abracei-a e disse sorrindo:

- É assim mesmo miúda! Continua assim que vais ganhar.
- Vou tentar!
- Estas com muita sorte a provei-ta e da uma abada a todos nos!
- Vou tentar!
- Agora quem é a jogar? - Perguntou Sodei
- É a dabila - respondeu Mick
- Ok! - disse.

Agarrei numa bola e mandei, so ficarem 4 pinos de pé três dum lado e outro no outro. Na segunda bola assertei nos três e quase caio outro, desandou e desandou mas o ultimo pine não caio. Fiquei triste e irritada e disse:
- Fogoo! Se não ias cair não desses mas esperanças!

Os outros riram-se com a minha reacção e eu virei-me e disse:
- Qual é a graça?
- Dabila tens que admitir que teve graça! - Disseram entra gargalhadas sodei e sawo ao mesmo tempo.

Olhei para elas alguns segundos e depois rime tambem e disse:
- Sou mesmo doida! Ralhar com o pine, deveria era ralar com o velho de muleta que esta la atrás e que não fez um bom serviço!

Começamos todos a rir novamente...

Dave estava a gostar de estar com Nicky mas também lhe incomodava o facto de Dabila, nem se quer se importar. Dabila acabou de jogar e chegou a vez de Dave. Dave e Nicky estavam-se a dar bastante bem, Dave deu-lhe outro beijo antes de se levantar e foi jogar.
- Bem miúda esta é para ti, mas mesmo que falhe a intenção é que conta - disse sorrindo para Nicky
Dave mandou a bola, derrubando os pinos todos:
- STRIKE! - disse feliz dito isso, voltou para o seu lugar e perguntou quem era o próximo a jogar.
Dave sussurrou ao ouvido de Nicky se ela não queria ir com ele para um sítio mais privado, ao que ela acenou com um sorriso tímido.
Levantaram-se e foram os dois em direcção às traseiras do salão de Bowling.

Depois das jogadas de Sally, Dab e Dave, todas elas ótimas, Soph não queria fazer má figura, mas tentou não preocupar-se com o resultado. Afinal, não estava a ser avaliada como na recruta e estava ali para divertir-se. Retirou uma bola do expositor e lançou-a com força. Por pouco, não ia atrás dela, pois o seu peso não era muito superior ao da bola.
Desequilibrou-se um pouco, mas apoiou-se em Dabi e Salen e não caiu. A bola acertou em 9 pinos, o que deixou Soph bastante frustrada. Fez outra jogada e conseguiu um "spare". Todos lhe sorriram, felicitando-a pelo resultado. O próximo a jogar era Pipo...

Agora era a ver do Mick jogar, e eu tinha a reparado que Dave e Nicky tinha ido em borra. So ja estava na hora de ir chatear-los, alevantei-me e disse pescando o olho:
- Meninos e meninas vou buscar uma coisa para beber posso demorar um pouco importam-se de esperar?
- Claro que não! Dês que não demores muito - respondeu Mick por todos...
- És um crido sabes disso! - disse sem esperar pela resposta ou o que quer que ele ia dizer.

Fui ao bar da Bowling e pedi um copo com gelo e agua fria. e foi para as traseiras do salão de Bowling. Não foi preciso muito tempo para ver onde Dave e Nicky se encontravam e fui até eles sem que me visem, quer dizer nao foi preciso muito esforço eles estavam aso beijos Dave tinha uma das mão dentro das calças dela e outra no peito dela e ela tinha uma das mãos no pescoço e outra nas calças dele enquanto gemiam de prazer. Não tinham perdido tempo, e ver Dave agarrado a outra me deu vontade de matar-lo mas isso não importava agora! Aproximei me deles e no instaste que Dave olhou para mim eu mandei-lhes com o copo de agua com gelo e disse:

- Agora esta mais fresco? Estavam tão quentes que pensei que queriam algo gelado!
- Estúpida que pensas que estas a fazer?
- Eu posso ser estúpida mas tu deves ser cega e surda - disse com um clama impressionante e um sorriso na cara

Nicky foi para me atacar mas eu defendi-me com os ataque eu Mick me tinha ensinada a algumas horas atrás e disse:
- Clama! Não te fiz nada de mal!
- Vou-te matar!
- Porque? Porque ter estragado a noite que pena! Vais fazer queixinhas mamãe?
- Dabila chega! - gritou Dave
- E desde quando me das ordens?
- Dabila vai-te embora!

Eu ri como que ele disse e fiz-lhe um pire-te e disse:
- Porque não vais tu com a tua namora nova! Porque não a levas para o teu quarto e depois de fazer sexo com ela e te fartares dela vais ter com outra? Aposto que ela vai adorar! - disse contendo as lágrimas - Seja como for não quero saber!

Virei-me e comecei a ir embora com as lágrimas nos olhos.

Dabila virou-se para se ir embora, percebia-se que ia chorar. Dave ficou chateado pois agora não sabia para onde se virar.
- Nicky espera um bocado por favor eu já volto aqui.
- Vais me deixar para ir ter com ela?
- Não, eu prometo te que volto, dá me 5 minutos. - dito isto Dave beijou-a.
Foi atrás de Dabila e disse-lhe:
- Tu tratas me como tratas e queres que fique sempre contigo? Contigo sufoco um bocado, é quase como se fosses minha dona e tivesse de pedir autorização para tudo. Sim eu gosto de ti! É isto que queres ouvir? Sim é verdade eu gosto de ti, mas como estamos, se fingirmos que está tudo bem, vamos acabar por nos magoar mais ainda. Eu prefiro dar um tempo, estás com quem quiseres e eu igualmente apesar de saber que me vai custar ver isso, mas se calhar é o melhor! Se o que sentirmos um pelo outro for assim tão forte vamos perceber que não conseguimos estar separados, mas por enquanto não dá. Agora desculpa tenho uma pessoa à minha espera. - disse Dave dando um beijo na bochecha de Dabila.

Dabila disse que ia buscar uma bebida, mas Soph sabia que esse era um pretexto para ela ir "estragar" o momento de Dave e Nicky. Ela ainda gostava dele e faria tudo para tê-lo de volta, mesmo que não fosse o mais correto. Por isso, Sophie decidiu ir atrás da amiga. Quando ia para as traseiras da Pista de Bowling, viu Dabila com lágrimas nos olhos e Dave a dar-lhe um beijo na bochecha. Lá mais ao fundo estava Nicky, sozinha, molhada e furiosa. Dave foi ter com ela. Soph correu até perto de Dabi e deu-lhe um abraço puxando-a para dentro. Foram até à casa de banho, onde Soph limpou as lágrimas da cara dela e lhe perguntou, amavelmente:

-O que se passou querida? O que aconteceu ali fora?

Dabila ficou com o coração partido com as palavras de Dave e ele depois de-lhe dar um beijo na bochecha foi-se embora. Sodei apareceu de repente e me levou para a Wc e me limpou as lágrimas então perguntou amavelmente:

-O que se passou querida? O que aconteceu ali fora?

Não disse nada só me agarrei a ela e continuei a chorar. Passado algum Tempo disse muito baixinho:
- Eu mandei um copo de agua fria com gelo para cima deles! E depois comecei a discutir com aquela..... Bruxa. Depois comecei a ir embora e Dave disse que gostava de mim mas eu eu o tratava como um cão e precisa de autorização para tudo e que prefere dar um tempo!
- Tu fizeste o que? O Dave pedi-o um tampo?
- Sim, eu sei que fui muito ma! Mas ver Dave a tocar noutra me tirou do serio!
- Não devias ter feito isso!
- Eu sei! Eu vou beber para esquecer e atirar-me ao primeiro que vir!
- Ah isso e que não vais!
- Porque nao tenho namorado para me o impedir!

Dave voltou para ao pé de Nicky e viu que ela estava molhada e com frio, tinha trazido um casaco, mas que na altura em que Dabila mandou a água estava no chão daí não se ter molhado, por isso deu-lho.
- Precisas de um abraço para ver se aqueces? - disse Dave a brincar.
- Se for teu aceito - disse Nicky.
Dave abraçou-a apesar de tudo ela era a única pessoa que não tinha culpa do que se estava a passar, apenas tinha aceitado sair com o rapaz errado, na altura errada. Dave sentia-se culpado e ao mesmo tempo triste porque continuava a gostar muito de Dabila.
- Queres ir para o campus?
- Sim, é melhor. - respondeu Nicky.
Dave e Nicky passaram pelo salão só para avisar os colegas que se iriam embora.

Ela não disse nada, agarrou-se a mim e continuou a chorar. Passado algum tempo disse muito baixinho:

- Eu mandei um copo de água fria com gelo para cima deles! E depois comecei a discutir com aquela..... bruxa. Depois comecei a ir embora e o Dave disse que gostava de mim mas que eu eu o tratava como um cão e que precisava da minha autorização para tudo, que prefere dar um tempo!
- Tu fizeste o quê? O Dave pediu um tampo?
- Sim, eu sei que fui muito má! Mas ver o Dave a tocar noutra tirou-me do sério!
- Não devias ter feito isso!
- Eu sei! Eu vou beber para esquecer e atirar-me ao primeiro que vir!
- Ah isso é que não vais!
- Porque não tenho namorado para me impedir!
-Não tens namorado mas tens-me a mim! Não te vou deixar fazer mais parvoíces! Dá-lhe espaço, esquece-o por uns momentos. O Dave não é a única coisa importante na tua vida, pois não? O tempo há-de curar tudo e se ele te amar vai voltar para ti, se não te amar é melhor que te tenha deixado... Vamos mas é ter com os nossos amigos. Vamos divertir-nos que a noite ainda agora começou!

Dabila não disse nada de novo. Só sorriu e seguiu-me até ao grupo de querubins. Estavam todos animados e sorridentes. Passado um bocado, entram Dave e Nicky e o clima fica constrangedor outra vez. Mas a tensão não durou muito. Dave e Nicky vinham despedir-se do grupo, iam regressar ao campus. Depois de eles saírem, Dabi ficou pensativa, mas durante o jogo, esqueceu o que acontecera por breves instantes...

Quando Dave e Nicky entraram e de despediram fez com que eu coração partisse e a única coisa a que conseguia pensar era:

- Vão fazer sexo? Ele vai mesmo ficar com ela? Ele realmente me ama? Ele quer mesmo ficar longe de mim? Ele não sente a minha falta como eu sinto da dele? Porque me dói tanto? Será que ele não sente esta dor? Ele disse que me amava e que ia custar ver com outro! Será que eu achas que a mim não? O que devo fazer? - olhei para o pessoal que se ria enquanto eu me sentia completamente deprimida. - seria melhor ouvir o conselho de Sadei ou voltar para casa e deitar as lágrimas que ainda estavam presas dentro de mim! O que deveria fazer?

Senti uma coisa fia na minha cara, o que me interrompeu os pensamentos e também me deu um arrepio. Era Mick tinha colocado uma lata de cola fresca na testa e depois disse:
- Não ias buscar bebidas?
- Ah!... Pois desculpa!
- Passou-se alguma coisa?
- Nada que não se resolva - disse com um sorriso triste.
- Deverias deixar isso para trás e divertir-te! Estas cá para isso!
- Estou?
- Sim estas, foi para isso que convidei a malta a vir cá para se divertir. Por esse motivo não te quero ver com essa cara!!
- É a minha não tenho outra! - disse exibindo um sorriso mais verdadeiro.
- Assim esta muito melhor! Ficas mais bonita a rir do que a chorar.
- Como sabes que chorei?
- Tens os olhos mais vermelhos que um tomate.

Peguei num espelho e foi ver ele estava a mentir e disse batendo ao de leve no seu ombro:
- Não tenho nada! Idiota! Parvo!
- Não e preciso te irritares. - disse Mick rindo.
- Eu não toou irritada mas sim chateada. Fostes mau! - disse fazendo beicinho
- Agora és uma bebe?
- Sim tens problemas? - disse rindo
- Claro que não! Mas não te vou mudar a fralda.
- Eu não preciso, obrigado na mesma. - disse dando mais um soco ao de leve no seu ombro - É a tua vez de jogar.
- Sim eu sei! - Mick virou-se para ir buscar a bola e eu agarrei-lhe na camisola, dizendo um pouco envergonhada e olhando para o para o tecto e com uma mão atrás das costas:
- Obrigado!

Mick sorriu-lhe, não dizendo mais nada. Por vezes um sorriso valia mais do que palavras, e aquele era um daqueles casos. Avançou para a pista, poisando a lata de Coca-Cola em cima do expositor. Depois, pegou numa das bolas, e disse para os outros, sorrindo:
- Vejam e aprendam.
Depois, parou em frente á pista e fez pontaria ao lado esquerdo do pino central, tentando fazer um strike. Por azar, ou por ironia, ficaram os dois pinos extremos de cada lado. Salendiz desatou-se a rir, dizendo.
- Esquece, nunca há-des conseguir...
Mas Mick ia tentar. Para deitar ambos os pinos abaixo, teria de acertar com muita força num deles, fazendo ricochete e deitando o outro abaixo. Era bastante díficil, e até mesmo os profissionais sentiam dificuldade ao fazê-lo. Mas Mick queria a todo o custo fazer pelo menos um Spare, para empatar com Sophie. Tentou a sorte e a bola embateu com toda a força no primeiro pino. Começou a andar num circulo para trás.
- Vá láááá... - gemeu Mick, desesperado, levando as mãos á cabeça.
Quando ela tocou no outro pino, este abanou para ambos os lados, antes de cair para trás. Mick saltou e deu um murro no ar.
- Mama do the hump... - riu-se, dançando.
- Tens tanta sorte... - disse Nami, abanando a cabeça.

Depois de Mick, foi Sally a jogar. Ela conseguiu fazer um Strike e, de tanta euforia por tê-lo conseguido, engasgou-se. Soph correu até ela e deu-lhe umas pancadinhas nas costas (não muito fortes para ela não ficar ainda pior xD). Depois, foi-lhe buscar um copo de água, que ela bebeu e depois de umas tossidelas, lá ficou bem. Depois disso, todos se começaram a rir. Sophie era a próxima a jogar. Retirou a bola do expositor e lançou-a, não totalmente centrada, mas ligeiramente inclinada para a esquerda. Ela rodopiou, acertou em 7 pinos de uma vez e os outros três balançaram e, para sua alegria caíram. Soph pulou de alegria, sorrindo de orelha a orelha.

Fiquei preocupada com Sawo e enquanto Sodei foi buscar a bebida, eu estive a abraçar sawo e a perguntar mil vezes se ela estava mesmo bem. Depois de ela beber, começamos todos a rir de pois Sodei mando a bola e fez Spare. Agora era a vez de Dave mas como ele não estava Mick tinha ido ter com o funcionário e cancelar as julgadas de Dave. Isso demorou alguns minutos o que fez com que me sentisse irritada e triste, quando ja podia jogar alevantei-me agarrei na bola e libertei toda a milha fúria nela. A bola rolou e assertou em todos os pines fazendo um strike. Nami virou-se e disse com um sorriso:

- Estava a ver que era a única com azar! STRIKE! Afinal o meu jogos contra os meus amigos da outra vida valeram a pena.
- Parabéns! - Disseram Sawo e Sodei
- Obrigada! - disse e as abracei rindo com elas.

Sentei-me ao lado de miki e bebi um gole de coca-cola, Mick disse:
- Boa jogada.
- Obrigado! Agora a tua vez boa sorte - disse com um sorriso ja me esta a sentir muito melhor.

O sono acabou por vencer os querubins, já a manhã começava a enunciar-se. Os primeiros raios de sol batiam nas grandes vidradas do salão, e nem chegaram a acabar o jogo quando pagaram e se afastaram pelas ruas estreitas da vila até á paragem mais próxima. Esperaram cerca de cinco minutos e entraram no autocarro. A viagem demorou pouco, mas foi secante. Mick ia sentado ao pé do vidro, vendo a paisagem atravessar-se nos seus olhos, enquanto a seu lado Sophie ia a ouvir música. Salendiz e Nami falavam lá atrás sobre algo, enquanto Dabila exibia um ar triste, e Salendiz um consolador.
Quando o autocarro parou na paragem no meio duma zona descampada, os querubins caminharam por alguns quilómetros de estrada sinuosa que cortava uma descampado basto, até não se avistar a auto-estrada que passava ao largo da vila, e entraram pelos portões para o campus. Caminharam desde o largo parque de estacionamento até ao edíficio principal. Mick despediu-se das miúdas quando chegou ao seu andar, e seguiu para o seu quarto. Despiu-se, vestiu uma t-shirt de dormir que dizia "Silêncio, que estou a dormir", com o Homer Simpson a babar-se, deitado sobre as letras, e adormeceu, quentinho, com os lençois em cima das pernas, e com a televisão ligada a transmitir um episódio de WipeOut.

Isaac tinha convidado todos os t-shirt's cinzentas e estava à espera deles, apesar de ter chegado meia-hora mais cedo ainda não havia sinal de ninguém, não esperava que viessem todos mas também não esperava que fosse jogar sozinho, até que chegou a hora marcada e ainda não havia sinal de ninguém e então começou a pensar que podia ter se esquecido de por os convites mas ai lembrou-se que sim.

Tinha recebido um convite no meu quarto, era uma espécie de festa para os cinzentos na pista de bowling.
Quando cheguei à pista encontrei lá Isaac, o anfitrião da festa, ainda não tinha chegado mais ninguém, pelo menos que desse para reparar!
-Olá! Sou a Inês, tudo bem?- não conhecia muito bem Isaac, mas nada melhor do que fazer novos amigos!
-Olá! Sou o Isaac, sim está tudo, mas ainda não chegou mais ninguém...
-Tem calma deve estar muita gente aí a aparecer, então já tinhas estado aqui na pista mais vezes?
-Não, é a minha primeira vez, e tu já cá tinhas estado
-Não, sabes acontece que não me tenho dedicado muito a estes lindos espaços que temos à nossa disposição na CHERUB, tenho de remediar isso, quando há festas tento ir porque assim conheço gente nova e tal...

***DEPOIS DE SAIR DO QUARTO DE MARIA KIEDIS BALZARY***

-Tcharãã!!! - disse eu a rir. - Isto é a pista de bowling, como provavelmente podes ver.
-Pois, acho que é um pouco óbvio. - disse Miguel a rir.
-Já cá estiveste? - perguntei eu a medo pois não queria fazer figura de parva se ele já lá tivesse estado antes de eu o lá o levar.

-Nunca cá estive, obrigado-respondi eu e quando agradeço, dou-lhe um abraço- só que, eu já estava à espera, de algo de o género. O que eu quero dizer com isto é que, estando à espera disto, quer dizer que, gostei. E então, para onde é que vamos primeiro? Não que isto tenha muito sítio, para se estar, mas se tu escolhes tu decides, não?-e com isto, olho, fixamente, para ela, à espera de uma resposta.

Ri-me.
-Que foi? - perguntou Miguel.
-Nada, nada. És bué cómico... No bom sentido, claro. - disse eu a rir.
-Se tu o dizes... -respondeu Miguel.
-Vamos a um joguinho ou nem por isso? - perguntei.

-Claro! Então, vamos lá fazer strikes. Se não te importares, vou eu primeiro. Quero ver, o quão depressa faço strikes.
Então pego a bola e faço um strike, à primeira. Maria aplaudiu, mas desconcentrei-me, e fiz 10 falhanços seguidos. Eu sabia que isto estava a dar má impressão, e pedi à Maria para ser ela. Ela fez vários strikes seguidos, e eu, de repente, pego na bola, e atiro com tanta força, que os pinos voaram todos.

Ri-me que nem uma maluca quando os pinos voaram e foram parar á pista ao lado derrubando os pinos de outro jogo de uns 5 rapazes mais velhos. Quando me viram a rir, os rapazes ficaram ainda mais fulos do que já estavam.
-Estás-te a rir, miudinha? - disse um dos gajos vindo em direção a nós. - Isto não é um infantário...
Todos os amigos se riram. Odiava quando os mais velhos se achavam melhores do que os mais novos. Eles deviam ter para aí uns 16 anos, o que era apenas mais dois anos do que eu tinha. Apesar de se armarem em mauzões, a maior parte deles eram magrinhos e um pouco nerds. Irritada mostrei-lhes ''o dedo''.
-Olha, a criança está-se a armar em espertinha... - disse um deles para os amigos. - Será que vais achar tanta piada quando vos partirmos a boca a ti e ao teu amiguinho? A tua sorte é que eu não bato em meninas... - ameaçou ele.

-Vamos ver, se tu dizes isso daqui a 3 segundos-rugi eu como um leão- se vocês vissem menos televisão e smackdown... eu adorava isso
De seguida, acerto em cheio na barriga dum deles. Ele vai para o chão e queixa-se de dor. A seguir, virem para os outros e disse em voz alta:
-Do you smell what the Rock has...-mas fui interrompido, por 4 rufias, de tigela
-O que é que temos aqui? Um miúdo ou um campeão? Onde treinaste? Queres juntar-te a nós?
-Não, obrigado-disse eu calmo- estou bem aqui.
-Não percebeste que, a pergunta era retórica?-perguntou um deles, fulo.

-Ignora Miguel... Otários como esses não merecem a tua atenção... - suspirei eu. - Assim ainda arranjamos problemas no campus.
-Problemas aonde? - perguntou um deles, mas eu ignorei. - E chamaste-me o quê? - disse com um ar ameaçador.
-O-T-Á-R-I-O. - gritei eu. - Mas não estava mesmo a falar diretamente para ti, mas se a carapuça serviu, é porque é verdade...
O gajo perdeu a paciência e virou-se a mim, apertando-me o pescoço contra a parede. Com um movimento de joelho rápido, bati nas partes baixas dele fortemente e ele contorceu-se de dor.
-Não sei do que te estás a queixar... - disse eu indiferente. - Não deves ter aí nada...
Continuei para Miguel.
-Continuamos com o jogo? - perguntei.
O amigo em qual Miguel tinha mandado um murro na barriga e o outro no qual eu tinha dado um golpe baixo estavam a contorcer-se de dor no chão rodeado dos outros três. De vez em quando ouviam-se frases insultuosas, mas eu ignorava.

Maria sabia que não o fazia por mal, mas eu só conseguia pensar naqueles 3. Dava-me voltas à cabeça, como eu não fora capaz de os mostrar algo pior que um murro. Estava demasiado, furioso e preparava-me para ir ao meu quarto, e buscar a minha AK-47. Parecia que eles só aprendiam, à bruta, por isso, ignorei o jogo, após 3 minutos nele, e concentrei-me só neles. Pela primeira vez, ia mostrar ao mundo, o que faz um miúdo de 12, contra 3 de 16. Assim, que eles se preparavam ,para dizer alguma coisa, eu ataquei o maior, que tinha ar de chefe. Maria, estava parada, como uma pessoa admirada.
-Miguel, pára, por favor! Não serve de nada, estares a vingar-te neles.
Mas eu estava sobre o controlo da fúria e, praticamente a ignorei. Foi ela dar-me um puxão, para eu esquecer último que estava de pé. Com isto, volto à realidade, e vou para um canto, com Maria, antes de recomeçarmos o jogo.
-Desculpa...-disse eu, cansado da batalha- eles faziam-me lembrar aqueles parvos dos meu amigos antigos. Eles lembravam-me, também os 2 russos. É raro acontecer, mas hoje aconteceu. Peço imensa desculpa, a sério. Provavelmente, não sabes o que é estar sobre o controlo da raiva, mas eu preciso de acalmar-me durante uns dias. Naquele momento, eu mudei de: para: e, depois dos 3 últimos minutos, mudei para:

-Acalma-te. - disse eu calma dando-lhe um beijo na bochecha. - Queres que te vá buscar um copo de água?
Não esperei pela resposta e pedi ao empregado de mesa um copo com água.
Devido ao excesso de pessoas no recinto naquele dia, nenhum empregado tinha assistido á luta, o que era um ponto a nosso favor.
-Farei tudo ao meu alcance para que esqueças esses otários que te trataram mal. Estes parvalhões não merecem a tua preocupação. - disse eu dando-lhe um toque no ombro. - E, de facto, mereceram a coça que levaram...

-Se calhar, se não me tivesses parado, eles estariam em estado pior... mas pronto, agora, também não me interessa. De que me serve falar sobre o meu passado, quando isto é para diversão? Meu, acho que vou fazer três strikes. Quero ver, quem ganha esta partida. Quem é melhor? Já vamos descobrir-acabei eu por dizer- porque, THIS IS CHERUB!!!
Como de costume, Maria riu-se com isto. Dava para ver, que eu já estava mais calmo. Fomos para o jogo, e fizemos montes de pontos. No final, Maria ganhou-me por um ponto, e eu fingi--me amuado, mas cada um via, que eu estava a ser irónico. Fomos para a zona de convívio e perguntei:
-Sobre o que é que vamos falar?

-Que tal sobre o facto de teres perdido contra uma rapariga? - gozei rindo-me.
-Por uma porcaria de um pontinho! - disse ele fingindo-se ainda de amuado.
Quando ele fazia aquilo eu ri-me mais uma vez.
-Pronto, Miguel. Não chores. - brinquei eu.
-Eu sei que estás a brincar comigo, senão não admitia. - disse ele entrando na brincadeira.
-Não me digas, Sherlock Holmes! - ri-me eu sendo sarcástica.
Estávamos a passar um bom tempo juntos e eu sentia-me bem á beira dele. Entretanto o empregado de mesa veio-nos trazer umas colas as quais começámos a beber.

-Talvez-ri-me eu- mas, a partir de agora, eu vou começar a falar sobre coisas de rapazes. Não que tu tenhas de tapar os ouvidos, mas é melhor preparares-te, pois eu vou comportar-me como aqueles que se acham machos.
-Miguel, não sejas como eles-riu-se Maria, mas de uma maneira séria- quero que sejas sempre como és. De uma forma especial...
-Especial?-perguntei eu, confuso- como assim? Que queres dizer?
-Tipo, a maior parte dos rapazes, da tua idade, quer ver raparigas, de 17. Mas, tu dás ar, de ser daqueles que, não se interessa, por coisas dessas.
-Não é nada de especial. É apenas a maneira que eu fui criado.

-É algo de especial. - disse com um sorriso. - Não gosto de rapazes nojentos que passam a vida a mandar bocas e isso. É mais uma das razões porque gosto de ti.
-Achas? - perguntou ele.
-Acho. Acho que tu tens valores e és respeitador. És diferente da maior parte dos rapazes. Provavelmente fazes parte dos 5% que não me apetece mandar dar uma volta.

-Já andaste com alguém especial, sem ser eu? Provavelmente, podes achar a pergunta meio estúpida, mas, por alguma razão, isso dá-me voltas à cabeça. Pronto, esquece... eu não queria estar a pedir pormenores sobre a tua vida no campus, mas à sempre essa coisa que soltamos algo que não devia-mos.
Maria abanou a cabeça com um sorriso e disse:
-Não faz mal. Eu digo-te. Não te conheço bem para saber isso, mas acho que tu, provavelmente, não metes esta conversa fora desta mesa. Compreendido? Estava a brincar, eu sei que tu não vais dizer a ninguém.
-Não, eu não digo nada-garanti eu, feliz por alguém conversar comigo, após 12 anos de castigo, sem amigos verdadeiros.

-Eu andei com um tipo chamado Ray até à algum tempo. Acabámos não tem muito tempo. - esclareci eu. - Mas ele era uma escumalha.
O que dizia não era mentira. De facto, a discussão com Ray tinha sido muito estúpida e Ray disse coisas que não devia ter dito.
-E tu? - perguntei. - Já andaste com alguém? Não é que queira ser cusca, mas quero ficar-te a conhecer o melhor possível. - disse sorrindo.

-Não, nunca-respondi eu, triste- todas as raparigas de lá eram umas tontinhas, como já deves imaginar, porque causa daquela história que eu contei-te.
-É uma pena-respondeu ela- felizmente, terás aqui amigos. E quando digo amigos, digo amigos de verdade e não tolos. Eu nem consigo imaginar, o que tu sofreste, antes de vires para aqui.
-Mas, acho que agora tenho alguém mais especial, do que os meus amigos. Essa pessoa, és tu. Nunca vi ninguém, como tu.

Corei muito quando ele disse aquilo. Sempre tinha sido um pouco tímida e não me dava aos elogios.
-Obrigada. - disse timidamente.
Pus a minha mão na dele e olhei-o nos olhos.
-Também és muito especial para mim. Nunca conheci ninguém tão querido. - disse eu. - Sempre que precisares de alguma coisa, vou ter muito gosto em te ajudar. Parece que não, mas estás a fazer muito por mim. És a pessoa que me fez sentir mais especial entre muitos anos. Obrigada! - disse sorrindo.

-É... e também ter uma pessoa como tu para mim, é como falar com um Deus e conseguir ouvi-Lo e Vê-Lo. E, neste momento, só te quero dizer uma coisa. Agora não sei como é que a vou dizer...
-Miguel, se tu estás a tentar disfarçar, estás a fazê-lo bem mal. Eu já percebi o que se passa e também sinto o mesmo. Mas, acho que este não é melhor sítio e tu, se calhar, consegues dizê--lo se formos para outro sítio. Tens horas?
-São 23:37-respondi eu- se calhar já chega por hoje. Mas antes de acabarmos esta festa, vamos para um sítio qualquer para nos despedir-mos, não achas?
-Que tal no meu quarto? Como ainda não és t-shirt cinzenta, não tens um quarto, só para ti. Vamos?
-Ok-respondi eu- próximo destino: Quarto da Maria!

Off topic: Responde, no teu quarto, se faz favor.

-Sim. Vamos para o meu quarto. - disse sorrindo muito.
Agarrei-o pela mão e conduzi-o para fora do recinto.
-Estou a ver que és católico. - disse a rir com a expressão dele ''que eu era como um Deus''.
-Sim. Tu és? - perguntou Miguel.
-Não. - disse eu a rir. - Sou ateu. Mas respeito quem tem religião.
Entretanto chegámos ao meu quarto.

OFF TOPIC: VOU POSTAR NO QUARTO